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LostBrasil - Índice do Fórum » Off-Topic  » Literatura » O que você escreve?

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Autor
Mensagem
Desmond Hume
MensagemEnviada: Sábado Março 24, 2007 19:39  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 39

Registrado em: Sábado, 17 de Fevereiro de 2007
Mensagens: 15
Tópicos: Nenhum
Localização: England



Grupos: Nenhum
Vou postar o último conto que escrevi, algum tempo.

Entre mendigos


Numa cinzenta manhã de domingo, em janeiro do ano passado, ele tinha decidido atentar contra a própria vida. Não mais suportava viver sob condições humilhantes.

Não havia duas semanas, a amante, com quem morava desde os 22 anos, fugira - levando consigo todas as jóias e o dinheiro que o casal amealhara nesses anos todos - com um namorado de infância, que ela conhecera no colégio em que ambos estudavam, deixando-o sozinho na casa que alugavam. Uma dívida, a propósito, com a qual, a partir de então, não mais poderia conviver, uma vez que se encontrava desempregado. Havia trabalhado naquela renomada empresa de materiais plásticos durante oito anos, sempre fiel às suas obrigações e compromissos, mas, por conta de um alegado corte de despesas, seu nome fora incluído numa lista de dispensa.

Abandonado pela companheira e sem poder saldar as dívidas do aluguel, pensou em voltar a morar com os pais, na casa deles, no interior. Porém, rechaçou essa hipótese, em virtude da ríspida discussão que travara com seu pai quando saiu de casa ao se recusar assumir o trabalho rural desempenhado por seu progenitor, que “herdara” o ofício do avô.

Diante dessa situação, em que o orgulho o impedia de pedir um favor, e conseqüentemente o perdão, ao pai, decidiu-se pelo mais difícil: entregou a casa ao proprietário e, carregando consigo apenas roupas e objetos de pouco valor, recorreu a um asilo para desabrigados. Porém, ali permaneceu por poucas semanas. Devido ao seu comportamento arredio, discutiu severamente com os responsáveis pelo asilo e decidiu, então, tomar seu rumo. Tornou-se um morador de rua, graças aos desígnios do destino.

Em algumas semanas, no entanto, familiarizado aos costumes degradantes dos mendigos com quem convivia sob uma ponte, no centro da cidade, tendo apenas as estrelas como teto, gastara, com bebidas alcoólicas e cigarros, todo o dinheiro que havia conseguido com as esmolas que recebia nos semáforos das ruas mais movimentadas.

Não suportando aquela situação humilhante em que se via, e relutando em recorrer aos pais, que sequer sabiam do abandono da amante, tomou a decisão fatal, naquela manhã cinzenta de domingo: atentaria contra a própria vida. Buscava, assim, pôr um fim ao inferno ao qual, agora julgava, havia se submetido pelo orgulho.

Logo que surgiram os primeiros raios do sol, levantou e caminhou até chegar à passarela que conduzia os pedestres à ponte, deixando para trás um cobertor e uma trouxa de roupas esfarrapadas, os seus únicos pertences de então. Escalou o parapeito e, por pouco não perdendo o equilíbrio, olhou com terror para o rio que corria abaixo. Tinha em mente a firme convicção de terminar o que empreendera naquela manhã e realmente o teria feito, não o tivessem, de súbito, agarrado firmemente as suas pernas e o atirado ao chão.

Ao cair, desequilibrou-se e bateu violentamente a cabeça no chão da ponte e veio a falecer, ali mesmo. O homem que o havia impedido de se atirar nas águas gélidas do rio, também um mendigo que vivia embaixo da ponte e que o conhecia -, temendo ser acusado pelo assassinato não-intencional que acabara de cometer, fugiu aturdido sem ser notado por entre as pessoas que, aos poucos (e atraídas pela curiosidade), começavam a se aglomerar sobre a ponte, em volta do morto.


