Registrado em: Terça-Feira, 11 de Maio de 2010 Mensagens: 4 Tópicos: Nenhum Localização: Recife
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Net TV escreveu:
Acompanho o fórum há tempos sempre não postando nada, preferi ver apenas as opiniões do pessoal sobre cada um dos episódios sem querer debater. Na verdade eu nunca me empolguei por formular teorias ou tentar deduzir qualquer coisa do que acontecia com os personagens ou das situações em que eles estavam. Se eu fizesse isso ou lesse as centenas de teorias acabaria por minar a minha expectativa por Lost; afinal de contas eu sempre quis que o Darlton me surpreendesse, mesmo com respostas simples e indo ao sentido contrário dos fãs teóricos.
Sou roteirista por profissão e perdi o prazer de ver Lost da quarta temporada em diante. Obviamente que o que pegou pra mim foi o texto débil, que começou a ficar raso cada vez mais e que culminou nesse final que renega tudo o que se construiu em função de um plot sempre descartado.
Do “Eles não estão mortos, nem num purgatório e muito menos tem alguém sonhando tudo” para “A Realt é um purgatório, que serve apenas para validar um final onde já morreram todos e devemos não nos importar com mitologia alguma” mostra que os produtores são muito caras-de-pau.
Ok, para um final de arco proposto para a sexta temporada até que é funcional e eu aceito, mas para um final de série (e Dessa série) é um absurdo. O conceito estabelecido que o que importa é o que eles viveram juntos vira uma ofensa quando se rememora que os personagens pararam de viver ao final da terceira temporada.
Pelo menos é honesto batizar as duas pontas desse ciclo deprimente de “The Beginning of The End” e “The End”. E o problema maior, e acho que poucos aqui tocaram no assunto, é que essa trinca final de temporadas foi a conscientemente planejada com calma por Darlton.
Lembrando: a primeira temporada teve as ideias de J.J. Abrams até a metade, a partir dali Cuse entrou para a série e ajudou Lindelof manter um ritmo igual e de qualidade para a segunda metade, já com algumas novidades. As novas propostas dos dois ganharam força durante a segunda temporada e tudo ainda estava coeso, mesmo com toda uma nova leva de novos personagens. Até esse ponto a única dificuldade de tocar o barco era o problema das temporadas de 22 episódios, que já provocavam alguns episódios para encher linguiça, e alguns hiatos forçados entre episódios por culpa da ABC.
A terceira temporada começou com uma tentativa de evitar reprises que quebravam a expectativa por novos episódios. A solução foi um dos primeiros desastres da série, aquele arco de seis episódios do Jack operando Ben. A história em si não é de toda ruim, mas gerou um foco neles e o resto dos personagens começaram a cambalear. Isso se traduz na morte do Mr. Eko, cujo ator pulou fora, e na introdução do casal Nikki e Paulo. O Darlton alega que os fãs não gostaram deles, mas se escondem de confessar que não os apresentaram de maneira decente; como ter empatia assim?
Depois que até eles perceberam que o pior episódio de todos foi ao ar (Jack e sua tatuagem) acertaram um acordo com a ABC para finalizar a série em mais três temporadas curtas, visto que não era mais sustentável caminhar sem um rumo. E bom, com a faca e o queijo nas mãos eles, ao invés de se armarem com a melhor das estratégias narrativas, apenas criaram começos e fins impactantes para as seguintes temporadas e também definiram o que iria acontecer com os personagens. O problema é que não pensaram em como costurar isso e muito menos tiveram mão firme para sustentar alguma qualidade perante a equipe de roteiristas. Tudo ficou zumbizado enquanto personagens e acontecimentos saiam de um item de coisas a cumprir para outro.
Não é irônico, justo quando se tem o controle total, deixar a história afundar? Todos os personagens foram cada vez mais perdendo sua identidade inicial em torno de arcos dramáticos que aparentavam serem bons mas que se anulavam no final (trazendo mais personagens novos para serem mortos sem agregar valor). Jack foi o único que conseguiu não virar um papel em branco; primeiro porque mereceu um pouco mais de atenção por ser o protagonista e porque seu perfil era o de ser levado pelo redemoinho do dia.
Os FlashBacks e FlashForwards também foram um trunfo e um revés para a narrativa. Como este post já ficou enorme deixo o link para os comentários que fiz sobre esse assunto no blog onde comento sobre séries.
