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23/05/2010
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25/05/2010
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Ayrton Senna |
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Autor |
Mensagem |
Earendil
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Sexo: Idade: 37Registrado em: Domingo, 3 de Julho de 2005 Mensagens: 6.976 Tópicos: 159 Localização: Rio de Janeiro
Twitter: @Gabriel_GFV
Grupos: Nenhum |
Vida dedicada a vencer
Chegar na frente foi uma obsessão para o talentoso Ayrton Senna
Gustavo Maria
O Mundial de Fórmula 1 já estava decidido naquela tarde ensolarada de 7 de novembro de 1993, na Austrália. Em temporada dominada pela Williams, o tricampeão Ayrton Senna, com sua McLaren, não conseguiu impedir que o rival Alain Prost alcançasse o tetracampeonato mundial. Mero cumprimento de tabela, o GP de Adelaide, último do ano, marcava a despedida de Senna da equipe onde se consagrou. Seis meses depois, o mundo saberia que o GP de Adelaide marcaria também a despedida do piloto do maior prazer de sua vida: vencer.
Rotina na carreira, Senna ocupava o primeiro lugar no grid. Na recém-lançada biografia Ayrton, o herói revelado, o jornalista Ernesto Rodrigues conta que o piloto chorou dentro do capacete minutos antes de a prova de Adelaide começar. O adeus à McLaren era doloroso para Senna, que tinha a equipe como uma família. Após a prova impecável e sua 41ª vitória, o brasileiro surpreendeu o circo da F 1: no pódio, puxou o desafeto Prost para o lugar mais alto do pódio e levantou o braço do francês, reconhecendo o campeão daquele ano. Atônito, Prost ensaiou um sorriso.
O primeiro contato de Senna com o prazer da velocidade aconteceu 29 anos antes da última vitória, em 1964. O garoto Beco, aos quatro anos, deixou boquiabertos os garotos mais velhos da rua, no bairro de Santana, em São Paulo, ao dirigir com desenvoltura e coragem o kart construído pelo pai, Milton. Equipado com freios a disco e motor de picadeira de cana, o carrinho alcançava 60km/h.
O primeiro kart de verdade Senna ganhou com nove anos de idade. Numa prova em Campinas, conseguiu a primeira pole position, superando os pilotos oficiais da categoria. Liderou por 35 voltas e deu um susto no pai ao bater numa curva. O acidente só não assustou o garoto. Ele queria mais. Iria conseguir.
No dia 30 de junho de 1974, com 14 anos, Senna estreou na categoria júnior de kart. Venceu. Quatro anos mais tarde, se tornaria campeão brasileiro e sul-americano de kart. No mundial daquele ano, em Le Mans, na França, ficou em sexto lugar. Lá, pela primeira vez, trocou o capacete vermelho e branco por aquele que o acompanharia pelo resto da carreira: amarelo, verde e azul, cores da bandeira brasileira, uma exigência da organização. O trabalho do designer Sid Mosca, que sequer foi feito exclusivamente para Senna, jamais foi alterado. Acompanhou o piloto até o fim.
Senna nunca foi campeão mundial de kart. No final de 1980, convenceu o pai Milton e a mãe Neyde a disputar o Campeonato Inglês de Fórmula Ford 1600 - porta de entrada do automobilismo europeu. Indicado pelo piloto Chico Serra, correu na prestigiada equipe Van Diemen. Foi campeão.
Em 1982, pulou de categoria. Da Silva, como era conhecido até então, foi convidado a disputar o Campeonato Inglês e Europeu de Fórmula F 2000. Na quinta etapa, após quatro vitórias arrasadoras, o brasileiro teve um início de prova irreconhecível no circuito de Snetterton. Largou na frente, perdeu posições na segunda volta, mas não sinalizou problemas no carro. De uma hora para outra, voltou a correr como o Da Silva de sempre. Cruzou a linha de chegada em primeiro lugar e só conseguiu parar 300 metros depois da bandeirada. Motivo: Senna havia corrido sem freios. O dono da equipe, Dennis Rushein, não acreditou na história do brasileiro e foi checar. Era verdade.
