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MaDeRa_

O Vulcão da Ilha
By MaDeRa_

** Atualizado após o 4x06! (11/03/2008)

Como venho fazendo ultimamente, a cada semana posto algumas "pistas" que tenha aparecido no episódio que possam, de certa forma se encaixar com a Teoria do Dióxido de Titânio. E essa semana não é diferente! Achei algumas coisas muito interessantes, que acho que vocês vão gostar, mesmo não gostando da teoria do TiO2.

Bom, poucas pessoas comentaram, não deram tanta importância para o fato de que existe um Vulcão na Ilha. Mas quando eu vi a Olívia (professora) falando isso, fiquei Shock

, e decidi fazer esse tópico.

Olívia:
"...teremos a nossa própria reação vulcânica."

Annie:
"Foi isso que aconteceu com o vulcão dessa ilha?"

Olívia:
"Exatamente, Annie, mas isso foi há muito tempo atrás."

Frase do Quebra-Cabeça ( AQUI a explicação):

"Geological composition of rocks likely to cause magnetic disturbances interfere with weather forecasting project"

Primeiramente vamos considerar que a composição geológica da ilha é realmente diferente, no caso, seria abundante em minerais como o Rutilo e a Ilmenita. A Titânio foi descoberto pela primeira vez em 1791 pelo geologista William Gregor. Ele reconheceu a presença de um novo elemento na Ilmenita quando ele achou uma areia preta em um córrego e percebeu que ela era atraída por um imã. A análise da areia mostrou a presença de dois óxidos metálicos: Óxido de Ferro (explicando a atração ao imã) e 45,25% de um outro Óxido Metálico branco que ele não pode identificar, e percebeu que o óxido continha um metal cujas propriedades não combinavam com nenhum elemento conhecido. Mais tarde um químico alemão (Martin Heinrich Klaproth) o nomeou em homenagem aos Titãs da mitologia grega: Titan. A Austrália representa, hoje em dia, cerca de 30% da produção de Titânio, por abrigar as maiores reservas de Ilmenita do mundo.

Titandioxide é o alemão para o Titanium Dioxide do inglês. E Kronos Titandioxide é uma empresa alemã real que trabalha com TiO2.

Fonte de Energia da Ilha - "The Tempest" (clique para ler)

Black Rocks (clique para ler)

Geomagnetismo (clique para ler)

O Vulcão

O Vulcão é uma estrutura geológica criada quando magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles ejetam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático temporário. São freqüentemente considerados causadores de poluição natural. O magma armazenado na câmara magmática pode ser forçado a subir, é extruído e escorre pela superfície como lava, e os gases que se libertam do magma podem projetar rochas e cinzas vulcânicas.

Composição:

As cinzas vulcânicas são compostas por partículas de rochas e minerais com menos de 2 mm de diâmetro, misturadas numa nuven de vapor d’água e gases tóxicos de diversos tipos como SO2, SO, CO2, CO, NOX, H2 etc.. Ou seja, vários óxidos e dióxidos.
Podem ser extremamente pequenas, partículas da cinza com menos de 0.025 milímetros de diâmetro são comuns.
A cinza é extremamente abrasiva, corrosiva, e eletricamente condutora, especialmente quando molhada. A cinza vulcânica é criada durante erupções explosivas pela quebra de rochas sólidas e pela separação violenta do magma em partes minúsculas. Quando o magma alcança a superfície os gases vulcânicos dissolvidos na rocha derretida expandem e escapam no ar extremamente rápido.

Então em algum momento na ilha poderia ter ocorrido uma ejeção maciça de TiO2 a partir do solo rico em Ilmenita, através de uma erupção vulcânica.

Alguma semelhança com o que Locke encontrou em torno da casa de Jacob? (Cinza Vulcânica)

Mas porque as cinzas vulcânicas não se dispersaram ou sedimentaram?

