|
Colabore |
| | Saldo atual: | 40% |
|
Calendário |
23/05/2010
ABC: 6x17/18 - The End
25/05/2010
AXN:
6x17/18 - The End
|
| |
O Mensalão do PSDB |
« Exibir mensagem anterior :: Exibir próxima mensagem » |
Autor |
Mensagem |
rafaelrss
|
|
Sexo: Idade: 44Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
Grupos: Nenhum |
EXCLUSIVO
Os documentos do mensalão mineiro
ISTOÉ revela relatório da Polícia Federal com a radiografia do caixa 2 da campanha do PSDB ao governo de Minas Gerais em 1998. Ele compromete um ministro de Lula e um senador. Envolve o governador Aécio Neves, deputados federais e estaduais em um total de 159 políticos de 17 partidos
ALAN RODRIGUES, de Belo Horizonte, e HUGO MARQUES, de Brasília
Nos próximos dias, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma peça jurídica capaz de provocar um terremoto político tão devastador quanto o do Escândalo do Mensalão. É a denúncia contra os políticos envolvidos no inquérito policial 2245-4/140-STF, que investiga o chamado "tucanoduto" - o caixa 2 da malsucedida campanha do senador Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. Com mais de cinco mil páginas, o inquérito tem num relatório da Polícia Federal a completa radiografia de como foi montado o esquema e quem se beneficiou com ele.
Obtidos com exclusividade por ISTOÉ, os documentos que integram as 172 páginas dessa conclusão são mostrados pela primeira vez. Eles atingem diretamente o atual ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (à época vice-governador e candidato a deputado federal), e envolvem o governador de Minas, Aécio Neves (que na ocasião tentava sua reeleição à Câmara). Aécio é nomeado numa lista assinada pelo coordenador financeiro da campanha, Cláudio Mourão, como beneficiário de um repasse de R$ 110 mil.
O relatório compromete ainda 159 políticos mineiros que participaram da disputa de 1998, entre eles a então senadora Júnia Marise e 82 deputados, entre federais e estaduais. No total, 17 partidos são citados, incluindo o PT, acusado de ter recebido R$ 880 mil, divididos entre 34 sacadores, sendo cinco deputados federais (confira a lista completa ao final dessa reportagem).
QUATRO ANOS DE INVESTIGAÇÕES
Os primeiros documentos foram entregues pelo ex-tesoureiro de Azeredo em 2003 (doc. acima). Agora, a PF concluiu as investigações e constatou a existência de "organização criminosa"
"Organização criminosa" - De acordo com a denúncia, o esquema capturou mais de R$ 100 milhões, com desvio de verbas de estatais e empréstimos bancários. Oficialmente, a campanha de Azeredo custou R$ 8 milhões. A intermediação entre o núcleo da campanha e os políticos favorecidos ficou a cargo da SMP&B, a agência do publicitário Marcos Valério, que, segundo a polícia, lavou parte do dinheiro com notas fiscais frias. Foi um modo de operar que serviu de laboratório de testes para o que, quatro anos depois, viria a ser o Mensalão Federal.
Reservado a promotores próximos do procurador-geral, aos poucos assessores que freqüentam o gabinete do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo, e a um grupo seleto de policiais, o documento é demolidor. "Constatou-se a existência de complexa organização criminosa que atuava a partir de uma divisão muito aprofundada de tarefas, disposta de estruturas herméticas e hierarquizadas, constituída de maneira metódica e duradoura, com o objetivo claro de obter ganhos os mais elevados possíveis, através da prática de ilícitos e do exercício de influência na política e economia local", diz o relatório da PF. Com diversos laudos periciais, extratos bancários e dezenas de depoimentos, o documento põe fim a uma batalha política entre oposição e governo que se arrasta há dois anos, desde que a CPI que apurou o Mensalão federal se recusou a investigar o caixa 2 da campanha de Eduardo Azeredo em Minas.
Walfrido dos Mares Guia
O MINISTRO Acusado de movimentar mais de R$ 24 milhões na campanha de Azeredo, Mares Guia, responsável pela articulação do governo Lula com o Congresso, reconheceu sua letra numa relação de custos eleitorais
Com base nas informações reveladas nesse relatório fica fácil entender por que houve tanta pressão dos tucanos e até a complacência do PT para não se abrir uma CPI exclusiva para esse caso. Na ocasião, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que presidia a chamada CPI dos Correios, classificou de "documento apócrifo" a lista elaborada pelo então coordenador financeiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão, e que serviu de base para o trabalho da PF. Outra curiosidade: a denúncia da lista tinha sido feita por um companheiro do próprio partido de Delcídio, o então deputado estadual mineiro Rogério Corrêa. Mais curioso ainda: Paulinho Abi-Ackel, o filho do deputado Ibrahim Abi-Ackel, relator da CPI da Compra de Votos (e que também poderia ter investigado o caixa 2 mineiro), recebeu R$ 50 mil do esquema (leia quadro à pág. 32). Ele disse à polícia que prestou serviços de advocacia à campanha.
