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26/09/2007 - 14h19 - Atualizado em 26/09/2007 - 14h45
'O ano em que meus pais saíram de férias' representará o Brasil no Oscar
Filme de Cao Hamburger derrota favoritismo de 'Tropa de elite'.
Finalistas do prêmio da Academia de Hollywood saem no dia 22 de janeiro.
"O ano em que meus pais saíram de férias" foi a produção escolhida para tentar um indicação na categoria de filme estrangeiro no Oscar. A produção de Cao Hamburger derrotou o favoritismo de "Tropa de elite", que havia estreado em apenas um cinema de Jundiaí para concorrer à vaga.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura nesta quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, juntamente com uma comissão formada por pelos jornalistas Ana Paula Sousa e Pedro Butcher, os cineastas Hector Babenco e Bruno Barreto e os críticos Rubens Ewald Filho e Leon Cakoff. Outros 17 títulos concorriam à vaga. A entrevista coletiva que anunciou o escolhido foi antecipada das 16h para as 14h.
A notícia da indicação foi dada a Cao Hamburger pelo canal Globonews.
“É muito bom ter sido escolhido para representar o Brasil. Mas quero dizer que eu gosto muitos dos outros filmes que estavam concorrendo, são filmes com carreiras consistentes, e é uma honra fazer parte dessa nova onda do cinema brasileiro”, afirmou o diretor, ainda surpreso com a novidade.
Questionado se ele acredita que o filme teria chances de concorrer efetivamente, Hamburguer afirmou que pretende trabalhar o longa no exterior e que os distribuidores internacionais acreditam nas chances do longa. “Até mais que a gente”, confessou.
“Independente de sermos escolhidos ou não pela Academia [para concorrer ao Oscar], é importante ter filmes de qualidade e com pegada diferente, é importante mostrar que o cinema brasileiro é bem feito e variado”, encerrou o diretor.
"O ano em que meus pais saíram de férias" é o segundo longa de Hamburguer e retrata uma criança que viaja com os pais de Minas Gerais para São Paulo. Eles dizem que vão tirar férias e, por isso, deixarão Mauro (Michel Joelsas) na casa do avô (Paulo Autran, em participação especial) por um tempo. O motivo da separação temporária é que os pais de Mauro estão sendo perseguidos pelo regime militar. O pano de fundo do filme é a Copa do Mundo de 1970 e o tricampeonato da seleção brasileira de futebol.
Os cinco indicados à categoria de filme estrangeiro serão anunciados no dia 22 de janeiro, e a cerimônia do Oscar ocorre em 24 de fevereiro.
TRAILLER DE "O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FERIAS"
Vou dizer uma coisa, " O ano que meus pais... " é um belo filme, gostei muito dele, mas agora vencer " Tropa de Elite " chega a ser quase piada, prova que a política consegue se meter aonde nem deveria e que alguns artigos e comentários na mídia dizendo que filmes violentos não tem chance efetiva no Oscar de filme estrageiro realmente " pegaram " o jurí apesar do absurdo. _________________
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Sem comentarios... _________________ Dissemos publicamente que eles não estavam no Purgatório. Eles não são fantasmas.
Eles estão vivos e respirando em algum lugar no contínuo espaço-tempo. __________________________________Damon Lindelof em Lost: The Answers
Como ainda não consegui oganizar meu HD lotado, ainda não baixei e nem vi no cinema Tropa de Elite, portanto não sei dizer se houve uma injustiça. Mas repito aqui o que disse no tópico de O Ano...:
1. O protagonista é um criança super carismática interpretado por um ator infantil bastante talentoso. E Hollywood adora crianças carimáticas e talentosas.
2. A garotinha com quem ele contracena é também super carismática, interpretada por uma atriz infantil também bastante talentosa.
3. De uma certa maneira, a seleção brasileira tem importância no filme, e o mundo todo a adora.
4. O filme trata de um passado obscuro do Brasil, país que atrái simpatia do mundo todo.
5. E por último e principalmente: o filme transcorre em uma comunidade judia, o que certamente agradará os judeus que possuem forte influência no mercado cinematográfico norte-americano.
Enfim, considero O ano em que mes pais saíram de férias a maior chance do Brasil finalmente ganhar um Oscar.
Isso porque, além de tudo o que citei acima, o filme, que para mim é uma fábula sobre o exílio, é mesmo muito bom!
Editado pela última vez por RVangelis em Quarta Setembro 26, 2007 17:02, num total de 2 vezes
Putz eu não acredito....eu nem consegui ler o que você escreveu depois dessa noticia.....mais como tem jente burra
Mais na verdade isso foi jogo de poder......vocês acham que eles iam deixar um filme assim ir pra lá.....e sujar a cara do brasil....ahahhahahhaha
Meu deus...pra onde que vai esse mundo..............
