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Manu

A TV online está em risco?

A TV online ganhou um balde de água fria nesta semana. O Google declarou que a televisão com transmissão de qualidade na internet é uma ilusão. Segundo a empresa mais popular da web, a rede mundial de computadores não foi planejada para a transmissão de vídeos em alta resolução. Impor esta tarefa pode desestabilizar seu funcionamento.

Será que esta informação é verdadeira ou é apenas uma estratégia do Google para turbinar o recém-adquirido YouTube, que terá a concorrência do Joost?

O Joost é um software de transmissão de vídeos em alta resolução dos mesmo criadores do Skype. Por enquanto, ele está em fase de testes e é preciso um convite para utilizá-lo. Quem já testou ficou impressionado com a qualidade oferecida.

O serviço contrasta com a "baixa qualidade" de imagens do YouTube. Uma das grandes invenções da internet, o site é reconhecido pela facilidade com que qualquer pessoa pode assistir e/ou divulgar vídeos. Para isso, não disponibiliza imagens em alta definição, chegando ao máximo de 425 linhas por 350. A transmissão de HDTV tem, no mínimo, 1280 x 720.

Desde a aquisição pelo Google, o YouTube vem sofrendo grandes baixas na oferta de vídeos. Apesar de uma recente pesquisa indicar que a disponibilização de programas online incrementa a audiência da televisão, as emissoras ainda torcem o nariz ao ver seu conteúdo oferecido sem proteção pela internet.

Além disso, com o sucesso do YouTube, cresceu o policiamento sobre os vídeos disponibilizados. Após fracassar em um acordo com o site, a Viacom solicitou a retirada de todo seu conteúdo protegido por copyright. São mais de 100 mil vídeos, entre eles muitos videoclipes da MTV e do VH1.

A Fox também conseguiu a retirada de uma série de vídeos de 24 Horas e dos Simpsons. Daniella Cicarelli… bom, todo mundo sabe a história.

Nesta semana a NBC, parceira do YouTube, também demonstrou descontentamento com o serviço. A emissora norte-americana, que disponibiliza trechos de seus programas no site, não está nada satisfeita com a proliferação de conteúdo protegido por copyright.

"O YouTube precisa provar que vai implementar os filtros necessários em sua plataforma", afirmou Jeff Zucker, presidente da NBC Universal. Ele faz referência a proibição de vídeos pornográficos e de racismo. "Eles têm capacidade. Fica a pergunta se têm o desejo."

Será que a convergência entre televisão e internet, tão festejada por muitos, começa a ficar em risco?

Fonte: Poltrona. TV