Nos recibos recuperados pela PF a partir da chamada "Lista de Mourão", fica provado que o dinheiro "não contabilizado" dos tucanos irrigou não só a campanha de reeleição de Azeredo, mas de boa parte da elite da política mineira. O valor total rateado entre ela teria alcançado R$ 10,8 milhões
O GOVERNADOR Aécio Neves é mencionado na lista de Cláudio Mourão como tendo recebido R$ 110 mil na campanha que fazia para deputado federal em 1998
"Em dinheiro vivo" - Com exceção dos 82 deputados federais ou estaduais que receberam, em nome próprio ou de assessores, depósitos feitos diretamente pelas empresas de Marcos Valério, não é possível por enquanto assegurar que os repasses ao restante dos 159 políticos, incluindo o então candidato a deputado federal Aécio Neves, tiveram origem no caixa 2 operado pelo publicitário e pelo núcleo central da campanha de Eduardo Azeredo. "Muitos dos saques foram em dinheiro vivo, o que dificulta o rastreamento", garante um dos policiais que participaram dos trabalhos. Segundo a investigação da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros, a maior parte da derrama aconteceu para a compra de apoio político no segundo turno da eleição de 1998, no qual Azeredo acabou derrotado pelo ex-presidente Itamar Franco
Quem organizou grande parte dessa ação foi o ministro Walfrido dos Mares Guia. Na semana passada, ISTOÉ publicou carta de sua assessoria, na qual ele reiterava que, em 1998, "não foi coordenador da campanha de Eduardo Azeredo". "Mares Guia era candidato a deputado federal pelo PTB e cuidava de sua própria campanha", diz a carta. Se tiver acesso ao depoimento do ex-prefeito de Juiz de Fora Custódio de Mattos, Walfrido pode talvez refrescar sua memória. Custódio diz que foi convocado por Walfrido para apoiar Azeredo no segundo turno, "tendo recebido a quantia de R$ 25 mil", informa o relatório à página 111. "Consta transferência da SMP&B no valor de R$ 20 mil, sendo que Custódio não soube informar como recebeu o restante", registra a PF (confira quadro à pág. 37). Na época, o ex-prefeito de Juiz de Fora se elegeu deputado federal e hoje, reeleito, é secretário de Desenvolvimento Social do governador Aécio Neves. Outros três citados integram o secretariado de Aécio: Olavo Bilac, de Ciência e Tecnologia, João Batista de Oliveira, de Direitos Humanos, e Elbe Brandão, de Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha.
AZEREDO (à esq.) e MARES GUIA NA CAMPANHA DE 1998 O hoje ministro Mares Guia teve os sigilos bancário e fiscal de sua empresa quebrados e uma devassa da Receita Federal constatou irregularidade. Ao lado, os manuscritos de Mares Guia sobre os gastos da campanha
Nas suas diligências, a Polícia Federal encontrou quatro folhas manuscritas por Walfrido, com nomes de empreiteiras, siglas, abreviações, números e valores, muitos valores. Em seu depoimento, o ministro confirmou a autenticidade dos papéis e explicou ao delegado Luiz Flávio Zampronha que a anotação "HG", que aparece ao lado de "1.000 mil", significava Hélio Garcia, o ex-governador de Minas, que na época disputava o Senado. Colocada ao lado de "500 mil", as iniciais "JM" se referem à então senadora Júnia Marise. Em seu depoimento, a assessora Maria Cristina Cardoso de Mello confirmou ter recebido um depósito da SMP&B de R$ 175 mil para Júnia Marise, como contrapartida de seu apoio a Azeredo, no segundo turno. Outro assessor da senadora, Antônio Marum, confirmou o recebimento de R$ 25 mil para saldar empréstimo contraído na campanha de 1998. Ou seja, do que foi possível confrontar com extratos bancários, as informações do dossiê original podem divergir nos números, mas não divergem em relação a nomes.
Mistério de R$ 1,8 milhão - Nos papéis de Walfrido, permanece o mistério quanto a um certo "TP 1.800 mil". Apesar de ter revelado o significado das outras abreviações da lista, o ministro não soube dizer o que era esse R$ 1,8 milhão para TP. A polícia especula com a possibilidade de TP ser o anagrama de um partido político.
Oficialmente, o coordenador financeiro da campanha foi Cláudio Mourão, que deixou a Secretaria de Administração do primeiro governo de Eduardo Azeredo para se dedicar à reeleição do governador. Na prática, contudo, quem arrecadava era o então desconhecido Marcos Valério, enquanto o ministro Mares Guia ajudava a orientar as despesas.
Na página 1.767 do inquérito, Marcos Valério conta que a SMP&B entrou na campanha de Azeredo pela porta do atual presidente da Confederação Nacional dos Transportes, Clésio Andrade, que era sócio da agência e candidato a vice na chapa dos tucanos. Em 2002, Clésio se elegeu vice de Aécio Neves. Depois, saiu da política.
Foi Valério quem montou a principal fonte do caixa 2, a operação cruzada envolvendo a agência, as empresas estatais e os bancos. No inquérito, vários laudos periciais da PF mostram que Marcos Valério obteve um total de R$ 28,5 milhões em diversas operações de empréstimos com os bancos Rural, Cidade e de Crédito Nacional. Segundo a polícia, os empréstimos eram um subterfúgio para encobrir a origem ilícita das verbas tomadas de empresas do Estado, como a Companhia de Saneamento (Copasa), Companhia Mineradora (Comig), Banco do Estado (Bemge) ou Companhia Energética (Cemig). O delegado Zampronha concluiu que a lavagem do dinheiro seguiu um mecanismo semelhante ao do Mensalão do PT, com a diferença de que, no caso dos mineiros, a garfada sobre os recursos públicos foi ainda mais explícita. Do ponto de vista legal, isso pode complicar ainda mais a vida de Marcos Valério e de todos os que participaram dessas operações.
