Você tem de escolher entre duas frases que os candidatos já disseram em algum discurso.
As vezes as duas dizem a mesma coisa com palavras diferentes.
Horrível. _________________ 'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.' Drummond.
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É sempre um prazer ler textos bem escritos, mesmo que não concorde com eles (não é o caso desse que irei postar). Hoje em dia são raros os jornalistas com o dom da escrita, que conseguem expor suas idéias com clareza.
Sei de MUITA gente que não gosta do Reinaldo Azevedo e que fazem várias acusações contra ele (algumas verdadeiras mas a maioria falsa). Porém uma coisa até mesmo a maior de seus inimigos irá concordar, o sujeito é um ótimo escritor. É sempre prazeroso ler seus textos e quando ele está inspirado então, o cara arrebenta.
Por isso decidi compratilhar esse artigo escrito por ele com o pessoal aqui do LB. É genial. É um texto longo para ser lido na internet, como é maioria textos dele, mas acho que vale a pena dar uma conferida. A parte em negrito é minha. Ele tocou na ferida.
Perda de parâmetros. Ou: Este colunista dá uma ordem a Lula em nome da Constituição de que ambos somos súditos
Há uma perda generalizada de parâmetros, de referência, de noção do certo e do errado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com seu cesarismo tosco, com sua rusticidade estudada e cínica, com sua violência retórica muito além do que seria cabível a um chefe de governo, reduz a política a um confronto de gangues de rua, e vença aquele que conseguir eliminar o inimigo! Ao fim de seus oito anos de mandato, ao contrário do que dizem os áulicos e os candidatos a tanto, o jogo político de tornou menos civilizado, o estado está mais partidarizado, as instituições obedecem menos ao que prescreve a letra da lei e mais ao que determinam as injunções dos grupos de pressão.
É verdade a máxima de que o poder tende a corromper o caráter das pessoas e dos partidos. E a democracia é mesmo um sistema imperfeito, daí que o zelo para preservá-lo tenha de ser permanente; daí que o esforço para corrigir seus defeitos tenha de ser contínuo. Há instrumentos para impedir que o sistema democrático se desvie de seu curso, e — atenção! — a eleição, com a possibilidade de alternância de poder, é um deles. Alternância que pode não acontecer se o povo assim decidir — mas forçoso é que todos os contendores sigam as regras do jogo. E Lula não as segue. Utiliza as prerrogativas de chefe de governo e chefe de estado, que conquistou nas urnas, para se comportar como o chefe de uma facção e, no que concerne aos lamentáveis episódios do Rio, chefe de um bando.
É forçoso lembrar que a entrevista destrambelhada, desrespeitosa, em que aviltou José Serra — nada menos do que o candidato da oposição à Presidência, com possibilidade mesmo de se eleger presidente — foi concedida na condição de presidente da República, não de simples militante partidário. E que se note: jamais um chefe da nação será apenas o membro de um partido. Mas Lula já não quer ser nem mesmo um hipócrita decoroso. Esta certo de que não mais é mais necessário representar o papel que constitucionalmente lhe cabe — e que ele despreza: o de grande magistrado da nação.
Sim, um presidente, em última instância, é o grande árbitro da nação, e dele se espera que seja equânime, mesmo quando seus adversários políticos representam um dos lados da contenda; afinal, ele é presidente também daqueles que não votaram nele e que lutam, de acordo com as regras, para sucedê-lo — e não para substituí-lo.
Mas quê!!! Esse é o entendimento, com efeito, que os democratas têm do regime. Lula, em que pese a sua falta de preparo teórico e vínculo intelectual mais profundo com a esquerda, ganhou corpo numa outra cultura política. Por mais que seu governo seja, evidentemente, o de um país capitalista, ordenado segundo as leis do mercado, sua visão de mundo é herdeira do socialismo, da crença de que um partido detém o espírito e a forma do futuro, de que afrontá-lo consiste numa regressão do processo histórico — e não é só por malandragem publicitária que ameaçam o eleitorado com o retrocesso se o adversário vencer a disputa. Essa convicção autoritária se deixou temperar por todas as benesses e facilidades do poder, de sorte que, hoje, já não se distinguem o assaltante dos cofres públicos do grupo de assalto à democracia. Eles se misturaram; formam uma coisa só.