Com freios e sem limites, Senna venceu as 17 das 23 provas restantes no campeonato. Ficou com o título, claro.
Àquela altura, Senna já tinha sido descoberto pelos principais chefes de equipe da Fórmula 1. Alex Hawkridge, dono da Toleman, convidou o brasileiro para estrear na Fórmula 1 em 1983 mesmo. Senna não viu o convite com bons olhos. Não queria pular etapas. Queria, sim, ser campeão da Fórmula 3. Fechou com a equipe West Surrey Racing após disputar uma prova extracampeonato, no dia 13 de novembro de 1982, e vencer - largando na frente e fazendo a volta mais rápida. Nada mais Ayrton Senna.
Vitórias, manobras espetaculares e nenhum medo de acelerar. O estilo Senna impressionou a imprensa inglesa. Os editores da revista Autosport, após assistirem a duas vitórias dele no Circuito de Silverstone, usaram um trocadilho para rebatizar a pista de Silvastone. Justa homenagem ao piloto sensação da categoria.
Em 19 de julho de 1983, em pleno campeonato de F 3, Senna teve seu primeiro contato com um carro de Fórmula 1. Foi no circuito de Donnington Park, na Inglaterra. O carro? A Williams, campeã do mundo na ocasião. Como aconteceu em 1964, quando acelerou o kart construído pelo pai, Senna deixou boquiaberto quem acompanhou seu desempenho. Frank Williams, o dono da equipe, viu aquele jovem, em 10 voltas, igualar a melhor marca mais recente do carro, do então piloto de testes oficial da equipe, Jonathan Palmer. Em Ayrton, o herói revelado, Ernesto Rodrigues conta a reação de Senna ao voltar à mesma pista, dois dias depois, para uma corrida de F 3:
- Hoje vou demorar uma eternidade para fazer essa reta. Com a Williams seria muito mais rápido.
Com 13 vitórias em 20 provas, Senna foi campeão da Fórmula 3 no dia 27 de outubro, no circuito de Thruxton. Chorou. Era o adeus à categoria. No ano seguinte, Ayrton Senna, sem o Silva no nome, estrearia na Fórmula 1.
Dia 25 de março de 1984, circuito de Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Senna não esperava muito de seu Toleman na primeira corrida na categoria mais importante do automobilismo mundial. Ainda bem. O piloto largou em 16º. E o GP do Brasil acabou para ele na oitava volta. Alain Prost, o futuro rival, venceu.
Aquele ano não passaria em branco. No GP de Mônaco, debaixo de muita chuva, Senna mostrou suas garras. Enquanto os astros da F 1 pareciam motoristas de madame passeando na pista molhada, Senna, que havia largado em 13º, pilotava com arrojo. Ganhava posições em cima de posições. A chuva não dava trégua. Prost, que liderava, passou a fazer pressão para que o diretor da prova, Jacky Ickx, encerrasse a corrida. Conseguiu. Valeram as posições da 31ª volta. Mas ninguém no circuito tinha dúvidas: aquele corajoso brasileiro, que ficou em segundo lugar, passaria a McLaren de Prost em mais algumas voltas.
Senna terminou a temporada em nono lugar, com 13 pontos, e no ano seguinte conseguiu uma vaga na Lotus - equipe capaz de fazê-lo vencer, apesar de não oferecer um carro para que disputasse o título contra McLaren e Williams. No dia 25 de abril de 1985, na segunda corrida da temporada, Senna conseguiu a primeira das 41 vitórias: mais uma vez debaixo de chuva, o brasileiro do capacete amarelo conduziu o carro preto da Lotus à bandeirada final do GP de Estoril, em Portugal.