O PROCURADOR Antonio Fernando fará a denúncia nos próximos dias
Estatais - Um exemplo claro é o do patrocínio do Enduro da Independência, famosa prova de motocross pelas montanhas de Minas Gerais. Segundo a chamada "Lista do Mourão", o governo, com o apoio de seis estatais, arrecadou R$ 10,67 milhões para essa promoção. Em seu depoimento, Mourão não admitiu que recursos desviados das estatais tivessem sido utilizados na campanha de reeleição. No entanto, nas análises financeiras realizadas pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal detectou- se mais semelhanças que diferenças entre os valores apontados na lista de Mourão e os efetivamente gastos pelo governo e suas estatais.
As coincidências: a Cemig entrou com R$ 1.673.981,90 e a Copasa com R$ 1,5 milhão. Este mesmo valor coube à Comig, mas a "Lista do Mourão" aponta que a Comig tinha duas cotas enquanto na prática só houve o desembolso de uma delas. O Bemge, segundo a lista, participaria com R$ 1 milhão, mas a PF constatou que cinco empresas da holding deram cotas individuais de R$ 100 mil, totalizando metade do que se esperava. Em compensação, o Tesouro do Estado aportou R$ 4,576 milhões, mais que o dobro dos R$ 2 milhões registrados na "Lista do Mourão".
STF O ministro Joaquim Barbosa se debruça agora sobre o Mensalão Tucano
Na matemática da PF, o governo e suas estatais entraram de fato com R$ 9.749.981,90, contra os R$ 10.673.981,90 previstos na lista. A questão principal, contudo, não é o que entrou, mas a mixaria que saiu. A PF apurou que a SMP&B repassou apenas R$ 98 mil para a Confederação Brasileira de Motociclismo. A diferença de operações desse tipo ajudava a montar o caixa 2 ou era usada para cobrir parte dos empréstimos que Valério tomava nos bancos, à semelhança do que fez no Mensalão Federal. Segundo a "Lista do Mourão", dos mais de R$ 100 milhões que teriam sido arrecadados para a reeleição de Azeredo, apenas a SMP&B e a DNA (outra agência de Valério) "movimentaram R$ 53.879.396,86".
Além das estatais mineiras, empreiteiras como a ARG, Queiroz Galvão, Erkal, Egesa, Tratex e Servix são citadas pela PF como patrocinadoras de doações irregulares. Segundo a PF, companhias privadas contribuíram com R$ 17,5 milhões para a campanha, através de transferências realizadas para as empresas de Marcos Valério. A ARG, por exemplo, fez depósitos totais de R$ 3 milhões, alguns às vésperas do primeiro turno. Eram valores pulverizados que transitavam por várias contas da DNA e, no final, parte desses recursos foi sacada em dinheiro vivo na boca do caixa. Durante a gestão de Azeredo, a ARG prestou diversos serviços ao Estado, como a duplicação da BR-381, que custou R$ 60 milhões. "A empreiteira ARG possuía motivação necessária para efetuar a doação irregular detectada, pois pretendia garantir futuros negócios", avalia Zampronha.
Com Valério arrecadando, foi montado um "núcleo central" da campanha que traçava as estratégias. Segundo as investigações, ele era constituído pelo próprio governador Azeredo, pelo vice Walfrido dos Mares Guia e pelos secretários Álvaro Azevedo, de Comunicação, Cláudio Mourão, de Administração, e João Heraldo Lima, da Fazenda, hoje diretor do Banco Rural. Perdida a eleição, as relações entre eles mudaram e foi isso que permitiu à polícia mapear o esquema do Mensalão Mineiro e, mais ainda, perseguir o rastro de negócios mal explicados - a ponto de a PF ter recomendado a prisão imediata de Marcos Valério, por perturbar as investigações e ocultar documentos, e a quebra de sigilo fiscal e bancário numa empresa do ministro Mares Guia.
A pista - "Como candidato, ocupeime das tarefas políticas da campanha", escreveu o senador Azeredo em carta enviada à ISTOÉ na edição passada. "Reitero que não houve 'Mensalão' em Minas Gerais. Também não houve uso de dinheiro público na campanha de 1998, quando disputei a reeleição ao governo."
A chamada "Lista do Mourão" representa ao mesmo tempo o pomo da discórdia entre os políticos mineiros e a principal pista oferecida à PF para radiografar o caixa 2 da campanha tucana em 1998. No seu depoimento, Cláudio Mourão confirma ser sua a assinatura aposta no documento, mas diz que não o elaborou. O Laudo nº 3319/05, do Instituto de Criminalística, descarta "a possibilidade de as assinaturas de Mourão terem sido transpostas de outro documento, montagem que seria facilmente detectada pelos instrumentos óticos utilizados nos exames", diz o relatório da PF.
