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LostBrasil - Índice do Fórum » Cinema  » Acervo » [info] The Fountain

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 [info] The Fountain « Exibir mensagem anterior :: Exibir próxima mensagem » 
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Camee
MensagemEnviada: Segunda Janeiro 30, 2006 15:27  |  Assunto: [info] The Fountain Responder com Citação





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The Fountain




Se passando em mais de dois mil anos, e em três histórias paralelas, The Fountain é uma história de amor, morte, espiritualidade, e a fragilidade da nossa existência nesse mundo.



Gênero: Drama/Ficção Científica
Duração: (indefinido)
Ano de Produção: 2005/2006
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky
Produção: Warner Bros, Regency Entreprises
Elenco: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn, Cliff Curtis, Sean Gullette, Mark Margolis, Donna Murphy, Sean Patrick Thomas

Trailer.
Site oficial.


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Camee
MensagemEnviada: Segunda Janeiro 30, 2006 15:36  |  Assunto: Responder com Citação





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Hugh Jackman. Rachel Weisz. DARREN ARONOFSKY!!!!

'nuff said.



um idiota como o Brad Pitt para sair de um projeto do freaking Aronofsky! para fazer Tróia...

Citação:
Em 2002, escritor/diretor Darren Aronofsky escalou Brad Pitt e Cate Blanchett para os papéis principais de Tom e Izzi, com um orçamento de $75 milhões. Durante a pré-produção, Pitt e Aronofsky estavam tendo diferenças criativas, então Pitt saiu para filmar Tróia (2004) e as filmagens foram canceladas. Em 2004, com um orçamento menor de $40 milhões, Aronofsky escalou Hugh Jackman como Tom e Rachel Weisz substitui Blanchett como Izzi.


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Klen
MensagemEnviada: Segunda Janeiro 30, 2006 15:44  |  Assunto: Responder com Citação





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Mas, o Brad Pitt não é episódioítome de sanidade, não. Trocou a Jennifer pela praga da Angelina (sim, odeio a Angelina. A única coisa boa dela é o Maddox. E estou shitting e andando para os fãs dela).

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Camee
MensagemEnviada: Segunda Janeiro 30, 2006 16:18  |  Assunto: Responder com Citação





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Klen escreveu:
Mas, o Brad Pitt não é episódioítome de sanidade, não. Trocou a Jennifer pela praga da Angelina (sim, odeio a Angelina. A única coisa boa dela é o Maddox. E estou shitting e andando para os fãs dela).


Eu não sou fã da Angelina, mas por outro lado, nem da Jennifer.
Aliás, pode-se dizer o mesmo da Angelina, que trocou o Billy-Bob Thorton pelo Pitt. Eu não gosto muito do Pitt, e adoro o Billy-Bob, então acho que pode-se dizer que talvez eu também não seja episódioítome de sanidade.

*ahem*

Mas sabe, que se dane o Brad Pitt. Trocou o que vá possivelmente vir a ser um dos melhores filmes evah! pelas fezes que foram Tróia. Sinto pela infância traumática que terá o pequeno bebê Jolie-Pitt, mas ao menos ele terá a companhia do igualmente traumatizado bebê Holmes-Cruise.

[/rant]



É, o Aronofsky ruleia!


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ogro
MensagemEnviada: Segunda Janeiro 30, 2006 16:21  |  Assunto: Responder com Citação


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O Darren owna, o trailer desse filme tá no meu HD (isso é um privilégio, lol), e ele vai dirigir um episódio de LOST, nessa temp..

Could life get ay better? Laughing


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Camee
MensagemEnviada: Segunda Janeiro 30, 2006 16:34  |  Assunto: Responder com Citação





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Obi-1 escreveu:
o trailer desse filme tá no meu HD (isso é um privilégio, lol)

Could life get ay better? Laughing


Sei como você se sente. Também tenho o trailer aqui, que, aliás, é uma das coisas mais lindas que eu já vi na minha vida. Fazia tempo que eu não tinha ataques epiléticos causados por um trailer (ok, mentira, porque eu vi o trailer de Brokeback Mountain esses dias no cinema, mas enfim).

