Publicidade
Apriori Cucina
 
 
LostBrasil
 Portal Portal  Fórum Fórum  Orkut  Twitter  FAQ FAQ  Pesquisar Pesquisar  Membros Membros  Grupos Grupos
 
Registrar :: Entrar Entrar e ver Mensagens Particulares
 

Menu
Portal
Fórum
Notícias
Sinopses
Outras Séries
Orkut
Links
Livros de Lost
DVDs de Lost
O que é Lost?
Quem Somos
Regras

- Acesso Restrito -
The Lockdown
Chat V.I.P.


Colabore


Saldo atual:40%



Calendário
23/05/2010
ABC: 6x17/18 - The End

25/05/2010
AXN: 6x17/18 - The End

Perfil
Usuário:

Senha:

 Lembrar senha



Esqueci-me da senha



Ainda não se registrou?

Faça seu cadastro.
É de graça!


LostBrasil - Índice do Fórum  » Off-Topic » 40 Anos do Homem na Lua

Novo Tópico  Responder Mensagem Ir à página Anterior  1, 2 printer-friendly view
 40 Anos do Homem na Lua « Exibir mensagem anterior :: Exibir próxima mensagem » 
Autor
Mensagem
rafaelrss
MensagemEnviada: Sábado Julho 18, 2009 18:58  |  Assunto: Responder com Citação


Colaboradores



Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 44

Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 5.436
Tópicos: 449
Localização: Salvador-BA



Grupos: Nenhum
lred escreveu:
Uma coisa que eu vi sobre essa foto:


Como a bandeira se esvoaça tanto se não há ar fora da Terra?

Um vídeo que fala sobre isso (que coincidentemente tem "aquela" música Smile



Bom ta tendo vários especiais comemorativo sobre esses 40 anos do homem na lua, não custa nada ler um pouquinho não só para tirar dúvida quanto alimentar se for assim caso as teorias conspiratórias.

E em vários deles responde sobre essa bandeira aí Wink


_________________

Voltar ao Topo
rafaelrss está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular MSN Messenger
henriquekoberstain
MensagemEnviada: Sábado Julho 18, 2009 19:08  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 35

Registrado em: Domingo, 12 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 415
Tópicos: 1
Localização: Cuiabá - MT



Grupos: 
[ABC]
lred escreveu:

Como a bandeira se esvoaça tanto se não há ar fora da Terra?


http://www.youtube.com/watch?v=-bWMR4pac0Q
Se você não viu na tv tá tudo ai no youtube..

A bandeira não "tremula", "esvoaça" ou qualquer coisa do tipo, ela está somente deformada porque deve ter ficado espremida em algum canto do módulo, ela só "tremula" quando os astronautas mechem nela...

Pros que acreditam nessa baboseira de farsa:
http://www.clavius.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acusa%C3%A7%C3%B5es_de_falsifica%C3%A7%C3%A3o_nas_alunissagens_do_Programa_Apollo
e 500 outros sites que derrubam essa "teoria"...


Voltar ao Topo
henriquekoberstain está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Orkut Profile: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=13802938376325741592&rl=t
Earendil
MensagemEnviada: Sábado Julho 18, 2009 20:43  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 37

Registrado em: Domingo, 3 de Julho de 2005
Mensagens: 6.976
Tópicos: 159
Localização: Rio de Janeiro

Twitter: @Gabriel_GFV

Grupos: Nenhum
O homem foi a lua.

E eu acredito em UFO's. Mas não nos ufólogos.


Voltar ao Topo
Earendil está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Enviar Email
SuperMT
MensagemEnviada: Sábado Julho 18, 2009 21:22  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 31

Registrado em: Quarta-Feira, 18 de Janeiro de 2006
Mensagens: 3.075
Tópicos: 11
Localização: with your sis.

Twitter: @_matvieira

Grupos: 
[ABC]
Eu tenho muita certeza de que o homem foi a lua.
Nunca fui atrás de evidências ou teorias, mas acredito.

Acho que uma coisa dessas não é fácil de forjar.


_________________
'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.' Drummond.

Voltar ao Topo
SuperMT está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
cavr
MensagemEnviada: Sábado Julho 18, 2009 21:59  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 34

Registrado em: Quinta-Feira, 16 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 66
Tópicos: 2
Localização: Far, Far Away...



Grupos: Nenhum
Citação:
8 Mitos Sobre o Pouso Lunar Detonados



Quarenta anos após o astronauta americano Neil Armstrong se tornar o primeiro humano a colocar o pé na Lua, várias teóricos da conspiração ainda insistem que a Apolo 11 foi uma mentirinha super elaborada. Sombras estranhas, fotos que parecem ter sido tiradas por terceiros, vento no vácuo... Tudo parece estranho. Mas assim como o funcionamento de um microondas é estranho (tipo você coloca o hot pocket e ele sai quente. Mágico!), uma explicação científica para todas essas coisas. Aproveitando o aniversário da conquista (tem bandeira fincada, é conquista) lunar, a National Geographic explica porque os céticos são idiotas.



Você pode dizer que a missão Apolo foi falsa porque... A bandeira americana parece estar batendo como numa "brisa" nos vídeos e fotografias supostamente feitas na superfície sem ar da lua.

A verdade é que... "No vídeo você a bandeira se mexendo porque o astronauta acabou de coloca-la lá, e a inércia de quando ele a soltou a manteve se mexendo", disse o historiador de voos espaciais Roger Launius, do Smithsonian's National Air and Space Museum em Washington D.C.

Os astronautas também dobram acidentalmente os mastros horizontais segurando a bandeira várias vezes, criando a aparência de uma bandeira tremendo nas fotos. ( Fotos do pouso da Apollo 11 na Lua)


Neil Armstrong e o módulo lunar Eagles são refletidos no visor de Buzz Aldrin em uma das imagens mais famosas tiradas durante o pouso lunar em julho de 1969.

Você pode dizer que a missão Apolo foi falsa porque... dois astronautas andaram na lua, um por vez. Mesmo assim nas fotografias como esta os dois estão visiveis, não há sinal de uma câmera. Então quem tirou a foto?

A verdade é que... As câmeras eram montadas nos peitos dos astronautas, diz o astrônomo Phil Plait, autor do blog ganhador de prêmios Bad Astronomy e presidente da James Randi Educational Foundation. Na foto acima, Plait diz " Você pode ver que os braços [do Neil] estão meio na altura do peito. É aonde a câmera está, ele não estava a segurando em seu visor.


O Módulo lunar de aterrisagem chamada de Eagle está descansando tranquilamente na superfície lunar em uma foto tirada poucas horas depois da aterrisagem na lua em 16 de julho de 1969.