A briga - Essa lista só surgiu depois que Mourão decidiu processar Azeredo. O motivo principal da briga entre os dois foi uma dívida de campanha. Em 1999, Mourão cobrou de Azeredo um pagamento de R$ 500 mil, referentes à aquisição de veículos, através da locadora de seus filhos. Na conversa que os dois mantiveram, o senador tucano reconheceu que deveria honrar as dívidas de campanha, mas disse que não tinha dinheiro para isso. Segundo Azeredo, a partir daí o coordenador financeiro de sua reeleição foi se afastando, a ponto de protestar uma nota promissória assinada pelo próprio Mourão, com base numa procuração do ex-governador e que ainda estava em poder dele. Além disso, Cláudio Mourão teria proposto uma ação indenizatória no Supremo, que não a aceitou.
Na medida em que a campanha de 2002 tomou corpo e Eduardo Azeredo se viu numa disputa apertada com o atual ministro das Comunicações, Hélio Costa, ele decidiu resolver a antiga questão. Recorreu então a Mares Guia, que procurou Mourão. Nas negociações, o atual ministro das Relações Institucionais conseguiu fazer o ex-aliado reduzir a dívida: dos R$ 900 mil que Mourão passou a cobrar, baixou para R$ 700 mil. E quem pagou esse dinheiro a Cláudio Mourão? O cheque nº 007683 da agência 009 do Banco Rural, da conta cujo titular é Marcos Valério.
Segundo Azeredo, Walfrido o havia informado de que saldaria o débito com um empréstimo do Banco Rural - do qual o senador foi avalista. No dia 26 de setembro de 2002, uma semana antes da eleição de Azeredo para o Senado e uma semana depois de Marcos Valério pagar Mourão, o banco emprestou R$ 511 mil em nome da Samos Participação Ltda. Segundo Walfrido, disponibilizados pelo diretor João Heraldo, o exsecretário da Fazenda e ex-integrante do núcleo central da campanha. Azeredo arrecadou com amigos os R$ 200 mil restantes. E Marcos Valério foi reembolsado.
Quebra de sigilo - A Samos é uma holding patrimonial constituída para administrar os bens de Mares Guia e de sua família, com sede na residência do ministro em Belo Horizonte. Como então Walfrido pagou o Banco Rural para não ficar com o mico da dívida de Azeredo? Ao rastrear os créditos na conta da empresa no Banque Nationale de Paris Brasil, a polícia descobriu que eles tiveram origem em fundos de investimento cujos registros permanecem sob sigilo bancário. O ministro Joaquim Barbosa, do STF, solicitou à Receita Federal o levantamento fiscal da Samos. Os dados da quebra do sigilo são intrigantes. Em 2003, por exemplo, quando Walfrido já estava no Ministério do Turismo do governo Lula, a Samos declarou uma receita de R$ 7,18 milhões, mas teve uma movimentação de R$ 12,25 milhões. No ano anterior, a receita declarada foi bem menor, de apenas R$ 1,11 milhão. Mas a movimentação financeira foi quase o dobro, R$ 22,27 milhões.
"As informações (...) caracterizam indícios de irregularidade tributária", registra Paulo Cirilo Santos Mendes, chefe da Divisão de Programação, Controle e Avaliação da Receita Federal. O caso da Samos foi encaminhado à Superintendência Regional para ser incluído no programa de fiscalização da Receita. Além dessa questão fiscal, iniciada no ano passado, o ministro Walfrido dos Mares Guia tem agora um encontro agendado com a questão legal. Se o procurador-geral achar que as provas da Polícia Federal são suficientemente fortes para pedir um julgamento ao Supremo Tribunal, ele pode vir a ser denunciado por lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha, como ocorreu com os operadores do Mensalão do PT. É por isso que, a partir de agora, Walfrido também passa a ser uma questão política para o governo Lula. Afinal, depois de sofrer por dois anos o desgaste das acusações contra José Dirceu, Delúbio e companhia, o presidente bem que poderia ter ficado livre de ver o operador de outro mensalão como o responsável pela sua articulação com o Congresso.
Fonte:
Isto É
São sempre os mesmos
Na relação dos políticos envolvidos com o chamado Mensalão Mineiro que têm os nomes relacionados pelo ex-tesoureiro Cláudio Mourão há alguns deputados que estão longe de ser considerados marinheiros de primeira viagem quando se trata de movimentação financeira irregular. Pelo menos três deles já figuraram em inquéritos anteriores da Polícia Federal e também tiveram seus nomes listados por Comissões Parlamentares de Inquérito.
O cabo Júlio, ex-policial militar eleito pelo PMDB, é acusado de envolvimento com a conhecida Máfia dos Sanguessugas, formada por parlamentares que aprovavam emendas orçamentárias visando à liberação de recursos do Ministério da Saúde para a compra de ambulâncias superfaturadas. Segundo o empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos chefes desse esquema, cabo Júlio teria recebido R$ 245 mil em troca das emendas apresentadas em Brasília. Outro também envolvido com os sanguessugas e denunciado pelo empresário Vedoin é Osmanio Pereira. Eleito pelo PSDB, ele foi afastado do partido depois de votar a favor do governo. Mudou-se para o PTB de Roberto Jefferson e atualmente está sem partido.