A entrevista em que Lula acusa Serra de mentir foi desmoralizada pelos fatos. Já sabemos disso. Mas quero chamar a atenção de vocês para a linguagem empregada pelo presidente, para os temos a que recorre para se referir ao candidato da oposição: “esse cidadão” e “esse homem” — já havia antes se referido a Geraldo Alckmin como “esse sujeito”. As pessoas perdem o nome, tornam-se um todo anônimo que tem de ser esmagado. Mais um pouco, diria “esse elemento”. Não expressou uma só palavra de censura à ação de seus correligionários, de sua tropa de assalto, nada! Lula fazia, assim, do agressor a vítima e da vítima o agressor, recorrendo à metáfora futebolística a que reduz todos os conflitos, internos ou externos.
Mas não está só - A imprensa áulica
Mas não é só ele que perdeu os parâmetros — ou que faz questão de não tê-los por método e escolha consciente. Amplos setores da imprensa hoje o seguem nesse desvario: os comprados porque comprados, e isso os define; os tocados pela ideologia porque supõem que, de algum modo, estariam mesmo em confronto duas visões de mundo: uma mais “progressista”, o PT, e outra mais “conservadora”, o PSDB, clivagem que não resistiria a um exame raso dos fatos. Qualquer pessoa intelectualmente honesta seria obrigada a admitir que, em muitos aspectos, o candidato tucano está à esquerda do ajuntamento que Dilma Rousseff representa hoje.
E, nesse ponto, um caçador de contradições inexistentes tenderia a me indagar, tentando alguma ironia: “Mas, então, você deveria se entusiasmar com Dilma”. Tolice! A questão, como tenho escrito aqui tantas vezes, diz respeito à DEMOCRACIA. Da velha esquerda, o PT conserva um valor intocado: o ódio ao regime democrático — e o esforço consecutivo para solapá-lo, agora pela via legal. Afinal, eu sou aquele que sempre desconfiou do caráter desses caras, mas que nunca disse que eles são burros.
A tacanhice ideológica é um mal, no mais das vezes, incurável. Quem faz as suas escolhas pensando não na preservação dos valores da democracia, consubstanciados nas leis e nas instituições, mas no “avanço da luta dos oprimidos” está pronto, a qualquer momento, para conceder com a transgressão institucional se considerar que a tal “justiça das ruas” está sendo feita. E a nossa imprensa está coalhada dessa boçalidade. Há mais esquerdistas na Folha, no Estadão, no Globo, na Globo e na VEJA do que no PT, que sabe instrumentalizar a favor da consolidação do seu poder esse pendor juvenil (não importa a idade do coroa…) para essa noção muito particular de justiça que abastarda as leis. Curiosamente, essa cultura antiestablishment é, hoje, expressão de um arraigado governismo porque, afinal de contas, na comparação, o PT estaria mais próximo dos idéias de justiça social. Dados empíricos podem comprovar o contrário. Mas e daí? Esse é um mal permanente, sem cura.
E não é o mal maior. O governo Lula conseguiu, como nunca antes na história destepaiz, comprar veículos inteiros — jornais, portais, revistas —, de porteira fechada, com todas as alimárias que lá iam. Assiste-se a um verdadeiro show de horrores. O objetivo não é mais a notícia, o fato, tenha-se dele a leitura que for, mas a fofoca, a difamação, a versão que interessa ao partido, a luta política. E o fazem, naturalmente, sem admitir a escolha política. O caso da agressão sofrida por Serra evidenciou com clareza esse desastre moral: mesmo depois de comprovado que o episódio não se resumia a uma “bolinha de papel”, insistia-se na hipótese delinqüente. Houve até quem chamasse a reportagem de “a versão do Jornal Nacional”, como se, no caso, pudesse haver duas verdades.
É compreensível que alguém indague: “Quem é você para falar?” Como escrevi no post em que anunciei que este blog caminha para 5 milhões de páginas visitadas neste mês de outubro, eu tenho lado — expus os valores desse lado. MAS NÃO PRECISO DA MENTIRA PARA DEFENDÊ-LOS, NÃO! Mais ainda: jamais chamei de “notícia” as minhas opiniões. Rejeito a trapaça. Por isso tantos vêm aqui — até os que me detestam. Os petistas, que me lêem obsessivamente — a turma deles é muito ruim, beirando o analfabetismo —, podem falar o diabo a meu respeito, adjetivos nem sempre afetuosos, mas jamais poderão dizer: “Olhem como ele nos atribui o que não fizemos!” Nunca! Eu sempre lhes atribuo o que fizeram; eles se sentem devidamente caracterizados aqui. Só não tenho deles a opinião que têm de si mesmos.