Você pode dizer que a missão Apolo foi falsa porque... O módulo é mostrado parado em um solo relativamente reto e estável. De acordo com os céticos, a descida do módulo deveria ter sido acompanhada por uma grande nuvem de poeira e teria formado uma cratera notável.

A verdade é que... Os motores do módulo foram revertidos um pouco antes da aterrisagem, e não ficou suspenso o suficiente para formar uma cratera ou fazer voar muita poeira, Launius disse. "Filmes de ficção retratam um grande jato de fogo saindo [das espaçonaves] enquanto pousam, mas não foi assim que fizeram na lua" ele adicionou. "Não é o jeito que eles fariam agora, ou em qualquer momento do futuro".


Vocês podem conferir mais fatos desmitificados no site da National Geographic



Fonte: National Geographic via Gizmodo



Outra coisa legal sobre as comemorações...

We Choose The Moon

Descrição do Gizmodo:

Citação:

Apolo 11 nos Tempos da Internet

Se você, como eu, morre de inveja de quem viu a Apollo 11 pousar na lua via satélite em 1969 (se você viu, eu te invejo muito) e não se contenta em ficar vendo no Youtube, o site We Choose the Moon (Nós escolhemos a lua) criou em 3D toda a missão, desde o lançamento ao retorno à Terra.

Além do modelo 3D da Apollo, da Terra e do espaço, o site conta com as conversas a rádio transmitidas (até a estática) em "tempo real" com a missão de verdade, que com 40 anos de diferença. Em volta das imagens tem uma galeria de fotos do evento real, em que fase a missão está, o que está por vir e dados da missão. Além de conferir a comunicação por rádio, fizeram perfis no Twitter tanto do pessoal da NASA quanto os da tripulação! Genial! Entre lá agora e veja o foguete em órbita da Terra se preparando para a estilingada que levou todo mundo à Lua.


Fonte: Gizmodo


Voltar ao Topo
cavr está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
lred
MensagemEnviada: Sábado Julho 18, 2009 23:21  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 30

Registrado em: Quinta-Feira, 20 de Julho de 2006
Mensagens: 1.306
Tópicos: 63
Localização: Jundiaí - SP

Twitter: @lucasbenica

Grupos: 
[ABC]
[Globo]
rafaelrss escreveu:
Bom ta tendo vários especiais comemorativo sobre esses 40 anos do homem na lua, não custa nada ler um pouquinho não só para tirar dúvida quanto alimentar se for assim caso as teorias conspiratórias.

E em vários deles responde sobre essa bandeira aí Wink


Vi agora o que postaram mais acima. Não entendi nada porque nem sei ainda o que é inércia, mas parece que têm uma explicação. Porém, como sou conspirador, essas coisas podem sim ser explicadas, mas uma coisa poder ser explicada não significa que foi o que realmente aconteceu... Razz


Voltar ao Topo
lred está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Enviar Email Visitar a homepage do Usuário Orkut Profile: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=13790956522076384057&rl=t
SuperMT
MensagemEnviada: Domingo Julho 19, 2009 01:37  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 31

Registrado em: Quarta-Feira, 18 de Janeiro de 2006
Mensagens: 3.075
Tópicos: 11
Localização: with your sis.

Twitter: @_matvieira

Grupos: 
[ABC]
lred, inércia é a tendencia que um corpo tem de permanecer em movimento.
Como não há atrito, no espaço qualquer corpo em movimento permanece em movimento.
Aqui na Terra, é diferente, porém existe a inércia. Quanto maior for o peso, maior a inercia, por isso que é mais difícil empurrar um carro do que uma bicicleta.

Quando o astronauta colocou a bandeira, em movimento, ela permaneceu em movimento devido a inercia.

Corrijam se estiver errado.


_________________
'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.' Drummond.

Voltar ao Topo
SuperMT está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular
guicn
MensagemEnviada: Domingo Julho 19, 2009 03:47  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 37

Registrado em: Sábado, 22 de Janeiro de 2005
Mensagens: 610
Tópicos: 14
Localização: Porto Alegre



Grupos: 
[ABC]
Inércia é a 1ª lei de Newton. É dividida em duas partes: a primeira diz que se um corpo está em movimento, ele continuará o MESMO movimento até que uma força aja sobre ele. A segunda parte diz: um corpo permanecerá em repouso até que alguma força o tire desse estado.

Como o atrito na atmosfera lunar é quase nulo (o atrito é uma força), a bandeira permanecerá naquela posição por um longo tempo (mas não infinitamente, porque há um pequeníssimo atrito na atmosfera lunar, e também gravidade), até que uma outra força a tire daquele estado.

Graças a inércia que a viagem até a lua foi possível. É dado um impulso com muita força para a nave romper a nossa atmosfera, mas depois de rompida, a força que estava agindo sobre ela permanecerá a mesma no espaço, fazendo com que a nave possa viajar a longa distância até a lua gastando pouquíssimo combustível.


_________________
"bullshit is bullshit, no matter how many people believe in it."

Voltar ao Topo
guicn está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Enviar Email
lred
MensagemEnviada: Domingo Julho 19, 2009 15:48  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 30

Registrado em: Quinta-Feira, 20 de Julho de 2006
Mensagens: 1.306
Tópicos: 63
Localização: Jundiaí - SP

Twitter: @lucasbenica

Grupos: 
[ABC]
[Globo]
Ah tá. As leis de Newton é matéria nova desse próximo bimestre =DD

Obrigado pelas respostas Very Happy


Voltar ao Topo
lred está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Enviar Email Visitar a homepage do Usuário Orkut Profile: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=13790956522076384057&rl=t
PedroJungbluth
MensagemEnviada: Segunda Julho 20, 2009 23:53  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 42

Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Abril de 2006
Mensagens: 4.627
Tópicos: 17
Localização: Curitiba Paraná

Twitter: @pedrojungbluth

Grupos: 
[ABC]
claro que a viagem a lua pode ser falsa. Assim como toda nossa realidade pode ser falsa. Nunca viu matrix não?

Voltar ao Topo
PedroJungbluth está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular Enviar Email MSN Messenger
stickman
MensagemEnviada: Terça Julho 21, 2009 00:11  |  Assunto: Responder com Citação





Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 36

Registrado em: Quinta-Feira, 17 de Março de 2005
Mensagens: 958
Tópicos: 29
Localização: Dublin - Irlanda

Twitter: @stickdutra

Grupos: 
[ABC]
Cara eu acho que homem foi a lua sim mas não eim 69 !