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Desmond Hume está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
Jeffer
MensagemEnviada: Quarta Março 28, 2007 23:43  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 48

Registrado em: Quarta-Feira, 16 de Fevereiro de 2005
Mensagens: 50
Tópicos: 2
Localização: Anápolis/GO



Grupos: Nenhum
Desmond Hume escreveu:
Vou postar o último conto que escrevi, algum tempo.

[i]Entre mendigos

O conto está muito bem escrito. Parabéns.

um detalhe: Você é jornalista ou faz jornalismo? Isto porque o tom me pareceu um artigo de jornal, ou de revista. Como numa daquelas seções policiais onde é relatado um caso verídico. Se eu lesse ele em algum jornal, até acreditaria.


_________________
.oO bLoG aBoUt BoOkS: http://www.jefferson.blog.br Oo.

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Jeffer está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Visitar a homepage do Usuário
Desmond Hume
MensagemEnviada: Sexta Março 30, 2007 22:56  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 39

Registrado em: Sábado, 17 de Fevereiro de 2007
Mensagens: 15
Tópicos: Nenhum
Localização: England



Grupos: Nenhum
Obrigado, Jeffer. Muito gentil de sua parte.

Respondendo à sua pergunta, não sou jornalista e nem de estudante de jornalismo, apesar de achar esta uma das mais belas profissões. Sou apenas um grande fã de literatura.


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Desmond Hume está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
Dudugouveia
MensagemEnviada: Sábado Março 31, 2007 14:50  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 33

Registrado em: Segunda-Feira, 9 de Maio de 2005
Mensagens: 2.188
Tópicos: 10
Localização: Belém - PA



Grupos: 
[ABC]
Eu adoro fazer contos e histórias , mas geralmente elas são bastante extensas e antes de terminá-las eu perco o interesse e começo outro.

Com o intuito de fazer algo com no máximo 30 linhas saiu uma narrativa boba , mas é o que eu tenho pra postar aqui.

O Dono da empresa de Cosméticos Alma Bela estava plenamente satisfeito com sua equipe de funcionários.Realmente,Fábio não tinha porque se preocupar, Marcela sua diretora fazia um trabalho esplendoroso,alcançando altos níveis de vendas e uma maior participação no mercado nacional.Mas o empresário foi pego de surpresa quando sua tão competente funcionária pediu demissão.Ela trabalharia no exterior ganhando salários muito maiores.Com esta importante vaga aberta , estava claro quem ia concorrer por ela: Tenório um jovem publicitário , com uma criatividade singular e uma determinação muito grande , era sem dúvida quem estava mais cotado,e Kim,um antigo funcionário da empresa,ótimas relações com o dono e muito querido por seus colegas.Os dois funcionários exerciam a função de gerente,em diferentes filiais da franquia “Alma Bela“.Uma semana após o pedido de demissão,Fábio convocou os dois para uma reunião,na qual ia propor-los uma tarefa.Teriam que criar uma nova linha de produtos em apenas 3 dias, o criador dos produtos de mais qualidade,estaria promovido ao cargo.Instantes depois , ambos estavam em suas casas trabalhando duro.
Tenório,aproveitando a sua criatividade,criou a logomarca e o design da caixa do produto,depois faria um trabalho de campo,pesquisando se a sua criação seria aceita pelo público consumidor.Já Kim,estava consciente de sua limitação na área de criação,todos sabiam que seu forte era contabilidade.Para garantir essa promoção de outra forma,ligou para Fábio,e o convidou para um jantar em sua casa.A noite foi bastante agradável, Kim fez de tudo para agradar seu chefe , e até presenteou-o com uma caríssima garrafa de vinho.Enquanto os dois conversavam sobre o mais diversos temas,Tenório estava em sua casa, elaborando relatórios e levantamentos acerca da aceitação de sua criação.
Na manhã da apresentação dos produtos,Kim faria mais um agrado ao seu patrão,que foi surpreendido ao chegar em sua sala e encontrar um bonito relógio,acompanhado de um bilhete que trazia “Para amigos,não poupo agrados .Kim”.A hora da apresentação havia chegado,Tenório foi o primeiro a se apresentar,impressionou Fábio com seu poder persuasivo enquanto explanava sobre os benefícios de seu produto.Ao terminar,sabia que havia feito um excelente trabalho.Kim estava consciente que seu produto era uma imitação barata do grande sucesso da empresa,havia trocado apenas o nome e poucos componentes químicos.Agora duvidava se conquistaria a vaga.Ao término de sua explanação,era evidente que Tenório havia sido melhor.Quando Fábio deu sua decisão , surpreendeu aos dois.Kim conquistou a vaga .O chefe apresentou argumentos incoerentes que justificavam a sua decisão e no final da reunião agradeceu pelo esforço de Tenório,que desolado após perder a chance de sua vida,ainda teve que ouvir a seguinte frase de seu corrupto concorrente O mundo não é justo.O mundo é dos espertos .


