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FIFA apresenta São Paulo com foto de Salvador
Nesta quinta-feira (19/03), a FIFA publicou em seu site um guia das 17 cidades candidatas a sediar a Copa de 2014 no Brasil.
Entretanto, uma gafe marcou a página de apresentação da cidade de São Paulo. No site, a capital paulista é apresentada com uma foto do Forte de São Marcelo, ponto turístico de Salvador.
Fifa já escolheu as 12 cidades da Copa de 2014, revela colunista do jornal 'O Globo'
Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal receberão os jogos
Segundo o site do colunista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”, a Fifa já escolheu as 12 cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal. O anúncio oficial será feito no domingo, durante reunião do Comitê Executivo em Nassau, Bahamas.
Assim, as cinco cidades que apresentaram candidatura e ficarão fora do Mundial são: Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco. De acordo com Ancelmo, a última vaga ficou entre Natal e Florianópolis, mas a capital do Rio Grande do Norte ganhou por questões "políticas e logísticas".
Na briga pela “Copa Verde”, Manaus levou a melhor sobre Belém e Rio Branco para ser a sede da Amazônia. Já Cuiabá desbancou Campo Grande como representante do Pantanal.
Segundo Ancelmo, a final do Mundial será realizada no Maracanã, como em 1950. A abertura deve mesmo ser em São Paulo, mas Belo Horizonte ainda briga para abrir a Copa no Mineirão.
Em nota publicada no site oficial da CBF, o presidente Ricardo Teixeira não confirmou os nomes das escolhidas, mas parabenizou as 17 cidades pela disputa:
- Nesse processo de escolha não há vencedores ou vencidos. A cidade que não for indicada poderá participar da Copa do Mundo com as alternativas que a competição oferece, como centros de treinamentos para as seleções e outros eventos específicos – disse o dirigente, que estará em Bahamas para a apresentação das sedes.
O evento em Nassau será transmitido ao vivo pela TV Globo e pelo SporTV, antes da rodada do Campeonato Brasileiro, às 15h30m (de Brasília).
Fonte: Globoesporte.com _________________ Tem sempre um babaca falando merda. - Ronaldo Fenômeno, 19/abr/09
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Jornais revelam que Morumbi é pior estádio da Copa e pode reduzir capacidade
Dias após a escolha de São Paulo como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, a cidade mais rica do país viu o seu estádio escolhido para o Mundial receber uma série de críticas da Fifa. Segundo os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, o Morumbi foi considerado o pior estádio entre os 12 que serão usados na Copa, terá de sofrer várias reformas e pode ter a capacidade reduzida para apenas 46 mil pessoas, o que inviabilizaria sua utilização no jogo de abertura, pois a Fifa exige um estádio para, ao menos, 60 mil pessoas nesta partida.
Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, inclusive, a cidade só não perdeu o direito de ser sede da Copa por conta do poderio financeiro e da infraestrutura da cidade, considerada a melhor entre todas as candidatas.
As maiores críticas reveladas pelas publicações são as áreas reservadas à imprensa (número de estúdios insuficiente, localização dos equipamentos de geração da transmissão de TV e capacidade reduzida da área para a zona mista de entrevistas), os vestiários e uma série de reformas no estádio. Com isso, o jornal O Globo revelou que a Fifa recomendará a mudança da capacidade do Morumbi de 62 mil pessoas (prevista no projeto, hoje são 70 mil) para 46 mil.
Com tantos problemas, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fala até na escolha de um outro local para receber os jogos da Copa. "Uma das principais discussões com a cidade de São Paulo é sobre o estádio. Necessitamos encontrar uma solução para este estádio ou para a construção de um novo estádio. Mas, definitivamente, o Morumbi não atende a todos os requisitos que necessitamos nos 12 estádios da Copa do Mundo", disse ao jornal O Globo.
