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MarcusMaggi

Em casa com Naveen Andrews

Ele pode estar "perdido" mas nós estamos felizes por tê-lo achado!

Seu primeiro trabalho foi um soldado indiano no filme "O paciente inglês", mas levou oito anos até Naveen Andrews ser um nome conhecido - como o ex soldado iraquiano Sayid Jarrah em Lost. Durante esse tempo, apesar do constante fluxo de personagens, ele ficou mais conhecido por ser o "brinquedinho" da atriz Barbara Hershey. Eles se conheceram no set do filme "Drowning on dry land" e estão juntos desde 1998.

Atualmente, o ator nascido em Londres é um dos tops - ele se tornou uma grande estrela, e a série já ganhou vários prêmios. Ele também está fazendo filmes com Jodie Foster ("The Brave One") e tem um papel no novo filme de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, Grindhouse, além de também tocar violão e cantar.

Nós fomos até Naveen Andrews em sua casa no Hawaii para falarmos sobre o sucesso da série, da sua vida e de quando teremos um CD dele.

Lost é uma série bem popular, o encontro com os fãs tem sido constrangedor?
Não é constrangedor. Tem sido muito prazeroso e eu fico muito agradecido pelas pessoas que gostam da série. Eu acho que é bem raro algo ser bem recebido pela crítica e ainda as pessoas gostarem. Conseguir os dois é muito, muito bom.

Você também é fã da série, você se anima a cada novo roteiro?
Pra ser sincero, tenho que te dizer que na verdade eu não assito. É claro que eu leio o roteiro, mas eu não assisto. Talvez eu deveria. Tem sempre uma sensação de medo quando você recebe o roteiro justamente por não saber o que vai acontecer com seu personagem e você sempre fica um pouco preocupado em caso de aparecer um grande monstro pra te comer.

Muita gente te pergunta o que está por vir em Lost?
Claro, e eu me sinto inútil por não poder acalmar a ansiedade deles.

Como é fazer o mesmo personagem toda semana na TV em comparação com um filme?
É uma coisa toda diferente, mas as dificuldades são as mesmas. Eu acho que você tem que ser muito disciplinado no que você faz, tentando sempre trazer uma coisa nova ao personagem, não só por trazer coisas novas, mas para dar credibilidade ao personagem. E essa é a dificuldade em fazer o mesmo papel por 10 meses (em cada temporada).

Qual é a parte mais compensadora em fazer o Sayid?
Descobrir que ele é verdadeiro, e tem um lado romântico, algo que não dá pra perceber logo de cara quando se trata de um torturador. Ele pode ser muito carinhoso, o que não se vê muito na série. Eu lembro de ter visto isso com Daniel Dae Kim e Yunjin-Kim (Jin e Sun) no final da primeira temporada e entre Sayid e a Shannon - eu achei bom ter visto isso na TV, especialmente no meio de toda a tensão.

Muitos caras na série se tornaram sex-simbols. Foi uma surpresa boa pra você?
Bem, me satisfaz saber que o personagem é visto dessa forma, mas isso é o que é. Ele é um personagem, eu sou um ator. Eu faço um papel e aquele não sou eu.

Trabalhando no Hawaii, longe de todo o burburinho de Hollywood, o elenco realmente cria vínculos e se torna mais próximo?
Sim, É uma família e como qualquer família tem dias que você não está bom com sua irmã ou com seu irmão, pai ou mãe. Mas ao mesmo tempo, damos muito apoio uns aos outros. No começo nós percebemos que estariamos todos juntos pro bem ou pro mal.

Você se socializa muito quando está na ilha?
Não.

Você gosta de morar no Hawaii?
Eu amo! É uma coisa muito boa para qualquer ator, o fato das filmagens serem aqui ao invés de, sei lá, Burbank, é um benefício e tanto.

Você também adora música. Você ainda toca seu violão quando não está gravando?
A única coisa que eu tenho feito é tocar e cantar junto com o pessoal do elenco, os havaianos adoram música. É a única coisa que eu te falo sinceramente que tenho saído pra fazer.

É difícil conciliar sua vida pessoal enquanto está gravando?
Você tem que se esforçar muito pra manter uma vida fora daqui, porque senão cansa. Eu me lembro que na primeira temporada fiquei seis ou sete meses sem voltar à Los Angeles e então eu mudei isso.

Você tem tido muitas novas oportunidades por causa do sucesso que a série tem feito?
Sim. Tenho tido mais trabalho e estou sendo mais requisitado. Eu agradeço muito por isso.

Os produtores te dão alguma pista de que eles sabem que caminho a série vai tomar?
Sim. No começo pareço bem aleatório, "Que merd* tá acontecendo?" Mas é como a vida, existe alguma coisa bem maior e nós não sabemos o que é.

O que vocês fazem no set quando não estão gravando?
Terry (O'Quinn, John Locke) de vez em quando leva seu violão, eu levo o meu e o Josh (Holloway, Sawyer) leva o dele, e aí a gente toca e canta quando dá tempo.

Então nós podemos esperar um CD de Lost de vocês no futuro?
Porquê não!? Nós podemos ganhar uma grana com isso - estamos em um mundo corporativo!

Fonte: Lost-Media / Tradução: MarcusMaggi