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Desmond Hume
MensagemEnviada: Sexta Abril 06, 2007 22:33  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 39

Registrado em: Sábado, 17 de Fevereiro de 2007
Mensagens: 15
Tópicos: Nenhum
Localização: England



Grupos: Nenhum
Outro conto meu, esse com um tema diferente do anterior (o "Entre Mendigos"), mas sob uma perspectiva semelhante: Fate is fate!, não há como fugir do destino e do sofrimento que ele pode trazer.


Dois Encontros


Assim que soou o sinal da última aula, Adriana se despediu das amigas e desceu, a passos largos, a escada que dava para o pátio do colégio. A jovem, loira e bela com seus 16 anos e toda sua inexperiência em casos amorosos, pretendia falar com Luiz, dois anos mais velho, o garoto por quem ela estava, havia algum tempo, apaixonada e haveria de ser naquela hora.

Moça de família tradicional, bonita, inteligente e extremamente decidida, Adriana queria, deixar claro ao seu pretendente quais eram suas intenções. Temia pela resposta negativa dele, mas, àquela altura, não pensava mais em desistir do seu intento.

Encontrou-o próximo à lanchonete do colégio, sentado sozinho a uma das mesas, tomando um refrigerante. Ele parecia estar com o pensamento bastante longe. Era, sem dúvidas, um rapaz de boa aparência, esbelto e com olhos escuros que lhe conferiam um aspecto de notável intelecto o que era possível confirmar nas poucas oportunidades em que conversava com colegas -, vestia-se com esmero, mesmo não sendo um jovem de posses e destoava dos outros garotos da escola pelo fascínio que tinha pela solidão. Para ele, o antigo aforismo de que mais vale estar só do que mal acompanhado fazia todo sentido; raramente deixava-se ser visto nas rodinhas de amigos na hora do intervalo das aulas, tão comuns em todos os colégios.

Adriana aproximou-se lenta e cuidadosamente da mesa onde se encontrava seu amado, com o coração acelerado e as mãos suando. Ao perceber que ele a viu disfarçadamente, esboçou um pedido de desculpas pela presença, pensando que ele considerava esta importuna. Pediu ao rapaz para se sentar e, à resposta afirmativa, puxou uma cadeira em frente dele.

Bastante agitada e temendo pelo fracasso em sua primeira tentativa de iniciar um romance, ela falava atropeladamente (e, na maior parte da conversa, disse exatamente o contrário do que havia ensaiado com o espelho do seu quarto, o que a deixava ainda mais nervosa). Ao fim de alguns longos minutos de bate-papo, terminou declarando ao rapaz o que sentia e, num repente que a ela mesma assustou, convidou-o para se encontrarem mais à noite. Ele topou.

