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rcampos · **Enviada:** Sábado Janeiro 13, 2007 23:03 | **Assunto:**

Professora pode pegar prisão por spyware

A professora Julie Amero, de Windham, Connecticut, Estados Unidos, dava aula para um grupo de dez crianças, entre 12 e 13 anos, quando o computador da sala começou a mostrar imagens de sites pornográficos.

A mulher de quarenta anos, que esperava julgamento desde o incidente, ocorrido em 19 de outubro de 2004, foi considerada culpada e pode pegar até 40 anos de prisão.

Testemunhas de defesa alegaram que as imagens pop-up de casais transando eram resultado de um spyware, mas o júri de seis pessoas rejeitaram o argumento e, após deliberação de duas horas, declararam a professora substituta de inglês culpada de quatro acusações de risco de danos aos menores.

Entre as imagens mostradas no computador da sala da escola Kelly Middle School estavam imagens de sites como meetlovers.com e femalesexual.com, além de outros sites. Para a acusação, tais imagens só apareceram porque a professora visitava ativamente estes sites.

Julie Amero declarou que não conseguiu controlar os pop-ups. "Os pop-ups nunca paravam. Eram contínuos". O promotor de acusação David Smith questionou por que ela simplesmente não puxou o PC da tomada.

Mas, o especialista em computadores W. Herbert Horner diz que foi encontrado no computador investigado um spyware, ligado a um aparentemente inocente site de penteados. Para piorar a situação, o programa de defesa da escola, que poderia ter bloqueado estas imagens, estava com sua licença expirada.

Após ouvir testemunho dos estudantes e de um especialista da polícia, o júri rejeitou a declaração de pânico da professora. Para Mark Lounsbury, investigador de crimes em computador, os sites foram acessados por Amero e requeriam interação do usuário.

David Smith concluiu: "Você precisa fisicamente clicar nisto para entrar nesses sites. Eu acho que a evidência é decisiva de que ela tinha intenção de acessar esses websites".

Baseado em acusações de que o júri começou a discutir o julgamento em um almoço num bar, os advogados da professora pediram anulação do julgamento. Os jurados negaram as acusações e tiveram seu veredicto levado em conta.

John Cocheo, advogado de defesa de Julie Amero, diz que pretende apelar à decisão. A sentença do caso deve ser dada em nova audiência no dia 2 de março de 2007. A família da ré, presente no julgamento, se recusou a comentar o veredicto.