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23/05/2010
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25/05/2010
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6x17/18 - The End
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Decisão do 3º Lugar: Alemanha 3 x 1 Portugal |
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Borghí
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Sexo: 
Registrado em: Domingo, 9 de Julho de 2006 Mensagens: 1 Tópicos: Nenhum
Grupos: Nenhum |
OS NÚMEROS JOGAM FUTEBOL?
Por Marcello Pereira Borghí
Comecei a escrever essa crônica em uma data incerta, algumas semanas antes de começar a 18ª Copa do Mundo de Futebol – E fui reescrevendo até chegar o momento de agora. Poucas horas antes da final –. Dentro de um ônibus de linha urbana, eu conversava com uma de minhas companhias favoritas para discutir futebol. Meu filho.
Falávamos sobre o favoritismo exagerado que rondava a seleção brasileira. Meu medo despertou. O estilo retrancado e voltando a ser carrancudo de Parreira, vitorioso em 1994 encontraria algumas seleções que me pareciam perigosas. Não demos muita sorte no sorteio e a sorte poderia ir nos abandonando durante a competição.
Falando em sorte, fui, nos dias subseqüentes me lembrando dessa palavra associada a mundiais e à Seleção Brasileira. Lembrei-me que ela nos faltou nos momentos mais favoritos – 50, 66, 74, 78, 82, 98 – favoritismo e sorte só andaram de mãos dadas mesmo em 62 – meso após o afastamento de Pelé.
62, por sinal, termina em 2, igualmente ao bi que veio naquele ano. Mas isso iremos tratar mais adiante.
Voltando a falar de sorte, lembrei de uma entrevista do Galvão Bueno, se não me engano para o Jô Soares, pouco depois da Copa de 94. Ele dizia que já estava se sentindo pé frio... ele e o Luciano do Valle, que começaram a narrar copas em 74, logo após o tri, e passaram-se 24 anos até que os dois narrassem o tetra... nossa quanto 4! Pois bem. Falando em sorte, tem o pé frio da era Zico, mas não quero tocar nesse assunto.
Votando aos locutores citados, me identifiquei com aquele comentário. Estava também achando que meu pé era frio, pois em 70 eu tinha 4 anos, só comecei a entender o que era Copa, Seleção, na seguinte... ou seja, estreei como torcedor junto com eles,e também levei os mesmos 24 anos de suor, lágrimas e rouquidão para vibrar com o título, já com 28 anos.
À partir daí, ficamos mal acostumados... chegávamos em todas as finais de todas as competições. Ganhávamos a maioria. O favoritismo pela estrela criou estrelismos.
E eu comecei a duvidar de um título ao ver a reprise de um filme que eu já tinha visto tantas vezes. Um favoritismo que não se confirma. Uma seleção marcada pela máfia como a de 82 e que se ganhar o tetra, vai fazer tudo acabar em pizza, literalmente. E 7 equipes que eu acreditava poderiam ser as pedras no caminho. A anfitriã, que era mais fraca defensivamente do que de costume, mas estava aprendendo a jogar mais solta. Los hermanos, que tinham a melhor geração de craques da história... um conjunto que não existia nem na época do bambino. Os inventores, que contavam com um meio campo extremamente qualificado e um potencial de ataque invejável, mas que no fim das contas, chegou manco em campo. Os vikings que vinham com um quarteto poderoso. A esquadra, pela semelhança de 82, num país que também terminhava com a sílaba “nha”, um atacante com as mesmas vogais, ter perdido a segunda copa em casa para os atuais anfitriões e outras coisas mais – e olha só, 4 europeus, como não acontecia desde 82... e três deles eram os mesmos. Os patrícios, que vinham com um conhecido e vitorioso comandante que sabe, como poucos, tirar o coração do peito e colocar na ponta da chuteira. E os azuis, que vinham amadurecidos, com um conjunto de 12 anos – número importante pra eles – e não iriam, apesar de desacreditados, deixar escapar de novo tão fácil.
Porém, era de se imaginar que chegaria quem deveria chegar. Não haveriam grandes surpresas, afinal, Copa na Europa é feita pra Europa. Não acredito que deveremos ter um campeão inédito.
Ah, sim... voltando a 62... uma última brincadeira numérica: os números pares de títulos do Brasil coincidem... senão, vejamos: 60 e BI(2); 90 e TETRA(4); 2000 e HEXA(6)? Será?
Descobrimos, Galvão e Luciano porque esperamos 24 anos. Se o Bi não viesse com o favoritismo em 62 (logo após o título de 58), só viria em 82 – ainda bem que veio.
Como o Tetra que não veio com o favoritismo em 74 (logo após o título de 70) aí só em 94 – e de fato veio.
E o Hexa? Se não vier com o atual favoritismo em 2006 (logo após o título de 2002) – e não veio mesmo – só em 2026.
Por favor, caros números, não façam a gente esperar 24 anos de novo.
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Marcello Pereira Borghí é jornalista e escritor.
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