Eu acho que as coisas só poderiam ser melhores se o Aronofsky fizesse pelo menos um filme por ano. Isso sim me faria ser uma pessoa mais feliz.


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Dark-princess
MensagemEnviada: Terça Janeiro 31, 2006 08:16  |  Assunto: Responder com Citação





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Ele vai dirigir o 17* da segunda( Obvio)

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Marceleza_rs
MensagemEnviada: Segunda Abril 03, 2006 21:08  |  Assunto: Responder com Citação





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É to esperando por demais este filme e o Arnofisk (auhauhaua escrevi bem o nome dele) foi bem espertinho engravidou a Rachel Weiz e vão casar, esse filme até agora só trouxe coisas boas pra ele!!!

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Nabuco
MensagemEnviada: Quarta Setembro 06, 2006 17:00  |  Assunto: Responder com Citação





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The fountain é vaiado em Veneza

O aguardadíssimo The fountain, novo filme de Darren Aronofsky (Pi, Requiem para um sonho), foi exibido pela primeira vez ontem, no consagrado Festival de Veneza.

Ao final da sessão, porém, para a surpresa da atriz Rachel Weisz (O jardineiro fiel), presente na première, o público explodiu em vaias!

Alguns presentes descreveram o filme como "confuso" e "decepcionante". A reação imediatamente causou uma onda de polêmicas. Alguns websites defendem ardorosamente o filme, até mesmo ofendendo seus detratores. Nem os críticos da Variety foram poupados. Um deles foi chamado de "idiota" e seu texto, obra de "uma criança de 12 anos" por um grande site de cinema estadunidense (que perdeu totalmente a razão na grosseira defesa, vale dizer).

Weisz, noiva do diretor, não se abalou. "Eu acho maravilhoso que o filme seja tão diferente. Eu adoraria trabalhar com Darren outra vez", comentou.

Felizmente, não vai demorar muito para conferirmos por conta própria o longa e descobrirmos quem está certo - se é que isso é possível quando o assunto é algo tão subjetivo quanto a arte... O filme, batizado Fonte da vida por aqui, estréia no Brasil em 24 de novembro, simultaneamente aos EUA.

A trama costura três períodos históricos diferentes - a invasão do Império Maia pelos espanhóis 1535, a busca da cura do câncer nos dias atuais e o futuro nos confins do universo - através das aventuras de um explorador que encontrou a Fonte da Juventude e procura febrilmente uma maneira de vencer a morte e prolongar a vida da mulher que ama.

Hugh Jackman (X-Men), Ellen Burstyn, Sean Gullette, Sean Patrick Thomas e Donna Murphy completam o elenco.

Fonte: Omelete


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ogro
MensagemEnviada: Quarta Setembro 06, 2006 17:32  |  Assunto: Responder com Citação


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LOL

Crítica sux.

Hoje em dia tem que ir ver todos os filmes que achar interessante, e avaliar por si mesmo.

Como é que se confia na crítica que elogia Superman Returns a acaba com X3?! Confused


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haendeldias
MensagemEnviada: Quinta Setembro 07, 2006 14:44  |  Assunto: Responder com Citação





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ok, darren é ótimo e tudo mais..mas esse ai parece que não ser tão ótimo assim não, acho que tá muito fantasiado para o meu gosto.

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stickman
MensagemEnviada: Quarta Setembro 20, 2006 16:29  |  Assunto: Responder com Citação





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Da frigideira: A fonte da vida - Festival do Rio 2006

Na clássica seção Da Frigideira, o Omelete escreve sobre filmes aguardados no calor da saída do cinema. Desta vez, trazemos até vocês o polêmico e conturbado A fonte da vida. Leia agora a crítica do filme, que será exibido no Festival do Rio a partir de 21/9.

