Tem personagens q chegou a hora deles.... não adianta ficar com eles fazendo volume na serie e no episódio 6x12 vimos que o Michael teve seu momento de redençao e uma oportunidade de finalizar sua historia. Sem mais...
Tem muita gente fazendo volume na ilha... alguns já foram devidamente extirpados (Ilana, Dogen, Lennon, os Outros do Templo, sobreviventes da Ajira), mas ainda tem tanta gente que poderia ir embora e não faria falta nenhuma para a estória atual: Miles, Ben, Richard, Kate, Frank... ops, acho que este ainda vai pilotar o avião... , Jack..... hum, não, este ainda vai consertar as coisas...
Pelo jeito, o Michael não teve sua redenção quando explodiu o cargueiro, então sua alma penada ficou presa no purgatór... ahn, na ilha.
É tem muito personagem fazendo volume.... mas quando matam eles a galera aqui acha ruim.... fazer oq né?
Matando ou não matando..... os mesmos vao continuar reclamando.
Eu disse que o Michael cumpriu a missao dele e morreu. Mas ficou na ilha pq do q ele fez.... matar Libby e a Ana Lucia.
E no 6x12 (eu não disse no cargueiro) ele teve uma especie de Redençao e de terminar sua historia pq ele pediu desculpas ao Hurley... que foi a pessoa q talvez ele mais prejudicou com as mortes q ele causou.
Ele não teve sua redençao quando explodiu o cargueiro. _________________ _________
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Citação:
Não dá realmente para saber, porque durante algum tempo (que o Richard esteve ciente) o Jacob usou a cabana e depois voltou para a estátua, como vimos no 5x16/17 através da Ilana.
O é fato é que, no mínimo, Jacob já não estava mais na cabana em 4x01, pois vemos o Chirstian lá dentro, e o Chirstian deve ser mais um corpo que o MIB roubou. Capaz que ele não estivesse mais já no 3x20 (por isso o "Help Me"), mas aí o Richard não deveria deixar o Ben ir com o Locke até lá.
Ok. Agente não sabe a quanto tempo exatamente o MIB vem usando a cabana para ter certeza q era ele manipulando o Ben, Richard,outros.
Mas o fato é q o Richard não sabia de nada a algum tempo. Jacob parece q não se comunicava mais com ele por alguma razão. E na minha opinião esse tempo não é pouco.
Acho q o Richard nunca soube quando o MIB roubou a cabana do Jacob. Se soubesse nunca q ele ia deixar o Ben ir la receber ordens do MIB.( q Ben fingia receber eu acho.)Pq o Ben disse q nunca tinha visto o Jacob esse tempo todo, será q ele ensinuou aquela conversa com o estranho q estava na cadeira? Creio q sim para enganar o Locke, mias uma vez. E continuar sendo respeitado e lider dos outros.
Mas eu deduzi q era o Mib, pelo fato dos princípios q o Jacob diz seguir, e pelo fato de Christian ter aparecido no cargueiro e falado a frase dizendo q ele poderia ir. Já q supomos q o Christian era o MIB na ilha.
Citação:
Minha teoria é que é o MIB. O Richard, sabendo dessa história, logo tratou de trazer Ben para o lado dos Outros, pois percebeu que o MIB talvez fizesse com o Ben o que fez com ele em Ab Aeterno.
Simplificando: a mãe do Ben teria o mesmo papel nesse jogo de manipulação do MIB que a Isabella, mulher do Richard.
Eu Também acho q era o MIB. Mas se ele tivesse um plano para o Ben, não creio q ele não tivesse pensando na possibilidade de Ben encontrar os outros, q eram liderados por Richard = Jacob na ilha.
Ben foi induzido pelo MIB a deixar a Dharma. Logo ele sabia q Ben ia encontrar se com os outros/Richard. Por isso eu acho q era o MiB q estava na cabana desde aquela época. Pq Richard vinha sendo manipulado pelo MIB a ir ao encontro do Ben pequeno na floresta.
Depois da conversa de Ben criança com Richard, Ben esperou ficar adulto para matar todos na Dharma por ordem de Richard. Que pra min esse era o plano do MIB, dado ao Richard, não do Jacob. A não ser é claro q o Jacob goste de derramar sangue de inocentes.
É só uma ideia minha mesmo.
Citação:
E no 6x12 (eu não disse no cargueiro) ele teve uma especie de Redençao e de terminar sua historia pq ele pediu desculpas ao Hurley... que foi a pessoa q talvez ele mais prejudicou com as mortes q ele causou.
Ele não teve sua redençao quando explodiu o cargueiro.
Mas ele Também pediu desculpas pro Hurley depois de ter matado a Libby. Se a redenção dele fosse procurar o Hurley depois de morto e pedir desculpas pelo oq fez, pq ele não fez isso bem antes?
Como ele estava com a consciência pesada por tudo q ele tinha feito na ilha, ele pensou q indo junto no cargueiro, e o sabotasse para não chegar na ilha, diminuísse um pouco a culpa dele e ajudaria a proteger os q ficaram na ilha.