No último domingo, o governador de São Paulo, José Serra, mostrou confiança no trabalho do São Paulo Futebol Clube, proprietário do estádio, para atender todas as exigências da Fifa, mas voltou a garantir que não liberará dinheiro público para as reformas no local. O presidente do clube, Juvenal Juvêncio, confirmou que os R$ 135 milhões previstos para as reformas virão do São Paulo Futebol Clube e que "84% das exigências" já estavam sendo atendidas.
A escolha do Morumbi para ser a sede dos jogos em São Paulo na Copa do Mundo-2014 está longe de ser uma unanimidade. O assunto que tem provocado racha entre autoridades municipais é o estádio que representará a cidade no Mundial. O Morumbi, de propriedade do São Paulo e indicação oficial da capital paulista, é apoiado pelo governador e seus seguidores, mas tem encontrado barreiras na Prefeitura.
O secretário municipal de esportes, Walter Feldman, é um dos defensores do Pacaembu, não por acaso de propriedade da Prefeitura. Sempre que pode, o político tenta, mesmo que sutilmente, desqualificar o Morumbi e deixar acesa a chama em torno do nome do estádio que tradicionalmente é utilizado para receber os jogos do Corinthians.
Os problemas vistos no Morumbi colocam em dúvida o local como sede da abertura da Copa. Além do problema da capacidade, o estádio tem a concorrência de Belo Horizonte e Brasília para receber o primeiro jogo do Mundial. A final deve mesmo ser realizada no Rio de Janeiro.
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Presidente da CBF muda discurso e espera verba pública nos estádios de 2014
Do UOL Esporte
Em São Paulo
Demorou pouco mais de dois anos, mas o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) enfim admitiu que a rede de estádios para a Copa do Mundo de 2014 não poderá ser erguida sem uma ajuda considerável do governo federal. A nova postura foi reconhecida em encontro realizado com a Folha e divulgado pelo jornal nesta quarta-feira.
Embora não reconheça em nenhum momento que tenha mudado o discurso, o cartola, que também preside o comitê organizador do Mundial no Brasil, afirmou que a construção ou reforma de nove dos 12 estádios da Copa contará com verba pública.
Segundo Teixeira, a explicação está no fato de as arenas já pertencerem a governos municipais ou estaduais. "Por menos que você não queira, esses estádios bases já são do governo [as exceções serão São Paulo, Curitiba e Porto Alegre]. De qualquer maneira, a operação vai ter que envolver o governo", reconheceu o presidente. "E, mais grave, como é que você vai fazer uma operação totalmente privada no Maracanã se ele é um prédio tombado?".
O dirigente entende que apenas estádios 100% novos não demandariam verba pública. Entretanto, as arenas planejadas para Natal e Recife, ambas totalmente novas, já prevêem um custeio de aproximadamente 49% vindo de dinheiro público.
Na reportagem, a Folha faz um levantamento das últimas declarações de Ricardo Teixeira em que o presidente da CBF sempre bradou que a Copa do Mundo de 2014 contaria apenas com verba privada na infraestrutura de seus estádios.
"O modelo para a Copa do Mundo no Brasil terá viés predominantemente privado", escreveu Teixeira em artigo publicado pelo jornal em 2008.
Entrevista de Ricardo Teixeira nesta quarta-feira publicada na Folha de S. Paulo, no Estadão e no Globo já mostra o recuo da organização da Copa do Mundo no Brasil.
Sim, o Mundial terá estádios financiados com dinheiro público. Pior que a constatação do óbvio pelo presidente da CBF e Comitê Organizador da Copa (algo que ele jurava que não aconteceria, assim como a verba pública nos estádios), está o fato de que até os estádios privados, caso do Morumbi, já começam a ver numa linha de crédito do BNDES uma excelente solução para a falta de grana para bancar as reformas.
A Copa do Mundo é excelente para o Brasil. É uma oportunidade gigantesca para o país fazer um ótimo trabalho de planejamento e execução de um plano de marketing ambicioso, mostrando o Brasil como pólo turístico e também como país de primeiro mundo, capaz de gerar negócios com importantes parceiros comerciais.
