Sexo: Idade: 84Registrado em: Domingo, 8 de Maio de 2005 Mensagens: 5.354 Tópicos: 545 Localização: Anywhere in Albion
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Em seu filme mais recente, John Malkovich interpreta um inglês que finge ser Stanley Kubrick, em uma história baseada em fatos reais sobre um farsante que levou dezenas de pessoas a pensar que ele era o diretor recluso.
"Color me Kubrick", em exibição no Festival de Filmes de Tribeca esta semana, já foi comparado a "Quero Ser John Malkovich" por causa da abordagem cerebral de questões de identidade e celebridade.
Mas o longa é em essência uma comédia que dá a Malkovich a chance de exibir sotaques, comportamentos e roupas bizarras, como pijamas grandes demais e gravatas esquisitas. A trilha sonora se baseia nos filmes de Kubrick e inclui a famosa música tema de "2001: Odisséia no Espaço".
Alan Conway, alcoólico e trapaceiro, conseguiu se fazer passar por Kubrick durante anos até ser desmascarado por um jornal. Mesmo assim, conseguiu convencer psiquiatras que tinha problemas mentais e escapou de ser processado por enganar dezenas de vítimas e aproveitar de seu dinheiro e algumas vezes de suas virtudes.
"Todo mundo acreditava nisso", disse Michael Fitzgerald, produtor do filme escrito pelo assistente pessoal de Kubrick, Anthony Frewin.
"A mulher de Stanley Kubrick ainda recebe cartas de pais de jovens homens que foram, como dizer, 'agraciados' por ele, lamentando sua morte, mas dizendo que ele fez coisas indizíveis a suas crianças", afirmou ele.
Com seu look afável, roupas excêntricas e dom da palavra, Conway engana a todos, do farmacêutico local aos agentes de uma banda de heavy metal e a um comediante interpretado pelo astro britânico Jim Davidson.
Malkovich disse ser surpreendente como as pessoas acreditavam em Conway de forma tão rápida em razão da reverência às celebridades. "Elas ficavam cegas a partir daquele instante e tudo que pensavam era o que ele estaria pensando sobre elas", afirmou.
Questionado sobre os paralelos com "Quero Ser John Malkovich" -- onde um manipulador de marionetes descobre uma porta no escritório que lhe permite entrar na mente e na vida do ator --, Malkovich disse que não havia muitos em questões de identidade e celebridade. "Suponho que eles tenham algumas coisas em comum", afirmou. "Mas não é tanto o que me leva a esses filmes como o que leva as pessoas a pensar que ser uma celebridade seria de alguma forma interessante ou benéfica".
"Alguém que tem uma vida como a de Alan Conway verá claramente que a vida é melhor se você for Stanley Kubrick", disse Malkovich. "As pessoas passam a gostar de você e a te escutar e, se você é um malandro de crimes menores e um agente de viagens fracassado, há grandes chances de elas não se interessarem tanto por você.
Ele afirmou, no entanto, que depois de interpretar o papel ficou impressionado com o esforço necessário para manter a farsa. "Com certeza, a regra fundamental sobre a existência é de que você é quem você é.
O filme ainda tem de encontrar um distribuidor nos Estados Unidos. "Eles não sabem como vendê-lo -- essa é a desculpa até agora", disse Fitzgerald.
fonte: MSN Brasil.
louvado seja Kubrick..
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