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LostBrasil - Índice do Fórum  » Esportes » A década de ouro do esporte espanhol

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 A década de ouro do esporte espanhol « Exibir mensagem anterior :: Exibir próxima mensagem » 
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Kollber
MensagemEnviada: Quarta Julho 14, 2010 10:31  |  Assunto: A década de ouro do esporte espanhol Responder com Citação





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A década de ouro do esporte espanhol


Olimpíadas de Barcelona, em 1992, foram o ponto de partida para que a Espanha se tornasse uma potência mundial, com vários títulos expressivos nos anos 2000 e culminando com a conquista da Copa do Mundo

Entre os séculos 16 e 17, a Espanha viveu seu apogeu cultural, com a produção de obras-primas eternizadas na literatura, no teatro e na pintura. O período, até hoje o mais prolífico e genial da arte no país ibérico, ficou conhecido como o Século de Ouro. Mais de trezentos anos depois, os espanhóis vivem outro apogeu, desta vez no esporte. Somente nos anos 2000, o país somou conquistas expressivas no basquete, no tênis, no ciclismo, no motociclismo, no automobilismo e, por fim, no futebol. Com a conquista, primeiramente, da Europa, em 2008, e agora do mundo, com o título na África do Sul, a Espanha fechou com chave de ouro a década mais gloriosa da história esportiva do país.

As vitórias de Rafael Nadal, Pau Gasol e Fernando Alonso, entre muitos outros, não ocorreram, no entanto, apenas por conta do talento. Assim como na época do grande Império Espanhol os reis eram os mecenas de mestres como o pintor Diego Velázquez ou o dramaturgo Lope de Vega, os gênios de hoje cresceram em um ambiente favorável à formação de grandes esportistas.

A história do esporte espanhol começou a mudar com o anúncio, em 1986, da cidade de Barcelona como a sede dos Jogos Olímpicos de 1992. Em busca de medalhas em casa, o Conselho Superior de Esportes, órgão da Presidência do Governo espanhol, criou as bolsas para atletas da ADO (Associação de Esportes Olímpicos).

“A origem desse sucesso são os Jogos de Barcelona, quando se criou um plano que combinou políticas públicas em parceria com o apoio do setor privado para fomentar o esporte”, explicou, por telefone, Fermín de la Calle, editor do jornal esportivo As, de Madri. “O objetivo era favorecer a formação de atletas de base, em parceria com as federações, com bolsas de até quatro anos. Se o esportista conseguisse resultados expressivos nesse período, o apoio era estendido.

Os frutos dessa política esportiva foram imediatos, e a Espanha saltou de quatro medalhas (uma de ouro, uma de prata e duas de bronze) conquistadas nas Olimpíadas de Seul, em 1988, para 22 pódios em Barcelona-1992 13 de ouro, sete de prata e duas de bronze. Ainda que tamanho sucesso não tenha se repetido, a Espanha faz, desde então, boas participações em jogos olímpicos, culminando com a 15ª posição em Pequim-2008, com 15 medalhas, sendo cinco de ouro.

Ainda na década de 1990, os benefícios da parceria público-privada começaram a ser percebidos nos esportes mais populares. “As bases das seleções campeãs mundiais de basquete e futebol foram formadas na década passada, com os títulos do Mundial de Basquete sub-18, em 1988, e do Mundial de Futebol sub-20, em 1999”, relembra De la Calle. Somadas a algumas conquistas expressivas no tênis, como os títulos de Sergi Brugera e Carlos Moyá em Roland Garros, essas vitórias eram apenas o aperitivo para década seguinte, quando a Espanha se consolidaria como uma potência esportiva mundial.

As maiores conquistas do esporte espanhol nos anos 2000

MOTOCICLISMO
Sede de quatro provas do campeonato de MotoGP, a Espanha não para de revelar talentos. Com exceção de 2008, o país vence pelo menos uma das três principais categorias desde 2003. Dani Pedrosa levou as 125cc em 2003 e as 250cc em 2004 e 2005; Jorge Lorenzo venceu as 250cc em 2006 e 2007; Álvaro Bautista, as 125cc em 2006; e Julián Simon, as 125cc em 2009. falta a maior delas, as 500c, que pode vir este ano. Lorenzo é o líder disparado nesta temporada, com cinco vitórias em sete provas.

AUTOMOBILISMO
País sem tradição no automobilismo, a Espanha começou a olhar para esse esporte quando apareceu o fenômeno Fernando Alonso . Após ter sucesso em várias categorias, foi para a Fórmula 1 em 2003 e logo se tornou o piloto mais jovem a conseguir uma pole position, além de o primeiro espanhol a subir ao pódio. Dois anos depois, seria o campeão mais jovem da categoria, até então. Ainda conseguiu o bicampeonato em 2006, novamente pela equipe Renault.

CICLISMO
Após a alegações de envolvimento com o caso de doping conhecido como Operação Porto, em 2006, o ciclista Alberto Contador superou as desconfianças para tornar-se um dos maiores do mundo, vencendo a Volta da França em 2007 e 2009, a Volta da Itália e a Volta da Espanha em 2008. O país teve os últimos quatro vencedores da tradicional prova francesa, que Oscar Pereiro ganhou em 2006 e Carlos Sastre, em 2008.

