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Tyler Durden

Pra quem é assinante (como eu Laughing

), a revista chegou mais cedo. E lá na página 72, trouxe um artigo sobre Lost e a Viagem no Tempo. Aqui vão alguns pontos interessantes, para a galera que não lê/compra etc. Lembrando, créditos todos à revista e Alexandre Versignassi.

A revista aponta o fato de que se você acelerar seu carro 180 quilômetros por hora durante 60 minutos e parar, terá viajado 0,0000000576 milésimo de segundo para o futuro. Já num foguete a 1,07 bilhão de quilômetros por hora (nem mais nem menos, exatamente 1,07), se você for até a galáxia de Andrômeda e voltar, você só vai levar 8 horas, mas, quando voltar, estará 6 milhões de anos no futuro. Essa é a teoria de [b]Albert Einsten[/b], da Relatividade Especial. Isso seria impossível, pela energia exigida. Mas perto disso é possível, como no caso de Andrômeda. A tecnologia apenas não existe ainda.

Agora, voltar no passado já é mais complicado...

Buracos de minhoca, que aparecem o tempo todo no mundo microscópico (segundo cientistas), funcionam como túneis unindo lugares. Assim, se você esticar um buraco de minhoca e colocar a boca de entrada dele no presente, na sala da sua casa, e o de saída no futuro, fazendo o procedimento de Andrômeda, você pode regressar. O túneo do buraco ficou intacto o tempo todo. Temos um portal dimensional. Só que para esticar um buraco de minhoca até ele ficar com 1 metro de diâmetro, seria preciso uma quantidade de energia equivalente à que o Sol produz em 10 bilhões de anos.

Mesmo que no futuro essa tecnologia exista, o impacto filosófico é homérico. Veja por quê:

Você está no futuro, e resolve voltar para o passado e matar seu pai, antes que ele conheça a sua mãe, só para ver o que acontece. O que acontece? Segundo Einsten, nada. Pois o tempo não flui como um rio, mas é algo mais parecido com um "bloco de gelo", formado por passado, presente e futuro. Ou um rolo de filme. Tudo o que já aconteceu ou vai acontecer já está lá dentro. O Universo é assim, mas nós só enxergamos uma fatia de cada vez. E cada momento, cada fatia do espaço e do tempo é imutável.
Diante disso, se você voltar no tempo para matar o seu pai, não vai adiantar. O momento que seu pai conheceu sua mãe está e sempre esteve impresso nas fatias do espaço e do tempo. Viajando ao passado, então, você veria que não tem livre-arbítrio. Não só no passado, mas no futuro.

Mas, então, como o Sayid pode ter matado o Ben do passado? Será que dá pra mudar o passado?
Sim, apenas com a teoria das Realidades Paralelas.

Voltando ao exemplo de matar o pai no passado, voltando ao passado, aqui, o cara estaria, na verdade, indo até um Universo Paralelo. Nesse caso, encontraria cópias idênticas dos seus pais. E teria livre-arbítrio para fazer o que quisesse. Inclusive matar o pai. O assassinato impediria que o rapaz nascesse no Universo Paralelo. Mas, neste aqui, continuaria tudo igual. E ele poderia voltar para se reencontrar com o pai sem problemas.

Finalizando: Lost é viagem? O que tem de científico ali?

A trama já deixou claro que as viagens no tempo, ali, acontecem em buracos de minhoca. E esses precisam de uma quantidade absurda de energia. Além disso, a energia precisa causar um fenômeno chamado Efeito Casimir para agir no buraco. Tanto a energia absurda quanto o efeito existem em Lost. Quando Ben a moveu no tempo, então, ela entrou num buraco de minhoca.
Já com respeito às referências do Egito antigo, para a física, é impossível voltar a uma época anterior à construção da primeira máquina do tempo. Mas, se os egípcios tiverem feito uma há milhares de anos, não tem problema. E, em Lost, isso pode ter acontecido. De resto, muita coisa na série não há como a ciência explicar, como a "Constante" do Faraday, por exemplo. Nem com muita boa vontade.