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Poesia |
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Autor |
Mensagem |
_Rosana_
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Sexo: Idade: 43Registrado em: Sábado, 11 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 1.622 Tópicos: 83 Localização: Niterói/RJ
Grupos: Nenhum |
Alguém aí gosta de poesias?
Poderiamos colocar aqui algumas poesias. Uma por post.
Editado pela última vez por _Rosana_ em Segunda Novembro 06, 2006 21:07, num total de 1 vez |
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Círdan
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Sexo: Idade: 32Registrado em: Quarta-Feira, 22 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 1.207 Tópicos: 2 Localização: Pelotas - RS
Grupos:
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Uma por tópico ou uma por post?
Tem uma que um desconhecido me enviou pelo orkut, que é legalzinha:
O BEIJO
Guardo o teu beijo, terno beijo, na lembrança.
No outono cinza, a despedida, último adeus,
como se foras, como foste, para sempre.
Amargurando o teu partir, restou-me o beijo.
As estações se sucederam desde então!
E aquele beijo... nem as folhas esqueceram,
no farfalhar, de relembrá-lo nas canções,
hoje levadas pelas brisas madrigais.
Alma constrita, olhos perdidos no horizonte,
dou-me ao letargo dos impulsos lascivosos,
sozinho, ansiando o teu regresso, envolto em sonho.
Trago a utopia de uma espera que me vence;
sei que me entrego devagar ao meu destino,
mas na esperança da emoção de um novo beijo!
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_Rosana_
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Sexo: Idade: 43Registrado em: Sábado, 11 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 1.622 Tópicos: 83 Localização: Niterói/RJ
Grupos: Nenhum |
Presságio
O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
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PlayMobile
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Sexo: Idade: 33Registrado em: Quarta-Feira, 6 de Setembro de 2006 Mensagens: 2.063 Tópicos: 40 Localização: São Paulo/Minas
Grupos:
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Mão Amiga
Depois de um longo e tenebroso inverno,
onde quase pus a perder minha vida,
e mergulhei no mais profundo inferno,
tenho a chance de curar esta ferida!
Pouco faltou, mesmo a sorte,
para que eu destruísse minha vida,
cheguei a pensar mesmo em morte,
como se fosse a única saída!
E pra que fique bem registrado,
e seja feita total justiça,
por alguém fui ajudado,
a reavivar a chama mortiça.
Por mais baixo que estivesse,
naquele poço tão profundo,
tua mão me estendeste,
mantendo íntegro meu mundo!
Em verdade, tive sorte,
de tê-la, por perto, estes tempos,
evitaste, quiçá, minha morte,
ou que mergulhasse, em desalentos!
Foste o tronco que sustenta a folha,
contra todas pragas e perigos,
e apesar de sempre ter escolha,
me mantiveste entre teus amigos!
Mais de mil vezes grato,
conte sempre comigo,
sou tudo, menos ingrato,
e para sempre, teu amigo!
Amigo é aquele que nos aceita,
da forma e jeito que somos,
nem cobra o que não podemos,
ou por erros, nos rejeita.
Amigo é puro carinho,
seja sério ou galhofeiro,
não nos larga sozinho,
aceita-nos por inteiro!
Golden
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_Rosana_
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Sexo: Idade: 43Registrado em: Sábado, 11 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 1.622 Tópicos: 83 Localização: Niterói/RJ
Grupos: Nenhum |
Essa eu acho engraçada:
Poesia Matemática (Millôr Fernandes)
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
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Jeffer
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Sexo: Idade: 48Registrado em: Quarta-Feira, 16 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 50 Tópicos: 2 Localização: Anápolis/GO
Grupos: Nenhum |
SINTO VERGONHA DE MIM
Sinto vergonha de mim.
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer.
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !
***
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
***
ambas de Rui Barbosa.
_________________ .oO bLoG aBoUt BoOkS: http://www.jefferson.blog.br Oo.
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_Rosana_
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Sexo: Idade: 43Registrado em: Sábado, 11 de Fevereiro de 2006 Mensagens: 1.622 Tópicos: 83 Localização: Niterói/RJ
Grupos: Nenhum |
Poetas (Florbela Espanca)
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
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schiavo
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Sexo: Idade: 37Registrado em: Quarta-Feira, 9 de Novembro de 2005 Mensagens: 664 Tópicos: 19 Localização: por aí.
Grupos: Nenhum |
pela calçada cor de lagrima
no meio fio, meio fim, meio de mim.
para se morrer é preciso
[entendimento poético]
deve-se ser forte fraco forte fraco,
assim.
e pela noite ficam pedaços de mim,
perdidos.
desejo um apoio assim sabe desses
que se quer.
então me busco encontrar em algum
meio fio:
aos prantos, num choro de morrer,
lavo a calçada, toda ela pra você.
e morro.
chama para se morrer no meio fio e é do assis, um garoto aqui de belo horizonte:
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