BASQUETE
Com uma geração de notáveis , como Pau e Marc Gasol, Rudy Fernandez, Jorge Garbajosa e Juan Carlos Navarro, a Espanha derrotou a Grécia por 70 x 47 na decisão do Mundial do Japão, em 2006, para conquistar seu primeiro título. O país ficaria com o vice europeu em 2007 e com a medalha de prata nas Olimpíadas de Pequim-2008, perdendo a decisão para os Estados Unidos. No ano passado, a Espanha retomou o lugar mais alto do pódio, com o título do campeonato europeu.

FUTEBOL
Terra de dois dos maiores times do mundo, os multimilionários Real Madrid e Barcelona, a Espanha sempre teve complexo de inferioridade quando o assunto é seleção. Até 2008, quando a Fúria acabou com um jejum de 44 anos sem título ao vencer a Eurocopa, batendo a Alemanha na decisão com um gol de Fernando Torres . Mas o melhor ainda estava por vir. Na África do Sul, os espanhóis atingiram o ápice ao vencer seu primeiro título mundial de futebol.

TÊNIS
O tênis se tornou popular na Espanha com Manolo Santana, nos anos 1960, passou por bons momentos nos anos 1990, mas atingiu seu ápice na primeira década do novo século. O país conquistou quatro Copas Davis, em 2000, 2004, 2008 e 2009, e viu Rafael Nadal tornar-se um dos maiores tenistas de todos os tempos, com oito Grand Slams (cinco Roland Garros, dois Wimbledon e um Australian Open), 18 Masters 1000, uma medalha de ouro olímpica e a atual liderança do
ranking mundial.


Exemplo para o Brasil

O sucesso do projeto olímpico espanhol, iniciado com o anúncio de Barcelona como sede dos Jogos Olímpicos de 1992, serve de exemplo para o Brasil chegar a 2016, no Rio de Janeiro, com uma delegação capaz de fazer bonito em casa. O projeto de investimento para o evento é de R$ 25,9 bilhões, mas, até hoje, quase 10 meses depois do anúncio do Rio como sede dos Jogos, não foi detalhado o quanto deste valor será destinado à formação de atletas.

Após o anúncio, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que os Jogos representariam “um salto de qualidade como nunca houve na história do esporte olímpico brasileiro” e prometeu um grande projeto de formação de atletas. Até agora, porém, foi anunciada uma parceria com a Prefeitura de São Paulo, em novembro de 2009.

No Brasil, os recursos para a formação de atletas vêm da Lei Agnelo Piva, de 2001, que estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro, e da Lei de Incentivo ao Esporte, de 2006, que prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda a projetos desportivos. também o Bolsa-Atleta, um programa do Governo Federal que visa garantir a manutenção aos atletas de alto rendimento que não possuem patrocínio.


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Kollber
MensagemEnviada: Quarta Julho 14, 2010 10:45  |  Assunto: Re: A década de ouro do esporte espanhol Responder com Citação





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Opa,



Sempre achei que este modelo de incentivo à educação e ao esporte é uma das melhores soluções para estes dois setores. Podemos ver na cultura americana que o jovem esportista é tratado a nível profissional desde o high school (apesar de ainda não ser um profissional). Temos o basquete e o futebol americano como maiores ícones deste modelo.

Jovens que muitas vezes não tem a possibilidade de pagar uma faculdade, podem ver em sua habilidade em determinado esporte, uma oportunidade para estudar.

Fico imaginando se isso daria certo no Brasil. Acho que pode ser a melhor solução para o desenvolvimento de outros esportes. Mas para isso, seria necessário o apoio do governo às faculdades e instituições de ensino.

Uma vez li uma monografia de conclusão de curso onde o autor dizia que no futebol no brasileiro prolifera bons jogadores porque o investimento inicial para desenvolvimento de habilidades futebolísticas em uma criança é mínima: apenas uma bola, uma rua com pouco trânsito e quatro chinelos para marcar os "golzinhos". O autor disse também que para outros esportes, somente isso não é necessário.

Acho que é a mais pura verdade...


Abraço!


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rafaelrss
MensagemEnviada: Quarta Julho 14, 2010 10:59  |  Assunto: Responder com Citação


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Grupos: Nenhum
poderíamos cita não só os investimentos públicos como privados lá fora, algo que reflete bem no crescimento e desenvolvimento do esporte.


O Governo bem... Independente do partido/período é fraco e negligente, poderíamos ter algum alento no setor privado.

vem uma empresa chamada CIMED investir no esporte, e se vê obrigada a seu time ser chamado de “Florianópolis” ou uma rede de universidade como a Salgado Filho e ver seu time de basquete ser batizado de” Brasília ... alias atual campeão brasileiro de basquete.

Tudo isso por causa da negligencia dos cartolas e hipocrisia da Rede Bobo

Como incentivar investimento nessa área desse jeito?


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