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rcampos · **Enviada:** Domingo Janeiro 13, 2008 23:42 | **Assunto:**

Mais um estúdio de Hollywood fecha acordo individual com os roteiristas grevistas

Mais um estúdio fechou acordo em separado com o Sindicato dos Roteiristas de Hollywood. Depois da United Artists, agora é a vez da Weinstein Company, um dos maiores estúdios independentes de Hollywood. Harvey Weinstein, fundador da empresa ao lado do seu irmão Bob, declarou ter fechado um acordo similar ao da United Artists, e que a AMPTP, entidade que reúne os grandes estúdios, reagiu negativamente à sua decisão de negociar em separado.

O acordo da Weinstein com o sindicato permite que algumas produções voltem à atividade imediatamente, entre elas, Nine, projeto de Rob Marshall (Chicago) para uma adaptação de Oito e Meio, de Fellini. Outro que pode voltar ao trabalho é Anthony Minghella, que vai continuar a revisar um roteiro escrito por Michael Tolkin.

Com três acordos fechados em separado (além da Weinstein e da UA o sindicato fechou um acordo com a produtora do talk show de David Letterman), espera-se que a situação melhore entre o sindicato e a AMPTP, depois de dez semanas da greve que já ameaça a realização do Oscar. Leslie Moonves, presidente da CBS acusado de receber em bônus o equivalente ao valor pedido pelos roteiristas para terminar a greve, garantiu a investidores durante uma reunião em Nova York que espera que as negocições recomecem em breve.

Enquanto o impasse continua, a Warner anunciou que cerca de mil funcionários correm o risco de perder o emprego nos próximos dias caso as produções continuem paradas. A International Creative Management, a maior agência de talentos de Hollywood, também estaria a caminho de iniciar demissões.

Para complicar a situação ainda mais, o sindicato dos diretores, Directors Guild Of America, já iniciou as conversações para renovar seu contrato com os estúdios, que vence em 30 de junho. As opiniões quanto ao impacto da negociação dos diretores sobre a situação dos roteiristas são divergentes. Para alguns, os diretores tendem a ser menos beligerantes que os roteiristas, o que pode levar a um acordo rápido e pacífico, dificultando a negociação com os 10.500 escritores em greve. Para outros, a negociação com os diretores pode servir de modelo para encerrar a greve dos roteiristas.

Fonte: Omelete