Mas tudo isso está indo por água abaixo. A politicagem que marcou a escolha das 12 sedes (que demorou 1 ano e meio para ser concluída!), a politicagem que ainda marca a escolha da cidade-sede do jogo de abertura (que ainda levará quase um ano!) e o discurso mutante de Teixeira levam o país para o triste caminho que norteou a Copa na África do Sul. Uma infinidade de problemas para execução das obras, um sem-fim de improvisos nas instalações e a certeza de que, passado o Mundial, pouca coisa será útil para o país aproveitar.
Talvez dois ou três estádios mais modernos ajudem a trazer nova receita para o futebol, mas os outros dez que ficarão às moscas lembrarão que, mais uma vez, a política é feita apenas pelo poder, e não pelos projetos.
A Copa, no final das contas, será reflexo da vida pública deturpada que temos hoje em dia. E o futebol, em vez de dar exemplo para mudar a estrutura das coisas, seguirá com os mesmos vícios de sempre. No final, apesar de a Fifa insistir em dizer que a Copa do Mundo é da Fifa e realizada no Brasil, não restarão dúvidas de que a Copa do Mundo é nossa.
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Fifa estuda diminuir números de cidades sede para Copa de 2014, diz jornal
Cuiabá, Natal, Recife, Salvador e Manaus estariam em risco
De acordo com o jornal “Folha de São Paulo”, a Fifa está estudando a possibilidade de diminuir de 12 para dez o número de sedes da Copa de 2014, que acontecerá no Brasil. O motivo para exclusão seria o atraso nas obras e a falta de dinheiro de algumas cidades.
Nenhum dos nove governos estaduais lançou o edital de licitação das obras das arenas. Por terem estádios privados, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre estão livres da exigência.
Segundo a publicação, algumas cidades correm o risco de não receber os jogos. Cuiabá, por exemplo, já mudou o projeto duas vezes em apenas seis meses. Natal, Recife e Manaus são outras sedes que causam preocupações.
"Os executivos da Fifa também não gostaram de alguns projetos. Pelo menos duas cidades pretendem construir 'puxadinhos' em seus estádios para abrigar os jogos da Copa", escreveu o jornal, referindo-se a Salvador e Cuiabá.
No último dia 31 de maio, em um congresso em Bahamas, a Fifa anunciou as cidades-sede para o Mundial de 2014: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Se não houvesse tanta roubalheira e desorganização daria pra fazer, dos vários projetos de cada estadio, 1 só. Um único fornecedor só pra cada tipo de atividade/material, por exemplo, faria baixar os custos absurdamente e daria pra fazer estádios födas pra carälho.
E as demais obras, como metrô, hotel etc ficariam por conta de cada estado.
Já que o foco são 2 coisas diferentes, é o que eu acho. _________________ Tem sempre um babaca falando merda. - Ronaldo Fenômeno, 19/abr/09
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Secretário-geral da Fifa critica o Morumbi e fala em novo estádio paulista na Copa
Para Jérôme Valcke, a casa são-paulina não tem condições de abrigar abertura, semifinal, final ou disputa de 3º lugar no Mundial de 2014
Em evento em Joanesburgo, na África do Sul, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, criticou a estrutura dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 em geral, mas principalmente o Morumbi. Segundo Valcke, a casa do São Paulo não tem condições de abrigar nem o jogo de abertura do Mundial e muito menos os jogos decisivos da competição, como semifinal, final ou a disputa do 3º lugar. A solução seria a construção de um novo estádio.
A principal reclamação do secretário geral é com relação ao espaço externo do Morumbi, já que o local não possui estacionamento e poucas rotas.
- O problema é o espaço fora do estádio - disse Valcke.
Para um estádio receber um jogo importante de Copa precisa ter área suficiente fora para receber um centro de imprensa, área de estacionamento para caminhões de transmissão de TV, área para patrocinadores receberem VIPs e estacionamento. A diretoria do São Paulo, porém, em conjunto com o poder público, tem um planejamento para sanar esses problemas até 2014, com a construção de um edifício-garagem nas proximidades e com a chegada do Metrô.