Voltar ao Topo
stickman está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular MSN Messenger
rafaelrss
MensagemEnviada: Terça Julho 21, 2009 15:09  |  Assunto: Responder com Citação


Colaboradores



Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 44

Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 5.436
Tópicos: 449
Localização: Salvador-BA



Grupos: Nenhum
Projeto Apollo: Um grande salto para a humanidade.


O projeto Apollo que levou o homem a pisar na Lua em 1969, foi a primeira de 7 missões tripuladas do projeto que revolucionou várias tecnologias. O projeto que levou 10 anos para chegar no estágio de despachar os 3 primeiros homens à Lua tem números, até hoje, invejáveis. Os motores, os mais poderosos já construídos, produziram 3.400.000 quilogramas de empuxo, uma forca tão grande que chega a ser inimaginável. O foguete no lançamento pesava três mil toneladas e tinha a altura de um edifício de 36 andares. A Apollo-11/Saturno-5 conseguiu realizar a viagem no tempo de 8 dias, 3h, 19m. Foram percorridos aproximadamente 800 mil quilômetros, ida e volta.



O tempo necessário para chegar a Lua é variável e depende das posições relativas da Terra e da Lua. Durante esse tempo, uma vez que a gravidade da Terra continua a exercer sua influência, a espaçonave perde gradativamente sua velocidade. Essa influência, entretanto, vai declinar na medida que a espaçonave se afasta da Terra. Começou com 39.260 quilômetros por hora, depois a velocidade da Apollo caiu para cerca de 7.600 quilômetros por hora quando chegou a 128 mil quilômetros de distância da Terra. Na marca de 320 mil quilômetros, atingiu o mínimo de 3.400 quilômetros por hora.

Da torre-foguete de 111 metros de altura, pesando 2.900.000 quilos, que partiu do Centro Espacial Kennedy, restou apenas o Módulo de Comando, com os astronautas a bordo e uma cápsula de apenas três metros e peso 5.500 quilos. Toda esta operação exigiu que tudo o que existia de tecnologia naquela época fosse utilizado e outras que nem existiam tivessem de ser criadas. Naquela época existia uma determinação: tudo que fosse ao espaço precisava ser pequeno, leve, resistente e tinha que funcionar na ausência da gravidade. Tem uma estória que diz que estavam tentando fazer uma caneta que funcionasse no espaço, pois a NASA havia descoberto que, no espaço, na gravidade zero, as canetas não funcionavam. Assim os engenheiros contrataram uma empresa especializada para projetar a caneta espacial. Dez anos e US$ 12 milhões depois, estava pronta a caneta que podia ser usada no espaço, em qualquer posição. A supercaneta funcionava bem quer no frio ou no calor. O troco veio na forma brilhante do pensamento criativo: Os russos, que tiveram o mesmo problema, optaram por uma solução mais simples - passaram a usar um lápis que custa apenas alguns centavos.

Voltando ao projeto Apollo várias novas tecnologias foram criadas e muitas estão até hoje sendo utilizadas em aplicações bem diferentes daquilo para o qual foram originalmente destinadas. Em 1969, por meio de um rádio transmissor da Motorola, a bordo da nave Apollo 11, foram transmitidas as primeiras palavras e sinais de televisão daquele satélite até a Terra, possibilitando que mais de 500 milhões de pessoas acompanhassem este ato histórico. Além disso, a Motorola fez o primeiro telefone celular, a primeira chamada telefônica terrestre de maior altitude a partir do pico de Monte Everest.

A Nasa registrou mais de 6.300 patentes para o governo americano. Todos os anos, desde 1976, a Nasa publica uma lista de toda tecnologia ligada à sua pesquisa. O jornal "Spinoff", da Nasa, publicou coisas como marcapassos melhorados, máquinas de exercícios com tecnologia de ponta e rádio satélite. A palavra de ordem na agência é inovação.




Criada em 1958 pelo presidente americano Dwight Eisenhower (1953-1961) a Agência Espacial Americana estipulava que suas pesquisas e avanços deveriam beneficiar toda a população e não apenas o propósito espacial. E em toda a sua história, a Nasa contribuiu bastante para a tecnologia.

Os aparelhos ortodônticos invisíveis são feitos de alumina translúcida policristalina (TPA). Uma empresa chamada Ceradyne desenvolveu a TPA em conjunto com a unidade de pesquisas de cerâmica avançada da Nasa (Nasa Advanced Ceramic Research) para proteger as antenas infravermelhas dos rastreadores de mísseis termoguiados.

A sujeira e as partículas encontradas nos ambientes espaciais, levou a Nasa a desenvolver um revestimento para proteger os equipamentos no espaço, particularmente os visores dos capacetes dos astronautas. Reconhecendo ali uma oportunidade, a Foster-Grant, fabricante americana de óculos de sol licenciou a tecnologia da Nasa para seus produtos. A cobertura especial para plásticos tornou seus óculos escuros dez vezes mais resistentes a arranhões do que os de plástico não revestido. Além disso, ela bloqueia os raios ultravioletas.

O plástico de silício-poliuretânico de célula aberta, que ficou conhecido como espuma espacial, foi criado para uso nos assentos das espaçonaves da Nasa com a finalidade de diminuir o impacto durante os pousos. A espuma tem uma propriedade única que permite que ela distribua igualmente o peso e a pressão em seu topo, o que proporciona absorção de choque. Comprimida para 10% de seu tamanho, a espuma com memória retorna à sua forma original. Além da memória, a espuma absorve o calor do corpo, mantendo-se sempre em uma temperatura agradável. O uso da espuma plástica se estendeu além dos céus. Algumas empresas também integraram a espuma Tempur a próteses de braços e pernas porque ela tem a mesma aparência e comportamento da pele, diminuindo a fricção entre a prótese e as juntas. Outros usos comerciais da Tempur incluem banco de motocicletas, proteção para pilotos de corrida e revestimento interno para capacetes de jogadores de futebol americano.

Junto com o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), a empresa inventou um sensor infravermelho que serve como termômetro. Os termômetros auriculares tomam nossa temperatura medindo a quantidade de energia que o tímpano desprende dentro do canal do ouvido. Os modelos para hospital podem medir a temperatura em menos de dois segundos.

Com a ajuda da Nasa, a Kangaroos patenteou o tecido de espuma de poliuretano tridimensional Dynacoil, que distribui o impacto no seu pé quando você caminha ou corre. Ao enrolar as fibras dentro do tecido, a Kangaroos absorve a energia de seus pés atingindo o solo, devolvendo-a para seu pé. Outro fabricante de sapatos, a Avia, também converteu a tecnologia das botas lunares para os tênis esportivos. A câmara de compressão patenteada pela Avia fornecia absorção do choque e o amortecimento nos tênis por períodos de uso mais longos.

