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A cada grupo de 50 pessoas no Brasil, uma tem hepatite. De dez portadores, apenas um sabe. São dois milhões de infectados no País, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Denominada epidemia silenciosa, calcula-se que 170 milhões de indivíduos no mundo estejam contaminados pelo vírus C, a forma mais grave da doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de brasileiros vítimas da enfermidade é bem maior do que o estimado pelo Ministério da Saúde.

A hepatite C é transmitida pelo sangue. Não há comprovação de contágio por meio de fluidos corporais – como saliva, suor, lágrimas, sêmen ou leite materno. Também deixa de ocorrer por meio de abraços, beijos, uso dos mesmos copos ou roupas. Especialistas afirmam que a contaminação através de relações sexuais é possível, mas rara. Quando detectada de maneira precoce, a enfermidade tem tratamento, inclusive gratuito, além de cura.

A hepatite C é uma questão de saúde pública. É também a principal causa de transplante de fígado no Brasil. O MS alerta que o País deve se preparar para uma “explosão” da epidemia a partir de 2011. Outra preocupação é que as pessoas que receberam sangue antes de 1992 têm mais chances de estarem infectadas. Na época, o sangue destinado às transfusões não era analisado para detecção da hepatite C porque o vírus não era conhecido e não havia exames específicos. A doença pode levar até 20 anos para se manifestar.

Sem dar sinais, a hepatite pode evoluir para casos graves, como cirrose ou câncer. Uso de drogas com agulhas e seringas e acidentes com material contaminado são os fatores mais comuns de transmissão. Depressão, irritabilidade, dores no corpo, mal-estar, febre, náuseas, e falta de apetite são alguns dos sintomas mais freqüentes, embora a maioria dos casos não apresente nenhum sintoma.

Segundo o hepatologista Rodrigo Sebba Aires, entre 20% e 30% dos casos de portadores de hepatite C evoluem para cirrose. Ele explica que a partir daí, possuem também um maior risco de desenvolvimento de câncer de fígado. Os grupos considerados de risco são pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1992, usuários de drogas injetáveis, profissionais de saúde que lidam com sangue, pacientes de hemodiálise e, com menor risco, pessoas tatuadas ou com piercings.

Atualmente, o tratamento usa uma associação de duas drogas – o Interferon e a Ribavirina. “As chances de cura, em média, são de 50%”, afirma Aires.

De acordo com Boaventura Braz de Queiroz, diretor-geral do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), as pessoas que receberam sangue até 1994 devem procurar os postos de listagem para saber se são portadores da hepatite C. “Quem fez transfusão corre risco de ter contraído a doença.”

Ele diz que nos últimos seis anos, cerca de 700 portadores da doença em Goiás procuraram medicamentos no Centro de Saúde Juarez Barbosa, fornecedor de remédios de alto custo no Estado. Queiroz alerta que a falta de interesse pode comprometer o estado de saúde de quem não procura descobrir se é portador do mal. “A hepatite C pode destruir o fígado. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de detectar a doença”.

Fonte: Diário da Manhã - Goiânia.

Resolvi postar algo sobre essa doença porque perdi meu pai, em 2002, vítima dessa doença.
O vírus ficou alojado nele de 15 a 20 anos e só nos últimos 6 meses de vida é que a doença se manifestou....já era tarde.

Por isso é importante que as pessoas façam o exame específico porque só esse exame é que detecta a hepatite C. Meu pai fazia exames todo ano, mas nunca fez pra hepatite C, justamente porque não conhecíamos que ela existia!!!

E as mulheres têm que ter uma atenção em especial. Tempos atrás o Correio Braziliense pubicou uma grande matéria sobre a quantidade de mulheres que vêm sendo infectadas com a hepatite C. O motivo? a esterelização mal feita dos equipamentos das manicures. Uma solução prática é as mulheres terem seu próprio material pra fazer as unhas e não deixar mais ninguém utilizar (nem mãe, nem irmã,etc).

Bem, e quem tiver passado por transfusão, dentistas, manicures, operações,etc fazer o exame. A hepatite C não é como a AIDS, que possui drogas com grande tecnologia e o doente pode viver por muitos e muitos anos. Com a hepatite C, o paciente só tem chance de ficar bem se a doença for diagnosticada e tratada antes dela se manisfestar.

Tô fazendo a minha parte, que prometi a mim mesmo quando meu pai faleceu: divulgar ao máximo de pessoas possível sobre a doença pra que essas pessoas tenham a chance que meu pai não teve......e acho que o LB é um bom canal pra isso. Eu só estava esperando uma boa matéria de jornal ser publicada para então postar algo.