REINCIDENTES Osmanio Pereira e cabo Júlio participaram da Máfia dos Sanguessugas, que superfaturava a compra de ambulâncias
O ex-deputado João Magno, do PT, não participou do esquema das ambulâncias, mas foi flagrado no Mensalão Federal como um dos sacadores indicados por Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do partido. Na eleição do ano passado, o petista acabou condenado pelas urnas
Cabo Júlio
João Magno está envolvido no Mensalão do PT.
_________________
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
doug.manoel
|
|
Burn, motha' fucka'
Sexo: Idade: 38Registrado em: Terça-Feira, 9 de Janeiro de 2007 Mensagens: 4.839 Tópicos: 234 Localização: Guarulhos/SP
Twitter: @dougmanoel
Grupos:
|
Grande trabalho, rafaelrss.
Bom, isso não é novidade. Só foi esquecido por causa do dito mensalão passado.
Aos interesses de quem isso vem a tona agora?
Eu desisto...
_________________ Tem sempre um babaca falando merda.
- Ronaldo Fenômeno, 19/abr/09
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
RVangelis
|
|
Onde estão com minha cabeça?
Sexo: Idade: 45Registrado em: Segunda-Feira, 2 de Maio de 2005 Mensagens: 6.082 Tópicos: 149 Localização: Fortaleza-CE
Twitter: @RVangelis
Grupos:
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
rafaelrss
|
|
Sexo: Idade: 44Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
Grupos: Nenhum |
doug.manoel escreveu: |
Aos interesses de quem isso vem a tona agora?
|
Dizem que é o "Palácio dos Bandeirantes"
_________________
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
bibs
|
|
Sexo: Idade: 47Registrado em: Terça-Feira, 8 de Agosto de 2006 Mensagens: 1.817 Tópicos: 60 Localização: Goiânia
Grupos:
|
À época do Mensalão mais famoso, esse daí também veio à tona.
Mas nem interessa tanto, é só mais um dentre muitos mensalões que devem ter por aí.
O útil seria publicarem uma lista com todos os políticos envolvidos nos mensalões conhecidos, pro sujeito que gosta de tentar votar direito saber em quem não votar.
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
rafaelrss
|
|
Sexo: Idade: 44Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
Grupos: Nenhum |
doug.manoel escreveu: |
Aos interesses de quem isso vem a tona agora?
|
Dizem que é o "Palácio dos Bandeirantes"
JN JÁ TEM CANDIDATO A PRESIDENTE
"Mensalão" de Minas: "E eu com isso?"
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 650
O Jornal Nacional desta terça feira, dia 18, fez reportagem sobre um suposto “mensalão” do PSDB de Minas.
A reportagem envolve o senador Eduardo Azeredo, do PSDDB, e o Ministro Mares Guia, da articulação política do Presidente Lula.
Mas o JN nem chegou perto do nome mais ilustre do PSDB de Minas, o Governador Aécio Neves (foto), que aparece em todas as listas do “mensalão” mineiro.
. Quem disse que já conhecia o teor da denúncia que o Procurador-Geral da República fará sobre o suposto “mensalão” de Minas foi a revista IstoÉ.
Como a IstoÉ tem características de um jornalismo chamemos de ... inconsistente ..., a reportagem pode ter sido o primeiro torpedo contra a candidatura de Aécio à Presidência da República.
(Clique aqui para ler sobre a reportagem da IstoÉ e quem botava dinheiro no “valerioduto”)
. Como se sabe, os adversários do presidente eleito José Serra correm, sempre, o risco de ser alvejados por torpedos sob a forma, por exemplo, de dossiês.
. Só que Aécio Neves parece que venceu essa primeira barreira – se, de fato, o torpedo partiu do Palácio dos Bandeirantes - da longa caminhada que o aguarda, até ser escolhido o candidato do PSDB a Presidente.
. E venceu com direito a medalha de ouro.
. O Jornal Nacional não se deu ao trabalho de incluir Aécio Neves entre os envolvidos no “mensalão” de Minas.
. José Serra deve estar a se roer de raiva ...
Fonte:
Convera Afiada/Paulo Henrique Amorim
O valerioduto tucano e a Factoring de Andréia Neves, irmã de Aécio
Andréia Neves era dona da COMERCIAL FACTORING LTDA em 1998. Estranho, não?
A última vez que vimos no noticiário tucanos envolvidos com factoring não acabou muito bem. Foi o caso do Comendador "Arcanjo" de Mato Grosso.
Na página 86 do relatório da PF sobre o valerioduto tucano consta:
"... LÍDIA MARIA ALONSO LIMA confirmou ter recebido o valor de R$ 15.000,00 a pedido de EDUARDO BRANDÃO,falecido ex-Deputado Estadual de Minas Gerais e primo de EDUARDO AZEREDO... ... LÍDIA MARIA na época deste recebimento trabalhava na empresa COMERCIAL FACTORING LTDA, de propriedade de ANDRÉIA NEVES DA CUNHA. Em outro depoimento LÍDIA MARIA relata ter feito parte dos quadros societários da empresa TAKING CARE juntamente com ANDRÉIA NEVES."
Lídia Maria depositou o cheque da SMP&B em sua conta, e sacou tudo em dinheiro vivo, alegando prestar um favor a EDUARDO BRANDÃO, para ocultar a doação que pareceria traição política, porque seu partido apoiava ITAMAR FRANCO, concorrente de AZEREDO.