Em parceria com a Honeywell Corporation, a Nasa inventou o primeiro detector de fumaça ajustável com diferentes níveis de sensibilidade para prevenir falsos alarmes. Você deve ter escutado muito falarem em ‘grooving’ quando ocorreu o acidente com o avião da TAM em Congonhas SP. A primeira vez que a Nasa experimentou o ‘grooving’ foi nos anos 60. O Centro de Pesquisas Langely queria melhorar a segurança da decolagem das espaçonaves em pistas molhadas. Quando perceberam como a coisa funcionava bem, os engenheiros de transporte começaram a aplicar as mesmas técnicas às rodovias. O ‘grooving’ reduziu em mais de 85% os acidentes em rodovias por conta da aquaplanagem. Você pode encontrar outros exemplos de ‘grooving’ em calçadas, em torno de piscinas e em currais de animais. Essa inovação gerou uma indústria inteira, puxada pela International Grooving e-com Grinding Association.

Ligar um cabo a uma furadeira no espaço sideral seria uma façanha difícil se a Nasa e a Black e-com Decker não tivessem inventado uma furadeira movida à bateria. Trabalhando com o contexto de ambiente espacial limitado, a Black e-com Decker desenvolveu um programa de computador para a ferramenta que reduziu a quantidade de energia gasta durante o uso para aumentar a vida útil da bateria. Depois do projeto com a Nasa, a Black e-com Decker aplicou os mesmos princípios para fazer outras ferramentas leves movidas à bateria para o uso diário dos consumidores. Uma delas a famosa parafusadeira que os técnicos em computação usam para fixar partes de um desktop.

A Nasa queria saber como limpar a água em situações mais extremas e mantê-la limpa por períodos mais longos de tempo. O filtro de carvão ativado é outra invenção da Nasa. Nele o carvão é especialmente ativado e contém íons de prata que neutralizam patógenos na água. Matam as bactérias e previnem o crescimento delas. O sistema de água filtrada é hoje usado por milhões de pessoas em todo o mundo.

Os trajes usados pelos bombeiros para combater incêndios são feitos de um tecido resistente ao fogo desenvolvido para uso em roupas espaciais. Antena de TV por satélite é utilizada para reduzir o ruído (imagem ou som deficiente) nos sinais de TV que vem dos satélites. A Nasa também desenvolveu meios de processar os sinais que vinham das naves espaciais para produzir imagens mais claras. Essa tecnologia hoje também permite produzir imagens fotográficas de órgãos de animais, como as vistas em uma ressonância magnética ou em uma tomografia computadorizada.

O exame de vista no qual o médico nos pede para ler as letras de diversos tamanhos de um cartaz colado na parede usa técnicas desenvolvidas pela Nasa para processar imagens espaciais e encontrar rapidamente algum defeito. Um software desenvolvido pela Nasa para analisar o projetos de uma nave espacial ou de um avião ou para prever como as peças funcionarão sob determinadas condições é empregado pela indústria automobilística nos projetos de automóveis. Economizam muito dinheiro, pois permitem que eles saibam se um carro vai funcionar bem antes mesmo de sair da prancheta.

As botas e as luvas térmicas funcionam com baterias recarregáveis usadas no interior do pulso das luvas ou incrustadas na sola da bota de esqui. Essa tecnologia foi adaptada do desenho de um traje espacial para os astronautas das naves Apollo.

Até uma roda especial para bicicletas utiliza uma pesquisa sobre aerodinâmica das asas de uma espaçonave e um software de design para programa espacial. Os três travões na roda atuam como asas, tornando a bicicleta mais eficiente para corridas. Os joysticks usados inclusive em jogos de computadores, aviões modernos e veículos para pessoas com deficiência evoluíram de uma pesquisa para desenvolver um controle para o veículo lunar Apollo.

A comida desidratada também foi desenvolvida pela NASA. Antes a alimentação dos astronautas era em tubos semelhantes ao que usamos para extrair a pasta de dentes. Segundo os cientistas em um ambiente sem gravidade, o aroma da comida não chega ao nariz da mesma forma que na Terra. O cheiro é parte essencial do sabor e os astronautas perdiam muito do sabor dos alimentos. A ausência de peso também faz com que fluidos se acumulem na parte superior do corpo dos astronautas, deixando-os com os narizes sempre entupidos. Para ter uma idéia basta tentar comer quando estiver resfriado. A comida fica sem gosto.





Toda esta tecnologia, á época, foi fundamental para salvar a vida dos três astronautas da Apollo 13. Um ano depois da primeira ida do homem a Lua, em 1970, um acidente grave, talvez provocado por colisão com um meteorito, a Apollo 13 ficou seriamente avariada no caminho em direção à Lua. A missão de pouso na Lua foi abortada e o desafio era trazer todos de volta à Terra numa das mais dramáticas operações de resgate remoto da história retratada no filme Apollo 13. A equipe tinha um mínimo de oxigênio e quase nenhuma energia.

Depois de seis missões que pousaram na Lua, pois seriam sete não fosse o quase desastre da Apollo 13, a missão Apollo cumpriu seus principais objetivos. Quando foi encerrada ainda existiam dois foguetes lançadores Saturno V. Um deles foi usado para lançar a Skylab, uma estação de tamanho absurdo e colocada de uma só vez em órbita. A Estação Espacial Internacional de hoje foi montada depois de dezenas de missões.

O fim da Skylab foi melancólico. Acabou queimando na atmosfera quando os americanos não tiveram mais como dar manutenção. O projeto Apollo ia até a missão Apollo 20, mas as três últimas foram canceladas. O povo americano não estava interessado em colonizar a Lua, montar laboratórios lá, ou mesmo continuar estudando na Lua o ambiente lunar. O desinteresse era tamanho a ponto das transmissões ao vivo dos pousos lunares provocarem telefonemas de telespectadores muito zangados, pois as missões lunares atrapalhavam as reprises do sitcom “I Love Lucy”.O orçamento da Nasa, que já era pouco, foi então cortado, e o dinheiro que sobrou foi redirecionado para outros projetos, como o Skylab, o Hubble e os ônibus espaciais.


A Lua volta a entrar na pauta de interesse da ciência mundial. Tanto que até o Google está lançando um novo produto e deverá apresentar uma nova versão do programa de mapas 3D Google Earth especialmente dedicada à Lua. Ansiosamente aguardada a novidade deverá ser anunciada no dia 20 de Julho, data que comemora o 40º aniversário da chegada do Homem à Lua. A solenidade está cercada de mistérios e um deles está relacionado a presença de Buzz Aldrin, um dos astronautas da pioneira missão Apollo 11, que, se confirmada, terá como missão extra, proferir um discurso.