Lost - Uma Visão Escura da Série
Minha conclusão é que Lindelof e Cuse foram profissionais em fazer um planejamento global da quarta à sexta temporada mas muito incompetentes em fazer funcionar.
Uma excelente análise, mas incompleta. A desconstrução dos personagens na terceira, quarta e quinta temporadas foi um grande problema, mas não o maior.
O pior foi a criação de situações a partir de motivações que os personagens não poderiam ter. A história dos candidatos é irreal, já que na própria ilha havia gente solitária e com vontade de defender o lugar de sobra para Jacob escolher.
Afinal de contas, por que os outros todos (e eram muitos no início da série) aceitavam viver naquele fim de mundo, sem conforto algum? Para defender uma causa que sequer conheciam? E será que estavam defendendo alguma coisa?
Darlton fez uma imensa costura para introduzir na história criada por Abrams e os roteiristas mais talentosos (D. Fury, Javier G.M.) a conclusão que achavam melhor. Mas esqueceram várias pontas soltas e usaram uma linha grossa, que ficava à vista.
Nunca esqueço o processo de eliminação dos demais losties (eram 48 sobreviventes, lembram?). Primeiro, o tiroteio na Dharmaville. Depois, as flechas flamejantes. E aí nunca mais precisariam se preocupar com os camisas vermelhas, que já haviam se tornado um fardo para os protagonistas e os roteiristas. Melhor a solução dada para os outros originais, que foram simplesmente esquecidos, desapareceram do roteiro.
O ideal seria criar uma versão dos produtores, ou "Darlon's cut", com apenas o piloto e daí seguindo para os últimos episódios da terceira temporada (só não ficariam explicadas a morte de Boone, Shannon e outros, a traição de Michael, etc.). Eliminaríamos a Dharma, a recorrência dos números. Não seria um bom programa de tv, mas pelo menos teria a dignidade de fazer sentido.
a gente vê argumetos muito fracos de todos os lados. Alguns se indignaram por bobagens, coisas que tinham inventado, e outros adoram a série apesar dos furos.
Eu posso dizer que gostei de acompanhar LOST, pra mim valeu a pena, e não me sinto traído ou lubridiado. Entendo que tivessemos muitas promessas, mas nunca vi fiança para se acreditar nelas. Acreditei sim na inteligência dos produtores, e depois descobri que estava errado. Mas isso não foi nenhuma grande decepção.
Por exemplo, quando saiu Matrix e todo mundo esperava muito da continuação, eu fiquei meio na minha, pois pra mim somente o filme original já era muito bom. Matrix revolucionou o mundo de entretenimento, mas supor que o segundo filme revolucionaria denovo era demais.
O segundo e o terceiro filmes serem tão ruins não muda em nada o efeito positivo que o primeiro filme deu.
Assim como o final de Lost, com todas suas fraquezas, não me serve de decepção retroativa em relação a todos os bons momentos que passei com a série.
Souberam fazer mistério, e o mistério era o melhor de Lost. Mistério continua sendo o melhor de Lost, e nenhuma resposta pode mudar isso.
Finalizando tudo isso, por que não estou vendo por aqui argumentos que mudem minha opinião. Aos produtores, ok, vocês são a prova viva que cultura não substitui inteligência, mas fizeram seu melhor, parabéns!
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doutor fantastico escreveu:
Alguém lembra de alguma vez que por mais de 5 palavras, os persongens tivessem perguntado o que acontece com eles depois que eles morrem ?
Alguém lembra de situações que estivessem mostrando esse tipo de duvida.
Eu só me lembro de uma, no LAX, quando o Sayid está morrendo e fala pro Hurley que ele vai para um lugar muito ruim pois ele fez muita coisa ruim.
Mas ele estava enganado!! Mesmo com todos os pecados nas costas, e mesmo depois de "ressuscitar" como zumbi e matar mais um monte de gente, ele acaba indo para o paraíso sem muitos esforços.
Alguém lembra de alguma vez que por mais de 5 palavras, os persongens tivessem perguntado o que acontece com eles depois que eles morrem ?
Alguém lembra de situações que estivessem mostrando esse tipo de duvida.
Eu só me lembro de uma, no LAX, quando o Sayid está morrendo e fala pro Hurley que ele vai para um lugar muito ruim pois ele fez muita coisa ruim.
Mas ele estava enganado!! Mesmo com todos os pecados nas costas, e mesmo depois de "ressuscitar" como zumbi e matar mais um monte de gente, ele acaba indo para o paraíso sem muitos esforços.
