Registrado em: Quinta-Feira, 26 de Maio de 2005 Mensagens: 493 Tópicos: 13 Localização: Contagem/Minas Gerais
Grupos: Nenhum
gelo escreveu:
Acho que não é possível Jesse sofrer mais. Ele não possui mais nada para lhe dar motivo para continuar vivendo. Não consigo visualizar um fim para o personagem que não seja a morte.
Lembre-se que ainda tem o Brock pra morrer.
E sobre o episódio, que maravilha que foi.
Aguardando ansiosamente pelo desfecho.
Muito legal o pós episódio também, com a chamada pro finale.
Registrado em: Sexta-Feira, 23 de Janeiro de 2009 Mensagens: 1.421 Tópicos: 28 Localização: Nova Friburgo
Twitter: @SBDA_
Grupos: Nenhum
felixjr escreveu:
Muito legal o pós episódio também, com a chamada pro finale.
Também achei!
Cara, ainda acho aqueles epis de flashback do Gus, na beira da piscina (com o grandão lá do cartel) e o que ele toma o remédio pra não morrer com a tequila batizada, obras primas.
Mas essa sequência do 09 até esse penúltimo, tá tão intensa, tão pesada, que é difícil de vaticinar qual é o melhor.
_________________ 'I don't think you understand. I didn't come to rescue Rambo from you. I came here to rescue you from him.'
Achei engraçado como a fama de sensivel que o Pinkman tem vai além dos fãs. Durante a entrevista Cranston, que é sarrista p/ caramba, ensina como faz sua cara de meter medo. Todos presentes o imitam e até que funciona. Na vez do Aaron Paul ele tenta e... Crasnton o sarreia com um "ah, sooo cute!" kkkk
Registrado em: Segunda-Feira, 30 de Março de 2009 Mensagens: 267 Tópicos: 1 Localização: New York, NY
Grupos: Nenhum
Meio MacGyver demais
Mas ainda assim gostei muito, não deixou nenhuma ponta solta.
O final com ele morrendo e a câmera filmando de cima, tocando "I got what I deserved" foi bem clichê também, mas ainda assim daria pra dar nota 8 pra esse finale em um seriado, digamos assim, 9,5
Vou sentir falta! _________________ [Não participo mais do forum LostBrasil]
Não achei o supra sumo não, mas foi honesto e correto.
Desses últimos episódios, os mais mornos foram os últimos dois. Fechou bem a história e a temporada, e manteve o padrão de qualidade. A cena pós tiroteio ficou bem feita.
Sobre os personagens, acho que foi um fim digno pra variar. Jesse teve duas atitudes fortes, algo fora do que o personagem fazia em geral: ele matou Todd, que era algo que ele devia ter feito antes, e depois NÃO matou o Walt. Foi decidido e perfeito. Mas aquela cena dele fazendo o baú foi de partir o coração. Linda e bem feita!
Já Walt, me parecia com o final do último episódio que ele estava tomado pela raiva. Que queria se provar ou se vingar dos Schwarz. Foi bom ter visto que ele não caiu para esse lado denovo, dá um alívio. Lidou bem com as coisas.
O capítulo teve alguns furos, algo anormal para o padrão da série. Algumas motivações ficaram furadas. Não entendi porque Frank iria matar Walt por exemplo depois de lhe ter dado 12 milhões para ele ficar na boa daquele jeito. A Lídia pediu, pronto assim? Estranho. Detalhes bem bobos que não mudam a qualidade do roteiro em si.
Alguns devem se decepcionar porque não teve nenhum grande segredo revelado u algo assim. Mas achei que seguiu o que o roteiro sempre prometeu, uma história honesta e crua.
Do jeito que a história acabou, gostaria que continuasse mais algumas temporadas. Desse mesmo ponto, só mudando a morte do Walt mesmo. Seria legal ver os desdobramentos de Walt preso e Jesse liberto. A série para justamente porque o Vince Gilligan não quer continuar, e realmente sem ele a série não teria sentido. Uma pena.