Segundo a PF, a justificativa para o pedido de EDUARDO BRANDÃO não é muito convincente: LÍDIA MARIA não explicou como ITAMAR FRANCO teria acesso às informações bancárias de EDUARDO BRANDÃO, sendo mais prudente para esse, caso realmente desejasse manter oculto o recebimento do dinheiro, que não envolvesse outras pessoas na operação.
Outra coisa que chama atenção: Lídia Maria justifica-se através de alguém que já morreu. Portanto não pode ser confrontado, nem punido.
SURPRESA. Editora Abril é citada como suspeita no relatório da Polícia Federal sobre Mensalão Mineiro
Essa história vai longe. Enquanto o Procurador Geral da República, Antônio Fernando de Souza, analisa o relatório da Polícia Federal sobre o Mensalão Mineiro, para decidir se denuncia ou não o senador Eduardo Azeredo - o chefe da organização criminosa que desviou R$ 100 milhões dos cofres públicos em 1998 - a leitura das 172 páginas do calhamaço vai revelando novos suspeitos.
Suspeitos não são apenas os 159 políticos que receberam dinheiro. À página 87 do relatório da "Divisão de Combate ao Crime Organizado" a Polícia Federal relata que a Editora Abril S.A. recebeu R$ 49.331,00 (quarenta e nove mil trezentos e trinta e hum reais) referentes à inserção de um anúncio publicitário da empresa Usiminas, na revista Exame de 29/07/1998.
A Polícia Federal estranhou porque normalmente estas faturas são pagas pela empresa anunciante, mas a Editora Abril não soube explicar o porquê desta fatura ter sido paga pela agência que INTERMEDIOU o serviço. A Polícia Federal concluiu: “É uma típica operação de triangulação”.
É grave a suspeita, porque “acredita-se – relata o documento – que esse pagamento à empresa Abril foi uma operação típica de triangulação realizada pelo empresário MARCOS VALÉRIO para dissimular o desvio de recursos do GRUPO BEMGE, no âmbito de mesclar recursos de faturamento normal da empresa com outros recursos de origem ilícita”.
E mais não disse a Polícia Federal. E é preciso dizer mais?
Fonte:
Bahia de Fato
_________________
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
Marden
|
|
Sexo: Idade: 34Registrado em: Segunda-Feira, 15 de Maio de 2006 Mensagens: 228 Tópicos: 5 Localização: Minas Gerais
Grupos:
|
Aqui em Minas a populariedade do Aécio é algo estrondoso. Finalmente vão abordar melhor toda essa história do mensalão aqui e, quem sabe, arranhar a imagem do "querido" gorvenador.
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
rafaelrss
|
|
Sexo: Idade: 44Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
Grupos: Nenhum |
PF espera ouvir Aécio Neves
Sérgio Pardellas
A POLÍCIA FEDERAL AGUARDA com grande expectativa a decisão do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o mensalão mineiro, prevista para o fim do mês. Policiais que atuaram nas investigações acham que, além de denunciar o grupo que gravita em torno do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o procurador pedirá novas diligências sobre temas que ficaram em aberto no relatório: o depoimento dos políticos que aparecem como supostos beneficiários do dinheiro usado na campanha eleitoral de 1998 – entre eles, o governador Aécio Neves – a quebra de sigilo para efeito de rastreamento bancário das empresas de Marcos Valério (DNA e SMP&B) e novas investigações sobre estatais mineiras como o Bemge, as Companhias de Saneamento (Copasa), Energética (Cemig) e Mineradora (Comig), de onde saíram os cerca de R$ 5 milhões para irrigar o valerioduto mineiro.
As investigações apontam uma clara vinculação entre as estatais e o dinheiro que migrou para as empresas de Marcos Valério, mas não avançaram sobre o destino final dos recursos, diluídos em mais de 170 contas de campanhas eleitorais anotadas no chamado relatório Cláudio Mourão. Policiais apostam que Antonio Fernando de Souza pode não denunciar o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, mas pedirá que as investigações sobre as atividades da empresa dele, a Samos Participações Ltda, sejam aprofundadas. Ninguém tem dúvidas na PF de que Walfrido atuou firme na campanha de Azeredo em 1998, indicando nomes de políticos que receberiam dinheiro do esquema de Valério, embora o publicitário, ao contrário do que fez no caso do mensalão do PT, tenha recuado e recusado-se a delatar.
Assunto sério Motivados pela iminente denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o tucanoduto mineiro, os principais caciques tucanos trocaram demorados telefonemas durante a semana.
Discurso combinado O ex-presidente Fernando Henrique, o senador e presidente nacional da legenda, Tasso Jereissati (PSDB-CE), e os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, afinaram o discurso. A ordem é tratar o assunto como o velho recurso não contabilizado, ou seja, o caixa 2, a fim de marcar diferença com o mensalão petista.
Por falar em Minas O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), colocou um ponto final na cizânia entre peemedebistas mineiros. O diretório regional estava em pé de guerra em razão da escolha dos novos dirigentes do partido nos municípios para as eleições municipais. Conforme decisão da Executiva Nacional, assinada por Temer na quarta-feira, os atuais diretores dos 849 diretórios mineiros terão os mandatos prorrogados até 27 de outubro de 2008.
