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Obrigado, Renata, você é sempre gentil!
Eduardo, valeu também. A idéia é um artigo sobre técnicas narrativas e sua má utilização em LOST. Provavelmente vai interessar a quem curte cinema, e até mesmo quem estuda essa arte, já que eu trato de alguns institutos bem sedimentados e outros que são menos conhecidos (mas não pouco utilizados). Algumas coisas eu já cheguei a comentar em postagens prévias, mas nesta nova análise teremos um aprofundamento maior e um pouco mais técnico. Embora não seja nada particularmente volumoso ou muito elaborado, tem me exigido uma certa pesquisa e estudo.
Como eu disse, o artigo vai permanecer inédito até a conclusão da série e eu também não gostaria de publicar um trecho antecipadamente, especialmente porque ainda não está acabado o texto. Mas o resumo acima já esclarece bastante sobre o conteúdo do artigo.
Eu também me sentiria profundamente incomodado em ter que revisar e até mesmo ter que fazer um mea culpa se conceitos que publiquei antes tivessem que ser reavaliados após o finale, por isso somente virá à público depois do último capítulo.
E como o LOSTBRASIL foi minha casa por longos anos, acho justo que vocês tenham acesso a esse trabalho antes de qualquer outro site, especialmente pelo feedback e crescimento (um tanto inesperado) que este tópico vem recebendo. Os comentários que vocês vêm postando aqui também têm mostrado que as falhas são mais graves e em maior número do que eu poderia imaginar.
Aguardemos, portanto.
_________________ ***
The people in these towns, they're asleep.
All day at work, at home.
Sleepwalkers.
We wake them up.
***
Sometimes, life forces you to cross the line. You're going about your normal everyday routine, when suddenly something truly awful happens and all that pent-up rage you feel about your job, your marriage, your very existence, is released with unstoppable fury. Some call it 'reaching the breaking point' others call it 'breaking bad'.
***
Think of how stupid the average person is, and realize half of them are stupider than that. - George Carlin
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Não entendi seu comentário.
Eu sou contra os formalismos acadêmicos, mas aprender para se chegar aos estágios atuais de conhecimento é necessário, especialmente caso se queira fazer algo diferente de tudo que é feito. Caso contrário a pessoa corre o sério risco de querer descobrir a roda. _________________ ***
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Gourmet Erótico,
recentemente eu li uma velha entrevista dos produtores, em que eles discutiam a construção do roteiro da primeira temporada. Qual não foi minha surpresa quando descobri, da leitura da entrevista que, bem depois de eles terem introduzido a porta da escotilha na primeira temporada, eles se reuniram para decidir o que haveria dentro dela?
Ou seja, introduziram uma pergunta na série desvinculada de uma resposta! Aposto que esse foi o "modelo" de narrativa adotado por eles, talvez no intuito de obter feedback do público antes de decidir por onde a história deveria correr.
O que, em se tratando de uma série que se propõe a ser um quebra-cabeças, mostra-se de extrema burrice!
Enrico, a entrevista que li onde via isso afirmado foi uma desse ano, com o J.J. Abrams, onde ele dizia que ninguém tinha a mínima ideia do que havia dentro da escotilha quando ela foi introduzida, na primeira temporada. Foi essa a entrevista?
Falando em entrevistas, acabei de ver no Dude, We Are Lost mais uma daquelas entrevistas onde os produtores acabam abrindo a boca demais e, sutilmente, desmentem coisas antes afirmadas. Destaque para a parte do Jacob e MIB, onde fica subentendido que foram inventados no meio do percurso (antes entre a 1ª e 2ª temporadas, agora já na 3ª temporada!).
Enfim, confiram aí os mais uma rodada de absurdos que todo mundo já desconfiava, mas queria ver confirmado (deixei como spoiler informações sobre personagem central do 6x15 Across The Sea. Nada de extraordinário, mas...):
Citação:
A ficha já caiu de que a produção da série acabou?
Carlton Cuse: Não. Embora já tenhamos feito o corte definitivo, ainda estamos trabalhando muito na pós-produção. Estamos falando com você pelo telefone porque estamos indo para o estúdio onde Michael Giacchino vai gravar toda a trilha para o final com uma orquestra ao vivo. Além disso, ainda temos muito trabalho e efeitos visuais para finalizar. Só acho que a ficha vai cair mesmo no dia 24 quando tudo estiver terminado.
Conte para nós. Não teve nenhum momento na festa de encerramento em que alguém um pouco mais empolgado pela bebida tenha gritado, ‘Vamos fazer a 7ª temporada!’ e tenha sido saudado?
Damon Lindelof: (Risos) Ainda não ficamos bêbados o suficiente.
Quer dizer então que vocês estão prontos para seguir em frente.
Cuse: Acho que estávamos preparados para o fim da série há um bom tempo. Nós temos certeza que essa foi a decisão certa. Estamos preparados para isso. Certamente haverá um período de lamentação quando tudo tiver sido dito e feito. É engraçado: há um material especial para o DVD/Blu Ray no qual outros produtores discutem como é a sensação de encerrar uma série. Há uma entrevista com Stephen Cannell (Esquadrão Classe A, O Super-herói Americano, O Homem da Máfia) em que ele conta que mesmo tendo produzido algo em torno de 42 séries, jamais conseguiu terminar uma sequer do jeito que queria. Somo muito gratos pela oportunidade de poder acabar tudo do jeito que gostaríamos. Acredito que essa seja a emoção, pelo menos nesse momento, que supera as demais.