A Fonte da Vida (The Fountain, 2006) do talentoso cineasta Darren Aronofsky (Pi, Requiem para um sonho) tem provocado reações de amor e ódio. O projeto levou cinco anos para sair do papel e teve problemas a partir da pré-produção. Brad Pitt abandonou as filmagens por diferenças criativas com o diretor e foi naufragar em Tróia. Por conta disso, Cate Blanchett também saiu. O orçamento de 75 milhões de dólares foi reduzido para 35 milhões. Todavia, mesmo com todos esses percalços, o filme é brilhante. Um lindo poema sobre o amor entre duas pessoas e a aceitação da morte como parte da evolução e da vida.

A história foi escrita por Ari Handel e Aronofsky e produz enorme reflexão ao final da sessão, aqueles momentos únicos que só o cinema de qualidade consegue proporcionar. Não apenas as imagens, mas os temas e idéias permanecem na memória por dias. A narrativa é complexa, mas não é difícil de entender, basta querer pensar.

Nela, Hugh Jackman é Tommy Creo, um cientista que está em busca da cura do câncer. Para ele é pessoal, que Izzi (Rachel Weisz), sua esposa, esta morrendo com um tumor cerebral. A chance de sucesso chega juntamente com seu time de pesquisadores, que traz uma amostra de uma árvore singular das selvas da América do Sul. A planta pode ser a cura que ele tanto busca. Enquanto isso, Izzi escreve um livro sobre um conquistador (também interpretado por Jackman) que viaja para o Novo Mundo em busca da Árvore da Vida a pedido da rainha Isabel (também interpretada por Weisz). A terceira parte da história é passada no futuro, quando o cientista (ainda Jackman) viaja pelo espaço dentro de uma bolha junto com a tal árvore.

Pode parecer complicado, mas, ao final, algumas peças do quebra-cabeça se encaixam. Outras ficam inteligentemente vagas e cabe ao espectador decifrá-las. Dessa forma, não há uma solução definitiva para o filme já que seu entendimento em muito se deve às crenças e experiências da cada um.

O tema é conceitualmente denso e ao mesmo tempo rico emocionalmente. Da mesma forma que 2001 Uma odisséia no espaço (1968), do lendário cineasta Stanley Kubrick, provoca uma reflexão sobre a vida, a morte e a existência, A Fonte da Vida trilha um caminho parecido. Mas o combustível de Aronofsky é o amor.

Filosofias à parte, os saltos cronológicos do longa são apenas variações psicológicas do tema. o presente realmente esta acontecendo. As outras épocas ajudam a preencher algumas lacunas da história, mas a trama pode ser analisada de forma cartesiana através dos detalhes, como as tatuagens no braço do protagonista. O recurso dá espaço de sobra para que teorias sejam formuladas e essa é a brilhante proposta do cineasta. É fantástico que ainda existam diretres que procuram criar algo mais do que simples entretenimento.

Em relação as atuações, o filme também é um achado. Hugh Jackman (X-Men) revela um lado não conhecido pelo grande público. Ele é carismático. provou que sabe cantar e dançar (na Broadway ano passado) e aqui surpreende com uma interpretação emocionalmente devastadora. Conseguimos sentir sua essência em cada gesto e olhar. Suas cenas como o conquistador são boas. As do presente são tocantes e comoventes. As do futuro são brilhantes e complicadíssimas, que ele está sozinho e careca na bolha. E nesse ambiente restrito, consegue ser ao mesmo tempo um lunático, uma alma perdida e o Buda. Merece uma indicação ao Oscar.

Rachel Weisz (O jardineiro fiel) não fica atrás. Ela interpreta seu personagem que irá morrer sem os habituais clichês. Weisz proporciona níveis de complexidade, camadas de medo e aceitação, no pequeno espaço de tempo em que aparece. Ela tem olhos lindos e os usa para contar a sua história, registrada de maneira apaixonada pelo diretor - até porque eles são casados - e ele aproveita o tema para mostrar todo seu sentimento por ela.