Registrado em: Sexta-Feira, 23 de Janeiro de 2009 Mensagens: 1.421 Tópicos: 28 Localização: Nova Friburgo
Twitter: @SBDA_
Grupos: Nenhum
PedroJungbluth escreveu:
Não achei o supra sumo não, mas foi honesto e correto.
Era só isso que eu pedia. Era só isso que eu queria.
PedroJungbluth escreveu:
Alguns devem se decepcionar porque não teve nenhum grande segredo revelado u algo assim. Mas achei que seguiu o que o roteiro sempre prometeu, uma história honesta e crua.
Era só isso que eu pedia. Era só isso que eu queria.
Por isso que eu reafirmo, pra mim foi perfeito.
_________________ 'I don't think you understand. I didn't come to rescue Rambo from you. I came here to rescue you from him.'
Registrado em: Sexta-Feira, 8 de Abril de 2005 Mensagens: 671 Tópicos: 2 Localização: Rio de Janeiro
Grupos: Nenhum
5x16
Sei lá, gostei mas...
Spoiler:
Achei meio convencional, não teve aquele "tcham" que faz um finale ser memorável, como Sopranos ou Six Feet Under. E não achei muito emocional, tirando a cena com Skyler. Disso ninguém pode reclamar do final de LOST, por exemplo.
Foi previsível e certinho demais: nazistas fuzilados, Lydia e a ricina, Walt mata Jack, Jesse mata Todd, Walt perdoa Jesse, Jesse não consegue matar Walt. O Alan Sepinwall comentou isso, tudo deu certinho demais enquanto que os planos do Walt sempre sofrem de reveses. Senti falta de mais momentos surpreendentes como a morte do Gus, nunca esperava a bomba surgir daquele jeito.
Gostei de três coisas: Walt ameaçando Gretchen e marido, as luzinhas aparecendo foi demais; a despedida de Walter e Skyler e a confissão dele; o modo como usou a metralhadora.
E por mais que tenha me irritado nessa temporada, Jesse apareceu muito pouco. Já esperava que sobrevivesse, não foi à toa que apareceu associado a insetos tantas vezes, eles sobrevivem até uma hecatombe nuclear. Não sei ele fugindo foi o melhor destino pro personagem. Agora ele sente alegria por fugir, daqui a pouco começa a se lamentar pela Andrea e ficar de mimimi de novo. Não tem mais dinheiro, o DEA sabe de seu envolvimento com Walt, as digitais dele devem estar por todo o laboratório de metanfetamina. Vai acabar preso cedo ou tarde.
Terminar fugindo parece um falso final feliz, para compensar o que ele passou e por ser o queridinho dos politicamente corretos. Preferia que ele mudasse de idéia e atirasse no Walt pelas costas (covarde como é) e ao tentar fugir pelo portão fosse pego pela polícia.
Skyler ao menos teve um final bem amargo, não merecia menos. Walt não é o único que cometeu erros.
Registrado em: Domingo, 29 de Julho de 2007 Mensagens: 1.134 Tópicos: 11 Localização: Nowhere
Grupos: Nenhum
As mortes foram quase meio óbvios mesmo... massss
[spoiler]como foi perpetrado é que foi genial... as always vindo de Walt
Digo óbvio, pq sabiamos que ele mataria o bando nazi, mas a engenhoca dele foi surreal!
E a morte de Todd TINHA que vir pelas mãos de Jesse !
E que lindo o acerto de contas dos dois, tipo meio redenção, perdão, expiação...sei lá...
A ricina era p/ a felina \0/
Não creio que Walt tenha matado Lidia por redenção, vingança. Fez mais pelo orgulho de sua "baby blue". Qd ficou sabendo que a meta ainda estava sendo vendida e com seus padrões, ele pirou.
Acho que queria que sua meta azul morresse com ele.
By the way, uma das grandes discussões de BB foi da justificativa de Walt de que se meteu no mundo do crime pela família...