Forumpcs


_________________

Voltar ao Topo
rafaelrss está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular MSN Messenger
rafaelrss
MensagemEnviada: Sexta Julho 24, 2009 01:32  |  Assunto: Responder com Citação


Colaboradores



Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 44

Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 5.436
Tópicos: 449
Localização: Salvador-BA



Grupos: Nenhum
ESPECIAL
Apollo 13, a odisséia dos homens sem medo

22 de abril de 1970





A bola de fogo riscou o céu a quase 40.000 quilômetros por hora. Mas foi contida violentamente pelo formidável atrito com o ar e, a 3.000 metros de altura, três grandes pára-quedas de gomos vermelhos e laranja conseguiram transportá-la suavemente, varando as densas nuvens que cobriam o oceano Pacífico, a uns 1.000 quilômetros a sudeste de Pago-Pago (a cerca de 12 500 quilômetros de Brasília). O pouso tranqüilo da nave Odisséia, às 3 horas e 8 minutos da tarde de sexta-feira, foi saudado pelas estridentes sirenes da Feira Mundial de Osaka, no Japão, dos edifícios dos jornais de Buenos Aires, Argentina, e pelos sinos das igrejas de Gallup, Novo México (EUA). A Bolsa de Valores em Nova York parou e uma chuva de papel picado enfeitou o ar carregado da Wall Street. Durante 83 horas, os perigos que os tripulantes da nave - agora flutuando sem bandeira nas águas também mansas do Pacífico - viveram perto de outros mundos conseguiram unir, nas orações e manifestações de solidariedade, quase todos os homens da Terra. Centenas de milhões de pessoas, em todo o mundo, interromperam suas atividades para assistirem, pela televisão, à operação de resgate feita por helicópteros da Marinha americana. Em Viena, os políticos que procuravam formar o novo governo austríaco de coalizão abandonaram as conversações; o primeiro-ministro britânico Harold Wilson cancelou um discurso em Dalington; em Los Angeles, durante as últimas horas, até o crime tirou uma folga; e em Las Vegas, os dados com suas combinações de pontos pretos ficaram por alguns momentos esquecidos sobre o pano verde das mesas de jogo.

Mas a emoção de toda a humanidade reunida não foi suficiente para atravessar a potente couraça da nave Odisséia, que na reentrada da atmosfera suportara 2.300 graus centígrados de calor. Quando, com o auxílio dos homens-rã, passaram da nave para o bote de borracha que os esperava junto à escotilha, os astronautas James Lovell, Fred Haise e John Swigert não mostraram nenhuma emoção. Mesmo depois de transportados pelos helicópteros para bordo do porta-helicópteros Iwo Jima, as únicas reações foram sorrisos e acenos discretos. Nem uma palavra diante do amontoado de microfones instalados no navio à sua espera. Apenas apertaram a mão do comandante, ouviram seus elogios e acompanharam (mãos cruzadas na frente, cabeças inclinadas, olhos fechados) o capelão numa rápida oração de agradecimento. Em seguida, nove médicos examinaram os astronautas: o mecanismo humano estava perfeito, física e mentalmente. Todos os incríveis perigos pelos quais passaram não os perturbaram. Lovell, Haise e Swigert haviam sido bem treinados para sua profissão: o perigo.

E a volta? - Numa noite de setembro do 1962, o novato James "Jim" Lovell recebia uma das primeiras aulas práticas do treinamento para astronauta: gastar algumas horas da noite no Observatório de Flagstaff, Arizona, olhando a Lua. "Era completamente diferente" comentou mais tarde, "observar a Lua ali, viva, e olhá-la numa fotografia. Senti-me quase capaz de transportar-me, através do telescópio, até alcançá-la. E, por um minuto ou dois, fiquei pensando como seria possível voltar da Lua. Então ocorreu-me que a satisfação de chegar lá seria tão grande, que eu não me preocuparia com a volta." Quase oito anos depois, no dia 14 de abril de 1970, terça-feira, 0h07 (dia e hora de Brasília), os diálogos monótonos transmitidos pelos alto-falantes do Centro Espacial de Houston continuaram no mesmo tom, apesar das novidades assustadoras:

Lovell: "Hey, Houston, temos um problema aqui."

Houston: " Aqui, Houston. Repita, por favor, Jim."

Lovell: "Temos problemas. várias luzes de advertência acesas no painel de comando. Parece falha no sistema elétrico."

Houston: "Leiam o capítulo "Urgência", páginas rosadas, de 1 a 5. Reduzam o consumo de energia."

Lovell: "OK, anotado. Estou com o livro. Você quer dizer redução até 10 ampères, não?"

Houston: "Certo, Jim. O que você acha que houve?"

Lovell: "Ainda não sei. Ouvimos um barulho forte no MS (módulo de serviço)."

Houston: "Suspendam o funcionamento de todos os comandos possíveis. Troquem as conexões elétricas entre os geradores e informem os resultados."

Lovell: "A unidade de combustível número 3 deixou de funcionar. O oxigênio na cabina está escapando."

Swigert: "A linha elétrica B (principal) está morta. A célula de combustível número 1 e o compressor também estão com problemas."

Houston: "Parece que vocês estão perdendo oxigênio do gerador número 3. Fechem a válvula de combustível do número 3."

Haise: "A nave está oscilando. Não posso controlá-la. A pressão do oxigênio na cabina continua diminuindo."

Houston: "Liguem a bateria de emergência. Estamos estudando a possibilidade de vocês usarem o ML (módulo lunar) como bote salva-vidas."

Lovell: "Já pensamos nisso. E começamos a colocar em funcionamento o ML."

Houston: "OK, fim. Seus três geradores de energia estão parados. Restam apenas quinze minutos de energia elétrica no MC (módulo de comando). Passem para o ML e utilizem seus sistemas. Desliguem os sistemas do MC."

Lovell: "OK, Houston, agora estamos indo para o bote salva-vidas."

Houston: "Certo, fim. Começa a Era do Aquário (denominação do módulo lunar, o bote salva-vidas)."

Às 2h13 (Brasília) é cancelada a descida na Lua e são iniciados os planos para trazer os astronautas de volta à Terra na sexta-feira.