Pra min ali foi a redenção dele ao se sacrificar por todos na explosão.
Com tudo isso sendo mostrado da a entender q a ilha é um purgatório mesmo. A não ser q o Michael era o MIB manipulando o Hurley para ir até ele.
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jackelinediniz escreveu:
É tem muito personagem fazendo volume.... mas quando matam eles a galera aqui acha ruim.... fazer oq né?
Matando ou não matando..... os mesmos vao continuar reclamando.
A opção dos roteiristas não é só matar ou não matar. O ponto é dar UTILIDADE a p**** dos personagens. Se eles continuarem vivos e e totalmente inúteis a trama (só fazendo volume, como vocês disseram), óbvio que vamos reclamar. E se matarem eles, sem eles terem feito um pingo de diferença na série, óbvio que vamos reclamar também.
Se os personagens forem bem usados, tudo bem em matar depois, agora tanto Ilana quanto Dogen foram quase inúteis totalmente a trama. _________________ Quem quiser saber quem sou. Olha para o céu azul.
E grita junto comigo. Viva o Rio Grande do Sul.
Sirvam nossas façanhas de modelo à toda terra.
Jamais nos matarão - 26.11.2005
É tem muito personagem fazendo volume.... mas quando matam eles a galera aqui acha ruim.... fazer oq né?
Matando ou não matando..... os mesmos vao continuar reclamando.
A opção dos roteiristas não é só matar ou não matar. O ponto é dar UTILIDADE a p**** dos personagens. Se eles continuarem vivos e e totalmente inúteis a trama (só fazendo volume, como vocês disseram), óbvio que vamos reclamar. E se matarem eles, sem eles terem feito um pingo de diferença na série, óbvio que vamos reclamar também.
Se os personagens forem bem usados, tudo bem em matar depois, agora tanto Ilana quanto Dogen foram quase inúteis totalmente a trama.
Exato. Lembro de ninguém reclamando do Charlie ter morrido no final da 3ª temporada. Foi comovente, para muitos deixou saudades, mas não ficou aquela sensação de "incompleto".
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Hugo Gunner escreveu:
eduardo_s escreveu:
jackelinediniz escreveu:
É tem muito personagem fazendo volume.... mas quando matam eles a galera aqui acha ruim.... fazer oq né?
Matando ou não matando..... os mesmos vao continuar reclamando.
A opção dos roteiristas não é só matar ou não matar. O ponto é dar UTILIDADE a p**** dos personagens. Se eles continuarem vivos e e totalmente inúteis a trama (só fazendo volume, como vocês disseram), óbvio que vamos reclamar. E se matarem eles, sem eles terem feito um pingo de diferença na série, óbvio que vamos reclamar também.
Se os personagens forem bem usados, tudo bem em matar depois, agora tanto Ilana quanto Dogen foram quase inúteis totalmente a trama.
Exato. Lembro de ninguém reclamando do Charlie ter morrido no final da 3ª temporada. Foi comovente, para muitos deixou saudades, mas não ficou aquela sensação de "incompleto".
O que se discute aqui é um roteiro bem equalizado.
Artz e Frogurt foram dois personagens que tiveram uma carreira meteórica. Morreram tão rápido quanto a importância deles. A boa técnica recomenda isso. Isso mostra que a vida na Ilha pode ser fatal e perigosa e dá mais importância aos que sobrevivem.
Veja, por outro lado, a importância que foi dada à morte de Charlie. Essa é a maneira correta de se tratar um personagem principal. A mesma orientação foi seguida na hora de despachar o Eko.
Agora, notem o que foi feito com Ilana, com Dogen e o próprio Michael. Foram personagens cultivados por muito tempo, um bom tempo de tela dedicado a eles. Tempo desperdiçado, porque eles não tiveram função narrativa nenhuma e uma hora ZAZ... morrem. Eram tratados como personagens relevantes na série, tinham o privilégio de aparecerem episódios inteiros, sem contribuir em nada para a narrativa e depois serem despachados como camisas vermelhas.
Putz, isso é muito amadorismo. Não é preciso ser nenhum gênio para perceber isso.
Acho que todo mundo já teve um vizinho, um tio, um cunhado, um colega do trabalho ou um pai que uma vez resolveu comprar um carro e o orçamento não deu. O sujeito vai segurando as pontas até onde pode, paga uma, duas prestações, chega na décima prestação se peidando todo. Entra no especial, os juros começam a rolar, e o cara até deixa de ir trabalhar e passear de carro pra economizar com a gasolina, de tão difícil que está de pagar as contas. Um dia a casa cai e o banco vai lá e toma de volta o carro.
LOST está assim, os produtores deram passos mais longos que poderiam. Não estão conseguindo gerenciar os roteiros, não sabem mais como resolver mistérios que eles mesmos propuseram, e nem sabem mais como utilizar os personagens. _________________ ***
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ultimate_insane escreveu:
Citação:
E no 6x12 (eu não disse no cargueiro) ele teve uma especie de Redençao e de terminar sua historia pq ele pediu desculpas ao Hurley... que foi a pessoa q talvez ele mais prejudicou com as mortes q ele causou.
