LostBrasil :: Exibir tópico - Análise mítica de certas passagens do video 20

Fauzi Forker

O Mito Atalnte* diz que esta cidade se auto-implodiu devido ao uso indevido do poder mental. Para melhor compreensão abaixo do texto central sobre este DSS, tem uma visão mais esclarecedora desta história mítica.

Podemos entender a Dharma como esta Atlântida, unitária, onde no começo, os saberes eram reflexos de uma mesma fonte "x", os poderes secretos da Ilha. Quando a Dharma foi criada seu ideal era nobre, trabalhar para um mundo melhor, este é o desejo de Alvar Hanso, construir um novo amanhã.

Um dos meios para se alcançar este novo dia, era ao socialismo utópico, construir uma sociedade igualitária, harmônica, onde o eu daria lugar ao ser/tu, onde todos são um na mesma fé, na mesma morte.

A Atlântida se foi, e a Dharma também, ambas partilham(ram) um mesmo ideal, com o tempo o seus rebelados se auto-destruiram. Em Lost, há quem acredite que o rebelado maior seja Ben, homem pacato, educado para acreditar quer este novo dia, não era sonho, filho "bom", porém, de relação altamente explosiva com o pai.

Na trama boa parte dos losties tem probemas com os pais, abaixo vamos relembrar alguns:

Jack não adimite ter o pai que tem, que o atormenta na ilha em aparições, fazendo-o ir atrás de um "coelho branco", também título do episódio, DSS ano 1, video 5, tudo aludindo ao livro "Alice no Páis das Maravilhas". A Dharma é um "País das Maravilhas" com pessoas poderosas, encantos mágicos e muita intriga. O sobrenome de ambos é "shephard", nome que lembra muito "shepherd", pastor, função comumente exercida por Jack naIlha, sendo guia e consolo para os perdidos. Tudo leva a crer que Jack foi preparado, testado, que é um dos mais especiais da ilha. O operador de milagres.

Walter Lioyd, Walt, o menino estranho, também tem probelmas sérios com o pai, tem poderes, faz pássaros caírem do céu, ursos polares surgirem momentâneamente enquanto lê uma HQ, aparece para Shannon na floresta, molhado, dando pistas de onde estaria, num lugar onde a água é a peça chave, Estação Hidra. Em seu momento ghost diz algo confuso, que bem mais tarde foi decifrado como "não aperte o botão mau"("Push the button, don't push the button. Bad."). Botão entendido por muitos que pesquisam, o acionador explosivo apertado por Locke para destruir o submarino dos Outros. Muito se foi questionado sobre seu tamanho na trama, é evidente que a diferença de idadel, se deu devido as pesquisas genéticas e regenadoras da Dharma, infelizmente as pesquisas feitas nele, fizeram acelerar o seu crescimento, por isso no ano 1 ele é uma criança e no ano 2 um garoto.

Locke é outro bem estranho, tem/teve problemas serissímos com o pai, tem um rim roubado e ainda fica paraplégico tudo devido as diabrices dele. Sua mão certa vez disse que seu filho nasceu de forma imaculada, que ele era especial. Todos sabem que um dos estudos da Dharma é a fecundação e reestruração neo-fetal. A mãe de Locke deve ter sido uma das primeiras mulheres que passaram nos primeiros testes do grupo, no começo é bem provável que a pesquisas apenas estudasse a longevidade do feto e a indução mental gestacional. O pai do Locke pode ter tido seu sémen roubado e posteriormente ter sido fecundado no óvulo da mãe. Na ilha, Locke é tido como um dos especiais chave, tem visões, houve coisas vindo do nada. Sua comunhão com a Ilha é espantosa, quando chega nela, é como se a Ilha tivesse recebendo seu filho perdido de volta.

Ben é outro que não adimite ter o pai que teve. O mata, dá em sacríficio a Ilha e por isso se torna o escolhido, mas que pode muito bem ser o preferido naquele momento, pois indiretamente estava preparando o caminho para aquele que era maior do que ele, Locke, quando descobre isso, que pode ter sido usado, o faz matar seu pai, como ele fez com o seu, e posteriormente o "matando"(Se Locke for escolhido a Ilha vai salva-lo). Tem visões desde novo, vê a mãe, ouve coisas, se diz o primeiro a ter nascido na Ilha, pode-se entender que ele tenha sido o primeiro a ser batisado por ela. Suas dúvidas e temores de infãncia são semelhante a do Walt, e sua vinda a Ilha e o sequerstro pelos outros, pode ter sido para ele entender o porquê de ele(Ben) também ser assim, já o pai do Walt, o veículo disso tudo, por isso ser descartado tão rápido, Ben só queria o menino.

Nesta vida pré-ilha, um novo personagem aparece que é Jacob ou Jacó, o suposto líder dos Outros, na Bíblia Jacob(Jacó) é pai de Benjamin, que significa "filho da mão direita" alusão muitas vezes dada ao apoiador, que da coragem, um novo pai, aquele cuida. Tudo leva crer, que de imediato este Jacob foi o pai de Ben, mesmo que espiritual, o prefixo "ben" significa filho. De imediato o seu nome foi "Ben-oni", filho de meu pesar, Raquel, sua mãe, estava morrendo no parto, por isso deu este nome, mas logo foi trocado para Benjamin por Jacob.