Era a volta, o mesmo tipo de regresso que não preocupava Lovell nos seus tempos de cadete do espaço. O alarme dado a 323.000 quilômetros de distância da Terra - e, por isso mesmo, o mais grave acidente da curta história espacial - foi urgente, mas sereno. Para três astronautas, ameaçados de morrerem sufocados a meio caminho do nada, a preocupação maior ainda era o fracasso da missão.

O 13 dá azar? - Até surgirem os problemas, ninguém se preocupava com os três homens lá em cima. Para a maioria dos homens, as expedições lunares haviam-se tornado cansativamente perfeitas e, portanto, não interessavam mais. As minorias fanáticas por assuntos técnicos também estavam tranqüilas: haviam assistido a um show de variedades espaciais transmitido em cores por algumas estações de televisão (as principais redes dos Estados Unidos não o transmitiram por considerá-lo rotineiro). Marilyn Lovell e seus quatro filhos, Mary Haise e os três filhos (espera outro para junho), J. Leonard Swigert e esposa, pais do solteiro Swigert, foram, ao lado do pessoal do Centro de Controle dos Vôos Espaciais Tripulados de Houston (Texas), os telespectadores mais interessados. Quando terminou o show lunar, os familiares ergueram brindes ao sucesso da expedição e os técnicos enviaram felicitações formais aos protagonistas, seguidas de nova tarefa: observar o cometa Bennett e se possível fotografá-lo.

Imediatamente após o show, o drama e as risadas foram apagados pela apreensão. Seria a fatalidade? Preocupada com a grandeza sideral, a elite da Nasa não se deixa levar por crenças tão terrenas. E conseguiu provar (hoje a opinião pública mundial considera o retorno da Apollo 13 um sucesso maior até que a conquista da Lua) quê o número 13, afinal, não merece a sua fama.

O azar do número 13 é urna das três grandes superstições americanas (as outras duas: gato preto e passar sob escada). Em prédios de apartamentos e hotéis freqüentemente não existe o andar número 13 (salta do 12 para o 14). Não há hipótese de o 13 dar sorte, como acontece no Brasil. A superstição atinge a numeração nas camisas de jogadores de esportes coletivos, os cavalos de corrida e o número de pessoas à mesa. Mas, apesar da tradição americana, 13 era o número do gigantesco conjunto Saturno-Apollo encarregado da terceira missão de pouso na Lua no espaço de nove meses. Os cientistas marcaram o lançamento, pelo horário de Cabo Kennedy, para as 13 horas, 13 minutos e 13 segundos do dia 11 último (19h13 GMT ou 16h13 de Brasília). Na "time table" (cronograma) da missão, onde é determinada cada etapa do vôo em horas e minutos, mais de 29 operações estavam previstas para horários terminados com treze minutos (inclusive todos os horários de refeição e descanso).

A NASA tampouco se deixou impressionar pelos problemas surgidos antes e imediatamente após o lançamento da astronave. Quando colocado na plataforma de lançamento número 39-A de Cabo Kennedy, em dezembro do ano passado, o conjunto Apollo 13 tinha sua saída marcada para as 17h28 (do Rio) do dia 12 de março último. Três semanas antes da data, foi anunciado o adiamento para 11 de abril. O motivo? A NASA falou num reescalonamento dos vôos, provocado pelo cancelamento das Apollos 19 e 20. Mas logo depois os jornalistas descobriram um motivo adicional: durante a alunagem, a tripulação da Apollo 12 comunicara alguns problemas (entre eles a falta de visão) que teriam de ser resolvidos para a tranqüilidade da viagem da Apollo seguinte.

Em 25 de março (nesse dia Lovell completou 42 anos) as equipes de lançamento lutaram quatro horas para apagar um incêndio irrompido durante uma operação simulada de abastecimento do Saturno. Era um teste de rotina, mas o oxigênio espalhou-se mais do que devia e explodiu ao alcançar o motor quente dos caminhões blindados de salvamento, que estavam próximos. Os caminhões se incendiaram. Não morreu ninguém e o acidente passou quase despercebido aos jornalistas que cobriam a preparação do vôo. Mas, no dia 6 de abril, um dos astronautas da equipe de reserva da Apollo 13 apareceu com rubéola.

Thomas K. Mattingly 11, 34 anos, que seria o piloto do módulo de comando, não tivera a doença quando criança (como Lovell e Haise) e, portanto, não estava imune ao contágio de seu colega da equipe reserva. Estaria Swigert, piloto reserva, capacitado a substituí-lo? A dúvida manteve o lançamento em suspenso (podia ser adiado novamente, para o dia 9 de maio) até 24 horas antes do momento previsto. Mas Swigert foi aprovado e Mattingly assistiu zangado à saída da Apoio 13 (ainda estaria zangado agora?). Simultaneamente, o pessoal que trabalha na grande estação de rastreamento de Muchea, na Austrália (a segunda mais importante do sistema) ameaçou entrar em greve de vários dias. Enquanto mais esse problema era resolvido, os encarregados do lançamento descobriram um súbito aumento de pressão do gás hélio (nos tanques de combustível é esse gás que dá a pressão necessária). Essa dificuldade também foi resolvida e o foguete partiu, para comunicar minutos depois que o motor número 5 do segundo estágio deixara de funcionar antes da hora determinada (ainda antes de terminar a viagem, entre muitos outros problemas, surgiria a ameaça de um furacão que colheria os astronautas no seu pouso de emergência; a tormenta, felizmente, dissipou-se).

Todos esses problemas em nada alteraram a fria segurança dos técnicos da NASA. Nos astronautas, experientes pilotos de provas acostumados a deixarem o medo em terra, também não provocaram qualquer efeito. A opinião deles pode ser resumida nas palavras do veterano comandante Lovell, minutos depois da partida: "É muito bom estar aqui em cima de novo".

No perigo, risadas - uma velha discussão: os astronautas são homens ou robôs? O certo seria dizer que são uma mistura de ambos, devido a um exaustivo trabalho de condicionamento de reações. O seu corpo é submetido a todos os tipos de provas: aceleradores que os conduzem a altíssimas velocidades ao longo de um trilho, ou centrifugadores, onde sofrem as pressões fantásticas semelhantes às da saída do foguete equivalentes a de quatro a seis vezes o peso do corpo, praticamente esmagando o astronauta. Os pilotos de provas são colocados em simulacros de naves, onde uma espécie de gigantesco liqüidificador os atira para todos os lados.

Ao parar, são imediatamente obrigados a restabelecer uma rota imaginária. Em outros ambientes enfrentam a imponderabilidade, ruídos de enlouquecer e bruscas mudanças de temperatura, do calor intenso para o frio enregelante.

