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LostBrasil - Índice do Fórum » Cinema  » Acervo » [INFO] Onde os Fracos Não Têm Vez

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 [INFO] Onde os Fracos Não Têm Vez « Exibir mensagem anterior :: Exibir próxima mensagem » 
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Gourmet Erótico
MensagemEnviada: Quinta Janeiro 31, 2008 07:27  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 54

Registrado em: Sexta-Feira, 24 de Junho de 2005
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Grupos: Nenhum
Klen escreveu:
vocês são esclarecidos o suficiente para não construir generalizações baseadas no gosto de cada um


Mas tudo na vida é feito de generalizações. Se eu não partir de certas premissas, vou passar minha vida queimando minha mão em coisas quentes, beijando mulheres e homens e desconfiando até de meus parentes. Essa é uma elementaridade da existência e me vejo realmente na necessidade de continuar generalizando.

Você ainda disse que eu não gostei do filme. Eu tinha escrito que gostei. que não achei genial. Não sei o que há de pior nisso. E continuo sem saber o que o filme tem de genial.


_________________
***
The people in these towns, they're asleep.
All day at work, at home.
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***
Sometimes, life forces you to cross the line. You're going about your normal everyday routine, when suddenly something truly awful happens and all that pent-up rage you feel about your job, your marriage, your very existence, is released with unstoppable fury. Some call it 'reaching the breaking point' others call it 'breaking bad'.
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Think of how stupid the average person is, and realize half of them are stupider than that. - George Carlin

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Earendil
MensagemEnviada: Quinta Janeiro 31, 2008 11:00  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 37

Registrado em: Domingo, 3 de Julho de 2005
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Citação:
eu sei que o Kenne, o Gourmet e o outro não gostaram


Se o outro sou eu, eu escrevi antes que ainda não vi o filme. E o que escrevi antes disso foi basicamente o que o Gourmet disse depois: existem generalizações, e sempre vai existir. Não digo que é o caso de quem escreveu aqui no tópico, e não tenho nada contra quem gostou do filme, até porque, devo repetir, não vi ainda.


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stickman
MensagemEnviada: Quinta Janeiro 31, 2008 11:53  |  Assunto: Responder com Citação





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Idade: 36

Registrado em: Quinta-Feira, 17 de Março de 2005
Mensagens: 958
Tópicos: 29
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Earendil escreveu:
Citação:
eu sei que o Kenne, o Gourmet e o outro não gostaram


Se o outro sou eu, eu escrevi antes que ainda não vi o filme. E o que escrevi antes disso foi basicamente o que o Gourmet disse depois: existem generalizações, e sempre vai existir. Não digo que é o caso de quem escreveu aqui no tópico, e não tenho nada contra quem gostou do filme, até porque, devo repetir, não vi ainda.



e se o outro for eu !! também disse que gostei do filme mas que não achei ultima bolcha do pacote como estão falando..


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Klen
MensagemEnviada: Quinta Janeiro 31, 2008 14:20  |  Assunto: Responder com Citação





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Registrado em: Terça-Feira, 18 de Janeiro de 2005
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Earendil escreveu:
Citação:
eu sei que o Kenne, o Gourmet e o outro não gostaram


Se o outro sou eu, eu escrevi antes que ainda não vi o filme. E o que escrevi antes disso foi basicamente o que o Gourmet disse depois: existem generalizações, e sempre vai existir. Não digo que é o caso de quem escreveu aqui no tópico, e não tenho nada contra quem gostou do filme, até porque, devo repetir, não vi ainda.


felixjr Wink


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+ 1 Jack
MensagemEnviada: Terça Fevereiro 05, 2008 19:33  |  Assunto: Responder com Citação


Colaboradores


Mastercard

Sexo: Sexo:Masculino
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Registrado em: Quarta-Feira, 17 de Janeiro de 2007
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Localização: São Paulo

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Gostei muito do filme. A fotografia, o climão e o ritmo deixam você o tempo todo ligado, esperando pelo que está por vir, quase que com medo...

Sem dúvida um grande FILME e pra mim seu MAIOR mérito é o RITMO que estão chamando de parado , mas que de parado não tem nada.

