Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
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Jobim diz que baiano não gosta de trabalhar
Salvador. Para quem é apontado como um potencial candidato à sucessão presidencial, o ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), incorporou o espírito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cometeu uma gafe durante discurso de improviso em Salvador. Falando para cerca de 200 marinheiros e representantes de organizações não-governamentais durante encontro promovido pela Organização Marítima Internacional, uma agência da Organização das Nações Unidas, Jobim comentou que baianos não gostam de trabalhar.
Pouco depois de cumprimentar as autoridades presente s ao encontro, entre as quais o governador em exercício da Bahia, Edmundo Pereira (PMDB), Jobim soltou a pérola que pode arranhar sua imagem perante nove milhões de eleitores baianos:
- Não trabalhem demais, porque isso baiano não gosta - afirmou, dirigindo-se aos marinheiros e representantes de ONGs.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), estava nos EUA e não participou do encontro. O antecessor de Jobim no ministério, Waldir Pires, que é baiano, não foi localizado pela reportagem para comentar a declaração de Jobim.
Mais tarde, em entrevista, Jobim procurou minimizar o estrago e esforçou-se para explicar a declaração infeliz.
- Não disse que o baiano não gosta de trabalhar. Disse que o baiano é inteligente, que sabe que trabalhar, e só trabalhar, dá neurastenia e intolerância. Agora, trabalhar com lazer e prazer, que é que o baiano faz, é o que traz a possibilidade de sorrir - afirmou.
O encontro de ontem foi realizado em Guarajuba, no litoral norte de Salvador, em um hotel à beira-mar. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Bahia, Saul Quadros, reagiu à declaração de Jobim.
- O ministro, a despeito de ser um grande jurista, certamente cometeu não só uma gafe imperdoável, mas ofendeu a todos que aqui nasceram, vivem e trabalham muito. Afirmações desse tipo só reforçam posturas preconceituosas que em nada somam para o engrandecimento da nação - revoltou-se.
De acordo com o presidente da OAB na Bahia, "a melhor postura para o ministro agora seria se retratar e pedir desculpas aos baianos."
No mês passado, o vice-presidente da Phillips no Brasil, Paulo Zottolo, cometeu indiscrição semelhante à do ministro da Defesa ao declarar que se o Piauí não existisse, o resto da população brasileira não daria falta do Estado.
A declaração do executivo provocou uma onda de protestos no Estado, incluindo a reação indignada do governador Wellington Dias e até o boicote de produtos da multinacional por parte da população piauiense.
É, está aberta a temporada das gafes preconceituosas.
Meses atrás foi o presidente da Philips dizendo que se o Piauí sumisse, ninguém ia se chatear. Mês passado, outro presidente, o nosso, declarou na 3a. Marcha das Margarida que tem "clareza de que o trabalhador urbano tem que contar o tempo de serviço, mas (...) se a gente quiser ver a cara de quem trabalha no campo, de sol a sol, a gente não precisa de documento. Do vagabundo, a gente precisa do documento, impressão digital e outras coisas mais."
Depois dessas pérolas, Jobim deve ter se sentindo à vontade.
É claro que uma autoridade, uma figura pública, deve ter um pouco mais de cuidado nas declarações. Concordo com o pessoal.
Mas vejo diferença entre a frase do Jobim com as citadas pelo Rvangelis.
Acho que o Jobim se deixou levar pela empolgação e fez uma declaração baseada numa lenda nacional, a de que o baiano não gosta de trabalhar (tal qual o carioca é malandro, o paulista trabalha muito, o mineiro é "come-quieto",etc). Ele não devia ter falado, é claro, já que era um discurso oficial, representando o Governo. Mas não acho que ele quis ofender realmente o povo baiano...
Diferente das frases do Lula, em relação aos trabalhadores, e do Presidente da Philips, contra o Piauí, que foram muito piores e, realmente, ofedem até quem não tem nada a ver com a história. Não há crença popular sobre o que eles falaram.....foram opiniões eminentemente pessoais, cheias de ranço.
Não sei se consegui me expressar do jeito que eu desejava
"Eu quis dizer o seguinte: o Piauí hoje é um Estado pouco conhecido no Brasil. As pessoas não sabem o que tem no Piauí. Quando eu disse que o Piauí não faz falta eu quis dizer que, como poucas pessoas conhecem o Estado, para eles tanto faz como tanto fez".
Essa foi a defesa do Zottolo e pra mim faz um certo sentido.
Da mesma forma, a declaração do Lula não acredito que seja fruto de um preconceito "genuíno". Se for, se ele acredita mesmo que trabalhador urbano é "vagabundo" então está afirmando que ele também é, já que boa parte da vida dele foi trabalhando na cidade.
O que creio que tenha acontecido foi que ele quis "fazer média" com seu público, e para valorizar o esforçado trabalho deste depreciou o do pessoal da cidade.
Enfim, mal usos de palavras com vexaminosos resultados.
Que baiano num gosta de trabalhar, nós do LB já sabíamos, basta entrar no chat do LD e ver quem tá lá o dia todo, a Cikinha ahahahahahahahahahah .
Olha, eu sei que o Ogro e a Lost Lady vão me bater, maaaaaaaaaaaaaaaas eu acho que se o Espírito Santo sumir ninguém dá falta.
ahahaahahahahahahahahah
É isso, vim só encher o saco de vocês...
Bom, a preguiça já passou e vou responder...
Se for analisar e chegar a conclusões através das estatíticas do chat, tá lascado!
Uma certa cariúcha (carioca + gaucha) ganha disparado. Das 7:30 às 16h, ela tá lá.
E sobre o ES, eu concordo...
Mas, ao contrario do Piauí, eu sei de uma coisa sobre este estado.
A criatura mais siliconada do Brasil vem do Espirito Santo.
Ah, falando serio agora.
Isso que o cara falou é ridículo mesmo... vindo de um politico e bla bla bla.
Mas baiano que é baiano já tá acostumado a ouvir esse tipo de coisa.
E somos tão "preguiçosos" que nem nos damos ao trabalho de responder.
E gostaria de lembrar também que Lula já teve a cara de pau de chegar em Pelotas - RS, e falar que lá só tinha viado.
Cadê os assessores e puxas-saco pra dar uma cotovelada nos caras quando essas pérolas estão pra sair? ¬¬