Em todas essas provas, o comportamento de cada um deles teria de mostrar-se estável, adequado, normal. Mas há outros testes. Passam horas e até dias em cabinas especiais dominadas pela escuridão e pelo silêncio absolutos e não podem apresentar qualquer reação de desespero. Os treinamentos - intercalados por milhares de aulas das mais avançadas ciências e técnicas - não se limitam às instalações da NASA. Espraiam-se por montanhas, florestas, mares, regiões árticas e desertos, onde aprendem a sobreviver em condições desanimadoras até para exploradores experimentados.

Mas, afinal, para que tudo isso? Qual o objetivo principal? Riscar o medo do vocabulário do astronauta, preparando-o para enfrentar com lucidez e eficiência qualquer situação de perigo. Virgil Grissom, um mês antes de morrer queimado na explosão da Apollo 6 (e depois de quase morrer afogado no fim do segundo vôo da série Mercúrio), afirmou, numa palestra no Massachusetts Institute of Technology: "O perfeito conhecimento do perigo inerente à sua profissão faz com que o astronauta se acostume com ele, sem se apavorar. Todos devem aceitar a idéia de que, mais cedo ou mais tarde, poderão ocorrer acidentes fatais com os astronautas. E essa morte não deve, de modo algum, interromper as experiências, pois alguém tem que examinar o caminho que depois será percorrido talvez por todos os homens. Essa é a nossa função".

Grissom tinha plena convicção do que disse e sabia, por experiências próprias, que ele e seus colegas, desde o começo, sempre foram homens sem medo. Em dezembro de 1958, Grissom e mais sete homens tinham sido finalmente aprovados, entre as centenas de voluntários, para a primeira turma de astronautas americanos. O Dr. Charles Berry, médico da NASA, foi conversar com eles numa sala onde só havia oito cadeiras e uma pequena mesa a um canto. A sala, com paredes de metal e totalmente estanque, era usada para acostumar os pilotos a vôos de grande altura. Os oito homens ocuparam as cadeiras e o Dr. Berry, em pé, fez um pequeno discurso, congratulando-se com eles por terem sido escolhidos. De repente, o médico tirou do bolso uma granada, arrancou o pino e atirou-a ao chão. "Essa é uma pequena lembrança", disse, saindo rapidamente da sala e fechando a porta de segurança. Sete dos homens continuaram sentados, rindo. O oitavo saltou para trás da mesa, tentando proteger-se. A granada não explodiu, era falsa. Quando ela silenciou, após um pequeno sopro de fumaça, a porta abriu-se novamente e o homem que se escondera atrás da mesa foi rejeitado: reagiu sem pensar (e seu nome nunca foi divulgado). Os outros sete - rapidamente haviam concluído que aquilo só podia ser uma brincadeira - foram apresentados à imprensa: Shepard, Grissom, Carpenter, Glenn, Schirra, Cooper e Slayton.

Na Lua, sem descer - A equipe da Apoio 13 só poderia reagir como reagiu: de maneira serena, eficiente, rápida. Surpreendida pelo desastre na viagem de ida, não mostrou medo. Os astronautas apenas sentiram decepção por não poderem levar sua missão até o fim. Mantendo uma troca intermitente de informações técnicas, tomaram as primeiras providências com absoluta precisão. Sabiam que do ponto onde estavam, mais próximo da Lua que da Terra, teriam de continuar em direção ao satélite natural e contorná-lo, por uma razão muito simples: quando um garoto vem correndo e quer voltar também correndo, sabe que basta contornar um poste com a ajuda do braço - com isso não perde o impulso inicial. E foi o que fizeram. Contornaram a Lua e ligaram os motores para impedir que entrassem em órbita lunar.

Mesmo com as reservas de água, oxigênio e eletricidade se extinguindo, enquanto o ambiente do Aquário (módulo lunar) tornava-se cada vez mais contaminado pelo dióxido de carbono, os astronautas não perderam o "senso de humor americano". Acharam muito engraçado, por exemplo, comerem hot dogs com mostarda, ao invés de usarem ketchup como recomendava o cardápio do manual. E faziam também piadas com seus companheiros em terra:

Haise: "Jimmy e Jack (Lovell e Swigert) estão no dormitório em cima, tirando uma sesta."

Houston: "Não sabemos da existência de qualquer dormitório em cima. Informem se já está nevando a bordo."

O módulo de comando transformado em dormitório, enquanto o Aquário encarregava-se de aproximar-se da Terra, estava gelado porque todos os seus sistemas foram desligados e mantidos em reserva. Mas nem o frio intenso os impedia de dormir. Na quinta-feira, penúltimo dia da perigosa aventura, o moral continuava alto. O humor, porém, ainda constante, ganhava alguns toques melancólicos:

Houston: "Como vão as coisas aí, Jim (Lovell)? Alguém dorme?"

Lovell: "Acho que Jack e Fred estão dormindo. É tudo meio cômico, Fred dorme no túnel, de pernas para o alto, com a cabeça batendo na tampa do motor de subida. E o Jack dorme no chão do Aquário, com cintos de segurança enrolados no braço para não sair flutuando por aí. De acordo com o manual, isso poderia ser chamado de dormir?"

Ao lado, o defeito - Na sexta-feira pela manhã, os astronautas preparavam-se para fazer a última correção na rota. As instruções de Houston e as respostas de Lovell continuaram atravessando o espaço no mesmo tom de voz monótono e arrastado. Não era possível perceber qualquer ansiedade ou preocupação, embora a operação, como da vez anterior, fosse extremamente delicada. Em condições normais, a nave poderia corrigir seu rumo quantas vezes fosse necessário, mas agora a energia esgotada do módulo de comando tinha de ser poupada tanto quanto o próprio ar que os tripulantes respiravam nos estreitos compartimentos da cabina. O esgotamento das baterias ou um erro de cálculo poderiam significar uma viagem sem fim pelo espaço. As 9h53 (Brasília) Lovell ligou os motores do Aquário. Durante 23 segundos, os três homens praticamente prenderam a respiração, preocupados em observar a Lua e as estrelas que tomaram como pontos de referência. O funcionamento dos motores diminuiu a velocidade da nave em 3 quilômetros por hora, deixando-a em condições de reingressar na atmosfera com um impacto ideal. Finalmente, de Houston veio a voz tranqüilizante:

Houston: "OK. Bom trabalho."

A Terra, azul, parecia agora. mais próxima e acolhedora do que nunca, apesar dos 57.000 quilômetros a serem ainda percorridos. Velocidade da Odisséia: 9.900 quilômetros por hora.

10 horas. A contemplação é interrompida por nova ordem:

Houston: "Podem soltar o módulo de serviço quando estiverem prontos. Não há pressa. Quando quiserem."

