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Nanoimpressora pode fazer microestruturas
Um novo tipo de impressora a jato de tinta, recentemente desenvolvido, pode fazer pontos precisos de apenas 250 nanômetros de diâmetro. O aparelho poderia tornar possível sintetizar estruturas complexas muito pequenas feitas de diversos materiais, de acordo com a Technology Review.
"O objetivo é fazer manufatura", diz John Rogers, professor de engenharia da Universidade de Illinois, em Urbana Champaign, nos Estados Unidos. As novas impressoras podem ser utilizadas com uma grande quantidades de materiais para confecção de novos produtos, de eletrônicos em plástico e telas flexíveis até células fotovoltaicas e sensores biomédicos, diz Rogers.
Os pesquisadores demonstraram que as novas inkjets podem imprimir padrões muito precisos de polímeros condutores de eletricidade e nanotubos de carbono. Também foi mostrado que DNA pode ser impresso sem causar danos. "É difícil fazer isso com técnicas de fabricação com silício", diz Rogers.
Freqüentemente, nanomateriais necessários para fazer dispositivos médicos muito pequenos e eletrônicos a base polímeros estão em solução, ou seja, não podem ser trabalhados com técnicas tradicionais de microfabricação. Em função disso, a impressora é uma alternativa atraente, tanto em termos de custo como de complexidade, diz Heiko Wolf, do laboratório de pesquisa da IBM, em Zurique, na Suíça.
Impressoras jato de tinta tradicionais funcionam empurrando a tinta por um bico para formar gotas, seja por aquecer o material ou aplicar força física para forçá-la a ir para fora. Isso funciona bem em uma escala de micrômetros, mas a tensão superficial e fluidez começam a ser uma barreira quando pesquisadores tentam diminuir o tamanho.
Para superar isso, Rogers e seus colegas tentaram uma alternativa, chamada impressão eletrohidrodinâmica, ou e-jet, como batizaram. "Puxamos os fluidos, aoinvés de empurrá-los", diz.
Isto envolve usar campos magnéticos para criar as gotas. Forças capilares do reservatório formam uma gota semi-esférica, como uma gota da torneira. Ao usar eletrodos para criar um campo magnético entre o bico e o substrato onde será feita a impressão, é possível fazer a gota cônica, explica o professor. "Íons acumulam-se na superfície do fluido, no bico do cone". Esta concentração de íons permite que a ponta do cone se quebre e uma gota, que é apenas uma fração do volume do cone, se forme. "Você pode gerar gotículas menores que o diâmetro do bico", diz Rogers. "Você está realmente puxando gotas. É só bem na ponta do cone que as gotículas são formadas", explica.
Entretanto, um problema enfrentado pela nova impressora é o tempo de impressão, que pode ser de 10 a 100 vezes maior do que o utilizado por uma impressora jato de tinta normal.
Fonte: Terra Tecnologia
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