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Gizmondo: E vocês que achavam o Phantom uma tremenda furada...

Por Redação em 9/3/2006 as 14:31

O site Game Revolution publicou uma matéria no mínimo intrigante a respeito do que pode ser o maior esquema ilícito envolvendo a indústria de videogames este ano. Tão ardiloso quanto os mensalões e os dólares nas cuecas, o escândalo envolve o Sr. Stefan Eriksson, ex-CEO da Gizmondo Europe, empresa que lançou no final do ano passado o portátil Gizmondo, para disputar o mercado com Sony e Nintendo. O que não se imaginava até então, é que tudo não passaria de fachada para o Sr. Eriksson e cúmplices, como Carl Freer (ex-Diretor da Gizmondo), Johan Enander (ex-Chefe de Segurança) e um homem, conhecido apenas como "Trevor", maliciosamente enganar investidores e depositarem seus dólares em um "Bateau Mouche" chamado Gizmondo, nascido propositadamente para afundar.

Embora não devêssemos fazer nossos próprios julgamentos baseados apenas no artigo da Game Revolution, eles citam várias fontes bem confiáveis que noticiaram de outubro para cá vários podres relacionados aos ex-dirigentes da moribunda Gizmondo. No ano passado, o site GameIndustry.biz publicou uma matéria do Jornal Sueco Aftonbladet denunciando que o Sr. Eriksson havia liderado e participado, juntamente com Carl Freer e Johan Enander, de um esquema ilícito na Suécia, seu país de origem, chamado Uppsala Mafia nos anos 90. Eles foram condenados na ocasião, mas Eriksson nunca cumpriu sua pena. Mais de uma década depois, eles voltaram à ativa, dessa vez no mercado de games.

O artigo cita tantas podreiras que fica difícil saber por onde começar. O mais incrível é que essa sujeira toda só começou a vir à tona no mês passado, quando Eriksson e "Trevor" se envolveram em um acidente de carro na Pacific Coast Highway em Malibu, Califórnia, conforme noticiamos. Embora ilesos e negando estarem dirigindo a Ferrari Enzo que se partiu ao meio após colidir com um poste a 260Km/H, policiais rapidamente deduziram que Eriksson, com 0,09% de nível alcoólico em seu sangue (0,01% a mais do que o permitido) era o motorista por apresentar um ferimento em seu lábio e o airbag da Ferrari ter sido encontrado com vestígios de sangue. Eriksson alegou que o carro estava sendo guiado por alguém chamado "Dietrich", que teria fugido do local com a Mercedes SLR do Sr. "Trevor". Minutos após o acidente, dois suspeitos trajando fardas e com distintivos alegando serem Agentes Especiais de Segurança. A ligação com Eriksson e "Trevor" vai além de uma mera coincidência, pois ambos receberam suas insígnias da "Autoridade de Trânsito de San Gabriel Valley", um órgão particular sem fins lucrativos que presta serviço de transporte aos incapacitados da região. Como uma instituição desse tipo, cujo endereço mencionado no site oficial se refere na verdade à "Oficina do Homer", pode usar esse tipo de poder, eu confesso não compreender, mas a verdade é que com a ajuda dos tais "Agentes", Eriksson e Trevor deixaram o local do acidente mais rapidamente. O misterioso Trevor, porém, deixou seu endereço para os policiais que dias depois descobriram se tratar do cais onde um Iate estava ancorado. Trevor está foragido, navegando por aí a bordo da embarcação de US$ 14 milhões em nome de Carl Freer, mencionado no início desse artigo como ex-Diretor da Gizmondo Europe.

Essa parte do esquema talvez não fosse de tanto interesse para vocês, gamers, porém serviu para vocês saberem em parte que tipo de pessoas estava por trás da Gizmondo Europe e graças a esses eventos, mais e mais sujeira foi levantada a respeito do portátil que ao que tudo indica nasceu para morrer. O artigo da GameIndustry.biz, por exemplo, cita que no ano passado a Gizmondo, com autorização do Sr. Eriksson, pagou US$ 3.5 milhões à Northern Lights, empresa de Carl Freer e do próprio Eriksson, por dois games para o portátil chamados Colors e Chicane. O fato de a companhia independente estar no nome dos dirigentes da Gizmondo já é um problema e tanto, mas o pior é que ambos os títulos já haviam sido produzidos respectivamente pela Indie studios e Warthog, produtoras que pertencem à própria Gizmondo. Ou seja, ela pagou por dois jogos que ela mesma produziu. Isso sem contar os US$ 4 milhões investidos em trabalhos conceituais não-aproveitados pagos à Game Factory, os US$ 170 mil pelo serviço de consulta da esposa de Carl Freer, os US$ 300 mil em salários e bônus de Tamela Sainsbury, namorada de Steve Carroll, outro ex-diretor envolvido, e muito mais. Até mesmo os primeiros apoiadores financeiros da Gizmondo Europe estavam mancomunados com este esquema para angariar a atenção dos verdadeiros alvos do projeto: os investidores.

Até onde vai esse rastro de podridão, eu confesso não saber. Baseado nesse artigo publicado pelo site Game Revolution (e nesse divertido fluxograma), eu só posso concluir que, definitivamente, não comprarei um Gizmondo.

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Escândalo Gizmondo: Mercedes-Benz SLR roubada na Inglaterra é confiscada nos EUA

Por Redação em 30/3/2006 as 00:06

Quanto mais o tempo passa, mais podridão aparece. Mencionada na história contada por Stefan Eriksson, ex-Diretor da Gizmondo Europe, quando este bateu com uma Ferrari Enzo em Malibu, a tal Mercedes-Benz SLR McLaren finalmente apareceu, e foi devidamente confiscada. O veículo estava com a esposa de Eriksson que não tinha seus documentos. Segundo a Scotland Yard, o carro não só foi ilegalmente levado aos EUA como também foi dado como roubado na Inglaterra - uma instituição financeira não-identificada clama posse da Mercedes-Benz SLR McLaren 2005 no valor de US$400 mil.

Dois super carros em menos de um mês. Só resta agora confiscarem a liberdade desse bando. Mais sujeira, assim que disponível.

O acidente

Fonte : Finalboss

Rolling Eyes