Registrado em: Sexta-Feira, 12 de Março de 2010 Mensagens: 18 Tópicos: Nenhum Localização: Goiânia
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Concordo com a opinião do Net Tv sobre os produtores.
Realmente, é imperdoável o fato de que os produtores, sabendo de antemão que teriam 3 anos para o encerramento da série, não conseguiram fazer um planejamento decente e um arco coerente que unisse a narrativa da série.
Irônico é que as três primeiras temporadas (que foram as melhores, bem delineadas e coesas) eram justamente aquelas que teriam mais chance de desandarem, posto que eles não sabiam quanto tempo de série ainda haveria, e quanto teriam ainda de encher linguiça, criando tramas paralelas para "renderem" a série até o desfecho final, não concordam?
Bem, mudando de assunto, estava pensando com meus botões e me surgiu uma questão interessante, da qual gostaria de saber a opinião dos colegas:
Como vimos, esta sexta temporada não seguiu nem o lado místico, nem o científico, e, mesmo os xiitas argumentando que Lost é uma estória sobre pessoas, na realidade, também não se preocuparam muito com o drama dos personagens (Ben, Widmore e Richard não nos deixam mentir...), e sim, em jogar mais alguns elementos na série (Across the sea, Jacob e MIB), finalizando com um desfecho apelativo emocional para com os fãs, ofuscando o lado racional para amolecer os críticos em suas resenhas sobre o final...
Isto posto, pergunto : Será que a Disney (detentora dos direitos autorais) não pressionou os produtores para que, indiretamente, não se aprofundassem nos demais elementos da série, e que se preocupassem apenas em dar um desfecho da estória dos personagens?
Em outras palavras: pressionaram os produtores para que deixassem de lado os mistérios, o caminho místico (egípcios, etc), o caminho científico (Dharma, Faraday, etc) para que houvesse alguma brecha de lançarem futuramente um "LOST 2 - O retorno", ou um spin-off, em que pudessem explorar as conexões do passado da ilha com os egípicios, ou mesmo, com possíveis povos oriundos de Atlântida (no The End vimos que a caverna da luz foi construída por alguma civilização...), ou mesmo um retorno da Dharma na ilha, para terminarem suas experiências (afinal, mesmo no fim dos anos 90 e início de 2000, a Dharma mandou o Kelvin Inman para a Estação Cisne)....
Ou então, como vimos que a ilha estava a "salva", que fosse possível a criação de uma nova estória com Hurley como novo "Jacob" e novos "candidatos" chegando na ilha, onde haveria elementos de sobra a serem explorados, os quais foram deixados propositalmente pelo Lost original...
Faço esta indagação porque não consigo conceber que os produtores, que sempre tiveram idéias geniais (Kate, we have to go back!!!), e ainda, com todo um suporte para contratarem roteiristas que lhes ajudassem a amarrar os elementos apresentados, conseguissem em sã consciência serem tão estúpidos e incoerentes na condução desta sexta temporada...
Registrado em: Segunda-Feira, 6 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 127 Tópicos: 2
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A palavra-chave de lost não é "rolha", e sim, "porém":
- não se podia sair da ilha, PORÉM dharma e os outros saem a hora que bem entendem.
- não se podia achar a ilha, PORÉM eloise tinha um método.
- morto é morto, PORÉM Sayd ressuscita na forma de zumbi.
- a infecção não tinha cura, PORÉM Sayd e Claire são curados.
- MIB não pode entrar no templo, PORÉM o MIB pode entrar desde que o Dogen esteja morto (???)
- Jacob não aparece para ninguém, PORÉM depois de morto aparece a hora que quiser e para quem quiser.
- MIB aparece na forma de pessoas mortas, PORÉM aparece na pele de Walt quando bem entende.
- Crianças não nascem na ilhas, PORÉM Claire dá a luz a Aaron.
- Widemore não pode voltar à ilha, PORÉM na última temporada pode voltar sim.
- Ben não pode matar Widemore, PORÉM o mata na última temporada.
- MIB não podia sair da ilha, PORÉM aparece no cargueiro de Widemore.
- Kate não era mais candidata, PORÉM podia ser se o quisesse.
- MIB era "inimigo" dos Outros, PORÉM Ben podia invocá-lo.
- Desmond era a chave para MIB sair da ilha, PORÉM ele manda Sayd matá-lo
E poderia escrever exemplos até amanhã...