(...)e comentários na mídia dizendo que filmes violentos não tem chance efetiva no Oscar de filme estrageiro realmente " pegaram " o jurí apesar do absurdo.
jcnt escreveu:
(...) vocês acham que eles iam deixar um filme assim ir pra lá.....e sujar a cara do brasil...
Mas já tentaram com um filme assim sim: Cidade de Deus. Ele já foi escolhido para ser nosso representante, mas nem conseguiu uma das vagas de candidato a Oscar de Filme Estrangeiro.
Daí acredito que resolveram tentar com um filme de fórmula bastaaaante diversa.
Registrado em: Terça-Feira, 17 de Janeiro de 2006 Mensagens: 84 Tópicos: 6 Localização: Rio de Janeiro
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jcnt escreveu:
...mais como tem jente burra...
_________________ Dissemos publicamente que eles não estavam no Purgatório. Eles não são fantasmas.
Eles estão vivos e respirando em algum lugar no contínuo espaço-tempo. __________________________________Damon Lindelof em Lost: The Answers
É muito bom, em um estilo muito diferente de Tropa, que é melhor, na minha humilde opinião, mas como já disseram " tem mais cara de Oscar " mas isso só veremos depois.... _________________
Em relação ao Cidade de Deus, o que não houve foi uma preparação melhor da Miramax pra que os velhinhos da academia não tivessem a impressão que tiveram.
Tanto é que o Cidade de Deus foi escolhido como um dos 100 melhores filmes da história pela Time em 2005....não ganhou o Oscar por outros motivos.
O Tropa tem um estilo parecido com o do Cidade, mas não tem visão romântica de nada, não perdoa ninguém, nem o próprio BOPE. Não interessa se não ia ganhar o Oscar, mas estaríamos com o melhor filme lá e mostrando a verdade sobre a polícia, o tráfico e a classe média no Brasil.
Mas a indicação tem viés político e a chance do Tropa com o Ministério da Cultura era mínima.
(A escolha foi feita por pessoas ligadas ao Cinema nacional, mas só criança acredita que a escolha foi apenas técnica e que não houve intervenção do Ministério da Cultura na escolha)
Longa-metragem brasileiro ainda terá que passar por seleção da Academia de Hollywood
Roberta Pennafort
RIO - A escolha do longa-metragem brasileiro O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, indicado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, a uma vaga entre os cinco concorrente ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2008, como sempre, é feita por uma comissão nomeada pelo Minc. Diante da polarização por Tropa de Elite, de José Padilha, um dos favoritos na opinião do público, os jurados explicaram os motivos de seu voto pelo filme de Cao Hamburger. O filme de Padilha foi exibido no Festival do Rio na semana passada, mas estima-se que já tenha sido visto em cópias piratas por cerca de 3 milhões de pessoas.
O júri que escolheu o indicado brasileiro foi formado pelos cineastas Hector Babenco e Bruno Barreto, os críticos Rubens Ewald Filho e Leon Cakoff, e os jornalistas Ana Paula Sousa e Pedro Butcher. Segundo eles, a decisão foi pensada nas chances que cada filme teria na competição. E o longa de Cao Hamburger demonstrou ser o mais competitivo porque se enquadra "no perfil histórico" dos vencedores de cerimônias passadas.
Cakoff lembrou que a Academia gosta de histórias que têm um "tratamento humano da criança". Igual pensamento revelou Ewald Filho, veterano na cobertura do Oscar, para quem os eleitores, na maioria senhores com mais de 60 anos, têm idéias preconcebidas do que vão assistir. "Esses velhinhos certamente não gostariam de ver Tropa de Elite."
Sobre o filme de José Padilha, talvez o preferido do público, os jurados deixaram claro que suas chances seriam menores. "Não estamos escolhendo o melhor filme do ano e sim aquele que vai representar o Brasil em uma seleção para um prêmio americano", completou Ewald Filho.
O júri entendeu ainda que o longa que trata do cotidiano do batalhão de operações especiais da polícia do Rio se assemelha a filmes norte-americanos e até a seriados de televisão, o que reduziria suas possibilidades de vencer. Na reta final, os dois filmes disputaram com O Céu de Suely a escolha decisiva.
Iniciando sua estratégia de conquista do mercado americano, O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias estréia nos Estados Unidos em dezembro.
No dia 22 de janeiro, a Academia de Ciências de Hollywood anuncia os cinco finalistas, que vão disputar a estatueta na cerimônia de entrega, prevista para o dia 24 de fevereiro, no Kodak Theatre, em Los Angeles.
FONTE: O Estadão
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É como eu desconfiava. O Ano... foi escolhido não por ser considerado o melhor, mas por ser considerado como o que tem mais chances de ser escolhido pelo júri da Academia.