Como a final deve ser no Maracanã, no Rio de Janeiro, o Morumbi é um dos candidatos a abertura. São Paulo disputa o direito com as cidades de Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília
Em nenhum momento alguém do comitê ou da Fifa disse que São Paulo abriria a Copa. Quatro cidades mostraram interesse nesse jogo inaugural. Houve observações a todos os projetos e todos estão no mesmo nível. As coisas só vão ficar mais claras a partir de fevereiro do próximo ano - explicou o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva.
Jérôme Valcke ainda ressaltou que nenhum estádio de São Paulo está em condições. A construção de um novo projeto seria a alternativa. Para discutir o assunto, o secretário deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, José Serra.
- Está na hora de o Brasil começar a trabalhar. Nâo nada lá. Um estádio sequer em condições. Temos de aproveitar que ainda temos alguns anos pela frente. São Paulo deve apresentar um novo projeto, um outro estádio - afirmou o dirigente da Fifa.
Valcke também foi duro com o Danny Jordaan, diretor-executivo da Copa de 2010. Jordaan é candidato a presidente da Federação Sul-Africana de Futebol. A eleição é daqui a 18 dias. Para a FIFA um homem não senta em duas cadeiras. Jordaan terá de escolher o que quer: o Comitê Organziador ou a organização. Mas disse que o caso de Ricardo Teixeira no Brasil é diferente.
- Ele já está eleito.
Assim, Teixeira será presidente da CBF e, ao mesmo, do Comitê de 2014.
SÃO PAULO DEFENDE O MORUMBI
Assim que tomou conhecimento da posição de Valcke, a diretoria do São Paulo afirmou que o projeto do Morumbi para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 está dentro das expectativas. Além disso, no início de setembro o clube entregou ao comitê organizador o projeto atualizado, inclusive com as modificações pedidas pela própria Fifa.
Governo cria plano de investimentos para Copa do Mundo
O governo federal criou um grupo de trabalho dedicado a identificar os investimentos que serão necessários para dar suporte à Copa do Mundo no Brasil, em 2014. O grupo é coordenado pela Casa Civil e vai realizar este mês (novembro) a primeira reunião temática sobre a infraestrutura de telecomunicações. Até dezembro, o objetivo é ter as estimativas iniciais de gastos a serem feitos nesse e em alguns outros setores, como o de segurança.
O GT da Casa Civil dividiu os estudos em áreas temáticas: portos, aeroportos, mobilidade urbana, estádios e turismo (basicamente hotelaria, que deve contar com novas linhas de financiamento). Em praticamente todas, estão previstas aquisições do mercado de tecnologia e telecomunicações – sistemas eletrônicos de bilhetagem, monitoramento de tráfego, controles operacionais para portos e aeroportos, aplicações de segurança, etc.
Fazem parte do Grupo Executivo da Copa a Casa Civil, o Ministério do Planejamento, da Fazenda, do Turismo e do Esporte. Conforme forem definidas as estratégias de trabalho, serão formados subgrupos com equipes de outros ministérios. Por exemplo, da pasta da Justiça, para tratar de segurança, e das Comunicações, para os projetos de telecomunicações.
Além de preço mais baixo, maior capacidade e qualidade para comunicação de dados, demanda atrelada à criação do Plano Nacional de Banda Larga, ainda sem consenso entre operadoras e governo, a Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, vão exigir melhorias nas áreas de mobilidade e TV digital, aponta Antonio Carlos Rego Gil, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). A entidade representa oas fornecedores de software e serviços de TI e entregou ao governo estudo feito pela Booz &Co. sobre impactos sociais e econômicos dos investimentos em TI, especialmente na banda larga.