Ele não teve sua redençao quando explodiu o cargueiro.
Como ele estava com a consciência pesada por tudo q ele tinha feito na ilha, ele pensou q indo junto no cargueiro, e o sabotasse para não chegar na ilha, diminuísse um pouco a culpa dele e ajudaria a proteger os q ficaram na ilha.
Pra min ali foi a redenção dele ao se sacrificar por todos na explosão
O que eu entendi na época foi isso também, que o Michael havia voltado no cargueiro porque ele estava precisando se redimir. E no momento que o Christian aparece e fala "you can go now", ele tinha finalmente conseguido sua redenção.
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Sobre as paranormalidades em Lost -
Galera, eu cheguei a ler uma boa parte deste tópico, e acho que é o topico mais bem escrito, pensado e analisado pelos fans que se importam realmente como a série se desenvolveu. Não pretendo fazer um post longo, pois acho isso não-atraente, mas vamos ver no que vai dar.
Black Smoke: Falar de Lost é já pensar em ficção. Disso sabemos desde o começo da série em 2004. Entretanto, há algumas coisas que já não entram mais por guela abaixo do espectador fiel. A idéia de White and Black, MiB x Jacob, era algo até que legal, pois envolvia cultura egípcia, alguns dados que ficávamos horas a fio pesquisando em internet, livros, e isso fez de Lost um seriado diferente. Mas, o que ocorreu pros diretores colocarem um 'personagem' tão ridículo assim? Digo isso entre aspas pois não sabemos ainda nem o que essa fumaça preta é. Nem de onde veio, quando veio, pra quê, e tudo mais. E um detalhe pior de tudo: essa tal fumaça tomou emprestado o corpo do Locke, que, com certeza, os diretores adaptaram o roteiro para deixar o ator Terry O'Quinn dentro da trama, já que ele é um dos melhores atores que eu já vi. Sem dúvidas isso ocorreu, pois a fumaça poderia ter entrado no corpo de qualquer um morto ali ... enfim, deram uma explicação baba para a fumaça entrar no corpo do Locke, e juro que até certo ponto achei isso legal, mas depois vi o tamanho da merda no roteiro que isso causou.
Falando com mortos: Alguém ai, além de mim, sentiu-se completo idiota quando o Miles pegou o saquinho de cinzas do Jacob e simplesmente descobriu como ele havia morrido? Oras, onde já se viu isso? É chamar o espectador de otário. Acontece que na cena, a Ilana precisava descobrir rápido se fora o Benjamin que havia matado Jacob - e ora ora, não é que os diretores optaram pelo caminho mais fácil? Simples né? Coloquem o Miles lá pra falar com o Jacob-morto, ele resolve isso facinho. Sem contar que, Jacob aparece mais hoje morto do que antes, vivinho. E ele dava tanto rodeio para falar alguma coisa, e é só o Miles 'perguntar' pra ele come ele morreu que ele 'responde'? Ah, pelo amor de deus né?
Hurley e sua loucura: Hugo não é simpático, na minha opinião. Embora 90% dos fans de Lost gostem dele, eu não vejo um pingo de graça no cara. Acontece que, da mesma forma que eu descrevi em cima a cena da Ilana, Ben e Miles, ocorreu com Hugo nesse episódio Everybody Loves Hugo: Ele PRECISAVA saber o que eram os sussurros - simples isso! Ele deu uma volta na selva e achou o Michael, que o explicou de forma muito tosca o que eram aqueles sussurros inúteis. Um mistério há mais de 5 anos, resolvido em uma cena de menos de 2 minutos, com falas completamente ridículas e num episódio sem pé nem cabeça - tudo para fazer, você, caro espec, de idiota. Nem todo mundo ama o Hugo.
- Isso sem falar das vezes que ele falava com os mortos quando ainda estava na clínica de reabilitação mental - Simplesmente uma merda.
Acontece que, há uns meses atrás, andei discutindo com alguns membros daqui sobre o final da série - alguns diziam que esperavam que aparecessem ET's e salvassem o mundo. Eu contra-argumentei, dizendo que não seria possivel que os diretores fizessem isso conoso. Hoje em dia, eu não duvido que ainda possam aparecer extraterrestres ein. Seria O Fim, sem dúvidas, mas do jeito que a série está, poderia ter acabado no episodio final da 5ª temporada que estava muito bom, não teria decaído tanto assim.
Detalhe: esse meu post foi escrito após a exibição do episódio Everybody Loves Hugo, ou seja, antes do episódio Across The Sea, que dizem que vai ser mitológico e explicar tudo sobre Jacob e MiB. Vai acontecer a mesma coisa que eu lhes falei: em poucos minutos, coisas de algumas ceninhas, mistérios milenares serão explicados e nós vamo falar " Ah, era isso? Que lixo."
Não foi um post curto, mas depois eu continuo a discussão sobre outros pontos falhos e ignóbeis em Lost. Abs. _________________ I am ARSENAL 'till I die !
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O DUDE postou uma longa entrevista (e bem traduzida), segundo a qual vários mistérios, especialmente os principais, não serão resolvidos.