Todo esse carinho ajudou na concepção de cenas belíssimas. Os recursos reduzidos não impediram Darren de ser criativo. Os efeitos especiais foram filmados num laboratório por meio de experiências químicas. Podemos até notar várias influências de Pi, seu primeiro filme. Temas como a busca incansável e a obsessão reaparecem. A diferença está na montagem. Se antes ela era picotada e com efeitos, agora Darren equilibra os cortes com sons para dar um compasso sutil ao filme. Tudo isso embalado numa trilha sonora hipnótica, escrita por Clint Mansell no estilo de Phillip Glass.

Definitivamente o filme não foi feito para ser exibido em multiplexes. Com certeza será, pelo nome dos astros envolvidos na produção, mas é bem capaz que os freqüentadores saiam revoltados do cinema, como aconteceu em festivais por aí. Mas quem consegue se despir de preconceitos e busca no cinema algo diferente, será recompensado com uma viagem inesquecível.

Fonte: Omelete

:D :D :D :D :D :D :D :D :D :D :D :D


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Earendil
MensagemEnviada: Sexta Novembro 24, 2006 10:40  |  Assunto: Responder com Citação





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Citação:
Dirigido por Darren Aronofsky. Com: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn, Mark Margolis, Cliff Curtis, Sean Patrick Thomas, Donna Murphy, Ethan Suplee.
Fonte da Vida, terceiro longa-metragem do cineasta Darren Aronofsky (depois dos ótimos Pi e Réquiem para um Sonho), é uma fábula filosófica que pode ser encarada como filhote contemporâneo de obras como 2001 Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, e Solaris, de Andrei Tarkovsky. Tematicamente ambicioso, o filme faz algumas opções narrativas que nem sempre se revelam eficazes, o que o enfraquece um pouco, mas, ainda assim, merece aplausos por sua inteligência e lirismo.

Escrito pelo próprio Aronofsky a partir de argumento concebido ao lado de Ari Handel, o roteiro narra uma história ambientada em três épocas diferentes: o século 16, o presente e o século 26. Em cada um destes períodos, Hugh Jackman interpreta uma figura envolvida, em maior ou menor grau, com as personagens encarnadas por Rachel Weisz: no passado, ele vive um conquistador espanhol designado para encontrar uma árvore que seria uma espécie de fonte da juventude; no presente, é um neurologista que pesquisa desesperadamente uma cura para o câncer antes que a doença leve sua jovem esposa; e, no futuro, ele surge como uma espécie de astronauta zen-budista que percorre o espaço em um globo transparente que também carrega uma antiga árvore.

Dotado de uma estrutura complexa que pode espantar o público a princípio, mas que eventualmente acaba se revelando elegantemente coesa, Fonte da Vida emprega uma cronologia fluida, saltando de uma época a outra com dinamismo através de pequenas costuras visuais: em certo instante, por exemplo, vemos uma fortaleza do século 16, na qual parte da história se transcorre, somente para percebermos (através de um movimento de câmera) que agora estamos vendo somente um quadro que retrata aquela edificação, que voltamos ao tempo presente. Da mesma maneira, ao longo da projeção há a inclusão de diversos planos similares uns aos outros que, como pequenas rimas, contribuem para tornar a montagem mais amarrada: planos-detalhe percorrendo textos escritos em papéis pautados; quadros que trazem bocas ingerindo alimentos; e, é claro, aqueles que mostram os dedos de Jackman se aproximando carinhosamente dos delicados pêlos da nuca de sua esposa e dos cílios da casca da tal árvore.