Gil destaca que há diferenças de infraestrutura prioritária para os dois eventos. “A Copa do Mundo vai requerer maior capacidade de comunicação; a Olimpíada, maior aplicação em TI.” Entre outras razões, porque, nos jogos olímpicos, mesmo a apuração dos resultados das provas precisa de mecanismos de controle e sistemas de medição distintos e muito exatos para cada modalidade, além da integração de diferentes bases de informação. Outro grupo de trabalho também se encontra em fase de constituição no governo federal, para tratar da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
Estimativas
Para a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), mesmo sem Copa, o país deveria gastar para suportar um crescimento sustentável, só em infraestrutura de telefona fixa e celular, da ordem de 19,5 bilhões de reais/ano, durante os próximos cinco anos, em um total de 97,5 bilhões de reais. Entre 2003 e 2008, foram investidos 92,5 bilhões de reais, uma média anual bem inferior, ou 15,4 bilhões de reais.
Dez cidades estão indicadas para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014. Estudos preliminares chegaram a apontar um investimento global em infraestrutura da ordem de 110 bilhões de reais até 2014. Mas os números finais do estudo da Abdib só serão divulgados, segundo a entidade, depois de entregues a cada prefeitura e estado envolvidos no evento, processo que ainda está em curso. Segundo a Agência Câmara, o deputado Valadares Filho (PSB/SE) prevê um desembolso de 30 bilhões de reais do Poder Público em obras de infraestrutura urbana, dos quais 1,9 bilhão de reais apenas em estádios.
Na Olimpíada, o projeto brasileiro aprovado em Copenhague prevê investimentos de 28,75 bilhões de reais, em duas áreas: 5,6 bilhões de reais para equipamentos esportivos, equipes auxiliares e de apoio, venda de ingressos e toda estrutura operacional; e 23,23 bilhões de reais para infraestrutura -- transporte e segurança, principalmente. Ontem (1, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman, propôs aos parlamentares da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados destinar 1% do faturamento do setor de telefonia ao Esporte. Durante audiência pública sobre o planejamento para os Jogos do Rio em 2016, ele argumentou que projeto similar estaria para ser aprovado na Argentina, onde promoveria uma arrecadação de 60 milhões de dólares por ano. O presidente do COB também explicou aos deputados que o Comitê Organizador terá 2,8 bilhões de dólares para organizar os Jogos Olímpicos, cobrindo abertura, encerramento e competições.
Até Copa do Mundo compromete Arruda MP encontra transações suspeitas do governo do DF na disputa pelos jogos
De Bernardo Mello Franco e Leila Suwwan:
A mistura de futebol, negócios e política pode comprometer ainda mais o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e seu ex-chefe de gabinete Fábio Simão.
Acusados de chefiar o mensalão do DEM, eles estão por trás de pelo menos duas transações suspeitas que envolvem a candidatura de Brasília para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014.
Segundo investigações do Ministério Público do DF, até a seleção brasileira teria sido usada para justificar repasses indevidos com dinheiro público.
Documentos obtidos pelo GLOBO mostram que a dupla agiu em conjunto para destinar R$ 9 milhões sem licitação à Ailanto Marketing, a título de promoção do amistoso Brasil x Portugal em Brasília, em 19 de novembro.
Embora já estivesse no governo, como subchefe da Casa Civil e coordenador do Projeto Copa 2014, Simão usou o cargo de presidente da Federação Brasiliense de Futebol para pedir a contratação da empresa, em ofício enviado a Arruda.
Uma observação nas ordens de pagamento, considerada incomum por técnicos que lidam com contas públicas, revela que o governador interferiu pessoalmente para liberar o dinheiro, ignorando parecer contrário da Procuradoria Geral.
A Ailanto foi registrada meses antes da partida, num endereço residencial no Leblon e capital de R$ 800.
Para o promotor Albertino Netto, o contrato foi assinado "quando todas as tratativas para o jogo já estavam obviamente consumadas".
Em ação de improbidade administrativa contra Arruda, ele cobra a devolução do dinheiro e descreve o caso como "um dos mais teratológicos (monstruosos) atos praticados no âmbito da administração pública do DF". Outro réu é o secretário de Esporte, Aguinaldo de Jesus, pastor da Igreja Universal.
Em outro contrato intermediado por Simão, o GDF liberou R$ 3 milhões sem licitação para bancar despesas com o Soccerex, seminário de apenas dois dias sobre negócios do futebol. O evento ocorreu em março de
2009 e foi apresentado como trunfo na candidatura da capital para receber jogos da Copa.