Parece que Cuse e Lindelof resolveram admitir de uma vez por todas o charlatanismo. E como sempre eles fogem de responder se a série já estava planejada dessa forma desde o princípio. Pra mim só há uma conclusão clara: JJ Abrams escolheu ficar de fora dessa 6ª temporada, pelo desvirtuamento de seu trabalho inicial e por saber quer isso vai ser um grande fiasco.
Como há uma foto que o DUDE sugere que tenha spoilers, optei por nem ver a foto e nem postar aqui, pra garantir uma leitura isenta de spoilers.
Vejam a bomba:
Muita coisa ficará no ar para ser debatida quando a série acabar, diz produtor à revista Wired
A revista Wired disponibilizou em seu site um extenso e imperdível material sobre Lost. Dentre os destaques, uma conversa dos produtores Damon Lindelof e Carlton Cuse com o físico e fã de Lost, Sean Carroll. No cardápio do papo teve viagem no tempo, discussão sobre o peso dos mistérios e das perguntas sobre o que se pretende com o final de Lost e muito mais. Respire fundo e confira. Não há spoilers de Lost no texto, já na imagem ao lado...
Leia mais...
Wired: Quando vi o primeiro episódio de Lost pensei, ok, há uma ilha, um acidente aéreo, algumas pessoas bonitas e J.J. Abrams. Seis anos depois me vejo viciado numa série de ficção. Como é que isso foi acontecer?
Carlton Cuse: No início, o segredo era não fazer a série se prender num gênero, para que pudesse ser sobre os personagens. O público se interessou primeiro pelos personagen e depois pela mitologia. Fomos criticados por não mostrar os personagens conversando sobre a mitologia e pensamos, “eles estão certos, o nosso segredinho era esse”. Ao fazer o público não discutir a mitologia, ele se interessaria mais em saber “Kate vai terminar com Sawyer?” e em reconhecer “Estou realmente encantado pela complexidade de Benjamin Linus”. Era sobre isso que nós queríamos ver o público discutindo, não se a equação de Valenzetti tinha alguma relevância para o funcionamento das propriedades mágicas da ilha.
Sean Carroll: A ficção científica permitiu que vocês ampliassem a trama gradualmente. Seria difícil ter uma série sobre pessoas presas numa ilha sem ter elementos sci fi atrelados.
Damon Lindelof: Seria impossível.
Cuse: Teria sido uma série bem chata na nossa opinião.
Carroll: Quanto do que estamos descobrindo agora na 6ª temporada foi desenhado na 1ª versus o que foi pensado há pouco tempo?
Lindelof: Não há resposta empírica para essa pergunta. A forma que estabelecemos para passar pela 1ª temporada era, se introduzissemos um mistério, como o urso polar correndo pela floresta, ou a escotilha que foi descoberta no chão, tinhamos que saber de antemão qual seria a resolução para aquele mistério específico. E episódio por episódio, sempre houve muitas descobertas. Penso que uma das lições mais profundas que aprendi ao longo do tempo como responsável pela série, é que quanto mais você ouve a série, melhor fica o resultado na tela. Nós assistimos os personagens interagindo e isso influenciaria como os colocaríamos juntos.
Cuse: Isso provavelmente se aproxima do seu trabalho em física onde surge a hipótese e você começa testando.
Carroll: Uma coisa é ter uma hipótese e até descobrir quais são as previsões que uma teoria faz, mas isso só toma forma de acordo com aquilo que você observa no universo.
Lindelof: Nós sabíamos as respostas para os mistérios, mas o que não tínhamos eram as histórias prontas. J.K. Rowling poderia chegar e dizer, foi assim que os pais de Harry Potter foram mortos e aqui está quem os matou, mas como posso revelar isso para o público da forma mais emocionalmente impactante? Portanto nós sabemos o que precisamos fazer, mas tínhamos pouca ideia de como ou quando iríamos fazê-lo.
Carroll: Na física há uma explicação de como o passado afeta o futuro em termos de entropia e termodinâmica. Mas o divertido da narrativa é que você não precisa ir do presente para o futuro – você pode ir e vir. Vocês exploraram todas as direções – flashback, flash forward, flash sideways. Como vocês contextualizam causa e efeito, perguntas de destino e livre arbítrio, e o impacto narrativo de usar a viagem no tempo em vez de apenas flashbacks?
Cuse: Nós realmente queríamos contat mais histórias sobre a história da ilha. Fomos nos tornando mais e mais fascinados com a Dharma e o público parecia estar realmente interessado. E pensamos, como vamos contar essas histórias? Nós certamente não queremos apenas voltar no tempo e apresentat um monte de personagens novos no tempo da Dharma. Dái concluímos que a melhor forma de fazer isso era colocando os personagens naquele mundo, o que nos levou a escolher aquele recurso narrativo. Além disso, havia esse tema incrível que queríamos explorar na série: destino versus livre arbítrio. E nos pareceu uma tremenda oportunidade usar a viagem no tempo literalmente tanto como recurso narrativo de fato quanto como mecanismo que nos permite ir mais fundo na construção dessa questão, que fica mais e mais relevante à medida em que nos aproximamos do fim.