Você sabe aquele sexo devargazinho, lentinho, que você não quer que acabe nunca e que nem percebe o TEMPÃO que ficou lá dentro de tão BOM que foi ? Pois é ....


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Gourmet Erótico
MensagemEnviada: Terça Fevereiro 05, 2008 19:37  |  Assunto: Responder com Citação





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Idade: 54

Registrado em: Sexta-Feira, 24 de Junho de 2005
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Grupos: Nenhum
+ 1 Jack escreveu:
Gostei muito do filme. A fotografia, o climão e o ritmo deixam você o tempo todo ligado, esperando pelo que está por vir, quase que com medo...

Sem dúvida um grande FILME e pra mim seu MAIOR mérito é o RITMO que estão chamando de parado , mas que de parado não tem nada.

Você sabe aquele sexo devargazinho, lentinho, que você não quer que acabe nunca e que nem percebe o TEMPÃO que ficou lá dentro de tão BOM que foi ? Pois é ....


Eu trocaria tranquilamente esse filme por uma fodda dessas.


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lemog
MensagemEnviada: Sexta Fevereiro 08, 2008 23:38  |  Assunto: Responder com Citação





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Idade: 35

Registrado em: Terça-Feira, 16 de Agosto de 2005
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Putz que filme ruim. Totalmente nonsense.

Na verdade o filme tem até uns bons momentos, aquela cena no hotel quando ele descobre que tinha um rastreador é muito boa. No meio do filme, a impressão de que vai ser realmente um bom filme. Mas aí...

Que MERDA³ DE FINAL!!!

Sério esse final acaba totalmente com o filme, destroça e joga no buraco.

Não vou dizer nada, que depois(spoiler)*que ele morre* o filme vai pra lata do lixo.

E não fui só eu. Quando eu saí do cinema(sim, ainda paguei pra ver isso) ficou um sentimento geral de revolta, todo mundo falando mal do filme.

Não consigo entender como isso conseguiu ser indicado ao Oscar. Acho que só indicaram por causa do diretor, que nem com o Scorcese em Gangues de Nova York.

Se esse filme ganhar o Oscar (não é melhor que Atonement nem f*dendo), eu juro que mando uma carta-bomba pra Academia.

Ah, e coloquem em cartaz.


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_Rosana_
MensagemEnviada: Sábado Fevereiro 09, 2008 11:54  |  Assunto: Responder com Citação





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Registrado em: Sábado, 11 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 1.622
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Nossa, adorei o filme! Realmente não dá para entender como a maioria não gostou. Eu não iria gostar se acabasse como todos os filmes acabam. Nota 10, sem dúvida. E mereceu as indicações ao Oscar sim!!!

"Pessimista como o próprio xerife Ed Tom Bell, Onde os Fracos Não Têm Vez expõe com tristeza o terror crescente de nosso cotidiano, que pode trazer a dor num cruzamento claramente sinalizado, no virar de uma esquina (reparem como os tiros, na seqüência do tiroteio noturno, parecem vir do nada, da escuridão, inesperados e fatais) ou num arremesso de moeda. E se por um breve instante sonharmos com um futuro de segurança, com uma luz reconfortante e quente na noite escura e fria, esta esperança se mostrará frágil a ponto de ser destruída por três curtas palavras:

“E aí acordei”.
"


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Lost Lisa
MensagemEnviada: Segunda Fevereiro 11, 2008 12:39  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Feminino
Idade: 45

Registrado em: Segunda-Feira, 26 de Junho de 2006
Mensagens: 165
Tópicos: 5
Localização: Niterói



Grupos: Nenhum
Achei o filme MUITO BOM!
A lentidão do filme transmite a lentidão do próprio ambiente. você sente toda aquela aridez, o vazio, a solidão. Ah... o silêncio é torturante em algumas cenas. medo! você até abafa a respiração. O negócio é se deixar levar pelas sensações torturantes que o filme procura transmitir.
A linguagem do filme é perfeitamente coerente com o ambiente e o comportamento daqueles que vivem nesses locais. Na verdade, lutam pra sobreviver, se arrastando na rotina, sem pressa.
A construção do personagem matador é muito interessante. Parece que ele secou junto com o ambiente. Não sobram sentimentos nem remorsos. É a personificação da Morte, que chega sem avisar, vencendo os mais fracos.
Resta o sentimento de impotência, porque a morte é inevitável. É forte, marcante e instantânea. É banal.
Vale a pena assistir!