Editado pela última vez por Sede em Terça Outubro 01, 2013 07:41, num total de 1 vez
Registrado em: Sexta-Feira, 8 de Abril de 2005 Mensagens: 671 Tópicos: 2 Localização: Rio de Janeiro
Grupos: Nenhum
BREAKING BAD SE DESPEDE DO PÚBLICO Por Fernanda Furquim
Spoiler:
Neste final de semana, a série Breaking Bad fez sua despedida, encerrando a trajetória de Walter White, o professor de química que, ao descobrir sofrer de câncer, passa a fabricar drogas para poder deixar dinheiro para sua família. Ao longo do caminho, ele redescobre o prazer de estar vivo, se torna obcecado pelo poder e destrói a vida de todos aqueles que o cercam. Vince Gilligan, o criador da série, dizia que seu principal objetivo era oferecer uma história na qual o público pudesse acompanhar a transformação do herói em vilão. Esta mudança se deu ao longo de cinco temporadas, mostrando a cada passo dado por Walter as razões pelas quais ela ocorria.
Mantendo o foco em seu objetivo, Walter justificou para si mesmo, seus colegas e sua família, cada decisão que tomou. No fim, reconheceu que, tudo o que fez, ele fez por ele. Pelo prazer de saber que podia, pelo prazer de ver que conseguia e pelo prazer que tudo aquilo que lhe dava de viver. Ainda assim, Walter permaneceu obcecado em realizar seu objetivo inicial: garantir a sobrevivência de sua família. Agarrando-se a esta ideia até o final, Walter se manteve vivo perseguindo um sentido moral que o diferenciava dos criminosos com os quais lidava.
Esta diferença se tornou ainda mais evidente nos últimos episódios da série, quando os roteiristas começaram a conduzir a trama para o seu final. No momento em que a família de Todd assume o comando da situação, Gilligan mostra para o público que, se as coisas eram ruins com Walter, pior sem ele. A família de Todd não tem relação afetiva com os personagens que fazem parte do mundo de Walter, nem tampouco a necessidade de buscar uma justificativa moral para seus atos. Eles são criminosos.
Encaminhando a trama para seu duelo final, Gilligan tirou Walter de seu leito de morte para limpar a cidade e salvar aqueles que estão em perigo (por sua causa). Gilligan não conseguiu manter a transformação de Walter. No fim, ele se tornou herói. Não o tipo de herói bonzinho, com a moral elevada e se sacrificando em nome do bem mas, ainda assim, herói. Em sua missão de vingança ele fez o bem.
Foi um final satisfatório, como prometido por Gilligan, mas não necessariamente bom. O episódio serviu para aparar as arestas e dar um fim à história. Gilligan facilitou a vida de Walter, permitindo que ele fosse bem sucedido em seu plano, sem passar por qualquer tipo de aperto. Desta vez, não ocorreu nenhuma situação inesperada que forçasse Walter a elaborar rapidamente um plano B. Sozinho, tudo que Walter planejou deu certo.
Desde a morte de Hank, a polícia desapareceu da história. Depois que Walter garantiu a Skyler sua liberdade, a polícia é apenas mencionada. Sabemos que ela está à caça de Walter, mas sua participação no desfecho da série não passa disso. Fugindo da justiça, se escondendo e tentando sobreviver, Walter não tem nada a temer. Ao voltar para casa, ele não tem o menor problema em circular livremente pela cidade, chegando facilmente nos lugares que deseja e falar com quem precisa.
O final da série inicia com uma situação que merecia ser desenvolvida em um único episódio. Walter reencontra Gretchen e Eliott, o casal milionário que fez sua fortuna no ramo farmacêutico e que chegou a se oferecer a pagar as custas do tratamento médico de Walter no início da série. Este se recusa, por não aceitar caridade. A história dos três não chegou a ser desenvolvida, ficando apenas a ideia de que algo tinha ocorrido que levou Walter a se afastar da sociedade sem receber sua parte nos lucros da empresa.