Sean Carroll: Vocês usaram todo tipo de viagem no tempo na narrativa – flashback, flash forward, flash sideways. Agora vocês tem duas linhas temporais paralela: uma que mostra as coisas depois da detonação da bomba e outra na qual os personagens nunca cairam na ilha. O encerramento da 6ª temporada vai dar sentido a como as duas se relacionam?
Damon Lindelof: Nas temporadas anteriores, era fácil dizer o que aconteceu antes e o que aconteceu depois. Agora todo mundo fica, “não sei quando isso aconteceu, porque as coisas estão diferentes.” Não se trata apenas de dizer o que teria acontecido se o avião tivesse aterrisado; Jack agora tem um filho e há outras mudanças. O público está dizendo, “espero que eles expliquem a relação entre essas duas histórias.” Isso no nosso entendimento, é a única resposta que devemos. No momento, os personagens não tem ciência de que existe uma realidade diferente da que estão. Mas, se eles adquirirem essa consciência, o que poderiam fazer a respeito? Isso sim é uma pergunta fundamental.
Carroll: Vocês já fizeram referência à ciência através de alguns conceitos como buraco de minhoca, o efeito Casimir... Como esses conceitos os ajudam?
Cuse: É tudo uma inspiração. Tentamos ligar a série com o senso plausível de conceitos científicos, reconhecendo que obviamente estamos contando uma história e ficção que é implausível. Tinha que fazer algum sentido em termos científicos para nós. Como roteiristas, isso nos ajuda a dizer, ok, uma grande quantidade de eletromagnetismo poderia criar um buraco de minhoca que poderia permitir alguém a sair da ilha, mas esse buraco de minhca é instável e algumas vezes a pessoa pode aparecer na Tunísia 10 meses no passado. Esse tipo de coisa nos ajudou.
Carroll: Sempre digo que sem a física, não há drama. Porque há regras. Parece que os cientistas nem sempre entendem que no contexto da ficção científica, as regras podem não ser as mesmas do nosso mundo, ainda que elas existam ali.
Carlton Cuse: À medida em que fomos entrando na última temporada, o quociente místico aumentou. Ainda assim, era realmente importante que nós nos mantivéssemos fiéis ao empirismo. Isso nos permitiu estabelecer Jack como um empirista e Locke como um homem de fé, e ter esses dois personagens discutindo a essência do que estavam experimentando. Era uma experiência mística ou aquele era só um lugar muito estranho que tinha anomalias físicas incríveis?
Wired: Vocês ainda enxergam a questão central da série em torno do homem da razão e aquele de fé?
Lindelof: O paradigma se moveu disso para, fomos trazidos aqui por alguma razão específica e que razão seria essa? Locke agora é a voz de muita gente que acredita que quando Lost acabar , teremos desperdiçado seis anos de nossas vidas, e que nós fomos inventando tudo ao longo do caminho, e que não havia realmente um propósito. E Jack agora está dizendo, “a única coisa na qual posso me segurar agora é a esperança de que algo muito surpreendente acontecerá, porque sofri demais.”
Carroll: É como algo que teve um propósito versus algo que aconteceu por acaso.
Lindelof: É isso mesmo. É ordem versus caos. Mas antes as coisas tinham que começar como razão versus fé, porque Jack é um médico e Locke é um cara que saiu de uma cadeira de rodas e voltou a andar. Agora a pergunta está direcionada nesse ponto: há algo divino ali ou o nada?
Carroll: Presumivelmente, se é a ordem versus o caos ou destino versus casualidade, não há resposta certa. Não imagino que no final você vão dizer, “Pois é, tratava-se mesmo de ordem.”
Cuse: Não acredito que exista uma resposta certa.
Lindelof: Mas a série não pode jogar pros dois lados. No final de tudo, se Jack e Locke tiverem que se sentar e dizer, “Bem, acho que nós dois estávamos certos,” isso não seria satisfatório.
Cuse: Muita coisa ficará no ar para ser debatida quando a série acabar. Nós vamos apontar uma conclusão, uma que esperamos que seja satisfatória. As grandes perguntas, entendemos que não devem ser respondidas. Para nós, desmistificar algumas coisas que fizemos em Lost seria como o mágico revelando para você qual era o truque e nós não queremos fazer isso.
Carroll: Há algum temor de que existam perguntas para as quais as respostas diminuiriam o interesse na pergunta em si?
Lindelof: Com certeza, e acredito que como físico, você possa dizer, “Força é igual a massa vezes aceleração”, e explicar por que. Mas quando você passa um tempo com uma criança de 3 anos, rapidamente descobre que uma pergunta leva a outra – há sempre um ‘por que’ seguido de cada explicação – e a única forma de encerra a conversa é dizer, “Ah olha, tem uma coisa melhor ali!” A série está tentando ao máximo fazer isso. Por exemplo, já revelamos elementos suficientes sobre os números e seguimos em frente. Os personagens vão perguntar “O que é a ilha” e “Por que estamos aqui”, mas mais importante que isso, “Como isso é relevante para mim.”