Existem dois conceitos importantes: diamagnético (material que é repelido por um imã) e ferromagnetico (é atraído por um imã). Na ilha existiria uma interação equilibrada entre essas forças magnéticas (que eu não defini ainda) mantendo os gases vucânicos e TiO2 permanentemente sobre a ilha.

Outra possibilidade seria que as laterais da Tigela Temporal presente na região prendessem esta "nuvem" ao redor da ilha, formando assim uma "barreira" altamente perigosa para quem tenta passar por ela, entrando ou saindo da ilha. Esta tempestade é fixa ao redor da ilha, todos que passam pela região têm a mesma dificuldade. Seria assim como vimos na cena do helicóptero saindo da ilha:

O Efeito das Cinzas Vulcânicas nas Aeronaves

Cena de abertura do 4x05 - The Constant:

Os vulcões lançam rios de lava derretida, cinzas pesadas e quentes que queimam qualquer coisa à sua frente antes mesmo de tocá-las e vapores fumegantes com cinzas leves são lançados na atmosfera. Com o passar dos anos, essas cinzas vulcânicas tem se tornado um transtorno na vida dos aviadores que precisam cruzar o “Cinturão de Fogo” ou em vôos de grande altitude. Nuvens Vulcânicas têm sido encontradas mais comumente pelos aviões nos últimos anos devido ao aumento do tráfego aéreo na região do Pacífico, onde os vulcões estão concentrados, ocasionando cerca de 20 encontros por ano. Em 1987, 3 jatos foram danificados e desde 1980 mais de 100 foram atingidos, onde aproximadamente 10 destes perderam os motores em Flame-out por alguns minutos. Só nesta região, conhecida como “Cinturão de Fogo”, estão localizados 300 vulcões ativos. Muitos destes vulcões não são monitorados, entrando em erupção esporadicamente causando ou não perigo à rota aérea mais próxima.

Sempre que possível, o piloto deve fazer a volta de 180º e desviar o máximo de uma nuvem vulcânica, abandonando a área contra o vento. Deve-se lembrar que ela pode se estender por mais de 50Km quando em altitude, esparramada pelos ventos. Todas as partes que sofrerem o impacto direto com as CV como vidros dos faróis, pára-brisas e bordos de ataque das superfícies metálicas ficarão literalmente lixadas. Além disso, deve-se ressaltar a mistura de gases com a água. Os poderosos ácidos estarão formados na atmosfera, junto à nuvem de CV. Tais ácidos irão corroer várias partes do avião. Nos motores à reação temos situações piores. Como as CV alcançam o seu ponto de fusão a cerca de 580ºC e os motores em velocidade de cruzeiro possuem uma temperatura próxima a 700ºC, teremos então a formação de uma espécie de lama pastosa e ácida que poderá corroer partes da estrutura do fan, bicos de injeção de combustível e seções internas inteiras da turbina e motor. Nestas condições, a ocorrência de Flame-out é intensa, ocasionando pequenas explosões no reacendimento da turbina.

- O comportamento do motor está diretamente relacionado à concentração de poeira e os componentes desta;
- A temperatura da entrada da turbina é diretamente responsável pelo depósito ou não de material;
- O tempo de operação do motor neste ambiente contaminado deve ser limitado. Isso pode determinar o grau de danos do motor;
- Uma operação prolongada neste ambiente poderá causar uma chama fora do motor quando em altitude elevada. Se os bicos de injeção de combustível não se converterem com o carbono, então será possível religar os motores a altitudes mais baixas, pois uma boa parte do material depositado perdeu-se durante o período de tempo em que o motor esteve desligado.

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Portanto, vemos que uma das manobras é desligar temporariamente os motores e diminuir a altitude. Isso explicaria o porque o avião do Vôo 815 estava tão baixo e, conseqüentemente várias pessoas sobreviveram na Ilha.