Dados do Siggo, o sistema de acompanhamento de gastos públicos do DF, revelam que a transação também teve ingredientes peculiares.
A Secretaria de Esporte empenhou o dinheiro para a Pallas Operadora Turística, do Grupo Águia, de Wagner Abrahão. O empresário é ligado à cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e tem sido alvo de denúncias desde o escândalo do desvio de ingressos na Copa da França, em 1998.
Dois dias após o fim do evento, o repasse foi anulado por "erro no credor". O governo autorizou pagamento idêntico para a Eggz Marketing, com sede registrada em Santana de Parnaíba (SP). Leia mais em O Globo deste domingo
O plano B da FIFA O Brasil desrespeitou todos os prazos fixados até agora para iniciar
as obras. Em retaliação, a entidade máxima do futebol avisou que já
estuda uma alternativa para 2014
Gustavo Ribeiro
Em oitenta anos de Copa do Mundo, dezesseis países já sediaram o evento. Apenas quatro experimentaram a oportunidade de fazê-lo de novo. Em outubro de 2007, o Brasil foi escolhido como o quinto país a ter o privilégio de receber pela segunda vez o maior espetáculo esportivo do mundo. Em dois anos e meio de preparação, porém, o que deveria ser motivo de euforia aos poucos vai se transformando numa fonte crescente de preocupação. A quatro anos do início do campeonato, a única realização concreta até hoje foi a escolha das doze cidades-sede – e nem isso ainda está devidamente definido. As obras de infraestrutura não começaram e os estádios só existem nas maquetes. Pelo cronograma imposto pela Fifa, as arenas já deveriam estar sendo erguidas desde janeiro passado. Como nenhum tijolo foi movido, prorrogou-se o prazo para março. Mas, de novo, nada aconteceu. O derradeiro "limite" – também não levado a sério pelos organizadores – termina nesta semana. A Fifa, preocupada, enviou um alerta ao governo sobre a existência de um plano de contingência. Se o Brasil continuar descumprindo as metas e os prazos estabelecidos pela entidade, a Inglaterra já estará pronta e preparada para receber a Copa de 2014.
O risco de o Brasil pagar o maior mico da história dos mundiais – até hoje nunca houve um caso de descredenciamento às vésperas da competição – é muito baixo, mas os alertas emitidos devem ser levados em conta. A azáfama da Copa da África do Sul corre o risco de se repetir no Brasil. A advertência da Fifa funciona como estratégia de pressão. A mesma tática foi utilizada para acelerar os preparativos na África do Sul em 2008, dois anos antes do primeiro jogo, quando também foram constatados atrasos no cronograma de obras e, naquela ocasião, se sugeria a Alemanha como alternativa. Hoje, a África está pronta para realizar o Mundial. No caso do Brasil, a revelação do plano B tem o objetivo imediato de tentar engajar na marra as autoridades envolvidas. Com uma economia cinco vezes maior que a do país africano e sem as mesmas dificuldades de captar investimento, o Brasil está muito atrasado. Em 2006, com dois anos de preparação, os sul-africanos já haviam começado a construção de dois estádios, inclusive o Soccer City, o palco da abertura e da final do campeonato. No Brasil, para não dizer que tudo se encontra no marco zero, Mato Grosso é o exemplo de agilidade. Já começou a erguer os tapumes do canteiro de obras do futuro estádio.