Cuse: Acho que existe um desejo humano essencial de ter uma teoria que explique tudo. Todo mundo fica, “quero desvendar qual é o grande segredo de Lost.” Mas não há uma teoria que explique tudo na série e nós não pensamos que deveria haver uma porque filosoficamente não nos enveredamos por esse caminho.
Lindelof: Por maior que seja a confiança que temos na história que estamos contando, também estamos confortáveis em dizer, “mas o que fazemos agora?” Essa é a nossa melhor versão da história de Lost, e é a definitiva. A pior coisa que poderíamos fazer é não dar fim a ela, ou enrolar com um final que cortasse para a tela preta. Isso foi genial em The Sopranos, mas aquela não era uma série de mistérios. Para nós, nós devemos a melhor conclusão que pudermos dar.
Cuse: Há coisas que não tem respostas e sabemos que o público espera que tudo vá ser respondido. Os grandes mistérios da vida fundamentalmente não podem ser desvendados. Nós temos apenas que contar uma boa história e deixar as fichas cairem onde devem. Não sabemos se a resolução entre as duas realidades fará as pessoas dizerem, “Ah, isso foi incrível”ou “Ah, esses caras são uns fdp e arruinaram o final.” Mas entre ficar nervoso por conta disso e realmente tentar fazer algo marcante, escolhemos a segunda opção. Tinhamos que tentar ir mais fundo.
Fonte: dudewearelost.blogspot.com _________________ ***
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Gourmet Erótico escreveu:
Putz, isso é muito amadorismo. Não é preciso ser nenhum gênio para perceber isso.
Discordo.
Mortes estúpidas não são amadorismo.
Quando vemos um episódio onde um personagem querido seu, importante para a trama e bem cultivado, está andando por uma ponte bamba, não damos importância ao perigo. Simplesmente esperamos que ele atravesse, talvez um outro personagem que esteja acompanhando-o caia e morra, mas não o seu favorito.
Com Lost as coisas não funcionam exatamente assim. TALVEZ o seu personagem preferido morra, SIM. Isso tem muita graça, na verdade. Aprendemos a dar valor ao perigo. De repente ver o fulano atravessando a ponte bamba começa a trasmitir a idéia de perigo.
Isso não acontece se dividimos em "personagens importantes" e "camisas vermelhas". Eu acho essa divisão uma bitolação desnecessária.
Eu digo sim, as mortes estúpidas. Elas incomodam, irritam de verdade. Mas ao menos colaboram para a sensação de perigo que, caso contrário, deixaria de existir. A Ilana poderia jogar a sacola cheia de dinamites instáveis para o alto e ainda dar uma cabeceada, ninguém ficaria apreensivo, nada aconteceria com ela e a trama continuaria. Mas não, a Ilana se escafedeu, porque é isso o que acontece com quem fica brincando com dinamites.
Em outros casos, a morte ocorreu por pura falta de habilidade na hora de manter a trama. Vejo isso em Michael. No caso dele, não morreu estupidamente para sinalizar perigo real. Ele morreu de maneira muito banal, depois de ter sido esquecido da série. E então eles tentaram repo-lo e dar todo um peso a ele, mas não colou.
O público está dizendo, “espero que eles expliquem a relação entre essas duas histórias.” Isso no nosso entendimento, é a única resposta que devemos.
Gourmet Erótico escreveu:
As grandes perguntas, entendemos que não devem ser respondidas. Para nós, desmistificar algumas coisas que fizemos em Lost seria como o mágico revelando para você qual era o truque e nós não queremos fazer isso.[/color]
Semana retrasada eu acharia isso o maior absurdo do mundo, mas depois da maneira que eles, usando um eufemismo, "forçaram a barra" para explicar os sussurros, melhor que não estraguem outros bons mistérios mesmo.
Gourmet Erótico escreveu:
Lindelof: Com certeza, e acredito que como físico, você possa dizer, “Força é igual a massa vezes aceleração”, e explicar por que. Mas quando você passa um tempo com uma criança de 3 anos, rapidamente descobre que uma pergunta leva a outra – há sempre um ‘por que’ seguido de cada explicação – e a única forma de encerra a conversa é dizer, “Ah olha, tem uma coisa melhor ali!” A série está tentando ao máximo fazer isso. Por exemplo, já revelamos elementos suficientes sobre os números e seguimos em frente. Os personagens vão perguntar “O que é a ilha” e “Por que estamos aqui”, mas mais importante que isso, “Como isso é relevante para mim.”
Esse Lindelof não tem cérebro, não mede palavras. Pra mim, acabou de assumir que é um enrolão de primeira, o que tira a credibilidade de tudo que ele disse até hoje e que aidna venha a dizer. Era só ele parar pra pensar um pouco e dava uma resposta mais "bonitinha" e compreensível como a do Cuse.
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Quando eu escrevo que LOST está muito tosco é por razões como esta.
Cacete, pra que essa palhaçada de deixar a Sun sem conseguir falar inglês depois de bater com a cabeça, se é pra resolver essa trama de forma tão ridícula com o reencontro com Jin?
