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VIRANDO O JOGO: PRODUTORES DE LOST TOMAM MEDIDAS PARA ALAVANCAR AUDIÊNCIA NA SÉRIE NOS EUA

Não dá para negar: se ainda há a badalação em torno de "Lost", a audiência nos EUA já não é a mesma que fez da série um fenômeno em sua primeira temporada.

Neste terceiro ano do programa, o público americano que acompanha as aventuras de Jack, Locke e companhia pela TV caiu em 12% em relação à média de audiência de seu ano de estréia - uma queda bastante significativa. E agora?

A resposta que vem dos produtores aponta que tudo (ainda) vai bem para a série da misteriosa ilha; mas ao mesmo tempo, a situação pode melhorar - aliás, precisa melhorar. "Somos cobrados a cada episódio. Não há espaço para erro", confessa o produtor-executivo, roteirista e co-criador de "Lost" Damon Lindelof em entrevista à revista Entertainment Weekly.

O motivo de tanta exigência, claro, diz respeito à queda de audiência exclusivamente na TV - sim, porque a série continua sendo uma das mais gravadas (para ser assistida mais tarde) nos EUA e figura entre as campeãs de download pela internet.

"As pesquisas mostram que, em grande parte, o público que começou a acompanhar a série em seu início continua conosco, apesar de estar assistindo a 'Lost' de formas diferentes", afirma o também produtor-executivo e roteirista Carlton Cuse.

Sim, mas isso em nada alivia a pressão por uma melhor audiência televisiva. E para tentar levar "Lost" de volta à lista dos programas mais assistidos nos EUA, os produtores da série tomaram uma série de medidas. Por exemplo, cortar rapidamente os elementos da trama que não emplacam junto ao público americano - e dois deles foram justamente os personagens de Rodrigo Santoro, Paulo, e sua namorada Nikki, vivida por Kiele Sanchez.

Por não terem conquistado a simpatia da audiência, Paulo e Nikki foram rapidamente limados da série em um episódio que continha várias idéias que originalmente seriam desenvolvidas aos poucos - a idéia inicial seria a de tê-los por mais tempo na ilha.

"Uma vez que o público não gostou deles, tivemos que 'limpar a bagunça'", contou Lindelof.

Outro caminho para tentar reconquistar os fãs que abandonaram "Lost" e manter os que ainda permanecem fiéis à série é atender a um pedido antigo do público e dos executivos da ABC, emissora que exibe e produz a série: dar mais respostas para os mistérios da ilha.

Esta terceira temporada está cheia delas: nesta nova fase de "Lost", os americanos - e os que baixam os episódios pela internet - já ficaram sabendo o significado das tatuagens de Jack (um dos temas do próximo episódio a ser exibido no Brasil), a razão da paralisia de Locke e a identidade do pai do filho de Sun. E não só mais soluções para outros enigmas como também eventos grandiosos - como mortes e batalhas - circulam como fortes rumores que devem se confirmar na telinha até o fim deste ano da série.

Uma outra medida para alavancar a audiência? Tentar acertar uma data para o fim de "Lost" - uma forma de assegurar ao público de que não há o risco de a série se tornar uma "enrolação eterna", medo de muitos fãs. Por isso, produtores e executivos estão tentando chegar a um consenso. "As discussões sobre este assunto continuam", garante Carlton Cuse.

Apesar de uma quarta temporada de "Lost" já estar garantida, os produtores sabem que não podem mais se dar ao luxo de perder tanto público. E as táticas adotadas para essa "virada de jogo" na audiência parecem animá-los na expectativa pela reconquista do grande público. Damon Lindelof não perde a chance de afirmar: "Acreditamos que até o fim desta temporada teremos recompensado nossos espectadores. Podem acreditar em nós. Vocês verão".

Fonte: Séries etc