Diante da possibilidade mais que palpável de finalmente estar com seu amado, Adriana mal conseguiu dedicar sua atenção às aulas que teve depois do intervalo. Na saída do colégio, contou às duas amigas (das quais não me lembro o nome, para dizer a verdade) o êxito que tivera na conversa com Luiz e o encontro de logo mais.

Na tarde daquele mesmo dia, ela não fez nada senão embelezar-se. Manicure, cabeleireira e uma sessão de massagem facial para se sentir muito bem à noite. ele, que se tinha tido outros casos com garotas da escola nós não sabemos, também se preparou convenientemente para o encontro, à sua maneira, sem fazer estardalhaço.

À hora e local combinado, estavam eles na praça central da cidade. Conversaram muito, até mais do que ele estava acostumado, namoraram e se divertiram bastante; ele confirmou as “suspeitas” da jovem: era inteligente, educado, tinha bons modos e era ótima companhia; e ela, configurou-se como uma surpresa deveras agradável para ele. Antevendo a possibilidade de o romance fluir, acertaram um segundo encontro, para o dia seguinte. Luiz a acompanhou de volta para casa e, com sua fleuma habitual, despediu-se da jovem, completamente tomada pela paixão.

No dia seguinte, os dois se encontraram na escola, pela manhã, apenas uma vez e mal puderam conversar, que ela estava rodeada pelas duas amigas, das quais o nome eu ainda não consigo me lembrar, e mais um grupinho de colegas de sala, e ele estava sozinho, perdido em devaneios, com a cabeça provavelmente muito longe ou na noite anterior.

O ritual de ambos nesta tarde foi praticamente o mesmo de há um dia: preparar-se para o encontro da noite, exceto por umas tentativas de ligação dele, às quais ela não atendeu (é provável que ela não estivesse com o telefone celular a tira-colo). Assim mesmo, estavam os dois novamente, no mesmo local do encontro anterior. E assim como ocorrera na primeira vez, entenderam-se muito bem. Aqui, tiveram mesmo a impressão que o romance estava decolando. Novamente, passaram uma agradável noite juntos e ele, ao levá-la para casa, prometeu ligar na manhã seguinte, um sábado, ao que ela concordou com muitos beijos e sorrisos.

Porém, naquela manhã de um sábado que parecia promissor, Luiz não foi atendido pela jovem no celular. Tentou dezenas de vezes, durante todo o dia e nenhum sinal de que falaria com Adriana pelo telefone. Decidiu-se, então, ir pessoalmente à casa da jovem para vê-la. Mas também não a encontrou por lá. A bem da verdade, foi informado pela empregada da família dela que eles haviam, repentinamente, se mudado de cidade, devido ao novo emprego que o pai dela conseguira. Foi informado também que Adriana lamentou muito ter que abandoná-lo a ele (e a tudo que tinha) tão subitamente.

Resignado com a situação, encarou-a com sua fleuma habitual. Estava mesmo apaixonado pela jovem, mas tinha consciência de que nem tudo são flores. Aceitou o sofrimento momentâneo que o abandono da nova namorada mesmo depois de apenas dois encontros, considerava que ela era sua nova namorada - lhe causaria. Sofrimento que, ele tinha certeza, duraria até uma nova mulher lhe atrair as atenções.


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Desmond Hume está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
Mouris
MensagemEnviada: Domingo Agosto 12, 2007 13:16  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 35

Registrado em: Sábado, 24 de Dezembro de 2005
Mensagens: 1.884
Tópicos: 10
Localização: São Paulo



Grupos: 
[ABC]
Poesia de Arranha-Céu

O barulho dos carros não atrapalha. Até complementam. Fazem parte de uma sinfonia. São a base da música, o papel de parede, o cenário daquela peça.

Os atores são muitos, incontáveis, inimagináveis. Andando pelo infinito cenário, se tromba com todos eles, de todos os tipos.