Por mais que digam que isso é a chamada "afasia", não é possível alguém perder a fala do idioma inglês, continuar falando coreano e ainda saber escrever inglês. E de uma hora pra outra voltar a falar inglês, só porque reencontrou o amor.
Mais um momento ridículo de LOST para nossa coleção de furos. _________________ ***
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Sem dúvidas, mais um furo ridiculo para nossa coleção - além disso, acho que eles quiseram dar um ar de 'ah, o amor, que lindo' e também um suspende extremamente falho nesta cena, quando mostra a cerca eletromagnética e os dois vindo se encontrar, querendo que a gente ficasse tenso se os dois iriam morrer.
Ora, faça-me o favor.
Gourmet Erótico, temos que organizar um livro só de erros em Lost ein cara ... vai ser uma enciclopédia e vamos ganhar muito dinheiro, HAHHAHA. _________________ I am ARSENAL 'till I die !
Registrado em: Domingo, 3 de Abril de 2005 Mensagens: 415 Tópicos: 1 Localização: Porto Alegre
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Olha, se duvidar ainda vão ser assassinados por alguns fanáticos daqui.
O mais interessante é notar quem assiste a série há 5, 6 anos, consegue aceitar com muito mais facilidade a decadência que LOST sofreu do que os novos fãs de uns 2, 3 anos atrás.
Só ver que muitos usuários antigos, que postavam muito quando eu me cadastrei (2005), pararam simplesmente de ver a série. _________________ Quem quiser saber quem sou. Olha para o céu azul.
E grita junto comigo. Viva o Rio Grande do Sul.
Sirvam nossas façanhas de modelo à toda terra.
Jamais nos matarão - 26.11.2005
Tive que voltar ao fórum depois de 5 anos para comentar a entrevista.
* pra quem não lembra de mim, fui eu que ganhei a 1a ou 2a promoção que teve por aqui...
Ou melhor, como teria sido a entrevista com a minha intervenção:
Citação:
A revista Wired disponibilizou em seu site um extenso e imperdível material sobre Lost. Dentre os destaques, uma conversa dos produtores Damon Lindelof e Carlton Cuse com o físico e fã de Lost, Sean Carroll. No cardápio do papo teve viagem no tempo, discussão sobre o peso dos mistérios e das perguntas sobre o que se pretende com o final de Lost e muito mais.
Wired: Quando vi o primeiro episódio de Lost pensei, ok, há uma ilha, um acidente aéreo, algumas pessoas bonitas e J.J. Abrams. Seis anos depois me vejo viciado numa série de ficção. Como é que isso foi acontecer?
Metus: simples, JJ Abrams caiu fora, virou várzea. Próxima.
Sean Carroll: A ficção científica permitiu que vocês ampliassem a trama gradualmente. Seria difícil ter uma série sobre pessoas presas numa ilha sem ter elementos sci fi atrelados.
Carlton Cuse: No início, o segredo era não fazer a série se prender num gênero, para que pudesse ser sobre os personagens. O público se interessou primeiro pelos personagen e depois pela mitologia.
Carlton Cuse: Ao fazer o público não discutir a mitologia, ele se interessaria mais em saber “Kate vai terminar com Sawyer?” e em reconhecer “Estou realmente encantado pela complexidade de Benjamin Linus”.
Metus: fala sério que você pensou isso? huahuahuahua
Carlton Cuse: Era sobre isso que nós queríamos ver o público discutindo, não se a equação de Valenzetti tinha alguma relevância para o funcionamento das propriedades mágicas da ilha.
Metus: esse cara é o que? viado?! Por favor Fringe, não me decepcione...
Damon Lindelof: Seria impossível.
Cuse: Teria sido uma série bem chata na nossa opinião.
Carroll: Quanto do que estamos descobrindo agora na 6ª temporada foi desenhado na 1ª versus o que foi pensado há pouco tempo?
Lindelof: Não há resposta empírica para essa pergunta. A forma que estabelecemos para passar pela 1ª temporada era, se introduzissemos um mistério, como o urso polar correndo pela floresta, ou a escotilha que foi descoberta no chão, tinhamos que saber de antemão qual seria a resolução para aquele mistério específico.
Cuse: Isso provavelmente se aproxima do seu trabalho em física onde surge a hipótese e você começa testando.
Carroll: Uma coisa é ter uma hipótese e até descobrir quais são as previsões que uma teoria faz, mas isso só toma forma de acordo com aquilo que você observa no universo.
Metus: sobre que eles tão falando?!?!
Lindelof: Nós sabíamos as respostas para os mistérios, mas o que não tínhamos eram as histórias prontas. J.K. Rowling poderia chegar e dizer, foi assim que os pais de Harry Potter foram mortos e aqui está quem os matou, mas como posso revelar isso para o público da forma mais emocionalmente impactante?
Metus: da forma como a JK Rowling fez seria 200x + inteligente
Lindelof: Portanto nós sabemos o que precisamos fazer, mas tínhamos pouca ideia de como ou quando iríamos fazê-lo.