Luta pelo estado, não pelo mercado
Fosse a convicção a mover esses veículos a que me refiro, vá lá. Mas não é! Tampouco se trata de uma luta para conquistar o “outro”: “Ah, se A e B dizem isso, então vamos dizer aquilo para falar com o outro leitor, o outro telespectador, o outro ouvinte, o outro internauta”. Não assistimos a uma luta pelo mercado senão a uma LUTA PELO ESTADO, por seus recursos, pela verba publicitária do governo federal e das estatais. Apostam alto no cavalo que lhes parece vencedor porque contam, depois, dividir o butim. Se não podem enfrentar a concorrência para conquistar os leitores ou telespectadores, vale enfrentar a verdade com a mentira para conquistar o caixa do governo. Estou nessa profissão há um bom tempo já. Nunca assisti a nada parecido.
Questão errada
Tentou-se deslocar o debate para o objeto que teria atingido a cabeça de José Serra, e se questionou se, afinal de contas, a agressão teria sido forte o bastante para levá-lo ao médico, como se o ato, em si, o verdadeiro assalto que petistas tentaram promover na caminhada tucana, fosse uma prática aceitável, corriqueira, adequada às normas da disputa democrática. O fato de que aquela gente lincharia o adversário se tivesse oportunidade não contou de nenhuma maneira. Não se tocou no assunto.
E, quando a questão foi tratada, caminhou-se pelas veredas do obscurantismo. Discordo, por exemplo, severamente de Janio de Freitas, colunista da Folha. Daria para ir de A a Z, sem ficar uma só letrinha pelo caminho. Mas não imaginava ler um texto seu como o de ontem, em que sugere que os tucanos estavam no lugar errado — deveriam era caminhar na beira da praia, sugeriu — e que o elemento de perturbação, sabe-se lá por quê , era Índio da Costa, vice de José Serra. Janio perguntou à vítima do estupro por que ela estava usando minissaia. Quem escrevia ali? Nem mesmo era ele. Tratava-se de um preconceito bem mais antigo do que o próprio colunista.
Encerrando
Perda de parâmetros. Esse é o nome do nosso mal. Aos poucos, como sociedade, vão desaparecendo as noções do que pode e do que não pode. Há dias, na solenidade promovida por um desses panfletos comprados com dinheiro público, Lula conclamou os políticos a enfrentar a imprensa — mais ou menos como os petistas do Ceará, protegidos por Cid Gomes, já querem fazer, silenciando-o. Não se referia, evidentemente, a esta na qual ele passa hoje as esporas (olhem a metáfora rural deste caipira, hehe…), mas àquela outra que tem valores, que não abre mão da democracia, do estado de direito, da Constituição e das leis; àquela que lhe diz com clareza: um presidente da República tem de atuar dentro de seus limites.
Não sei quem vai ganhar as eleições. Corisco nem se entrega nem se assusta com números. Para Corisco, número não é categoria de pensamento nem pode constituir, sozinho, uma moral ou plasmar uma ética. Vença quem vença, Corisco anuncia: estará na Resistência em nome daqueles valores de que não abre mão: democracia, estado de direito, liberdade de expressão, economia de mercado. Por isso Corisco, como cidadão, ordena, em nome da Constituição de que os dois somos súditos:
“Peça desculpas ao país e ao candidato de oposição, senhor presidente da República! É a oposição que legitima a democracia, meu senhor! Afinal, nas ditaduras também é permitido concordar. Aprenda ao menos isso. Nem que seja a última coisa. Nem que seja a primeira!”
Esse blá-blá-blá de ditador já tá cansando.
Sério...
Usar a palavra "ditadura" hoje é uma ofensa contra as pessoas que foram perseguidas por qualquer motivo durante os períodos de ditadura em todo o mundo. _________________ 'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
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fundem-se no mesmo impasse.' Drummond.
Primeiro, não levo a sério gente como ele, o Diogo Mainardi ou o Guilherme Fiuza, que só falam (mal) do Lula/PT/Dilma, sempre. Perdem a credibilidade, nem quem assume publicamente seu candidato (Carta Capital, por exemplo) é tão parcial.
Ok, esquecendo quem escreveu, vamos analisar o texto.