Vou andando, vejo aquele de olhar distante, encostado na parede, procurando algo, alguém, onde está ela? Devo esperar? Estou preocupado. Olha esse cara bizarro passando, que cabelo é esse? Meu cabelo está bom? Deve estar muito chamativo. Aquele cara na parede tá olhando pra mim...

Pelo cenário,-se de tudo, de todos, todos os tipos, acostuma-se com tudo. Aquela roupa incompreensível se torna tão comum, divertida, te alegra os olhos. Pessoas felizes, sendo elas mesmas, as invejo, as admiro, me inspiram.

Inspiro outros, vejo nos olhares, olhares trocados, roubados, será que estava olhando pra mim? Como era linda. Droga, deixei passar. Será que estava olhando pra mim? Como era lindo. Droga, deixei passar.

Olhamos todos, procuramos alguém que procure também. Alguns já acharam, são felizes, os invejo, os admiro. Encontro-os nos becos escuros, nas salas de cinema, nas cadeiras de bar lado a lado, de braços dados, no meio da rua, num abraço apertado. Se beijam como jovens apaixonados, como se fosse o primeiro amor, a primeira paixão, a recriprocidade, a sensação de inédito, sensação de amor, meu Deus te amo, como te amo. Quero ficar aqui pra sempre, ele fala baixinho no ouvido dela, que estremece, te amo também, te quero pra sempre, pensa consigo. São amores fortes, amores de todos os tipos, de toda intensidade, ou sem felicidade, nem amor, amargura, uma discussão no meio da rua, lágrimas caindo, gotas de chuva, o céu está cinza, está feio, sem alegria, sem amor, uma recordação da tarde de sol que antes fora, recordações, de um tempo bonito, de um céu cor de rosa. Aquela rosa que te dei. Te amei. Agora é neblina. O tempo não vai melhorar. Preciso ir embora. Agora.

Vou correr, trombar com outros. O cenário é grande, os atores são muitos, são brutos, vazios de tudo. É oco, sem nada dentro, sem história, sem passado, olha pro nada, olhar vazio, nada, espera nada, nem ninguém, sem alguém, sem propósito, sem começo, nem meio, nem fim.

É noite, penduram a lua no fundo do cenário, atrás dos prédios, sorridentes, espectadores. Assistem a peça, os atores andando de um lado pro outro lá embaixo, cada um com sua história, sua felicidade, tristeza, sua pressa, sossego, cansaço, estou exausto, estou tão animado, a noite está linda, ficarei aqui pra sempre, meu celular está tocando. Cada um com sua história, seu começo meio e fim, suas conversas, meu celular está tocando, seus coadjuvantes, é meu irmão, e seus compromissos, preciso ir embora.


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A Hidra
Banido atualmente
MensagemEnviada: Segunda Agosto 13, 2007 21:56  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 33

Registrado em: Terça-Feira, 24 de Julho de 2007
Mensagens: 155
Tópicos: 16
Localização: Escotilha A Hidra



Grupos: Nenhum

Diário de um morto...


faz anos... não aguento mais este cheiro terrivel de putrefação...
Os odor dos irmãos abatidos nas covas gera nauseas...
Estou só...
Os boatos diziam que os americanos estavam se aproximando... ...os russos faziam de tudo para colocar falsas esperanças nos camaradas...
Estou só...
Longe de casa, longe da pátria, longe da familia, longe dos filhos... cercado por alemães fascistas... que sorte a minha não?
Percebo agora mais do que nunca que não deveria ter voltado ao campode batalha... eu poderia ter fugido... mas agora....
Agora estou só...
Perdi mais de 20 kilos, estava magro feito um espeto, apenas alguns aviadores americanos conversavam comigo... Os russos... aos poucos... eram executados...
Estamos sós...
Se eu não tivesse tentado passar pela cerca eletrificada, eu poderia esperar mais 1 mês... e os americanos teriam me libertado... mas o desespero foi maior, e agora aqui entre estes corpos, nesta vala imensa...
Estou só...


