Registrado em: Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 5.436 Tópicos: 449 Localização: Salvador-BA
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Isso mesmo.
Lembro que quando mostrou Shumi abandonando, todo mundo comentava que pelo menos hoje não teria o " hoje não! hoje não!....hoje sim... _________________
Sobre o Rubinho:
Essa corrida de 10 anos atrás determinou a maneira um tanto errada que ele levou sua carreira depois. Carreira é feita de resultados consistentes. Rubens nunca os buscou, sempre achou que precisaria de sorte para ser campeão, etc, e assim sempre desperdiçou todas as chances que teve. Então pra mim é meio triste rever a corrida de 2000.
Sobre Hockenheimring: de uma das melhores pistas da F1, virou mais um autódromo completamente sem estilo. Resultado: em 10 anos do novo autódromo, prejuízos para os organizadores, público minguado... E pensar que fizeram a reforma para ajudar o público ao vivo a ver a corrida... Ainda pódem refazer o circuito antigo, basta quererem, mas não acho que terá o mesmo brilho de uma pista história e fantástica como era... Nunca entendi por que tiveram que demolir a parte da floresta, agora aquilo tudo é... floresta.
E é bom o pessoal ver como a Ferrari e McLaren naqueles tempos eram superiores aos demais carros. Hoje vemos na F1 um equilíbrio gigantesco. Em 2000, os piores times eram proporcionalmente mais lentos do que os atuais times "nanicos" que alguns tanto reclamam.
Hoje temos 5 times andando em tempos muito similares, e disputas para "6ª força", coisas inimagináveis na época.
Aquela F1 não me deixa saudades, pois foi ela que extrapolou todos os níveis de bom senso em gastos, em esporte, pneus, tudo, e tornou quase toda a década de 2000 um lixo esportivo.
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Coluna Warm Up: Dez anos depois
Rubens pode não ter se tornado o campeão que os brasileiros gostariam, e que ele mesmo sonhava ser um dia. Mas, dez anos depois, ele continua aí, motivado, rápido, esforçado, profissional, dedicado
Flavio Gomes
Vira e mexe me perguntam qual foi a melhor corrida que vi na vida. Minha memória não é das melhores. Certamente vi excelentes GPs nestes anos todos, seja nos autódromos, seja pela TV. É difícil, por exemplo, não lembrar da decisão do Mundial de 2008 em Interlagos, aquele thriller inacreditável com Massa campeão até os últimos metros da última volta da última corrida do ano. Até que Hamilton, na última curva, depois da bandeira quadriculada para o brasileiro, conseguiu a ultrapassagem sobre Timo Glock e o pontinho que precisava para conquistar o título.
Teve também a corrida da volta de Schumacher às pistas no final de 1999, depois de quebrar a perna em Silverstone. Foi na Malásia, e o alemão teve uma das atuações mais exuberantes de que se tem notícia. O GP da Europa de 1993 também é um clássico nessas listas de “melhores de todos os tempos”, vitória de Senna na chuva em Donington, contra uma Williams, de Prost e Hill, que parecia — e era — imbatível.
Mas quando me pedem para escolher uma, fico com o GP da Alemanha de 2000, em Hockenheim. Foi a primeira vitória de Rubens Barrichello na F1, uma vitória repleta de significados, que tirou das costas do piloto um peso que parecia cada vez mais insuportável. E do Brasil também. Afinal, eram quase sete anos sem vencer na categoria.
Rubens estava em seu primeiro ano de Ferrari. Depois de sete temporadas em equipes médias, Jordan e Stewart, finalmente tinha um carro capaz de ganhar corridas nas mãos. Mas estava demorando. Os azares de sempre, a superioridade de Schumacher, a cobrança que ele mesmo se fazia, a desconfiança dos torcedores brasileiros, tudo aquilo começava a formar a impressão de que Rubens jamais conseguiria vencer uma prova de F1 na vida.
E se conseguisse, não seria aquela. Afinal, seu sábado foi um desastre: 18º lugar no grid. Rubens chegou ao autódromo no domingo desanimado, cabisbaixo, pensando, no máximo, em marcar uns pontinhos.
Só que tudo deu certo para ele naquele dia 30 de julho. Largou bem e ganhou várias posições no início, seu carro era bom, estava bom, e depois um biruta invadiu a pista para reclamar que tinha sido mandado embora da Mercedes, coisa de doido, inesperada e rara, e aí entrou o safety-car, juntou todo mundo, e como Schumacher já estava fora da corrida, uma possibilidade de chegar pelo menos ao pódio se abriu no horizonte.
E se tal chance se abria, o tempo fechava. Começou a chover, mas aquele traçado de Hockenheim era enorme, a chuva que molhava aqui não molhava ali, todos começaram a parar para colocar pneus biscoito, só que lá dentro, no escuro da Floresta Negra, o asfalto estava seco, Barrichello avisou pelo rádio que dava para continuar com os mesmos pneus, a equipe achou que ele estava louco, e ele decidiu que não iria trocar.
O que se viu nas últimas voltas daquela prova foi uma exibição de habilidade e talento no asfalto molhado no trecho do Estádio, sinuoso, cheio de curvas e zebras traiçoeiras, enquanto que na parte não atingida pela chuva a Ferrari vermelha voava com pneus para pista seca. As simulações no pit wall indicavam que Mika Hakkinen, da McLaren, o segundo colocado, poderia ultrapassar Rubens no fim se virasse sei lá quantos segundos por volta mais rápido que o brasileiro, mas o finlandês não conseguia, os pneus de chuva na floresta “brecavam” seu carro, e tudo passou a ser, para Rubens, uma questão de se segurar no molhado. E ele conseguiu.
O choro de Barrichello no cockpit, os abraços, o piloto sendo erguido por Mika e David Coulthard no pódio, tudo aquilo ficou registrado na memória.
Rubens pode não ter se tornado o campeão que os brasileiros gostariam, e que ele mesmo sonhava ser um dia. Mas, dez anos depois, ele continua aí, motivado, rápido, esforçado, profissional, dedicado.
Barrichello pode até achar que não, mas aquela corrida valeu por um título. Pelo menos na lembrança dos que gostam de verdade de corridas.
Belo treino. Quando me perguntam por que gosto do antipático Alonso, está aí a resposta: sempre combativo" Isso sempre tras diversão, mesmo quando ele perde como hoje.
Não sei como o Alonso perdeu essa pole, tinha conseguido tirar e muito nos dois primeiros setores, mas enfim...
Felipe Massa voltando ali entre os três primeiros é importante, a situação dele no campeonato é complicadissima. E como ele é muito bom nas largadas, pode sair coisa boa dali.