Nos três anos de Lotus, Senna ensaiou entrar na briga pelo título, mas no fim acabou sucumbindo aos rivais mais bem equipados. Na Lotus, conseguiu 15 poles, sete vitórias e adquiriu o hábito que marcaria a carreira: de dar a volta da vitória segurando uma bandeira brasileira.
O currículo garantiu a Senna em 1988 um lugar na McLaren - campeã em 1984, 85 e 86. O companheiro de equipe, Prost, seria o grande concorrente dali para frente. Com um carro quase invencível, os dois dominaram o mundial. Senna foi melhor. Em 30 de outubro de 1988, o brasileiro venceu o GP do Japão com 13 segundos de vantagem sobre o rival. Com uma prova de antecedência, foi campeão pela primeira vez - foram 13 poles e oito vitórias no ano.
Em 1989, uma polêmica desclassificação no GP do Japão, após um acidente com Prost, tirou as chances de título de Senna e jogou a taça no colo do francês. Em 1990, o brasileiro deu o troco. No mesmo GP do Japão, tirou Prost - já na Ferrari - da pista na primeira curva da prova, em acidente premeditado. Conquistava o bicampeonato com 10 poles e seis vitórias.
O tri, em 1991, também aconteceu em Suzuka, no Japão. O rival da vez foi o inglês Nigel Mansell, da Williams, que tinha de vencer para manter as chances de título. Afobado, saiu sozinho da pista. Naquele GP do Japão, Senna premiou o companheiro e amigo Gerhard Berger, que o escoltou no início da prova, com a vitória. Na reta final, abriu caminho. Senna era campeão pela terceira vez. E última - conseguiu oito poles e sete vitórias na temporada.
Em 1992, a McLaren de Senna não conseguiu acompanhar a Williams de Mansel. De volta a 1993, Senna mais uma vez viu o tetra frustrado. Despediu-se da McLaren e das vitórias. Em 1994, na Williams, despediu-se da vida. Na liderança e em alta velocidade.
JB Online
Números do campeão
- Grandes-prêmios disputados: 161
-GPs em que participou: 163
-GP que mais venceu: Mônaco (seis vezes)
-Vitórias: 41
-Vitórias com Pole Position: 29
-Vitórias de Ponta a Ponta: 19
-Pontos acumulados: 614
-Pole Positions: 65
-Largadas na Primeira Fila: 87
-Títulos da Fórmula 1: 1988, 1990, 1991 (todos com McLaren/Honda)
-Voltas mais rápidas: 19
-Média de Pontos por Corrida: 3,81
-Voltas na liderança: 2962
-Pódios: 80
-Pole Positions Sucessivas: 8, nos seguintes países: Espanha, Austrália, Brasil, San Marino, Mônaco, México e EUA (1988) e Brasil (1989)
-Ayrton Senna subiu ao Pódio em 50% dos GP's da F-1 que disputou
Videos
Globo Reporter parte 1
Globo Reporter parte 2
Ayrton Senna GP Brasil 1991
Ayrton Senna 1991
5 ultrapassagens,1 volta
PiquetxSenna
Senna x Prost
Senna's Rage
Acidente e discussão com Shumacher
Primeira Vitória
GP Monaco 1992
Senna bio
Ultima volta de Ayrton Senna
Socorro na pista
Jornal Nacional
"Os dias em que se podia julgar um piloto por sua velocidade e seus reflexos acabaram. Ayrton Senna tinha uma combinação de conhecimento, concentração e força. Quanto a sua capacidade de concentração nas corridas, ele estava dois a três níveis acima do resto de nós - era extraordinário."
(Extraído do livro "Na Reta de Chegada", autor Gerhard Berger, Editora Globo, página 93 )
"Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que se deve começar, através da sua educação."