Novos horizontes O deputado Bispo Rodovalho (DEM-DF), ameaçado de expulsão por ter votado a favor da prorrogação da CPMF, contrariando orientação partidária, vai se desfiliar do partido. Segundo o parlamentar, o voto foi consciente. “O país não pode abrir mão de R$ 38 bilhões”, justificou. Rodovalho diz ter convites de várias legendas de governo e oposição. Outro que está de malas prontas para deixar o DEM é o deputado e governista de carteirinha Edmar Moreira (MG).
Ih... Azedou o clima entre a bancada do Mato Grosso do Sul no Congresso e o governador do Estado, André Puccineli (PMDB). Também pudera. Em reunião, no início do ano, os parlamentares da bancada sul-matogrossense se comprometeram a incluir o maior número de cidades possível no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Graças ao esforço suprapartidário, até a pequena Corumbá (MS), cidade com menos de 150 mil habitantes e berço político de Puccineli, foi contemplada com recursos federais.
Fonte:
Jornal do Brasil
_________________
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
Nabuco
|
|
Sexo: Idade: 37Registrado em: Quarta-Feira, 22 de Março de 2006 Mensagens: 1.429 Tópicos: 19 Localização: Patrocínio/MG
Grupos: Nenhum |
Vocês não acreditam o que fizeram aqui em Uberlândia.
Os políticos envolvidos compraram todos os lotes dessa revista (Isto É), pode procurar em qualquer banca de jornal da cidade que não encontra a revista.
Em que ano estamos vivendo??
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
rafaelrss
|
|
Sexo: Idade: 44Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
Grupos: Nenhum |
O MENSALÃO MINEIRO
A reação de Aécio
O governador condecora o procurador da República e sua assessoria nega "qualquer repasse" do Mensalão Mineiro
HUGO STUDART
DEFESA “O nome do governador não é citado nas 172 páginas do relatório da PF”, diz a nota oficial de Aécio Neves
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), sabia há mais de um ano que seu nome era citado em uma lista como beneficiário de R$ 110 mil provenientes de caixa 2 da campanha tucana de 1998 em Minas. Ele sabia também que essa lista fazia parte do inquérito da Polícia Federal que investigava o Mensalão Mineiro. E que o procurador- geral da República, Antonio Fernando de Souza, estava às vésperas de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal denúncia contra os envolvidos nesse esquema. Na sexta-feira 14, sem saber que ISTOÉ circularia no dia seguinte com os documentos do caso, o governador encontrou uma forma de obter do procurador alguma sinalização sobre sua efetiva situação no inquérito. Antonio Fernando esteve em Belo Horizonte para receber uma medalha do Ministério Público do Estado. Aproveitando a visita, Aécio resolveu convidá-lo para receber uma outra comenda: a Medalha da Inconfidência, tradicionalmente entregue no dia 21 de abril em Ouro Preto. Certamente, se estivesse prestes a relacioná-lo entre os envolvidos no Mensalão, Antonio Fernando não aceitaria a honraria, calculou Aécio. Mas o procurador aceitou a comenda. Aécio ficou tranqüilo.
SINALIZAÇÃO Aécio entrega medalha a Antonio Fernando (à dir.) e se tranquiliza
cerimônia foi discreta, exclusiva e rápida. Por volta das 9 horas, o governador perfilou todo o secretariado para aplaudir o procurador-geral no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro. Entre os presentes estavam quatro secretários de Estado também relacionados pela PF como tendo recebido dinheiro do Mensalão Mineiro. Logo depois, Aécio voltou a aplaudir Antonio Fernando na sede do Ministério Público, onde o procurador recebeu a segunda medalha do dia. Dois ministros do Supremo também receberam a mesma comenda, Joaquim Barbosa e Carmen Lúcia Rocha. Por coincidência, Barbosa é o relator do processo do caixa 2 tucano. Terminada a cerimônia, foram todos para Sabará almoçar na casa do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. A refeição durou uma hora e meia e Aécio não ousou tocar no assunto que o preocupava, garante um dos presentes. “Vai dar tudo certo”, confidenciou Aécio a um amigo, logo depois do almoço.
No dia seguinte, depois de publicada reportagem de ISTOÉ revelando o relatório final da Polícia Federal sobre o Mensalão Mineiro, Aécio se recolheu em silêncio. Na quartafeira 19, em sua única manifestação sobre o caso, encaminhou através de assessores uma nota à redação garantindo que, em 1998, “não houve repasse de quaisquer recursos financeiros para o então candidato Aécio Neves”, e que “o nome do governador não é citado nas 172 páginas do relatório divulgado pela Polícia Federal”. Diz ainda a nota que “em relação à lista contendo os nomes de 159 candidatos, a própria PF não atesta o conteúdo da mesma”. De fato, como ISTOÉ revelou, a lista apresenta casos distintos. Há 82 políticos da lista com documentos bancários que provam o recebimento do dinheiro. Outros, como é o caso de Aécio, estão apenas citados na lista do ex-tesoureiro da campanha. No dia 30 de setembro, o procurador faz aniversário, mas quem pode ganhar um presente é o governador.