Como o SuperMT disse, esse papo de ditadura já cansou. Sempre apelam pra ameaça a liberdade quando querem demonizar algum candidato. No caso do Lula, concordo com eles: http://tinyurl.com/25w5cm3
O pior é o argumento dele: o terrível atentado onde jogaram um rolo de fita crepe (!) na cabeça do candidato. Não dá pra levar a sério, mesmo.
Eu, que quero ser jornalista, tenho vergonha que o blog desse cara tenha 5 milhões de acessos por mês. _________________ Meu texto sobre o final de Lost:
Como você pode levar em consideração, a menos que seja simpatizante dos neoliberais, uma revista, no caso a Veja, que traz em suas últimas(pelo menos) 6 capas, reportagens contra o atual governo.
Impossível não dizer que a VEJA é totalmente parcial. _________________ 'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
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SuperMT escreveu:
Como você pode levar em consideração, a menos que seja simpatizante dos neoliberais, uma revista, no caso a Veja, que traz em suas últimas(pelo menos) 6 capas, reportagens contra o atual governo.
Impossível não dizer que a VEJA é totalmente parcial.
Não sei se esse "você" foi para mim mas eu respondo mesmo assim.
É óbvio que a Veja tem um lado assim como a Carta Capital também o seu. Na verdade todo órgão de imprensa em maior ou menor medida tem um lado. Alguns são mais discretos outros nem tanto.
A Veja é uma revista anti-PT e não pró-tucanos comos muitos dizem. Quem tiver a oportunidade de pegar as edições da revista na época do Governo Fernando Henrique irá ver eles eram críticos ao governo e faziam várias reportagens revelando casos de corrupção.
O que importa é se o reportagem é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira não tem nada demais. Se for falsa aí a situação complica. Nesse caso cabe as vítimas entrar com um processo violento contra a revista e acho mais do que justo uma punição severa. Eu nunca vou compactuar com a mentira.
PS: E SuperMT, para com essa bobagem de neoliberal. O neoliberalismo é o estado mínino, quase um não-Estado. Se FHC fosse um neoliberal, ele seria contra o SUS, escolas e universidades públicas, qualquer empresa pública, assim por diante. Todas as funções da sociedade ficariam por conta de empresas privadas (excesão a segurança pública e nacional). Neoliberal nada mais é do que um rótulo pejorativo criado pelos petistas para difamar o governo FHC. Se for fazer uma análise fria dos fatos, FHC é tão neoliberal quanto Lula.
Veja é extremamente parcial sim, e o único motivo dela agora ter essa enorme propaganda anti comunista é por que isso é contrário à ideologia do governo.
Nem nos faz imaginar a revista que teve na sua primeira capa a foice e o martelo.
Como eu disse, a veja, junto com a globo, foram quem tiraram collor da presidencia. Isso deu muito, muito dinheiro para ambas as empresas, que agora sonham e fazer isso denovo, seja com que governo for.
Se elergermos um ultradireitista, eles voltam a ser comunistas. Críticas vorazes geram muito mais leitores.
Agora, sobre o neoliberalismo. AHAHA. Você acredita no "social-democrata" da sigla?
Neoliberalismo é o estado de intervenção mínima. Não de ZERO intervenção. _________________ 'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
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SuperMT escreveu:
Neoliberalismo é o estado de intervenção mínima. Não de ZERO intervenção.
Mas foi isso que eu disse.
SuperMT escreveu:
Agora, sobre o neoliberalismo. AHAHA. Você acredita no "social-democrata" da sigla?
Agora você já está delirando. Onde eu disse isso??
Do ponto de vista econômico, os 3 principais candidatos (Dilma, Serra e Marina) tem visões idênticas. Podem divergir sobre pequenos pontos, mas a condução da economia será a mesma que foi nas últimas 2 décadas, independente de quem for o governante.
Eu detesto levar essa debate para o lado da ideologia política, simplesmente porque acho isso uma bobagem. Se você tirar os partidos nanicos, todos os outros são bem parecidos. No Brasil não existe uma separação clara entre direita e esquerda como existe em outros países. Todos os partidos se colocam em uma grande área cinzenta.
Ver uma pessoa humilde e pobre repudiando o coitadismo que se impõe nela, não tem preço. _________________ "bullshit is bullshit, no matter how many people believe in it."
Eu li Veja hoje, não lia desde os tempos do Collor. Essas últimas capas publicitárias da Veja, tentando colocar mudança de opinião do detalhe do aborto como fator fundamental da campanha, ou agora, que eles claramente fizeram uma matéria inventada, que nem esconde que mostra o que "ouviu dizer que alguém falou".