“Não sei dirigir de outra maneira que não seja arriscada. Quando tiver de ultrapassar, vou ultrapassar mesmo. Cada piloto tem o seu limite. O meu é um pouco acima do dos outros”
“Não fumo, não bebo, não sou supersticioso, mas leio horóscopo. Só acredito no que ele diz de bom. Acredito mesmo é em Deus”
“O dia-a-dia de um piloto de F 1 não é tão fascinante como parece. O que mais faço na vida é arrumar e desarrumar malas”
Obs: Gp Brasil de 91 é f*** demais.
Editado pela última vez por Earendil em Segunda Agosto 28, 2006 21:30, num total de 1 vez |
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John Nash Amadeus
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Sexo: Idade: 35Registrado em: Domingo, 16 de Julho de 2006 Mensagens: 117 Tópicos: 1 Localização: Jataí-Goiás
Grupos: Nenhum |
Prefiro o Nelson Piquet..
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Manu
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Sexo: Idade: 24Registrado em: Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2005 Mensagens: 3.430 Tópicos: 154 Localização: Rio de Janeiro - RJ
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Earendil, que tópico maravilhoso... homenagem a um ser humano inesquecível...
Editado pela última vez por Manu em Domingo Agosto 27, 2006 20:44, num total de 1 vez |
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Rafaloko
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Sexo: Idade: 36Registrado em: Sábado, 13 de Agosto de 2005 Mensagens: 1.269 Tópicos: 11 Localização: Curitiba-PR
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nossa,o nelson Picket era f***!!!
mas o Senna era bom também!
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John Nash Amadeus
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Sexo: Idade: 35Registrado em: Domingo, 16 de Julho de 2006 Mensagens: 117 Tópicos: 1 Localização: Jataí-Goiás
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Nilson Piquet era muiiiiiiiiito mais f***..
e como ser humano, era um cara bem mais louco e chapado..haha
me rende boas risadas ate hoje
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PedroJungbluth
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Sexo: Idade: 42Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Abril de 2006 Mensagens: 4.627 Tópicos: 17 Localização: Curitiba Paraná
Twitter: @pedrojungbluth
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Piquet era f*** mesmo. Tinha coisas raras no meio automobilístico: inteligência e malandragem. No automobilismo é tudo dominado por um monte de filhos de papai ingênuos, que não conhecem nada da vida e levam aquilo sério demais, Piquet foge disso. Mesmo sendo rico, filho de um Ministro da República, nunca teve apoio do pai para correr, disfarçava o nome (Piket), e construiu sua carreira sozinho, mostrando verdadeira capacidade, que foge de qualquer apoio.
Acertava e entendia de carros como poucos. Talvez possa ser considerado o melhor da história nisso. Pregava que um piloto era aquilo que conhecia.
Muito diverso do Senna, que era um piloto visceral, muito rápido. Piquet não era tãão rápido, mas era capaz de ganhar de um adversário mais rápido, desafio que Senna morreu sem conhecer. Em 1987, o tri do Piquet, foi com um companheiro de equipe mais rápido e com mais preferência no time, Mansell.
1987 e 1986 foram os anos que mais chegamos perto de uma real disputa entre os dois grandes ídolos, apesar do equipamento do Senna não funcionar tão bem, em algumas corridas eles chegaram a se encontrar.
Foi o caso da corrida da Hungria de 1986, em que tivemos a ultrapassagem que é considerada a mais bela da história da F1, do Piquet em cima do Senna, totalmente de lado. A Lotus classificava bem, mas andava mal da corrida...
Os dois tiveram algumas rusgas, é verdade. Mas foram bem menos do que julgam suas torcidas, que até hoje se inflamam em discussões de quem era o melhor.
A maior disputa entre ambos, sem dúvida, foi com as torcidas. Os que eram fãs do Piquet quando Senna surgiu ficaram magoados com a atenção da mídia em cima do ingênuo e visceral piloto. Discursos nacionalistas, propaganda forte da Rede Globo, essas coisas faziam os admiradores do estilo livre do Piquet torcerem o nariz, e isso resultou em antipatia mútua.