O casal retornou à história a pedido de um fã. Em fase terminal de câncer, o rapaz conheceu Gilligan, que perguntou a ele o que gostaria de ver no final de Breaking Bad. Este respondeu que gostaria de rever Gretchen e Eliott. Assim, o casal reaparece no final do penúltimo episódio, levando Walter a procurá-los. Não para se vingar do que eles tenham feito a ele, não para cobrar satisfações, mas para exigir deles sua colaboração. Walter dá eles o resto do dinheiro que guardou, cerca de 9 milhões de dólares, com a condição de que eles utilizem o dinheiro para garantir o futuro de seus filhos, Walter Jr. (que voltou a adotar o nome de Flynn) e Holly. A ideia é boa, mas a ameaça que ele faz para garantir a colaboração do casal é incrivelmente fraca. Walter convence os dois que eles ficarão eternamente na mira de assassinos profissionais caso não cumpram com o acordo.
Walter não teve problemas para chegar na casa em que Gretchen e Eliott moram, nem tampouco para sair do local. Também não teve problemas de chegar em Skyler ou de executar seu plano de vingança, o qual deu à sua família segurança e paz. Tudo funcionou conforme planejado. Walter termina seus dias sob seus termos. Para uma série que desafiou a moral, Breaking Bad ofereceu um final moralista.
Embora Walter tenha escapado da justiça, na sua vingança, ele faz o bem. Walter salvou Jesse, matou todos os bandidos, incluindo Lydia, e garantiu a segurança de sua família (financeira e física). No processo, foi punido, perdendo tudo aquilo que amava: sua família, seu trabalho (se é que pode ser classificado desta forma) e sua vida, deixando para trás pessoas emocional e psicologicamente destruídas por sua existência.
Fonte:
Coluna da Fernanda Furquim (Veja) _________________ Quero dizer... na essência, o seriado é constantemente sobre a Fé versus a Ciência. Muitas das coisas que acontecem estão nessa linha de discussão. Isso aconteceu naturalmente ou existe uma explicação lógica? E qual delas é a correta? Isso basicamente é Lost, e nós gostamos da ambigüidade dessas duas escolhas que fazemos porque permite que a audiência debata e participe das discussões sobre o seriado. (Carlton Cuse)
Acredito que um punhado de gente vai concordar comigo quando afirmo que, na noite do último domingo, teve fim uma das narrativas mais brilhantes e envolventes que a indústria do entretenimento foi capaz de produzir. Sim, é claro que estou falando de Breaking Bad, e cabe avisar de antemão que, assim como um omelete não pode ser feito sem quebrar os ovos, este texto também não poderia existir sem uma dose considerável de spoilers. Assim sendo, caso você ainda não tenha assistido ao desfecho da saga de Walter White, acho que, infelizmente, a leitura termina por aqui. Com os que porventura permanecerem, divido minha impressão de que o mundo precisará dar algumas voltas antes que surja uma atração televisiva com nível de excelência semelhante ao da que foi criada, escrita e dirigida por Vince Gilligan. Quanto a este aspecto especificamente, como deixar de se perguntar sobre qual justiça traz este tardio Emmy de melhor série, conquistado no apagar das luzes e com jeitão de prêmio de consolação, quando a obra já há muito fora aclamada pelo público (durante a 5a temporada, considerando apenas os números da TV norte-americana, mais de 6 milhões de telespectadores por episódio) e pela crítica (segundo o Guinness Book, a série é a mais bem avaliada de todos os tempos)?
Idiossincrasias hollywoodianas à parte, vamos ao que interessa: o fim de Breaking Bad. Estando ainda sob efeito do derradeiro capítulo, que acabei de assistir faz alguns instantes, não sei ao certo que opinião ter a respeito. Parece tratar-se de uma daquelas situações em que é preciso afastar-se um tanto do objeto observado para compreender de que forma este se relaciona com o contexto em que está inserido; ou talvez minha hesitação em classificar o que vi como um ponto final mais do que digno para o enredo que acompanhei devotadamente ao longo de cinco anos se deva a uma expectativa tão irreal quanto fantástica, construída a partir de constantes reviravoltas no destino de seus protagonistas, cada uma mais surpreendente e fascinante do que a anterior. A bem da verdade, se os criadores da série tivessem optado por um final algo diferente do que de fato se deu, os fãs que torciam por uma solução mágica (ainda que secretamente) – uma última bifurcação na estrada antes do inevitável encontro com o precipício – seriam os mesmos a condená-la por desrespeito à lógica, as suas inteligências ou às peculiaridades dos personagens envolvidos. Afinal, eis aí uma história que teve na coerência um grande trunfo, possivelmente por nunca ter estado ao sabor dos humores da audiência, uma vez que possuiu a rara característica de já ter sido escrita do princípio ao fim antes de estrear.