Lovell: "OK. Parece tudo bem... aqui vai o MS."

Os motores do ML foram ligados para o desengate. Simultaneamente, Swigert, na nave de comando, acionou os grampos explosivos que prendiam o MS à Odisséia.

Houston: "Uma beleza, uma beleza. Muito bem. Desprendeu sem problema."

Ao passarem ao lado do módulo abandonado, os astronautas puderam finalmente ver a extensão do desastre sofrido.

Lovell: "Está faltando um lado inteiro dessa nave. Olhem só isso! Espere, um minuto. Bem ao lado da antena principal, um painel inteiro de 7 metros saltou fora, quase desde a base do motor."

Houston (impassível): "Anotado."

Lovell: "Parece que o motor principal também foi atingido."

Houston: "Vocês podem ver o motor pelo buraco?"

Lovell: "Do jeito que está, parece apenas uma faixa marrom escura. Está tudo arrebentado."

Houston: "Tirem fotos. Mas não façam manobras desnecessárias. E, Jim, especialmente, não queremos manobras de translação."

Com as fotos, os cientistas da NASA tentarão descobrir a causa da explosão dos tanques de combustível. As 13h43 (Brasília), a última operação foi ordenada de Houston: o desligamento do fiel Aquário.

A Terra em festa - As últimas manobras no espaço já não deixavam, na Terra, nenhuma dúvida: a Odisséia chegaria bem. Nas casas de Lovell e Haise as crianças e alguns convidados permaneciam, de olhos fixos nos televisores. Os champanhas gelavam nos refrigeradores Marilyn Lovell não estava em casa. Fora a um salão de beleza preparar-se para festa da chegada do marido. Seu filho Jeffrey parecia mais preocupado com a tartaruga que recebera de presente (batizada com o nome de "Aquarius") Em Denver, o casal Swigert convidara um grupo de amigos para comemorar.

No silêncio do espaço, a Odisséia, cada vez mais impaciente por atingir seu objetivo, voava a velocidades fantásticas sugada pela atração da gravidade terrestre. Às 13h43, quando os três tripulantes já estavam instalados na nave de comando, depois de terem fechado o túnel de ligação com o ML, ela se movia a mais de 20.000 quilômetros por hora. Apenas 24 minutos a separavam do pouso no oceano Pacífico. Finalmente, o ML foi também desligado. Ao se lançarem no espaço, abandonados às forças naturais do planeta, Lovell deixou escapar a única frase carregada de emoção. Era uma espécie de gratidão expressada por um homem-quase-máquina à máquina que, a seus olhos, se tornara quase humana: "Adeus, Aquário. E muito obrigado".

Os extraordinários navegantes estavam no fim da sua aventura. Terminava a principal missão dos tripulantes da Apollo, que não é científica mas sim a de testar a astronave na prática. Trouxeram desta viagem uma conclusão: os desenhistas do projeto não deixaram nada à sorte - como no romance "Perdido no Espaço", do ex-piloto de provas e candidato rejeitado a astronauta Martin Caidin. A nave tem 56 motores, cada um com duas partidas. Necessitam somente de uma, mas previram duas para aumentar a segurança. Cada motor de partida com dois sistemas de ignição. E os fios que saem das baterias foram dispostos de modo que, mesmo falhando as baterias, ou os interruptores, ou os motores, o conjunto todo não pode deixar de funcionar. O sistema de propulsão da Apollo não admite falhas. nele tanta peça em duplicata, que até mesmo os dispositivos de emergência são providos de seus próprios dispositivos de emergência. É infalível. mostrou um defeito: falhou.

Se na missão houvesse cientistas e não pilotos de provas, o vôo fracassaria. Para ir à Lua, ainda não chegou o tempo dos homens normais.


fonte: Acervo - Revista VEJA 22 de abril de 1970



Arrow Será que alguém ainda tem dúvida que o homen foi a lua? Rolling Eyes


_________________

Voltar ao Topo
rafaelrss está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular MSN Messenger
rafaelrss
MensagemEnviada: Quarta Julho 29, 2009 10:55  |  Assunto: Responder com Citação


Colaboradores



Sexo: Sexo:Masculino
Idade: 44

Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006
Mensagens: 5.436
Tópicos: 449
Localização: Salvador-BA



Grupos: Nenhum
Motores a íons nos levariam a Marte em 39 dias






Com a tecnologia atual de foguetes, levaria seis meses para chegarmos até Marte. E com a tecnologia de motores a íons baseada em energia nuclear? levaria seis semanas.

Motores a íons não são fortes o suficiente para levantar um foguete até entrar em órbita, mas tornariam a viagem a Marte bem mais rápida quando a nave já estivesse no espaço.

Motores a íons aceleram átomos eletricamente carregados, ou íons, através de um campo elétrico, assim empurrando a espaçonave na direção oposta. Esse tipo de motor gera muito menos empuxo que foguetes movidos a energia química, o que significa que eles não conseguem escapar sozinhos da gravidade da Terra.

Mas, no espaço, eles podem dar um impulso contínuo por anos, como uma brisa contínua na parte de trás de um barco a vela, acelerando gradualmente a nave até ela se mover mais rápido que foguetes químicos.

Se conectados a um reator nuclear a bordo, um motor a íon poderia levar uma nave a Marte em meros 39 dias, o que faria uma viagem dessas valer a pena. Claro, primeiro eles precisam descobrir como colocar um reator nuclear em uma espaçonave e construir um motor a íon muito bom. Feito isso, s'imbora pra Marte! [New Scientist via io9]


fonte: Gizmodo


_________________

Voltar ao Topo
rafaelrss está offline  Ver o perfil do usuários Enviar Mensagem Particular MSN Messenger
Publicidade
Assunto: Publicidade - Use este espaço para divulgar sua empresa  




Anuncie no
LostBrasil


Publicidade LostBrasil:
Clique aqui e saiba como anunciar

Voltar ao Topo
Mostrar os tópicos anteriores:   
Novo Tópico  Responder Mensagem Ir à página Anterior  1, 2 Página 2 de 2

LostBrasil - Índice do Fórum » Off-Topic » 40 Anos do Homem na Lua
Ir para:  

Enviar Mensagens Novas: Proibido.
Responder Tópicos Proibido
Editar Mensagens: Proibido.
Excluir Mensagens: Proibido.
Votar em Enquetes: Proibido.
Anexar arquivos: proibido.
Baixar arquivos: proibido.

Bad Twin Desvendando os Mistérios de Lost Identidade Secreta Risco de Extinção Sinais de Vida