No caso que o Piquet falou que Senna era "homossexual", muito se discutiu, o Senna respondeu que tinha traçado a mulher do Piquet, e deu muito bafafá. A imprensa caiu matando na história, mas todos se esquecem que na situação o Piquet não se referiu à sexualidade do Senna, mas sim à coragem, pois na ocasião o Senna se recusou a testar numa pista que não considerava segura.
Agora fazem 13 anos que os dois não correm mais na F1, e começam a aparecer os mais jovens que reparam e admiram a história dos dois, respeitando os dois.
Mas ainda temos resquícios da rivalidade, e muitos (inclusive que postaram aqui) acham que é "incompatível" respeitar e admirar os dois.
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Nabuco
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Sexo: Idade: 37Registrado em: Quarta-Feira, 22 de Março de 2006 Mensagens: 1.429 Tópicos: 19 Localização: Patrocínio/MG
Grupos: Nenhum |
Eu arrepiei aqui agora lendo esse texto. Simplesmemte extraordinário.
Tinha apenas 7 anos e me lembro como se fosse hoje o dia que Senna foi enterrado, quando o carro de bombeiros com o caixão coberto com a bandeira do Brasil, andava pelas ruas de São Paulo lotadas de pessoas chorando e dando o último adeus ao Senna. Chorei barbaridade esse dia.
Posso está falando bobeira aqui, mas acho que ídolo nacional como Senna foi, talvez só o Pelé. Pra mim que tenho só 19 anos e não vi o Pelé jogar, o Senna é o maior de todos.
Parabéns pelo tópico Earendil ficou muito bom!!
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locassia
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Sexo: Idade: 38Registrado em: Sábado, 28 de Janeiro de 2006 Mensagens: 59 Tópicos: Nenhum
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Ayrton Senna foi o melhor e ainda é o melhor pra mim..
Pois parei de ver as corridas de F1 quando o Senna faleceu, não teve mais graça...
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John Nash Amadeus
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Sexo: Idade: 35Registrado em: Domingo, 16 de Julho de 2006 Mensagens: 117 Tópicos: 1 Localização: Jataí-Goiás
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Pedro...você falou tudo
e tem mais
dizem..dizem..alias..é quase certeza..eu acredito pelo menos
O senna era um cara legal com a imprensa e um c**** com a equipe..mecanicos e tal
Piquet era o contrario
tanto é que a imprensa meio que odiava o cara
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Earendil
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Sexo: Idade: 37Registrado em: Domingo, 3 de Julho de 2005 Mensagens: 6.976 Tópicos: 159 Localização: Rio de Janeiro
Twitter: @Gabriel_GFV
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Bem,é lógico que Piquet também era extraordinário,assim como Prost,mas ainda sou muito mais o Senna. E ele fazia algo de bom fora das pistas com o dinheiro que ganhava,hoje o Instituto Ayrton Senna é muito famoso,mas enquanto vivo o Senna ajudava e não divulgava,como tem muitos famosos que fazem doações de caridade mais preocupados em aparecer.
Citação: |
e um c**** com a equipe..mecanicos e tal |
"A Toleman nunca será a mesma sem Senna" - escreveram seus mecânicos no cockpit do carro no GP de Portugal, na corrida de despedida da equipe.
Duvido muito que ele fosse um "c****" com a equipe. Pelo menos tudo que eu ouço sobre isso diz exatamente o contrário.