Isso somente mostra que os produtores não tinha qualquer planejamento de como construiriam a estória. Colocavam certos paradigma na série, mas a todo momento eram obrigados a quebrá-los. Fica como se tudo na série fosse relativo. Sempre podia haver um porém depois, os mortos sempre podiam comunicar com alguém, sempre havia uma brecha para se quebrar as regras etc etc etc
O principal fundamento de Lost foi sempre a mentira, seja dos personagens ou dos produtores.
Registrado em: Sábado, 4 de Março de 2006 Mensagens: 1.618 Tópicos: 10 Localização: SP
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qweasdzxc172839, eu acho perfeitamente possível e quase certo que muitos produtos com a marca LOST ainda vão pintar por aí.
E preparem-se para LOST II: A missão Mas pode até ser interessante, desde que mudem a equipe de roteiristas... não que eu tenha vontade de assistir...
Net TV, excelente análise da série como um todo. Eu também vejo da mesma forma, e isso só aumenta o grande FAIL dos produtores por não terem sido capazes de planejarem melhor o desenrolar e o final da trama. Eles tiveram 3 anos e tudo nas mãos, mas falharam estrondosamente. Não sei se é sem-vergonhice ou incompetência... ou um pouco dos 2 talvez.
O seu texto no blog também é muito articulado e esclarecedor, por que você não posta aqui?
Registrado em: Terça-Feira, 23 de Outubro de 2007 Mensagens: 38 Tópicos: 1 Localização: Portugal
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Acredito que a série tenha terminado como terminou pois este era o final que os produtores tinham e apesar de tudo, das teorias que por aí andavam, eles mantiveram-se com a deles
Todas as questões pertinentes foram respondidas, tudo o resto não necessita de uma resposta descarada, quer gostemos disso ou não.
Como o próprio J.J. uma vez disse, existem n teorias melhores que as deles
Como já disseram Lost é uma série sobre vida, morte e redenção. Em mais nenhuma série vamos ver personagens tão bem trabalhados e carismáticos como os que nos fizeram companhia durante 6 anos.
Ao ver o episódio final, não tive aquele sentimento de estar a faltar alguma coisa. Se calhar porque apesar de gostar dos mistérios, lá fundo não era isso que me fazia seguir a série e só percebi isso no fim.
Eu, ao contrário de muita gente, não gostei do episódio ab aeterno e por muito que eu queira, across the sea, apesar de ter gostado também não foi nada do outro mundo. Ainda sei a cara que fiz quando vi aquela luz dentro da caverna
Mas temos que aceitar as coisas como elas são e não como queremos que elas sejam
Eu não me sinto enganado, porque apesar de tudo, foi uma viagem fantástica
Acompanho o fórum há tempos sempre não postando nada, preferi ver apenas as opiniões do pessoal sobre cada um dos episódios sem querer debater. Na verdade eu nunca me empolguei por formular teorias ou tentar deduzir qualquer coisa do que acontecia com os personagens ou das situações em que eles estavam. Se eu fizesse isso ou lesse as centenas de teorias acabaria por minar a minha expectativa por Lost; afinal de contas eu sempre quis que o Darlton me surpreendesse, mesmo com respostas simples e indo ao sentido contrário dos fãs teóricos.
Sou roteirista por profissão e perdi o prazer de ver Lost da quarta temporada em diante.
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Pelo menos é honesto batizar as duas pontas desse ciclo deprimente de “The Beginning of The End” e “The End”. E o problema maior, e acho que poucos aqui tocaram no assunto, é que essa trinca final de temporadas foi a conscientemente planejada com calma por Darlton.
Não é irônico, justo quando se tem o controle total, deixar a história afundar? Todos os personagens foram cada vez mais perdendo sua identidade inicial em torno de arcos dramáticos que aparentavam serem bons mas que se anulavam no final (trazendo mais personagens novos para serem mortos sem agregar valor). Jack foi o único que conseguiu não virar um papel em branco; primeiro porque mereceu um pouco mais de atenção por ser o protagonista e porque seu perfil era o de ser levado pelo redemoinho do dia.
[...]
Ótima análise, Net TV. Vou conferir seu blog e o texto sobre LOST.
Quanto à deixar a estória afundar justo quando se tem controle total, é algo irônico, mas muito recorrente, e esperado. Planejamento de estória à longo prazo sempre faz dos personagens reféns da trama - quando exatamente o oposto é que funciona.
Como dividida em muitas fases de produção, LOST ainda teve o agravante de sujeitar as peças da estória à eventuais problemas empresariais; daí o pouco de planejamento para o lado dos personagens teve de ficar em aberto também. No fim das contas, não era 'controle total' de verdade.