É interessante notar que Ben tem uma sina com a fertilidade, tanto na bíblia como em Lost suas respectivas mãe morrem no parto.

Na bíblia os benjamitas eram a tribo mais destacadas, Benjamin era um lider forte, um bom guerreiro, seus descendentes são fortes e fiéis, de direito sua tribo será uma das que terá representação no Israel Espiritual, a nova terra que estar por vir, estranhamente semelhante a o novo amanhã imaginado por Hanso e posteriormente o seu Grupo.

Na História de Israel, Jacob/Jacó é figura importante no judaísmo, pois é dele que vem a grande descendência de Israel, referente as suas 12 tribos e claro mais a frente os 12 apostólos cristãos, tudo isso gera muita controvérsia entre os estudiosos bíblicos, mas a base é que seus filhos seriam abençoados e suas existências lembradas por gerações.

Ben, em Lost, assume o posto de chefe/gerente da Ilha, se diz ser, o elo perdido entre os dois mundos, o pré-ilha e o pró-ilha.

Jack é o operador de milagres, isso literalmente, uma pastor para os losties e quem sabe futuramente para os Outros. Ou o guia dos hosties, os filhos perdidos da Dharma, os primeiros testes em gestacionais que vingaram e foram colocados para esperiências na ilha, só qu esperavam que muitos vingassem e com o tempo se procriassem, e como já dito, Locke pode ter sido um destes primeiros projetos que vingou.

E estranhamente os persoangens de LOST estão vivendo como no mito atlante, são tidos como seres especiais, passam(ram) por esperiências científicas, muitos adiquirem visões e outros poderes psicquicos, alguns, por medo do desconhecido param no medo do caminho como Charlie.

Mas o que não espero, pois ainda acredito na Dharma, é que ela se torne a nova Atlântida e todos "perdidos" dela, gladiadores psiquícos, culminado para seu fim, ou melhor sua auto-destruição.

Também é interessante notar que em volta da cabana de Jacob, uma éspecie de cinzas a circunda, e isso me fas lembrar das conjurações feitas pelos Xamãs, para ter contato com os mortos ou outra tipo de entidade que pode estar em outra esfera de vida.

Na cabana do Jacob, encontramos potes, quadro e outros artefatos mais, que remetem aos elementos lidos e visto nas histórias de aprisionamento do espírito pelos magistas, e Ben é um homem muito inteligente, um bom leitor, muito observador, vale lembrar também que Jacob pede ajuda a Locke, lhe dizendo "me ajude", fazendo-me crer que Ben, um grande magista, lhe aprisionou em suas conjurações xamânicas.

*Ben é o cara, Locke também, este último não é meu personagem preferido, embora me considere um homem de fé, não posso deixar me distanciar de meu outro pilar existencial, a ciência, que tanto acredito, ser colocada em segundo plano. Na verdade tanto a ciência quanto a religião são aspectos de uma mesma essência, enquanto o homem não perceber, que ambas deverão andar de mão dadas, não saíremos de nosso lugar evolutivo, se evoluímos, isso ocorre pela metade, formando-se seres incompletos, podendo-nos levar a morte como na Atlântida. Porquê digo isto? Diz a história mística, que os povos atlantes eram homens de fé, de um saber elevado, com uma ciência igualitária, equilibrada com sua espiritualidade, aqui exaltada na forma da magia. Com o tempo o povo foi se egolizando com as novas descobertas envolvendo o poder da mente(a magia unitária). Cada um queria tirar melhor proveito de seus novos dons, boa parte da população atlante se veslumbrou com este novo despertar, em vez de trabalherem este dom para o bem de todos, começaram a se achar melhor que seu semalhante, gerando uma guerra mental de proporções épicas. Esses egos encantados com seus poderes latentes, levaram a cidade a se auto-implodir, sumir do mapa. Embora alguns encarem isto como uma verdade irrefutável, que realmente este povo tenha existido, não podemos deixar de vê-la como uma grande lenda. Na Atlântida, a ciência andava em pé igualdade com a religião mágica de seu povo, sua ciência igualitária era perfeita, sabia para onde caminhar, tinha a religião como guia, mas com o tempo se perdeu, hoje não é muito diferente, os papéis se inverteram, a ciência apesar dos enormes avanços, está num rumo altamente pertubador. A espiritualidade humana se afastou da ciência, do saber físico, embora corrompida, ainda é o alimento ressuscitador para muitos. A ciência se vê como a dententora do saber, o Grande Deus, o único guia humano merecedor de um crédito autêntico. Esta ciência separatista está levando o homem, a alcançar seu fim rápido demais, como na antiga Atlândida, lá a fé mágica alcançou um nível tão especial, que se viu no direito de se achar melhor que a ciência unitária, mas hoje, os novos magistas atlantes, os cientistas, se acham no direito de dizer que a fé, a crença num Deus, um pai superior, é uma fuga, uma desculpa inconsciente para não encarar a realidade como ela deve ser. Infelizmente este afastamento de ambas as partes, está levando o homem a se auto-implodir, como no mito atlântico.