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John Nash Amadeus
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Sexo: Idade: 35Registrado em: Domingo, 16 de Julho de 2006 Mensagens: 117 Tópicos: 1 Localização: Jataí-Goiás
Grupos: Nenhum |
que eu já ouvi, o senna era meio c**** sim..mas vai saber
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Earendil
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Sexo: Idade: 37Registrado em: Domingo, 3 de Julho de 2005 Mensagens: 6.976 Tópicos: 159 Localização: Rio de Janeiro
Twitter: @Gabriel_GFV
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No vácuo de um herói
Marcos Caetano
Comentarista
Quando a maldita curva Tamburello - que anos antes quase tirou a vida do tricampeão Nelson Piquet - nos privou para sempre das façanhas e do carisma do grande Ayrton Senna, o povo brasileiro sentiu um vazio até então jamais experimentado. Pode parecer exagero, já que, para alguns, Senna foi apenas um ídolo esportivo, sem a transcendência de um grande líder político ou espiritual. Para a maioria dos brasileiros, no entanto, o jovem brasileiro era muito mais do que um piloto de Fórmula 1, esporte razoavelmente elitista, cujas regras e tecnologias o homem comum nem sonha em desvendar. Para essa maioria, o Brasil perdeu em 1º de maio de 1994 um símbolo. O símbolo de um Brasil alegre, límpido, destemido e confiante no futuro. Perdemos, todos nós, o homem, o profissional e o mito Ayrton Senna.
Tive a honra de conhecer o Ayrton - e de trabalhar com ele por alguns anos. Não, não sou especialista em automobilismo nem era jornalista esportivo naquela época. Mas eu era um dos responsáveis pela publicidade do banco que, durante uma década, foi o patrocinador exclusivo do nosso campeão. Ninguém foi mais profissional do que ele. Nunca vi alguém gostar e lutar tanto por um patrocinador como o Ayrton. Recordo-me de uma história deliciosa. Fui recepcioná-lo no Aeroporto de Jacarepaguá, já que ele fazia questão de pilotar o próprio avião. Lembro até do prefixo: PT-ASN. O percurso até o estúdio da Cinédia, onde os comerciais seriam filmados, foi realizado num automóvel comum, que ficou retido num engarrafamento em plena Cidade de Deus. Se alguém percebesse que o ídolo estava no carro, seria impossível impedir o pandemônio. Aí aconteceu o impensável: as pessoas olhavam para o carro, encaravam o Senna, sacudiam a cabeça e... seguiam em frente. ''Ayrton Senna, num carro comum, em plena manhã de terça-feira, na Cidade de Deus? Ora, é claro que isso não pode estar acontecendo!'', pensavam. Senna era um homem tão simples que tinha até mesmo o poder de passar despercebido.
Conheço muitas outras histórias sobre o profissional Ayrton Senna, sobre o homem Ayrton Senna, mas não posso deixar de destacar o mito. O país está cheio de bons profissionais - poucos como ele. Entretanto, desde que Senna nos deixou, o Brasil é um deserto de ídolos. Aparece um Guga aqui, uma Daiane ali, mas um ídolo com a dimensão de Senna, capaz de levar multidões às ruas para celebrar suas vitórias e chorar a sua morte, nunca mais tivemos. Quantos eventos na história do país foram tão trágicos quanto a morte de Ayrton Senna? Atrevo-me a dizer que só as mortes de Getúlio Vargas e Tancredo Neves, além da derrota na Copa de 1950, causaram semelhante comoção. Nem mesmo a queda do inesquecível time de 1982 e a não aprovação da emenda das Diretas Já! foram tão dolorosamente pranteadas.
Vácuo é um conceito que vez por outra é utilizado no automobilismo. O vácuo que a curva Tamburello deixou na vida de todos nós ainda precisa ser preenchido. Entretanto, quando reflito sobre o imenso legado de Ayrton Senna, seus títulos, suas vitórias, seu caráter, sua simplicidade, me convenço da virtual impossibilidade de encontrarmos alguém para ocupar tal vazio. Se Schumacher fosse brasileiro, mesmo com seis títulos mundiais, não seria um mito. Falta-lhe a dimensão humana, o carisma, a transcendência. E se um campeoníssimo como Schumacher não é capaz de preencher o vazio em nossos corações, quem mais será? Não sei a resposta. Mas torço muito para que ele (ou ela) já esteja por aí, dando os primeiros passos, os primeiros chutes na bola, as primeiras raquetadas ou, quem sabe, pilotando o primeiro carrinho de rolimã. Num momento de grave crise institucional nos Estados Unidos, no fim dos anos 60, Simon Garfunkel escreveram uma canção que perguntava ao grande herói do beisebol nos anos 40: ''Para onde foi você, Joe DiMaggio? Uma nação volta os olhos solitários em sua direção.'' Hoje, mais do que nunca, sinto vontade de perguntar: ''Para onde foi você, Ayrton Senna?''