Mesmo sendo um conto meio idiota, um diário de um morte, um morto de um campode concentração nazista, acho que alguém pode gostar... sei lá... adoro história, ainda mais históri do século XX e adoro mais ainda 2° guerra mundial então me veio este breve texto na cabeça... nada de especial... E meu objetivo nele não é contar quem é o cara, oq ele era, oq ele fez, mas sim fazer as pessoas refletirem afinal de contas onde ele está e como está.... isso depende da mente de cada um. Cada um faz sua interpretação e dá vida ao conto como quiser.


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A Hidra está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Visitar a homepage do Usuário MSN Messenger
brunodezembro
MensagemEnviada: Domingo Agosto 19, 2007 19:02  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 29

Registrado em: Sexta-Feira, 15 de Junho de 2007
Mensagens: 447
Tópicos: 17
Localização: Havai



Grupos: 
[ABC]
[AXN]
A Hidra escreveu:

Diário de um morto...


faz anos... não aguento mais este cheiro terrivel de putrefação...
Os odor dos irmãos abatidos nas covas gera nauseas...
Estou só...
Os boatos diziam que os americanos estavam se aproximando... ...os russos faziam de tudo para colocar falsas esperanças nos camaradas...
Estou só...
Longe de casa, longe da pátria, longe da familia, longe dos filhos... cercado por alemães fascistas... que sorte a minha não?
Percebo agora mais do que nunca que não deveria ter voltado ao campode batalha... eu poderia ter fugido... mas agora....
Agora estou só...
Perdi mais de 20 kilos, estava magro feito um espeto, apenas alguns aviadores americanos conversavam comigo... Os russos... aos poucos... eram executados...
Estamos sós...
Se eu não tivesse tentado passar pela cerca eletrificada, eu poderia esperar mais 1 mês... e os americanos teriam me libertado... mas o desespero foi maior, e agora aqui entre estes corpos, nesta vala imensa...
Estou só...


Mesmo sendo um conto meio idiota, um diário de um morte, um morto de um campode concentração nazista, acho que alguém pode gostar... sei lá... adoro história, ainda mais históri do século XX e adoro mais ainda 2° guerra mundial então me veio este breve texto na cabeça... nada de especial... E meu objetivo nele não é contar quem é o cara, oq ele era, oq ele fez, mas sim fazer as pessoas refletirem afinal de contas onde ele está e como está.... isso depende da mente de cada um. Cada um faz sua interpretação e dá vida ao conto como quiser.


Parabens pelo "texto" Hidra Very Happy ,tirando a parte do espeto curti muito o "texto" Very Happy


_________________
Seita do Alho Poró!

leekspin.com

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brunodezembro está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
A Hidra
Banido atualmente
MensagemEnviada: Domingo Agosto 19, 2007 19:07  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 33

Registrado em: Terça-Feira, 24 de Julho de 2007
Mensagens: 155
Tópicos: 16
Localização: Escotilha A Hidra



Grupos: Nenhum
HUAuhaHUAHUuhAHUAHUAHUAHU, Tenho 16 anos, num sou perfeito Laughing XD

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Mouris
MensagemEnviada: Quarta Dezembro 26, 2007 18:04  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 35

Registrado em: Sábado, 24 de Dezembro de 2005
Mensagens: 1.884
Tópicos: 10
Localização: São Paulo



Grupos: 
[ABC]
- Talvez...

- Talvez o quê?

- Talvez você não saiba do que diz.

- Será assim daqui pra frente, então?

- Assim como?

- "Você assim, você assado..."

- Isso depende.

- Do quê?

- Do que você quer ser. Eu posso parar agora mesmo de falar, mas isso não depende de mim. Eu não falo porque quero falar, eu falo porque você me dá motivo para falar.

- Aonde você quer chegar?