Outra imagem recorrente ao longo de Fonte da Vida é da maravilhosa nebulosa que serve como destino para o astronauta, que também surge, de maneira mais ou menos óbvia, em outros pontos da narrativa, como na clarabóia do centro de pesquisa. Aliás, o tom intensamente amarelado desta nebulosa serve quase como assinatura da fotografia concebida por Matthew Libatique, envolvendo em suas cores o museu de História Maia; sendo projetado por abajures e até mesmo tingindo a fonte dos créditos finais. Além disso, Aronofsky também emprega inúmeros círculos como rima temática e visual, numa referência clara ao ciclo de vida e morte que discute em seu roteiro. Assim, temos o plano plongé que mostra a circunferência perfeita formada pelo vestido da Rainha Isabel; a aliança de Tommy; o próprio globo que serve como espaçonave no século 26; e, é claro, o círculo de luz que envolve a escritora Izzy em um de seus momentos mais delicados.

Propondo uma discussão racional sobre a Morte, o filme busca apresentar uma interpretação desta como algo mais do que apenas o fim da Vida, mas também como reinício (daí os círculos) e libertação. Através das várias encarnações de seus personagens, o roteiro apresenta uma visão otimista, filosófica (em vez de fisiológica), da necessidade de aceitarmos nossa finitude como algo natural e até mesmo desejável e, mesmo que tenhamos dificuldades em abraçar esta tese, não como há como não admirar a maneira elegante com que Aronofsky a apresenta, incluindo-se,, o maravilhoso plano no qual o astronauta flutua em direção a uma intensa fonte de luz e que representa, ao mesmo tempo, Morte e Vida, que o quadro é composto de tal maneira a levar o espectador a associá-lo também com a visão que um bebê teria da luz presente no fim do canal do parto.

Em um ano no qual já encarnou (com o carisma habitual) o mutante Wolverine, homenageou Elvis Presley com a voz do pai de Happy Feet e enfrentou Christian Bale no fantástico O Grande Truque, Hugh Jackman oferece outra grande performance em 2006 como os três (ou dois, dependendo da interpretação de cada um) personagens de Fonte da Vida. Demonstrando um alcance dramático invejável, o ator encarna cada um daqueles indivíduos com intensidade absoluta, partindo do estoicismo de Tomás até chegar à serenidade do astronauta Tom, passando pelo sofrimento absurdo do pesquisador Tommy Creo. Enquanto isso, Rachel Weisz, mais limitada pela forma com que suas personagens são retratadas pelo roteiro, é hábil ao emprestar um encanto notável a Isabel e Izzy, levando o espectador a compreender por que estas inspiram Jackman a tantos sacrifícios. (Por outro lado, o livro escrito por Izzy, apesar de salientar o aspecto de fábula da narrativa, fragiliza o filme por ser desnecessário e por confundir o espectador no que diz respeito à “veracidade” dos incidentes passados no século 16.) Finalmente, Ellen Burstyn, protagonista do filme anterior de Aronofsky, desta vez não tem muito espaço em cena para mostrar seu talento, embora se saia muito bem em seus poucos minutos na tela.

Embalado pela maravilhosa trilha de Clint Mansell (cujo trabalho em Réquiem para um Sonho ainda representa um dos pontos altos da última década), Fonte da Vida talvez seja frio e racional demais para provocar um impacto emocional no espectador o que não impede que este aprecie, de forma igualmente instigante, a proposta intelectual da obra de Aronofsky.


23 de Novembro de 2006


Cinemaemcena.com.br

Estréia hoje! Very Happy


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Earendil está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Enviar Email
ogro
MensagemEnviada: Sexta Novembro 24, 2006 15:48  |  Assunto: Responder com Citação


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Issae.

Eu iria no cinema, mas como por motivos maiores não posso, é esperar que tenha um TS decente disponível até segunda-feira.


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Mouris
MensagemEnviada: Sábado Novembro 25, 2006 00:47  |  Assunto: Responder com Citação





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.

Fiquei irritadissimo porque não consegui assistir na Mostra. 11 horas da manhã não haviam mais ingressos.

Mas agora eu vejo. o/

Quem assistir, passa aqui rapido e diz o que achou, que esse filme tá um belo mistério...


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