O problema é que a Copa do Mundo não sairá do papel sem dinheiro público, segundo já admitiu a organização, o que necessariamente envolve políticos e a velha politicagem – a vilã do atraso do cronograma. Dos doze governadores que receberão as seleções em 2014, cinco estão disputando a reeleição, seis se esforçam para eleger seu sucessor e ainda há o caos político no Distrito Federal, uma das subsedes, que está sob a ameaça de intervenção federal. "Os governadores só vão encarar a Copa como problema deles depois da eleição", disse a VEJA um técnico ligado ao comitê organizador do Mundial. E acrescentou: "Por enquanto, a Copa nada mais é do que uma peça importante de promoção dos políticos junto ao eleitorado, muito útil para angariar a simpatia financeira de empreiteiras interessadas na construção dos estádios e nas obras de infraestrutura". Pesa também o terrível costume dos governantes de não iniciar uma obra que possa ser capitalizada por um adversário. Os organizadores, por tudo isso, desconfiam que a preparação para o Mundial começará apenas a partir de janeiro do ano que vem. "Não existe plano B nenhum. A Copa será no Brasil", garante Rodrigo Paiva, assessor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e membro do comitê organizador.
O governo federal soube da existência do plano B através de rumores que começaram a circular em Brasília após a visita de inspetores da Fifa em setembro de 2009. O recado direto, porém, chegou ao Ministério do Esporte por parlamentares e pessoas ligadas à própria CBF. A pedido do presidente Lula, o ministro Orlando Silva trocou uma eleição certa para a Câmara dos Deputados pela hercúlea missão de centralizar as ações da Copa. Diante da advertência e da aproximação do derradeiro prazo, o governo decidiu mostrar que não está parado. O primeiro sinal foi anunciar que as cidades-sede do Mundial podem ser reduzidas de doze para oito. "Nosso plano é eliminar quem não cumprir a data", advertiu o ministro do Esporte. Surtiu algum efeito. Na semana passada, a Bahia, assim como Mato Grosso, anunciou o início das obras de seu estádio – ou, mais precisamente, da instalação dos tapumes do canteiro de obras.
Embora, por enquanto, não represente mais que um simples blefe, o plano B para a Copa do Mundo de 2014 está muito à frente do plano A. Com estádios novos e modernos, a Inglaterra tem pelo menos três arenas em total condição de abrigar os jogos mais importantes. Wembley, a principal delas, tem capacidade para 90 000 torcedores. Em fase de preparação para a Olimpíada de 2012, os ingleses já contam com toda a estrutura para receber os turistas. Os estádios foram, inclusive, inspecionados e aprovados por uma comissão formada pela entidade que administra o futebol inglês. Um detalhe: o novo Wembley foi inaugurado quatro anos e meio depois do início das obras e consumiu 2,5 bilhões de reais. O Brasil tem menos tempo e muito menos dinheiro que isso para erguer um estádio à altura.
Fifa mostra preocupação com 2014:
'É incrível como o Brasil está atrasado' Jerome Valcke, secretário-geral da entidade, pede urgência nas obras para o Mundial:
'O Brasil não está no caminho certo'
Rafael Pirrho Direto de Joanesburgo, África do Sul
O Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 deu prazo até esta segunda-feira, 3 de maio, para que as obras nos estádios a serem utilizados no Mundial começassem. Porém, apenas em metade das sedes há trabalho. O assunto causa muita preocupação na Fifa, que cobra urgência ao Brasil. Nesta segunda, o secretário-geral, Jerome Valcke, fez duras críticas aos preparativos brasileiros para o Mundial de 2014.
Após evento em Joanesburgo no qual a Fifa distribuiu ingressos aos operários que trabalharam na construção dos estádios da Copa da África do Sul, Valcke não poupou palavras para puxar as orelhas do Brasil.
- Recebi alguns relatórios sobre estádios e não está nada bom. É incrível como o Brasil está atrasado, e não estou falando apenas de Morumbi ou Maracanã, mas de todos os estádios. Muitos dos prazos já expiraram, e nada aconteceu. O Brasil não está no caminho certo - disse Valcke, em entrevista a jornalistas brasileiros que acompanhavam o evento.
Ironia com o carnaval
O secretário-geral mostrou estar muito por dentro do que acontece no Brasil e usou de certa ironia ao citar o carnaval como um dos obstáculos para o andamento dos preparativos no país.
- O Brasil está há muito tempo querendo uma Copa, mas agora tem que se mexer. Tem de fazer isso pela América do Sul, não só pelo Brasil. A Copa é amanhã de manhã. Este ano há eleições, para tudo. Ano que vem, carnaval, para de novo. É preciso aproveitar o tempo disponível para fazer as coisas.