Os tempos de ouro de LOST são justamente aqueles em que o planejamento era para uma temporada e nada mais. Os roteiristas eram levados pela estória, improvisavam quando necessário e não se metiam em becos do que foi planejado. _________________
The future is history
Welcome to the land of the living.
Editado pela última vez por Lekeeon em Sábado Maio 29, 2010 22:08, num total de 1 vez
Registrado em: Sexta-Feira, 24 de Junho de 2005 Mensagens: 2.537 Tópicos: 146 Localização: Secreta
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Renata66 escreveu:
doutor fantastico escreveu:
Alguém lembra de alguma vez que por mais de 5 palavras, os persongens tivessem perguntado o que acontece com eles depois que eles morrem ?
Alguém lembra de situações que estivessem mostrando esse tipo de duvida.
Eu só me lembro de uma, no LAX, quando o Sayid está morrendo e fala pro Hurley que ele vai para um lugar muito ruim pois ele fez muita coisa ruim.
Mas ele estava enganado!! Mesmo com todos os pecados nas costas, e mesmo depois de "ressuscitar" como zumbi e matar mais um monte de gente, ele acaba indo para o paraíso sem muitos esforços.
Realmente é uma observação muito interessante do Dr. Fantástico, que somada à nota da Renata e do post do Net TV, me fez chegar a uma conclusão.
Por 5 anos os produtores desenvolveram uma história (dos quais a 4ª e a 5ª já demonstravam que a história estava completamente fora de controle e restrita a uns 4 personagens realmente interessante, dentre tantas personalidades rasas e mal exploradas) e no 6º ano eles inventaram um mistério inédito na série que era o único a ser respondido: como as duas realidades se interligavam?
Todas as questões de 5 temporadas se viram preteridas e ignoradas em prol da resolução desse novo mistério, que se analisarmos objetivamente, na verdade as realidades não se interligavam, já que qualquer que fosse o desfecho fatalmente os personagens terminariam no altamente constrangedor "agrupamento das almas" rumo a um happy end. _________________ ***
The people in these towns, they're asleep.
All day at work, at home.
Sleepwalkers.
We wake them up.
***
Sometimes, life forces you to cross the line. You're going about your normal everyday routine, when suddenly something truly awful happens and all that pent-up rage you feel about your job, your marriage, your very existence, is released with unstoppable fury. Some call it 'reaching the breaking point' others call it 'breaking bad'.
***
Think of how stupid the average person is, and realize half of them are stupider than that. - George Carlin
Registrado em: Segunda-Feira, 6 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 127 Tópicos: 2
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Gourmet Erótico escreveu:
Renata66 escreveu:
doutor fantastico escreveu:
Alguém lembra de alguma vez que por mais de 5 palavras, os persongens tivessem perguntado o que acontece com eles depois que eles morrem ?
Alguém lembra de situações que estivessem mostrando esse tipo de duvida.
Eu só me lembro de uma, no LAX, quando o Sayid está morrendo e fala pro Hurley que ele vai para um lugar muito ruim pois ele fez muita coisa ruim.
Mas ele estava enganado!! Mesmo com todos os pecados nas costas, e mesmo depois de "ressuscitar" como zumbi e matar mais um monte de gente, ele acaba indo para o paraíso sem muitos esforços.
:roll: :roll:
Realmente é uma observação muito interessante do Dr. Fantástico, que somada à nota da Renata e do post do Net TV, me fez chegar a uma conclusão.
Por 5 anos os produtores desenvolveram uma história (dos quais a 4ª e a 5ª já demonstravam que a história estava completamente fora de controle e restrita a uns 4 personagens realmente interessante, dentre tantas personalidades rasas e mal exploradas) e no 6º ano eles inventaram um mistério inédito na série que era o único a ser respondido: como as duas realidades se interligavam?
Todas as questões de 5 temporadas se viram preteridas e ignoradas em prol da resolução desse novo mistério, que se analisarmos objetivamente, na verdade as realidades não se interligavam, já que qualquer que fosse o desfecho fatalmente os personagens terminariam no altamente constrangedor "agrupamento das almas" rumo a um happy end.
Sempre achei a RA um porre. Principalmente, porque independente se fosse uma realidade que fosse encontrar com a da ilha, pouco me importava a vida do Jack, a Kate ou o Sawer fora do contexto da ilha.
