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Séries mensais vs. graphic novels: Como será o futuro do |
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jackelinediniz
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Sexo: Idade: 38Registrado em: Segunda-Feira, 16 de Outubro de 2006 Mensagens: 16.963 Tópicos: 3.701 Localização: Belo Horizonte / Governador Valadares - MG
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Séries mensais vs. graphic novels: Como será o futuro do mercado de quadrinhos?
O anúncio da DC Comics de que iniciaria a nova linha de quadrinhos Earth One - criando novas cronologias para Batman e Superman desde suas origens - não com séries mensais, mas sim graphic novels sem periodicidade definida, está agitando o mercado de quadrinhos dos EUA e pode marcar uma mudança significativa para o futuro.
O mercado atual começa a se dividir entre dois lados: dos que apoiam a tradicional revista mensal, com histórias de 22 páginas, vendida praticamente só nas comic shops, e dos que apoiam a graphic novel, sem periodicidade definida, sem limite de páginas, disponível tanto nas comic shops quanto em livrarias. Fazem parte deste segundo lado as coletâneas - que reúnem várias edições das séries mensais em volumes que também vão para livrarias.
O mercado das séries mensais cresceu ao longo da década; estava em situação catastrófica ao final dos anos 90. Mas cresceu também o número de leitores ocasionais, que não são da tribo que vai todo mês à comic shop buscar uma nova edição. Preferem esperar a coletânea. Séries como Fábulas, da DC/Vertigo, e Os Mortos-Vivos, da Image, são bons exemplos: vendem relativamente mal nas edições mensais, mas são líderes quando saem em coletâneas.
Um ponto de discussão é o preço: cada edição de uma série mensal está entre US$ 2,99 e US$ 3,99, enquanto uma coletânea sai por no mínimo US$ 12,99. A coletânea, porém, tem preço relativamente menor por páginas de história que uma série mensal.
A linha Vertigo, da DC, já declarou que investirá cada vez mais em graphic novels e menos em novas séries mensais. Outra linha, a Wildstorm, recentemente anunciou que sua série Warcraft será cancelada e substituída por lançamentos direto em graphic novels originais. Com Earth One, agora é a DC tradicional que começa a seguir na mesma direção: cada graphic novel vai conter 128 páginas pelo preço sugerido de US$ 19,99, o equivalente a quase seis edições de uma série mensal a um preço mais baixo que o de seis revistas.
Joe Quesada, editor-chefe da Marvel, é quem ainda bate o pé a favor das séries mensais, e diz que a contabilidade da sua editora não lhe deixa mentir que o formato tradicional ainda é o mais viável. Em sua coluna Cup 'o Joe, no Comic Book Resources, ele escreve:
"Digamos que estas graphic novels [da linha Earth One] terão o equivalente a cinco edições de uma mensal, em número de páginas. Se eu fosse publicar cinco edições de Batman por Geoff Johns e as vendesse mensalmente, elas provavelmente fariam mais dinheiro do que se lançadas em capa dura. Nunca vimos esse modelo funcionar [na Marvel], do ponto de vista financeiro. Só tenho isso a dizer. Não quero dizer que as pessoas não deviam fazer graphic novels originais. Só estou dizendo que para nós, na Marvel, as contas não fecham."
O editor-chefe também traz outros argumentos para justificar as séries mensais como formato melhor que a graphic novel original.
"Do ponto de vista financeiro de um artista, se eu quero 'capitalizar meu tempo X quanto dinheiro posso fazer X quanta exposição vou ganhar', uma graphic novel original não faz sentido. Artisticamente, pode ser algo que eu queira fazer muito porque é um sonho pessoal. Tudo bem. Vá fazer sua graphic novel. Mas vendo de um ponto de vista pragmático e de gerenciamento de carreira - digamos que vai me levar um ano para fazer seis edições. Posso fazer um ano inteiro de trabalho e lançá-lo como graphic novel, que vai ficar nas prateleiras para sempre (se for boa), mas será promovida apenas durante um mês. Então meu ano de trabalho vai me dar um mês de marketing. E minha carreira vai ficar em evidência por um mês.
O livro vai ser lançado e chegará às mãos de menos pessoas porque tive que subir o preço para US$ 40. [...] Eu podia pegar esse ano da minha vida e ficar nas prateleiras por seis meses, ganhando seis meses de marketing. Depois lanço uma coletânea e ganho mais marketing. E depois lanço uma capa dura de luxo e assim por diante. [...]
E não vamos esquecer de uma coisa: e se sua graphic novel original não for tão boa? Aí você gastou um ano da sua vida e vai levar menos que o merecido pelo seu trabalho, que vai ficar perdido entre a enxurrada de graphic novels de-medíocres-a-terríveis que logo somem da lembrança. Sempre pensamos no melhor, na graphic novel ocasional escrita por um Neil Gaiman, que vende aos borbotões, mas parecemos esquecer que ele é a exceção, não a regra. Se pudéssemos vender livros como Neil vende, o mercado de quadrinhos estaria em outra situação.
Vale lembrar que o formato da graphic novel original, lançada anualmente, é o que funciona há décadas no mercado francês - não que isso sirva de exemplo para o mercado estadunidense, devido às diferenças de público e de remuneração para quadrinistas, entre outras."
O blog The Beat, da jornalista Heid McDonald, é o que está registrando as principais discussões em torno do tema, reunindo vários representantes do mercado.
Fonte: Omelete
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- Eu olhei bem dentro dos olhos desta ilha e o que eu vi... foi lindo!
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PedroJungbluth
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Sexo: Idade: 42Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Abril de 2006 Mensagens: 4.627 Tópicos: 17 Localização: Curitiba Paraná
Twitter: @pedrojungbluth
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depois de muitos anos colecionando, sou conrta séries indefinidas.
Tipo, Y-Last Man durou 5 anos, mas tinha um começo e um fim. Ai é legal
Mas o Batman, é de 1938, tem uma série fixa e até hoje continua o mesmo, vai sendo modernizado mas não passa por nenhuma história real, ele é apenas um começo que vai sendo refeito, ao ponto de muita coisa do personagem original ter sumido.
Na minha opinião, o Batman deveria ter envelhecido, acabado. Poderia até ser refeito novamente, para novos leitores, mas com começo e fim.
Só que a questão em si é puramente comercial, não é artística. Melhor espremer um personagem sempre, so que por um tempo. E envelhecer o personagem deveria envelhecer o leitor junto, uma história com começo e fim atingiria certa geração, e o formato atual segue o padrão de atingir uma faixa etária. O adolescente compra os gibi, e vai lendo uma história contínua sem fim até enjoar.
Mas na minha sincera opinião, se os gibis ainda não são respeitados como uma mídia de valor artístico tão boa como o cinema, a literatura, a pintura, a música, etc, ou seja, uma mídia com seus próprios valores, suas próprias capacidades técnicas, é justamente por causa dessa exploração comercial que mira os imaturos.
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