- A lugar nenhum. Como eu disse, não depende de mim. Podemos ir a qualquer lugar; isso só depende de você.
O mundo é perfeito demais ao estar contigo. Pode me levar ao Inferno, que ele se tornará um lugar confortável, se eu estiver lá com você.

- Está dizendo que eu deva ir ao Inferno?

- Estou dizendo que você deve me levar aonde quiser; eu sou seu. Eu sou seu, como jamais fui a qualquer outro alguém.

- Não acha que lhe falta um pouco de orgulho?

- Não acha que lhe falta um pouco de paixão?

- Eu não preciso de paixão.

- Claro, exatamente como eu também não preciso do oxigênio em meus pulmões.

- Claro que precisa. Sem ele, você morrerá.

- Exatamente.

- Aonde você quer chegar com tudo isso?

- Eu quero chegar a você.

- Voce já está aqui, eu também.

- Talvez...

- Talvez o quê?

- Talvez sua forma de ver a distância seja diferente da minha.

- Duvido. Eu meço em metros, como todo mundo.

- O mundo é teórico demais para você. Você mede em metros, mas não se pode medir a paixão em metros.

- Mas eu já disse que não preciso de paixão.

- E quem disse que eu estou falando de você?

- Ah, é assim então?

- Assim como?

- "Você assim, você assado.."

- Sensação de dejà.

- Talvez você devesse começar a guardar suas palavras para você mesmo.

- Talvez você devesse começar a ouvir mais o que as pessoas têm a te dizer.

- E o que você tem a me dizer?

- Nada.

- Como "nada"?

- Oras. Não é uma questão de o que eu deva falar pra você, mas uma questão de o que você se dispõe a ouvir de mim.

- Por que você insiste em fazer tantos jogos de palavras? Não se cansa desse jogo doentio?

- Você considera as palavras algo doentio? Ah, agora eu entendi o motivo da sua ótima saúde.

- Suas tentativas de me ofender não vão ter efeito algum.

- tiveram.

- Como?

- Você acabou de mencionar as ofensas; sinal de que você percebeu, ou seja, teve efeito.

- Me deixe em paz.

- Talvez...

- Talvez o que?

- Talvez você não saiba o que é paz.

- Talvez você não saiba quem é você próprio.

- E quem é você para discutir quem sou e quem não sou?

- Eu sou a pessoa que você ama.

- Eu não te amo. Nunca te amei.

- Você me ama, sim. Você sente paixão, você sente amor, você sente ódio, você sente dor, você sente prazer. Você sente prazer em me odiar, e sente ódio em me amar.
Eu sou tudo o que você quis, tudo o que você não quis. Eu sou tudo.

- Inclusive arrogante.

- E quem é você pra me dizer o que sou e o que não sou?

- Eu sou a pessoa que você odeia. Você ama me odiar, você sente prazer em me machucar. Talvez seja esse o nosso grande problema.

- O que?

- Eu te amo e te odeio, e preciso do seu desprezo, para te amar mais e mais. E você precisa do meu amor, para me desprezar mais e mais. Você se apaixonou por mim. Se apaixonou em me desprezar, e eu me apaixonei em ser desprezado.

- Talvez...

- Talvez o que?

- Talvez você esteja errado.

- Talvez você não esteja apaixonada pelo desprezo?

- Talvez eu não esteja apaixonada por nada.

- Talvez devêssemos parar por aqui.

- Por quê? Chegou à conclusão de que você nada significa para mim?

- Cheguei a conclusão de que eu significo tudo para você, mas não sou eu quem deve anunciar isso a ti. Você irá perceber, mas sozinha, e na hora certa. E na hora em que você perceber que eu significo tudo para você, você não significará nada mais para mim. E mesmo assim, continuaremos no mesmo lugar em que estávamos desde o começo, provando que, independentemente de nossas escolhas, eu sou tudo para você, e você é tudo para mim.

- Talvez...

- Talvez o que?

- Talvez, simplesmente, como sempre, talvez.


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