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A fúria do santo
Ernesto Rodrigues
Jornalista
A distância entre a glória e o fracasso, no mundo de Ayrton Senna, era medida em décimos de segundo. Nas pistas, ele venceu e reinventou o significado de palavras como limite, risco, esforço, dedicação e coragem. Deixou a certeza de que dificilmente será igualado em intensidade, entrega e bravura. Na vida pessoal, ele aceitou e percorreu os duros caminhos antecipados por sua origem familiar, rigorosa na educação, tradicional no comportamento e profundamente determinante de suas decisões e de seu destino.
O temperamento arisco e desconfiado o manteve à distância da maioria dos oportunistas que tentaram encostar em sua notoriedade, mas também lhe custou a perda de amigos leais e sinceros. Na vida sentimental, divertiu-se, mas também sofreu muito ao tentar conciliar o coração ingênuo e quase adolescente com a oferta incessante e exigente de sexo, aventura e badalação que o rodeavam nos autódromos do mundo, seu local de trabalho.
Ele falava de Deus, mas a fé que o movia era uma só: a entrega absoluta, incondicional, inegociável e radical à missão que se impôs de ser o melhor, o mais rápido e o mais bem-sucedido piloto de competição de todos os tempos. Custasse o que tivesse de custar.
Ao perseguir esse sonho, ele nos legou as corridas heróicas na Toleman, as voltas voadoras na inesquecível Lotus-Renault preta e dourada, sua incomparável arte de ser veloz na chuva, as disputas de tirar o fôlego com as Williams de Mansell e Piquet, o duelo da perfeição com Prost, as decisões dramáticas de Suzuka, aquela incrível primeira volta de Donnington Park, em 1993, e seu empolgante reinado nas ruas de Mônaco.
Ele não demorou a perceber que Prost era seu maior adversário. E para vencê-lo na pista e nos bastidores do poder da Fórmula 1, primeiro quebrou um pacto interno na McLaren. Depois, ao revidar a manobra política que lhe tirou o título de 1989, não hesitou, na largada do GP do Japão de 1990, em jogar o carro contra a Ferrari de Prost a mais de 250 por hora. Uma manobra quase suicida. E premeditada. Para alguns, um gesto temerário e condenável. Para outros, a expressão suprema do comprometimento de um homem com o que fazia, qualquer que fosse o nome que dessem à atividade: profissão, ofício, missão ou destino.
Na geopolítica do automobilismo, ele se aliou aos japoneses e introduziu uma nova referência de poder e eficiência, assimilada pelos europeus da Fórmula 1 com o mesmo espanto despertado por suas voltas voadoras. Trocou veneno e manobras temerárias na pista com o rival que mais respeitava, mas Prost foi um dos que carregaram seu esquife para uma quadra do cemitério do Morumbi. Arriscou uma provocação a Nélson Piquet pela imprensa e recebeu de volta o golpe que mais doeu em sua vida: a insinuação que se tornou estigma.
Ayrton Senna se estabeleceu na alma de seus compatriotas como ídolo, exemplo e sinônimo de sucesso. Sua morte foi uma espécie de bala perdida no peito da nação.
Ainda que Michael Schumacher continue por muitos anos pulverizando as estatísticas da Fórmula 1, ninguém tomará o lugar de Ayrton Senna na história do esporte. Nas pistas e fora delas, ele foi além dos rótulos. Revelou-se uma espécie de mutante. Conseguiu se equilibrar entre a fúria da velocidade e a paz espiritual dos monges. Foi a síntese impossível do santo com o guerreiro.