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Quer imagens de exibição? Aqui tem de montão:
http://www.lostbrasil.com/viewtopic.php?t=14168&highlight=
(FEIRA DE AVATARES)

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Nabuco
MensagemEnviada: Quinta Fevereiro 21, 2008 21:11  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 37

Registrado em: Quarta-Feira, 22 de Março de 2006
Mensagens: 1.429
Tópicos: 19
Localização: Patrocínio/MG



Grupos: Nenhum
Pra quem não pegou a metáfora do filme leiam essa crítica abaixo, que explica tudinho.


Quando escrevi sobre este filme, em novembro do ano passado, comentei que a maior parte do público sairia do cinema com um grande sentimento de frustração em função do desfecho apresentado pelo escritor Cormac McCarthy em seu livro e preservado fielmente pelos irmãos Coen em sua fabulosa adaptação de Onde os Fracos Não Têm Vez. Pois mantenho a previsão, embora lamente fazê-lo, que, embora os cineastas neguem ao espectador uma conclusão amarradinha e dramaticamente catártica, o fato é que esta é tematicamente perfeita e enriquece o filme ainda mais, transformando-o no melhor trabalho de uma dupla que, em 23 anos de carreira e apenas 12 longas, criou maravilhas como Gosto de Sangue, Arizona Nunca Mais, Ajuste Final, Barton Fink, Na Roda da Fortuna, Fargo e O Homem que Não Estava Lá.

Ambientado no Texas, em 1980, o roteiro acompanha o veterano do Vietnã Llewelyn Moss (Brolin), que, certa noite, encontra uma maleta com 2 milhões de dólares depois de se deparar com um massacre ocorrido no meio do deserto. Decidido a ficar com o dinheiro, ele passa a ser perseguido por bandidos mexicanos e ainda pior por um matador particularmente cruel que atende pelo estranho nome de Anton Chigurh (Bardem). Enquanto isso, o xerife Ed Tom Bell (Jones) tenta encontrar Llewelyn antes que este seja morto por Chigurh e, neste processo, se mostra cada vez mais impressionado com a matança promovida pelo sujeito.

Como na maioria dos projetos dos Coen, a trama de Onde os Fracos Não Têm Vez tem relativamente pouca importância quando comparada ao prazer que os cineastas sentem em desenvolver seus personagens e, neste sentido, os diálogos criados por McCarthy em seu livro e transferidos para o roteiro com imenso respeito pelos irmãos são incrivelmente similares àqueles que os próprios diretores costumam criar em seus trabalhos originais (o que talvez explique por que decidiram, pela primeira vez, adaptar a obra de outra pessoa). Enriquecido pela cadência do sotaque texano, os diálogos ditos por figuras com nomes como Carla Jean e Ed Tom (que, por si só, dizem muito sobre seus donos) são escritos com um cuidado que não faz distinção entre protagonistas e quase figurantes: quando Llewelyn pergunta o preço de um quarto para uma velha recepcionista de hotel, por exemplo, ela oferece uma resposta que diverte pela construção: “Cada um tem um preço aplicável” e, mais tarde, quando alguém indaga o que o personagem de Brolin fez com o dinheiro, este responde com uma das melhores tiradas já filmadas pelos Coen: “Gastei 1,5 milhão em prostitutas e uísque. O resto, eu desperdicei”.

Com isso, Onde os Fracos Não Têm Vez apresenta-se como um destes raros exemplares da Hollywood moderna que são mais do que um espetáculo visual: eu poderia apenas escutar o filme centenas de vezes com o mais absoluto prazer. Considerem, por exemplo, a arquitetura quase poética de uma troca de diálogos entre Chigurh e Carson Wells, vivido por Woody Harrelson, em uma das melhores cenas do longa, quando, depois de ouvir Chigurh filosofar ironicamente sobre sua trajetória até ali, Carson comenta:

- Você tem idéia do quanto é louco?

