Depois de fazer uma participação arrebatadora em The Shield, Glenn Close volta a TV na sua própria série, Damages. Exibida pelo canal a cabo FX, o piloto não deixa nenhuma dúvida de que a série é da atriz. Ela brilha com um desempenho ambíguo e ao mesmo tempo carismático. Porém, Damages é mais do que um veículo para Glenn Close extravasar seu talento. A série é um thriller legal para John Grisham nenhum botar defeito.
Glenn Close interpreta Patty Hewes, uma advogada de litígios famosa pela ambição e por esmagar seus oponentes sem pena. Seu caso mais importante é uma ação civil contra um bilionário arrogante cuja empresa foi à falência. O empresário possivelmente sabia da situação, deu um jeito de lucrar com isso e deixou cinco mil funcionários sem nada. Arthur Frobisher, lógico, clama ser inocente. Patty Hewes é a representante desse grupo de empregados enganado, nos deixando a impressão de que seu objetivo é trazer justiça a todos eles e destruir Arthur.
Outra ponta importante da história é a recém-formada advogada, Ellen Parsons. A série começa com as portas de um elevador se abrindo – toque muito interessante do diretor - e a moça saindo de lá correndo ensangüentada em direção às ruas de Manhattan. Ela é presa pela polícia local, mas logo há um corte na cena e voltamos seis meses no passado. A partir daí, a narrativa se dividirá entre o que aconteceu e o presente.
O grande trunfo da série, sem dúvida, são os personagens e o bom elenco que transmite uma ambigüidade inacreditável em cada sorriso, em cada gesto, em cada palavra. Para começar, temos Glenn Close, brilhante como a implacável, manipuladora e carismática advogada Patty Hewes. Ao contrário de personagens como House e Shark, Patty não é grossa ou indelicada. Ela está sempre sorrindo, sendo sempre cortês e usando palavras encorajadoras. O que a torna perigosa é justamente a calma, o sorriso ameaçador e as frases ambíguas. A linguagem corporal da atriz nos diz que ali está uma personagem com a qual não podemos brincar.
Como braço direiro de Patty Hewes, temos Tom Shayes (outro bom toque, dessa vez dos roteiristas. Shayes lembra a palavra Shades, sombra em português), interpretado por Tate Donavan. Aqui, seu personagem difere drasticamente do pai bom-moço de Marissa Cooper em The OC. Se o personagem de Tom começa sendo uma espécie de confidente de Ellen, algo no sorriso do ator nos mostra que há alguma coisa errada com ele. Rose Byrne, a intérprete de Ellen Parsons, foi uma escolha feliz para enfrentar Glenn Close. A atriz tem uma aparência frágil e delicada, porém ao ver sua expressão decidida ao pedir um advogado no final do primeiro episódio, dá para perceber que a personagem ainda nos trará grandes surpresas.
Do outro lado do ringue temos o empresário Arthur Frobisher e seu lacaio, Ray Fiske. Arthur é interpretado por Ted Danson. E podem esquecer personagens simpáticos como o dono do bar de Cheers, o ranzinza psicólogo Becker ou pai da mocinha daquele filme dos três solteirões. Em Damages seu personagem não deixa dúvidas do quanto é perigoso. Ted Danson e Glenn Close não têm uma cena juntos, mas a rivalidade entre seus personagens é tão palpável que ficamos ansiosos para ver o primeiro embate entre esses dois. Zeljko Ivanek interpreta Ray Fiske e consegue ser tão nojento e desprezível quanto seu personagem pede.
Ao fim do primeiro episódio, as certezas acabam e os lados não ficam bem definidos. Afinal, quem é o vilão e quem é o mocinho? Só podemos supor que há muito mais por trás do caso litigioso envolvendo o bilionário e a advogada autoritária. A série, como disse antes, é um thriller, portanto ação não é o foco da narrativa ou o objetivo dos criadores, mas sim o texto e as atuações. Além disso, o canal FX apostou num drama serial, do tipo que é preciso assistir ao episódio anterior para entender o próximo. Uma escolha arriscada que pode ser fatal. Porém, fica claro que no mundo de Damages as apostas rolam alto. Tudo ali envolve muito dinheiro e muito poder. Nenhum dos personagens joga para perder.
Como disse, ao final do piloto, sangue foi derramado e não sabemos mais em quem confiar ou qual o lado está falando a verdade. A série, segundo produtores e criadores, não foi concebida para durar mais do que os treze episódios previstos inicialmente. Eles também prometem dar um fim às duas narrativas: o que aconteceu com Ellen Parsons e o que será de Arthur Frobisher. Só nos resta esperar até lá e, enquanto isso, nos divertirmos vendo Glenn Close e sua deliciosa Patty Hewes.
A forma como escreveram e tocaram o piloto foi muito boa. Nos leva a pensar uma coisa, mas nos deixa de quatro na cena final.
Pra quem idolatra Boston Legal, como eu, fica meio dificil de se ver mesmo, já que aquilo é a melhor série da atualidade, e por conseguinte a melhor sobre advocacia.
Mas o nível de maldade de Damages é tão fino que vai me prender.
Bom, pelo menos por mais um episódio. De toda forma, já estou com o 1x02 e 1x03 aqui pra me decidir sobre a série logo.
Gosto do fato do Frobisher ser, no fundo, uma pessoa boa, e a Hewes uma bitch o tempo todo.
Gostei dela ter que internar o filho pra ter paz, dela sempre tá atrapalhando a vida da nilba, enfim, de tudo.
Por mais que me dê agonia não saber ainda o que diabos aconteceu 6 meses do começo de tudo, a forma como interlaçam o presente com o passado é genial. Prende quem tá assistindo.
Pena que serão apenas 13 episódios. Espero que acabe de forma que possamos ter uma 2a temporada, já que em TV fechada nunca se tem enrolação. _________________
Ainda me irrita o sotaque falso que o Zeljko Ivanek tá fazendo, mas esse episódio finalmente mostrou o que a Katie viu, ou pelo menos acha que viu, 5 anos atrás.
Morena gostosíssima dando em cima do noivo da Helen, eles brigando, filho da Patty fudido, enfim, que maravilha.
Melhor cena foi o "treinamento" pra Katie ser interrogada, que coisa linda. _________________
cara uma coisa nada a ver que eu vou falar, mas me lembrei na hora de O Diabo Veste Prada, quando a Ellen levanta quando a Patty aparece, e quando ela acompanha o cara pra entrevista xD
Edit: terminei de ver o episódio 1... gostei e fiquei com pena da Saffron.
Edit2: acabei de ver o episódio 4, e realmente essa série é muita boa... atuação de Patty Hewes está excelente, tanto que ela chega a me dar medo com essa duas caras dela.
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cara to no segundo episódio e to gostando muito, boas atuações, boa trama, por sinal muito envolvente e personagens que nunca são o que pensamos que são...
adorei o piloto, mas advinhei quase tudo (tirando do cachorro que eu fiquei na duvida 'será que foi ela?' e tinha sido mesmo hehehe) o resto tinha ctz...
o segundo já foi mais envolvente, me surpreendi achei que a loirinha cunhada tava falando a verdade e a bitch tava mentindo
enfim a série é muito boa, mas não sei se funcionaria se não fosse com atores desse calibre pra cima...