Ernesto Rodrigues escreveu a biografia Ayrton, o herói revelado
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o famoso duelo Nelson x Piquet de 86: http://www.youtube.com/watch?v=w92n92xh1gw
Senna x Prost : http://www.youtube.com/watch?v=c5ylxv805bg
Agora a pergunta: algum Schumacher da vida consegue ser bom como eles foram?
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Bandit
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Sexo: Idade: 44Registrado em: Segunda-Feira, 5 de Setembro de 2005 Mensagens: 3.291 Tópicos: 38 Localização: Capão da Canoa - RS
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Aviso - Bandit: |
Por favor, tentem respeitar as opiniões alheias pelo menos (já que a memória de um dos maiores idolos que esse pais já teve vocês não respeitam)...
Posts maleducados e que nada acrescentam ao tópico serão editados e os usuários notificados. |
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PedroJungbluth
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Sexo: Idade: 42Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Abril de 2006 Mensagens: 4.627 Tópicos: 17 Localização: Curitiba Paraná
Twitter: @pedrojungbluth
Grupos:
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Bem, eu falei sobre o Piquet, num tópico sobre o Senna.
Na minha opinião, o piloto mais rápido que existiu. Ninguém conseguiu tirar tanto dos seus carros, principalmente em situações adversas, onde ele era segundos mais rápido que qualquer um.
Sobre o aspecto pessoal, gostaria de dizer que ele pouco fez caridade com seu dinheiro em vida, pois era tão concentrado na sua carreira que nem devia pensar nisso, no que fazer com o dinheiro que ganhava, etc. Mas a partir de 1992, quando ficou em segundo plano na F1, ele começou a pensar em fazer coisas diferentes da vida, e começou a variar seus negócios, criou a marca Senna, começou a importar Audis para o Brasil...
E em 1994 ele teve a idéia de criar um instituto para ajudar crianças carentes. Passou a idéia para a irmã, para ver o que ela achava, mas morreu antes de obter a resposta. A irmã, de posse da idéia, criou o Instituto.
Sobre o relacionamento do Senna com suas equipes, vamos com calma!
Ele esteve em 4 equipes na F1: Tolemman (equipe chefiada por Jean Todt), onde era adorado por levar um carrinho medíocre a pódios (o mesmo que alguém subir no pódio de MF1 hoje em dia), e depois passou para a Lótus, onde sim teve problemas, dividiu atenção com Elio de Angelis, o que irritava o Senna por tudo que ele trouxe ao time (como os motores Honda). Saiu de lá por opção dele, pela Lótus ele continuava.
Mesmo assim deixou boas lembranças no pessoal da Renault, pela maneira intensa de trabalho.
Na McLaren ele conquistou o time, que tinha um campeão (Prost), logo de cara. Os ingleses gostavam de trabalhar com ele, e os japoneses o idolatravam como um deus. Foi padrinho de muitos filhos de mecânicos por lá...
No seu quarto time pouco tempo teve para ter boas ou más relações com qualquer um.
Pois bem, o Senna era um obcecado pela vitória, obcecado em melhorar, e passou isso para seus times. Ele cobrava muito, exigia bons equipamentos, era realmente chato com isso, ele pressionava bastante. Mas sempre isso resultava em bons equipamentos, e ele sempre conseguia bons resultados com esse equipamento.
Não sei como isso pode ser interpretado como ele sendo um "c****".
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guicn
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Sexo: Idade: 37Registrado em: Sábado, 22 de Janeiro de 2005 Mensagens: 610 Tópicos: 14 Localização: Porto Alegre
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Para alguém ser melhor que Senna primeiro tem que fazer o que ele fez em Donnington Park http://youtube.com/watch?v=6j_Uob6eUKQ
E em 93 ele tinha um carro bem inferior as Williams, e mesmo assim fez o que fez.
_________________ "bullshit is bullshit, no matter how many people believe in it."
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