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Música-Conto de Natal. |
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Autor |
Mensagem |
Canto do Micro
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Sexo: Idade: 54Registrado em: Domingo, 20 de Agosto de 2006 Mensagens: 21 Tópicos: 6 Localização: Rio de Janeiro
Grupos: Nenhum |
Você pode ouvir a música
aqui.
Tradução da Letra:
"Numa cidadezinha daquelas onde todo mundo conhece todo mundo vagava uma andarilha que ninguém conhecia.
Seu único amigo era um garotinho que lhe trazia chá e restos de cozido.
Naqueles invernos infernais de dezembro ele catava moedinhas sujas no chão frio para a andarilha, e enquanto sua mãe fazia as compras de natal ele dizia à andarilha:
- Vem, entra. Esquenta seus pés enquanto me conta histórias - ele dizia.
Então, ela contava:
- Eu sou um produto da guerra. Minha mãe nunca soube o que ela podia ter sido, e meu pai vivia caído, bêbado, no chão.
Ela contou que empurrava uma carrocinha, que tinha chaves sem fechaduras e violões sem cordas, e tinha um quebra-cabeças que não poderia ser terminado.
- Essa é minha casa, essas coisas quebradas - ela disse.
Mas o menino continuou a crescer e foi instruído nas escolas a não falar com estranhos nem dar comida aos idiotas. Cresceu e, longe, acabou por se esquecer da andarilha que foi forçada a se mover de um lugar para outro.
Ela disse:
- Acho que é natureza dele se tornar um oficial da lei. Meu velho amigo vai ter uma arma para me proteger dos bêbados do bar que jogam pedras em mim. Ele sempre pareceu ser do tipo que ajuda os outros. Então, eu vou encontrar ele enquanto ele está na ronda e vou dizer "Se lembra de mim? Sou aquela senhora a quem você dava moedinhas que encontrava na rua".
Quando ela o encontrou não viu mais aquele garotinho que puxava os matinhos no chão do ferro-velho. Ela se viu frente a frente com um soldado carrancudo e vazio, rindo com sarcasmo e balançando um cacetete:
- Você não sabe que não pode ficar aqui? - disse ele. - Você vai atrapalhar o comércio e deixar as crianças com medo. Vai vagabundear em qualquer outra cidade. Se manda, ou eu prendo você.
- Mas, seu guarda, eu lembro de você com tanto carinho - disse ela. - O garotinho que me dava restos de cozido e me levava pra perto do quentinho da lareira. Aquelas centenas de moedinhas me compraram todas essas roupas.
- É contra a lei trabalhinho de vagabundo! É contra a lei comer! É contra a lei ter alguma coisa mais do que os sapatos furados no seu pé. E agora eles põe grades em volta dos bancos da praça então acho que deve ser ilegal dormir também.
- Eles enterraram alguma coisa dentro de você, seu guarda, nesse seu coração gelado. Cava bem fundo que você vai me encontrar: eu vou tá lá, sem nenhuma novidade, vou tá de coração partido com frio, gelada e sozinha. E meu caixão vai ser uma lata de lixo e ninguém nem mesmo vai notar.
Mais tarde, enquanto ainda estava na ronda, ele olhou pro seus pés e viu uma moedinha suja e isso lhe fez pensar em uma velha história de uma mulher que empurrava um carrinho e no menino que a alimentava e a ajudava.
E ele soube o que deveria ter no fundo de seu coração...
- Onde mesmo ouvi essa história? Hei, que história boa pra se espalhar.
E aí de vez em quando ele contava essa história para seu filho, antes de dormir."
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