Ricardo Teixeira também é criticado
Valcke lembrou que Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do Comitê Organizador 2014, assim como Orlando Silva, ministro do Esporte, estão preocupados. Mas não deixou de criticá-los também.
- Não adianta ficar mandando cartas. Muito pouco coisa foi feita. É hora de agir - disse Valcke, referindo-se ao fato de Ricardo Teixeira ter enviado por escrito sua preocupação com os prazos para cada uma das cidades-sede da Copa de 2014.
Sem chance de o Brasil perder o direito de sediar a Copa 2014
Apesar de nitidamente insatisfeito e preocupado, o secretário-geral da Fifa descartou qualquer hipótese de o Brasil perder o direito de receber a Copa de 2014. Ainda, disse que as 12 cidades-sede devem ser mantidas (a Fifa sempre quis dez, no máximo).
- As pessoas questionaram muito a Copa na África, mas o Brasil está mostrando que é muito difícil fazer uma por lá também. Vocês têm a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, mas têm de fazer por onde - finalizou.
Comitê Organizador da Copa de
2014 se impressiona com o Castelão Segundo secretário de esportes do Ceará, estádio em Fortaleza pode ser sede de uma das semis do Mundial e da Copa das Confederações de 2013
Por Rafael Almeida da Rocha Especial para o GLOBOESPORTE.COM, em Fortaleza
Nesta segunda feira, o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 começou a rodada de vistorias aos estádios da região nordeste que serão sede do torneio. A primeira parada foi no Castelão, em Fortaleza. A vistoria começou às 14 horas (de Brasília) e foi acompanhada pelo secretário de esporte do estado, Ferrúcio Feitosa. Durante cerca de 30 minutos, o comitê, formado por três pessoas e chefiado pelo consultor técnico da Fifa, Carlos de la Corte, inspecionou as estruturas interna e externa do estádio.
Em entrevista coletiva, no final da visita, o secretário de esportes disse que a comitiva ficou impressionada com a estrutura que o estádio dispõe, principalmente em seu entorno e das vias que dão acesso ao Castelão.
- Eu estou satisfeito com a vinda da comitiva ao Ceará. Eles vieram ratificar o projeto que nós apresentamos. O Castelão é o único estádio do Nordeste que concorre para sediar uma semifinal - ressaltou Feitosa.
O projeto de reforma do estádio está orçado em R$ 452 milhões e pretende transformá-lo em uma arena. Prevê o avanço das cadeiras em 20 metros, o que aumenta a capacidade de público dos atuais 60.326 para 66.700 lugares, a cobertura total da arquibancada, a adequação de rampas e escadas de acesso, a colocação de assentos retráteis para os torcedores e a construção de um edifício-garagem no subsolo para 1.750 veículos. O Governo do Estado aposta para dezembro de 2012 o fim das obras.
Com relação ao atraso nas obras, que deveriam ter começado no dia 3 de maio, de acordo com o cronograma da Fifa, mas que ainda não foram iniciadas, o secretário disse que o motivo foram os prazos não permitiram. Além disso, ele garante que o vencedor da licitação será anunciado até o final do mês e a obras iniciada imediatamente.
- A Copa do Mundo é de suma importância para o estado do Ceará - observou o secretário, revelando que 11 empresas disputam a concorrência pública e o vencedor terá o direito de gerenciar o estádio por oito anos.
De Fortaleza, o Comitê segue nesta terça-feira para Natal, quarta para Recife e termina essa etapa de vistorias em Salvador, na quinta-feira.
Enquanto isso, aqui em Recife sai a notícia no jornal de hoje:
Vistoria da Fifa vem para ver o ''nada''
Nem a terraplanagem começaram. Já não basta ser no quinto dos infernos da capital, é uma piada de mal gosto com meu bolso. _________________ http://www.eco4planet.com/pt/
Enquanto isso, no Egito ...
The government can take away my freedom, but if they take away my internet porn, they're going down.