Metus: grande novidade. ¬¬ Galtou dizer que continuam sem idéias.
Cuse: Nós realmente queríamos contat mais histórias sobre a história da ilha. Fomos nos tornando mais e mais fascinados com a Dharma e o público parecia estar realmente interessado. E pensamos, como vamos contar essas histórias? Nós certamente não queremos apenas voltar no tempo e apresentat um monte de personagens novos no tempo da Dharma.
Metus: mas foi o que fizeram...
Cuse: Além disso, havia esse tema incrível que queríamos explorar na série: destino versus livre arbítrio. E nos pareceu uma tremenda oportunidade usar a viagem no tempo literalmente tanto como recurso narrativo de fato quanto como mecanismo que nos permite ir mais fundo na construção dessa questão, que fica mais e mais relevante à medida em que nos aproximamos do fim.
Metus: não meu!!! voces não viajaram no tempo, viajaram foi na maionese!!!
Lindelof: Não se trata apenas de dizer o que teria acontecido se o avião tivesse aterrisado; Jack agora tem um filho e há outras mudanças.
Metus: que contribuem muito para o final né....
Lindelof: O público está dizendo, “espero que eles expliquem a relação entre essas duas histórias.” Isso no nosso entendimento, é a única resposta que devemos.
Metus: única explicação O KCT, que falta de respeito com os telespectadores!!!
Lindelof: No momento, os personagens não tem ciência de que existe uma realidade diferente da que estão. Mas, se eles adquirirem essa consciência, o que poderiam fazer a respeito? Isso sim é uma pergunta fundamental.
Metus: fundamental pra que???
Carroll: Vocês já fizeram referência à ciência através de alguns conceitos como buraco de minhoca, o efeito Casimir... Como esses conceitos os ajudam?
Cuse: É tudo uma inspiração. Tentamos ligar a série com o senso plausível de conceitos científicos, reconhecendo que obviamente estamos contando uma história e ficção que é implausível.
Metus: implausível é tua explicação!!!
Carroll: Sempre digo que sem a física, não há drama. Porque há regras. Parece que os cientistas nem sempre entendem que no contexto da ficção científica, as regras podem não ser as mesmas do nosso mundo, ainda que elas existam ali.
Metus: agora falou bem, do pequeno mundinho que eles criaram.. são tudo autistas.
Carlton Cuse: À medida em que fomos entrando na última temporada, o quociente místico aumentou. Ainda assim, era realmente importante que nós nos mantivéssemos fiéis ao empirismo. Isso nos permitiu estabelecer Jack como um empirista e Locke como um homem de fé, e ter esses dois personagens discutindo a essência do que estavam experimentando.
Metus: E vocês experimentaram o que? No mínimo orégano devem ter fumado...
Lindelof: É isso mesmo. É ordem versus caos. Mas antes as coisas tinham que começar como razão versus fé, porque Jack é um médico e Locke é um cara que saiu de uma cadeira de rodas e voltou a andar. Agora a pergunta está direcionada nesse ponto: há algo divino ali ou o nada?
Metus: meu, as perguntas que eles ACHAM que temos são totalmente diferentes da que REALMENTE temos. Ou eu sou doente, ou eles são.
Cuse: Acho que existe um desejo humano essencial de ter uma teoria que explique tudo. Todo mundo fica, “quero desvendar qual é o grande segredo de Lost.” Mas não há uma teoria que explique tudo na série e nós não pensamos que deveria haver uma porque filosoficamente não nos enveredamos por esse caminho.
Metus: poderiam ter começado a série dizendo isso pelo menos né? pouparia 6 anos perdidos. A última frase poderia ter sido substituída por: "não teriamos a menor idéia de como fazer isso".
Lindelof: Por maior que seja a confiança que temos na história que estamos contando, também estamos confortáveis em dizer, “mas o que fazemos agora?”
Metus: tá, tá... senta lá cláudia!!!
Lindelof: Essa é a nossa melhor versão da história de Lost, e é a definitiva. A pior coisa que poderíamos fazer é não dar fim a ela, ou enrolar com um final que cortasse para a tela preta. Isso foi genial em The Sopranos, mas aquela não era uma série de mistérios. Para nós, nós devemos a melhor conclusão que pudermos dar.
Metus: ¬¬ não sei se lamento por eles ou por mim.
Cuse: Há coisas que não tem respostas e sabemos que o público espera que tudo vá ser respondido. Os grandes mistérios da vida fundamentalmente não podem ser desvendados. Nós temos apenas que contar uma boa história e deixar as fichas cairem onde devem. Não sabemos se a resolução entre as duas realidades fará as pessoas dizerem,
“Ah, isso foi incrível”ou “Ah, esses caras são uns fdp e arruinaram o final.” Mas entre ficar nervoso por conta disso e realmente tentar fazer algo marcante, escolhemos a segunda opção. Tinhamos que tentar ir mais fundo.
Metus: o melhor final era não ter final, pode acreditar. Lost seria lembrado quase como caverna do dragão. Como já assisti até aqui, vou terminar. Afinal, o que é um peid* pra quem ta cagad*?