Deste modo, de acordo com o que foi sugerido ainda no primeiro capítulo da série, confirmou-se que a ampulheta de Walter White nunca deixou de correr. Seja por conta da doença mortal que adquiriu ou por consequência direta de seus atos criminosos, o pacto firmado entre roteiristas e audiência foi respeitado integralmente, e sua trágica morte um desdobramento mais do que previsível da jornada por ele percorrida. Para mim, o que há de mais interessante, no entanto, é pensar que ali, estirado no chão do laboratório, jazia um homem que de um jeito ou de outro sempre esteve condenado, mas que, antes de cumprir sua sentença, conseguiu impor, uma a uma, todas as suas vontades, apesar de tudo e contra todos. Evidências disso são a engenhosa estratégia adotada para fazer com que seu dinheiro sujo chegasse muito bem lavado às mãos dos filhos (ainda que estes não o desejassem), a forma espetacular com que se livrou de todos os seus inimigos e até a libertação definitiva de Jesse do martírio a que foi submetido, num primeiro momento, pelo próprio “Mr. White”. E talvez tenha sido essa a maior surpresa do capítulo de ontem, Pinkeman, o explosivo e desequilibrado trapalhão, que tantas e tantas vezes cavou sua cova, escapou ileso para desfrutar de um futuro permeado por tenebrosos fantasmas e caixas de madeira concebidas na marcenaria de seus sonhos. A despeito de todos os aspectos mencionados, um em especial merece consideração: diferente do que se poderia imaginar, Walt não foi capturado pelo câncer ou pela polícia; o que deu cabo de sua vida foi tão somente a parte menor de um bem sucedido plano de vingança, ou alguém aí duvida que ele saiu de seu gélido exílio não para entregar-se ao departamento de narcóticos, e sim para morrer de um jeito um pouco menos deplorável?
Na conversa que teve com a mulher, Walter finalmente confirmou o que eu e muita gente suspeitávamos. A necessidade do dinheiro sem dúvida serviu bem ao proposto de justificar ter se enveredado pelo mundo cão, mas é inegável que ele também gostou desse jogo. Tornar-se um gênio do crime, alvo prioritário da lei e de seus oponentes, traduziu-se como uma obsessão, uma espécie de acerto de contas com a vida, onde sempre lhe coube o papel de perdedor ou de coadjuvante. Foi necessário que se passassem 50 anos e que se apresentasse a ameaça de uma doença fatal para que o professor de química acima de qualquer suspeita, cuja biografia seguia a passos largos para a insignificância, encontrasse sua porção mais sombria, a mesma que, em suas palavras, o fazia sentir-se vivo. Curiosamente, isso me faz lembrar de uma cena da primeira temporada que, a meu ver, é uma das mais emblemáticas de toda a série. No banheiro da clínica de oncologia, após receber a notícia de que seu câncer havia regredido, num acesso de fúria, Walter esmurra o dispositivo de papéis-toalha, penso eu, por ter se dado conta de que seria preciso conviver com sua reprovável conduta por muito mais tempo do que em princípio havia previsto. Foi naquele instante que nasceu Heisenberg. Na cena que encerra seu drama, derrotado pelo ferimento de uma bala que ele mesmo disparou, o semblante era sereno. Alívio pelo fim do calvário particular ou satisfação por, mais uma vez, como sugere a célebre música de Frank Sinatra que dá título a este post, constatar que sua sorte fora selada pelas próprias mãos? _________________ 'I don't think you understand. I didn't come to rescue Rambo from you. I came here to rescue you from him.'