Péssimo isso, não sei como alguém ainda leva a sério, ainda paga assinatura.
Também li a Folha, destaco no caderno de eleições o texto da Fernanda Torres, a atriz. Muito bacana. Quem está no poder hoje rouba para poder pagar campanha. Todo mundo acha que está certo, usando dinheiro público para projetos de poder partidários, por que julga que o projeto do seu partido é o melhor. Sejam petistas ou psdebistas, todos agem assim. Se julgam certos, e não poderiam estar mais errados.
Abriram a caixa de pandora. Por mais que se faça um crime pensando no bem maior, o mínimo que dá errado é você autorizar o crime. Se instituírem o financiamento público de campanha, que nada mais é do que oficializar o fato de que nós contribuíntes pagamos pelas campanhas de ideais alheios, quem disse que vendas de favores irão parar? Quem disse que caixa 2 não vai mais existir? Tudo isso vai continuar firme e forte, por que foi autorizado por oposição e situação, todos praticam, e o financiamento público de campanha, por essa gente, só vai ser visto como dinheiro a mais.
Nabuco, justamente. Você me perguntou como pode ser FHC neoliberal se usou do SUS e etc. Respondo-lhe dizendo que o neoliberal se vale do estado mínimo. Portanto, pode garantir SUS ou outros orgãos públicos.
Nesse engodo, você julga o Estado norte-americano neoliberal ou não?
guicn na minha opinião você erra ao usar a palavra "coitadismo".
Devemos deixar de lado os instintos inerentes ao povo brasileiro quando falamos de tal ou tal governo. Esses instintos existiram e existirão em todos eles. Agora, diferente disso, o que existe hoje, infelizmente e felizmente ao mesmo tempo, é o assistencialismo superficial das Bolsas. Só não dá pra tirá-las.
O Brasil passou muito tempo com governos REALMENTE ruins. Isso é o que empata a qualidade de vida de hoje. Precisamos crescer no econômico E no social. Tarefa complicada. _________________ 'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
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SuperMT escreveu:
Nesse engodo, você julga o Estado norte-americano neoliberal ou não?
Esse assunto está chato demais não acha SuperMT. A questão não é o que eu acho ou você acha. Tem que analisar os fatos. É óbvio que do ponto de vista econômico os Estados Unidos é um país liberal. Fato esse que não impede de tomar atitudes protecionistas principalmente quando é para proteger os interesses americanos. Vai falar para os americanos pararem de subsidiar seus produtos agrícolas. Por isso eu sou contra ficar rotulando países, partidos ou políticos. Isso é uma forma simplista de tratar assuntos que são complexos.
Agora quer tratar de um assunto importante. Leia essa duas reportagens do Valor Econômico.
Não sei até que ponto as fontes ouvidas pelo jornalista é confiável. Mas sãos essas pessoas que governarão o país nos próximos anos. O Presidente é uma espécie de porta-voz dessas pessoas, são elas que irão tomar as decisões importantes do país nos próximos anos.
Essa talvez seja a reportagem mais importante sobre as eleições que saiu na imprensa até agora.
Eu havia acabado de falar que um modelo liberal PODE tomar atitudes protecionistas.
Então, sim, FHC era neoliberal e o PSDB ainda é.
Não cabe ao Brasil, ao meu ver, ainda.
Precisamos sustentar nossas bases e elavancar a qualidade de vida do povo antes de abrir as pernas para o mundo e crescer efetivamente a economia. O problema maior é que precisa-se fazer os dois ao mesmo tempo. Acaba-se fazendo pouco, relativamente, dos dois lados.
E pare de achar que existem verdades absolutas pra esse tipo de análise. Na maioria das vezes a sua percepção sobre o assunto vale muito mais do que fatos consumados por OUTROS. Até mesmo porque esses outros tiveram visões de percepção para te contar o que aconteceu.
Se você já estudou o passado sabe que os presidentes que temos hoje são dezenas de vezes melhores que os antigos. Se você insiste em dizer que não é o bastante, admita uma revolução, então. _________________ 'O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
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Super liberal o PSDB. Se comparado com o que realmente foi o neo-liberalismo nos EUA e Inglaterra, é capaz de alguém desses partidos rir da cara de quem afirma que o PSDB é neo liberal, apenas porque fez meia dúzia de privatizações de empresas "gabide de emprego". _________________ "bullshit is bullshit, no matter how many people believe in it."