- Você se refere à natureza desta conversa?

- Eu me refiro à natureza de sua pessoa.

E se você teme que eu tenha revelado diálogos demais do longa, pode acalmar-se: eu poderia empregar páginas e mais páginas apenas para comentar falas específicas do filme, tamanha a quantidade de trocas memoráveis como estas ali presentes. Porém, esta obra-prima (e usei esta expressão apenas duas vezes ao comentar cerca de 60 filmes da Mostra de São Paulo: a outra foi com relação a 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias) impressiona também por sua riqueza narrativa: mistura de western e filme noir, este talvez seja um dos trabalhos mais disciplinados dos Coen, que substituem seus costumeiros invencionismos visuais por uma lógica firme, apresentando aquele mundo como uma versão contemporânea (ou quase) de um “Velho Oeste” com códigos morais ainda mais degradados pelo tempo.

Neste sentido, o personagem de Bardem surge não apenas como um vilão assustador, mas como um símbolo do mundo-cão em que vivemos e não seria errado considerá-lo como uma metáfora do verdadeiro Mal que nos surpreende em tragédias como a do garotinho arrastado e morto por assaltantes de carro, em São Paulo; a do casal de jovens barbaramente executado no litoral do Rio; ou a dos pais que tiveram sua morte planejada pela própria filha, alguns anos. Numa Sociedade que chega ao ponto de encarar um psicopata como o Capitão Nascimento como herói, muito que o sentimento de segurança deixou de existir: sabemos que, de um momento para o outro, um moleque armado com uma automática ou um playboy desesperado por crack podem pôr fim à vida de seus parentes ou de completos estranhos e, neste aspecto, é impossível deixar de reconhecer o brilhantismo simbólico da cena em que Chigurh obriga um humilde atendente de posto de gasolina (o desconhecido Gene Jones, numa participação digna de prêmios) a disputar um tenso Cara ou Coroa que, ambos sabem, pode significar o fim da vida do sujeito.

Javier Bardem, aliás, oferece um desempenho nada menos do que perfeito como o apavorante Chigurh: utilizando um corte de cabelo que torna o personagem ainda mais inquietante, ele cria um monstro cuja natureza metafórica já é ressaltada por sua primeira cena, quando os Coen o apresentam com o rosto oculto, nas sombras, enquanto a narração de Tommy Lee Jones discute a crueldade incompreensível de certos indivíduos. Assim, quando finalmente podemos ver a face do vilão, ele surge já em ação e exibindo um olhar absolutamente insano, quase em transe, enquanto faz mais uma vítima. Porém, ator sempre inteligente, Bardem foge do histrionismo ao empregar uma voz sempre calma e controlada mesmo nas cenas em que Chigurh se mostra claramente irritado e isto, aliás, reflete a natureza metódica do personagem, que, antes de agir, chega a preparar-se cuidadosamente ao ensaiar o tempo que levará para abrir uma porta e acender a luz ou ao estudar possíveis esconderijos que seus oponentes poderão utilizar num quarto de hotel. Enxergando suas vítimas como animais (não é à toa que ele emprega uma arma utilizada para abater gado), o matador ganha contornos quase míticos ao longo da projeção e, em determinado instante, os Coen criam um quadro que coloca o espectador estrategicamente ao lado de um dos alvos de Chigurh, como se também estivéssemos sob sua mira, vulneráveis.

E se Bardem é, aqui, o Mal Encarnado, Tommy Lee Jones surge soberbo como a Voz da Razão, encarnando a frustração que todos sentimos diante da brutalidade crescente que faz do planeta um lugar que justifica tragicamente o título do filme (e pior: “fracos” - ou "velhos", como no título original - são todos aqueles que recusam a desumanização, que mantêm seus princípios). Tentando enxergar o mundo de maneira filosoficamente pessimista, o xerife Ed Tom Bell sabe que jamais conseguirá acompanhar o ritmo com que a Sociedade vem se decompondo e, assim, seu cansaço torna-se crescente à medida que percebe estar no meio de uma batalha já perdida. E se os fracos são aqueles que buscam manter a própria integridade, como mencionei há pouco, o Llewelyn do ótimo Josh Brolin é a representação perfeita disso, que é um gesto de humanidade (que ele reconhece ser também algo estúpido de se fazer) que praticamente o condena a ser perseguido por Chigurh.

