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Primeiro grupo de Super-Heróis muçulmano, The 99, chega a televisão britânica

O Ano é 1258. E os mongois acabam de invadir Bagdá. Eles destruíram a biblioteca, mas os Guardiões da Sabedoria conseguem preservar 99 “pedras de iluminação”, que são jogadas aos ventos. Assim começa The 99 (os 99), uma história em quadrinhos em que cada super-herói possui um dos atributos divinos do Islã, ou de Alá, como queiram, como sabedoria, clarividência ou poder de cura. A série se tornou um fenômeno no mundo árabe; quando a Teshkeel Comics – distribuidor de língua árabe exclusivo das HQs da Marvel Entertainment como Homem-Aranha e Hulk – lançou The 99 no Kwait em 2006, e as vendas da HQ muçulmana só perdia para Superman. The 99 estreou nos EUA em 2007, e há um projeto atualmente para um crossover entre a Liga da Justiça e The 99.
Em consequência de todo esse sucesso, a primeira revista em quadrinhos sobre um grupo de super-heróis muçulmanos se tornará o primeiro desenho animado de super-heróis muçulmanos. Claramente inspirados na “fase internacional” dos X-Men, e recentemente considerados pela revista Forbes uma das 20 tendências que estão tomando o mundo, (juntamente com o Anime; a dança indiana Masala Bhangra, os Coquetéis Moleculares, que buscam aplicar princípios científicos à cozinha com ingredientes como doces carbonados, nitrogênio líquido e óxido nitroso; a prática de “Bipar” no celular – o famoso celular “pai de santo” ou o ato de tocar e desligar antes que o outro atenda para que seja retornada a ligação ou para a pessoa saber que esta na hora de uma tarefa previamente combinada; o Geocaching – jogo de caça ao tesouro utilizando-se o GPS; a moda Harajuku japonesa; a Mash-Up Music, músicas que são simples colagem de samples; o Parkour, aquele pula-pula francês que está na moda nos cinemas americanos e nos comerciais; o sanduíche Banh Mi da Indochina Francesa – baguete com recheio de ingredientes vietnamitas como cilantro, rabanete daikon, cebola, pimenta, chili e carne suína moída; as Bolsas de Haute Couture Personalizadas; os Ringtones com frases famosas do cotidiano como o “ Porque no te callas”; as Estações de Rádio Personalizadas; Os Quizzes de Auto-Análise; A música pop Coreana ou K-pop; o Myachi, esporte de malabarismo e equilíbrio de um saquinho nas costas da mão; as Social Games Networks, não falaram das Social Series Networks....; a Lucha Livre, que no meu tempo eram chamadas de Telecatch; A Arte Online Colecionável onde o original é digital e não existe propriedade ou cópia, em oposição à arte tradicional, e o Urban Vinyl, customização de bonecos ou bonecas, também conhecida como Toy Art, ufa.....) os super-heróis do mundo árabe agora se preparam para invadir as telas britânicas,através da produtora Endemol, a mesma do Big Brother, informam o Telegraph, o The Times Online e o Globo.
Segundo seu criador, o The 99 foi criado com o objetivo de introduzir os valores islâmicos em crianças de todas as crenças. A mente por trás do sucesso chama-se doutor Naif al-Mutawa, um psicólogo do Kuwait que acreditava que os pequenos muçulmanos precisavam de um novo conjunto de super-heróis em quem se inspirar em oposição aos modelos jihadistas.
- Ocorreu-me que as histórias que eu vinha ouvindo eram de homens que cresceram acreditando que seu líder, Saddam, era um herói, um modelo a ser seguido, para um dia ser torturado por ele - disse ele ao The Times - Decidi que o mundo árabe precisava de modelos melhores.
E espera que sua criação consiga um apelo universal.
- É baseado em atributos como a generosidade e a misericórdia. E isso não são coisas sobre as quais o Islã tem um monopólio.
Apesar de o desenho ter sido batizado de 99, nunca haverá, no entanto, um elenco com 99 super-heróis, por ser proibido representar todos os 99 atributos de Alá.

Segue o link com a revista digital The 99 - Origins, em inglês

http://www.the99.org/include/contn/X1ZkxhXHSPO.pdf