Fonte:
IstoÉ
-------------------------------------------------------------------------------------
Azeredo afirma que ajudou na campanha de FHC em 98
Segundo senador, dinheiro arrecadado foi usado por comitês do ex-presidente
Sobre Walfrido, o tucano diz que o ministro não tinha o papel de coordenador, mas que "participou da campanha ativamente"
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pivô do escândalo que colocou o PSDB sob suspeita de ter se beneficiado do valerioduto, o senador Eduardo Azeredo (MG) afirmou que prestações de contas de campanhas políticas, no passado, eram mera "formalidade", que não "existia rigor". Azeredo disse que teve "problemas" ao prestar contas, mas que a campanha envolvia outros cargos e partidos.
Disse que contou na eleição para o governo de Minas, em 1998, com o apoio do ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), inclusive na captação de recursos. Segundo o senador, Walfrido não tinha o papel de coordenador, mas participava de tudo.
Azeredo afirmou ainda que o dinheiro arrecadado para sua campanha -oficialmente foram gastos R$ 8,5 milhões- foi usado para campanhas de deputados e senadores da sua coligação e, até mesmo, do então candidato à Presidência Fernando Henrique. "Ele não foi a Minas, mas tinha comitês bancados pela minha campanha."
FOLHA - A Polícia Federal diz que houve caixa dois na sua campanha...
EDUARDO AZEREDO - Tivemos problemas na prestação de contas da campanha, que não era minha só, mas de partidos coligados, que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República.
FOLHA - Que "problemas"?
AZEREDO - Essas prestações de contas no passado eram mais uma formalidade, é hipocrisia negar isso, não existia rigor. O que se conclui é que no caso de Minas, a minha [prestação] foi a mais alta naquele ano, foi ela que se aproximou mais da realidade. E se concluiu que houve recursos a mais que não chegaram a ser formalizados.
FOLHA - O sr. acha que sua campanha custou quanto na verdade?
AZEREDO - Os R$ 8,5 milhões que informamos e alguma coisa a mais que teve do empréstimo que eu não autorizei. Mas nunca perto dos R$ 100 milhões que estão falando.
FOLHA - Qual foi a participação do Walfrido na campanha do sr.?
AZEREDO - Ele não foi coordenador [da campanha], o coordenador foi o ex-deputado Carlos Eloy, mas é evidente que o Walfrido participou da campanha ao meu lado ativamente.
FOLHA - De que forma? Na parte política ou na captação de recursos?
AZEREDO - Participou da campanha como um todo.
FOLHA - A PF achou papéis em que o ministro fez anotações de valores arrecadados. Ele tem conhecimento dos valores não contabilizados?
AZEREDO - Acho que ele é quem deve explicar. Cabe a mim dizer que ele participou da campanha, mas não era coordenador.
FOLHA - Mas o senhor disse que ele participou de toda a campanha, o que me faz concluir que também da parte de arrecadação de dinheiro.
AZEREDO - É evidente que ele tinha relações com pessoas que podiam apoiar a campanha.
FOLHA - Com relação ao empréstimo que o ministro Walfrido disse que pagou em seu nome por dívidas de campanha. O sr. pediu para ele?
AZEREDO - Como não tinha e não tenho até hoje posses que me garantam tirar empréstimo bancário maior, o Walfrido é que tirou o empréstimo, com meu aval para quitar a dívida.
FOLHA - O sr. vai pagar o ministro?
AZEREDO - Não. É uma dívida que foi quitada porque ele é meu amigo, continua sendo e tem condições de poder arcar com uma dívida dessas.
FOLHA - Com relação ao PSDB, o governador José Serra não quis comentar sobre o senhor.
AZEREDO - Sempre tive apoio do partido e tenho total confiança de que terei o apoio necessário no momento necessário. Serra me deu não só solidariedade, mas apoio também.
FOLHA - O dinheiro da sua campanha financiou a de FHC em Minas?
AZEREDO - Sim, parte dos custos foram bancados pela minha campanha. Fernando Henrique não foi a Minas na campanha por causa do Itamar Franco, que era meu adversário, mas tinha comitês bancados pela minha campanha.
FOLHA - Por que o senhor acha que esse assunto voltou à tona agora?
AZEREDO - O PT colocou esse assunto no seu congresso porque não está satisfeito com a presença de um ministro [Walfrido] que não seja do seu partido e como compensação para o desgaste que o partido sofreu pela aceitação do STF de abertura do processo do mensalão.
Fonte:
Folha de SP
_________________
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
RVangelis
|
|
Onde estão com minha cabeça?
Sexo: Idade: 45Registrado em: Segunda-Feira, 2 de Maio de 2005 Mensagens: 6.082 Tópicos: 149 Localização: Fortaleza-CE
Twitter: @RVangelis
Grupos:
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
Publicidade
|
Assunto: Publicidade - Use este espaço para divulgar sua empresa |
|
|
Anuncie no LostBrasil |
Publicidade LostBrasil:
Clique aqui e saiba como anunciar
|
|
Voltar ao Topo |
|
|
|
|
|
|
|
Página 1 de 1 |
|
Enviar Mensagens Novas: Proibido. Responder Tópicos Proibido Editar Mensagens: Proibido. Excluir Mensagens: Proibido. Votar em Enquetes: Proibido. Anexar arquivos: proibido. Baixar arquivos: proibido.
|
|
| |