Isso também nos explicaria a queda de todos os meios de transporte que tentam atravessar a "nuvem", como o helicóptero do Frank Lapidus, avião do Eko, o balão do Henry Gale, o Vôo 815 e o helicóptero da Naomi.

E mais! Essa pode ser a resposta para os sons de falência do motor e de "metal arranhando" que ouvimos na queda do helicóptero da Naomi, seria a abrasão das partículas na lataria do mesmo. Lembram que ela também falou que os instrumentos ficaram loucos? Então, continuem lendo... Cool

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Um Caso Histórico

O incidente vulcanológico em Monte Redout, Anchorage, Alaska é um dos mais famosos e dramáticos relatos de um avião encontrando uma nuvem de cinzas vulcânicas. Precisa-se ser enfatizado que esta é apenas uma pequena amostra de incidentes que aconteceram entre naves e nuvens CV (cinzas vulcânicas).

Em 14/12/1989 entrou em erupção o vulcão Redout, no Alaska e no dia seguinte um B-747-400 com motores GE CF6-80C2 penetrou em uma nuvem de cinzas a 25.000 pés e teve uma brilhante incandescência em todos os motores. Durante a descida dos 25.000 pés, o avião entrou em uma fina camada de AS, quando de repente tornou-se muito escuro do lado de fora. A tripulação viu também partículas luminosas (Fogo de Santelmo). No mesmo instante penetra na cabine uma poeira com um cheiro sulfuroso. O comandante ordenou que começassem a voar em uma altitude mais elevada, na tentativa de escapar da CV. Um minuto dentro desta ascensão todos os 4 motores acusaram Flame-out. Devido a CV e poeira dentro da cabine, a tripulação utilizou máscaras de oxigênio. O piloto notou que a velocidade começou a decrescer, inicialmente a uma proporção normal (dada a altitude do avião) mas depois começou a aumentar muito rápido. Todas as indicações de velocidade estavam sendo perdidas, devido a contaminação de poeira vulcânica no sistema. No mesmo instante, houve uma pane na advertência e o manche foi ativado sem sinais de choque. O piloto firmemente apontou o nariz do avião para baixo para evitar uma pane e iniciou um giro para a esquerda, numa tentativa de escapar das cinzas.

A tripulação notou uma advertência “Cargo Fire Forward” - Fogo no Compartimento de Carga e deduziu que a advertência de incêndio foi causada por CV, então nenhuma ação foi tomada.
Como o motor foi danificado, os geradores falharam e todos os instrumentos foram perdidos, exceto instrumentos movidos por baterias. Durante o tempo em que os motores estavam inoperantes, a pressurização da cabine permaneceu dentro dos limites e nenhum dos passageiros utilizou as máscaras de oxigênio. A tripulação resolveu não utilizar mais as máscaras visto que estas também poderiam ter sido contaminadas pela CV que se encontrava na cabine e uma associação de CV com a água expelida pela respiração poderia formar ácidos perigosos que seriam respirados diretamente da máscara. Quando a emergência foi declarada, o avião passava aproximadamente a 17.000 pés. A tripulação relatou que todas as 7 ou 8 tentativas de religar os motores foram feitas, antes que os motores 1 e 2 fossem finalmente religados à 17.200 pés. Inicialmente, a tripulação manteve 13.000 pés com os motores 1 e 2 religados, e depois de várias tentativas, os motores 3 e 4 também foram religados.
Depois de passar a leste de Anchorage a 11.000 pés, o avião transmitiu vetores por radar para um grande padrão “right-hand” para a pista 06 e continuou descendente até 2.000 pés. O comandante teve a pista continuamente em sua vista durante a aproximação, entretanto, a visão através dos pára-brisas foi piorada devido a uma rajada de areia de cinzas vulcânicas, felizmente, o mesmo conseguiu avistar a pista novamente. Foram gastos milhares de dólares para recuperar o avião, do qual foram trocados os 4 motores.

Links Interessantes:

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