Com o final aí que isso ficou evidente mesmo. O que importava se Sawer era policial ou não, se Sun era casada, se Jack tinha filho? O fim seria o mesmo... A luz! Fora que como sabemos agora, era tudo uma projeção de cada um... Nada era real na sala de espera do céu de Lost.
O que me deixa indignado é que poderiam ter feito essa "surpresinha" que no fim foi a RA em 2 ou 3 episódios. Gastaram metade da temporada para uma estória na qual pouco importava o meio, enquanto na ilha fizeram uma estória sem pé ne cabeça e sem tempo para abordar os vários mistérios lançados na ilha por longos 5 anos.
exato, toda a realidade paralela foi desnecessária. Não teve nenhuma redenção, apenas compreensão por parte dos personagens. Redenção seria em vida, no contexto da Ilha.
Foi legal a conversa pai filho do Jack com o Cristian, o abraço que deram, a interpretação do Mattew Fox, que cresceu muito como ator durante a série. Mas algo assim tão fora do contexto da série podia ser sim um extra de DVD, e no espaço ocupao por isso poderiam ter amarrado muitas pontas.
Alguém lembra de alguma vez que por mais de 5 palavras, os persongens tivessem perguntado o que acontece com eles depois que eles morrem ?
Alguém lembra de situações que estivessem mostrando esse tipo de duvida.
Eu só me lembro de uma, no LAX, quando o Sayid está morrendo e fala pro Hurley que ele vai para um lugar muito ruim pois ele fez muita coisa ruim.
Mas ele estava enganado!! Mesmo com todos os pecados nas costas, e mesmo depois de "ressuscitar" como zumbi e matar mais um monte de gente, ele acaba indo para o paraíso sem muitos esforços.
E no paraíso, guess what, ele também era um ex-torturador!! _________________ Make your own kind of music
Sing your own special song
Registrado em: Domingo, 1 de Maio de 2005 Mensagens: 31 Tópicos: Nenhum Localização: Island
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bolivarandrade escreveu:
Sempre achei a RA um porre. Principalmente, porque independente se fosse uma realidade que fosse encontrar com a da ilha, pouco me importava a vida do Jack, a Kate ou o Sawer fora do contexto da ilha.
Com o final aí que isso ficou evidente mesmo. O que importava se Sawer era policial ou não, se Sun era casada, se Jack tinha filho? O fim seria o mesmo... A luz! Fora que como sabemos agora, era tudo uma projeção de cada um... Nada era real na sala de espera do céu de Lost.
O que me deixa indignado é que poderiam ter feito essa "surpresinha" que no fim foi a RA em 2 ou 3 episódios. Gastaram metade da temporada para uma estória na qual pouco importava o meio, enquanto na ilha fizeram uma estória sem pé ne cabeça e sem tempo para abordar os vários mistérios lançados na ilha por longos 5 anos.
Falou TUDO, amigo.
f***-** se o Jack virou mula-sem-cabeça, a Kate virou Cuca, ou se o Saydi virou saci-pererê...
Duvido que alguém tenha acompanhado a série para saber o que aconteceria "após a morte" ou em outras "encarnações", ou para saber quem comeria a Kate. Se assim o fosse, nem precisaria existir uma ilha, bastaria um cenário estilo "Friends"...
Os produtores nos deram uma "perna de macaco", e ainda tem um monte de xiitas tentando arrumar razões para justificar o golpe, dizendo que importante "eram as pessoas"... _________________ EU sou um Iluminado!
EU entendi o final de LOST!
Não sei como pode alguém assitir uma série por 6 anos e não entender!
Ah, esqueci de dizer: EU sou o JUIZ e decido quem entendeu ou não!
Editado pela última vez por Cannibal em Segunda Maio 31, 2010 04:43, num total de 1 vez
Registrado em: Sexta-Feira, 27 de Janeiro de 2006 Mensagens: 56 Tópicos: 4 Localização: BHZ
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Não sei se isso já foi discutido aqui. Se foi, me desculpem. Mas...
E aquela cena, mais no começo da série, ao término de um episódio, em que vemos a Libby no hospício com o Hugo?
Como aquilo foi possível?
Aliás, na realidade paralela, ela diz se lembrar dela e do Hugo juntos no hospício.
AGB
P.S.: Muita coisa ficou sem resposta, houve muitos furos. Mas essa foi uma cena de final de episódio. E foi mencionada na última temporada (ou seja, os produtores não fugiram dela). De modo que creio que deve ter uma resposta.