Filmado pelo brilhante Roger Deakins com uma paleta que realça a secura daquele (e do nosso) mundo, Onde os Fracos Não Têm Vez conta ainda com um design de som absolutamente primoroso: negando-se a empregar uma trilha sonora convencional, o filme extrai tensão dos sons diegéticos (aqueles originados em seu próprio universo), como o ranger do assoalho, o raspar metálico de uma maleta de couro num duto de aço ou o eco de um telefone que toca à distância enquanto, à nossa frente, o autor do telefonema ouve o sinal da chamada jamais atendida. Da mesma maneira, a montagem precisa de Roderick Jaynes (leia-se: Joel e Ethan Coen) constrói seqüências de ação angustiantes, como aquela que começa quando presa e caçador parecem se avaliar silenciosa e cegamente através da porta de um quarto de hotel e mesmo a inclusão de um plano-detalhe de uma embalagem se abrindo lentamente num balcão pode ressaltar o tom ameaçador de uma cena. Além disso, os cineastas, como de hábito, extraem humor de momentos atípicos como a perseguição no rio envolvendo um cachorro (e Brolin, pela segunda vez em 2007, não poupa o animal) ou o protesto da sogra de Llewelyn quando este afirma que tudo ficará bem: “Ficará bem? Eu tenho o câncer!.

Pessimista como o próprio xerife Ed Tom Bell, Onde os Fracos Não Têm Vez expõe com tristeza o terror crescente de nosso cotidiano, que pode trazer a dor num cruzamento claramente sinalizado, no virar de uma esquina (reparem como os tiros, na seqüência do tiroteio noturno, parecem vir do nada, da escuridão, inesperados e fatais) ou num arremesso de moeda. E se por um breve instante sonharmos com um futuro de segurança, com uma luz reconfortante e quente na noite escura e fria, esta esperança se mostrará frágil a ponto de ser destruída por três curtas palavras:

“E aí acordei”.

fonte: Cinema Em Cena

Esse filme vai ser igual Os Infiltrados ano passado, vai ganhar o Oscar e vai ter uma galera apedrejando o filme, falando que uma merda e não vale nada. Uma p*** injustiça.


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Nabuco está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
Eowyn
MensagemEnviada: Sábado Fevereiro 23, 2008 23:08  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Feminino
Idade: 41

Registrado em: Sábado, 30 de Abril de 2005
Mensagens: 226
Tópicos: 2
Localização: Recife



Grupos: 
[ABC]
Cara!!! Que filme ruiimmmmm!!! Fala sério!!!
Filme totalmente Domingo Maior... detestei!!
A única coisa que prestou foi a interpretação do Barden.... maravilhosa... mas filme.... odiei!!!


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Eowyn está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
_Rosana_
MensagemEnviada: Domingo Fevereiro 24, 2008 18:32  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Feminino
Idade: 43

Registrado em: Sábado, 11 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 1.622
Tópicos: 83
Localização: Niterói/RJ



Grupos: Nenhum
Citação:
Filme totalmente Domingo Maior


Shock

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lemog
MensagemEnviada: Domingo Fevereiro 24, 2008 21:38  |  Assunto: Responder com Citação





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Domingo Maior? Eu achei é Super Cine. Laughing

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vaniuss
MensagemEnviada: Segunda Fevereiro 25, 2008 01:46  |  Assunto: Responder com Citação





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Registrado em: Segunda-Feira, 7 de Março de 2005
Mensagens: 1.171
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Twitter: @Vaniusp

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E os irmãos Coen acabam de ganhar como Melhor Diretor! E ganhou Melhor Filme também!

Acho que alguém aí vai ter que mandar uma carta-bomba pra Academia...hehe

Ainda nem vi, mas vou ver o mais rápido possível.




Editado pela última vez por vaniuss em Segunda Fevereiro 25, 2008 01:52, num total de 1 vez
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Klen
MensagemEnviada: Segunda Fevereiro 25, 2008 01:47  |  Assunto: Responder com Citação





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