Spoiler:
O episódio dessa terça-feira, Across the Sea, se foca em Jacob e no homem de preto. Quando esses dois personagens foram concebidos?
Lindelof: Nós precisávamos começar falando sobre o arco geral da mitologia da ilha numa escala maior entre o final da 1ª e o início da 2ª temporada, quando então vimos os personagens entrarem na escotilha. Esse evento basicamente puxou outros grandes arcos daquele segundo ano, que foram: quem eram os Outros e quem era o líder deles? E de quem ele recebia suas instruções? Quando a série entrou na 3ª temporada, começamos a ouvir referências a esse personagem chamado Jacob. Portanto penso que seja seguro dizer que essa discussão começou ali.
Vocês acham que alguns fãs vão ficar decepcionados quando descobrirem que nem tudo estava planejado desde o primeiro episódio?
Cuse: Penso que a resposta para isso surgiu a partir do momento em que anunciamos uma data para o fim e as preocupações se foram. Não consigo imaginar que existam tantos autores que consigam planejar absolutamente tudo com antecedência. Nós temos certeza que a série seria pior se tivéssemos simplesmente seguido em frente sem plano nenhum. O processo criativo não se resume a um só momento. Você faz descobertas ao longo do caminho e tem revelações criativas na jornada. Sim, realmente ajuda muito caminhar na direção de um ponto específico, mas ao longo dessa viagem, você tem que e permitir que as ideias aflorem, ganhem força e cresçam. Foi assim que fizemos a série: tínhamos um rascunho de algumas ideias e algo mais específico sobre outras. Ao longo de seis anos, tudo ficou mais rico porque passamos todo aquele tempo pensando sobre a série e pensando sobre como fazer a série ser melhor.
Ao contrário de alguém como Gerge Lucas, que ainda hoje diz que tinha todo arco da saga Star Wars na cabeça quando estava filmando o primeiro filme. Mesmo as entrevistas mais antigas dele provam que isso não é verdade.
Lindelof: É mesmo. Outra coisa sobre o assunto é que nós nunca tivemos a presunção ou a audácia de tentar planejar tudo com muita antecedência, porque nós sequer sabíamos se o público iria querer outra temporada de Lost. Quando anunciamos na 3ª temporada que iríamos encerrar tudo após seis anos, se as pessoas tivessem odiado a 4ª temporada não teríamos nem mesmo chegado à 5ª. Você tem que se focar no que está na sua frente. Se J.K. Rowling estivesse pensando apenas no sétimo livro enquanto escrevia o terceiro, ela não teria conseguido escrevê-lo. Você meio que tem que dizer, ‘Ei, temos uma boa ideia para esse personagem chamado Jacob e seu inimigo, o homem de preto, mas é melhor não colocar essa ideia para o público antes de estarmos realmente preparados para começar a contar esse capítulo da história. Vamos fazer referências a ela, porque a temos em mente. No meio tempo, esse capítulo da história vai mostrar a ilha se movendo no tempo e é com isso que os personagens vão lidar. Se você coloca Jacob e o homem de preto naquela história, as pessoas enlouqueceriam.
Se estívessemos num avião que caiu, certamente lembraríamos do número do voo. Nos flash sideways dessa temporada, o Oceanic 815 não caiu, mas todos parecem se lembrar do número do voo. Se alguém perguntasse para mim se eu estava no voo Delta 4367 há duas semanas atrás eu não saberia responder. Vocês chegam a se lembrar do número do voo que embarcam?
Cuse: Sabe, o engraçado disso é que geralmente voávamos para o Havaí no mesmo horário de sempre. Portanto, sim, nós íamos no United 81 e voltávamos no United 82. O que é realmente mais curioso é quando as pessoas nos reconhecem sentados no avião. Ninguém fica muito feliz por estarmos no mesmo voo. O último voo que Damon e eu tivemos para o Havaí foi o pior de todos que tivemos. Foram duas horas e meia de terríveis turbulências e nós pensávamos: ‘daria uma história e tanto se esse avião caísse em algum ponto do Pacífico, mas não queremos que isso aconteça.’
No episódio 14, por que Sun não disse ao Jin para deixá-la para trás para que pudesse ter a chance de criar a filha deles?
Lindelof: É uma boa pergunta. E nossa única resposta para ela é que Sun só teve cerca de 30 segundos para processar o fato de que ela iria morrer. Sun e Jin nunca tiveram um relacionamento juntos com a filha. Sun teve essa oportunidade, mas para Jin ela foi só uma foto registrada numa máquina. Naquele momento, ela não disse ao Jin para que a deixasse. Parcialmente, naquele momento talvez tivesse uma parte dela que quisesse que ele ficasse com ela. Quem sabe? Nós não vamos dizer porque os personagens não dizem certas coisas em determinados momentos. Tudo que podemos dizer é: ela não disse isso. Nós não queremos que aquela cena seja sobre a filha deles, queríamos que ela fosse sobre os dois juntos.
Foi anunciado que o final seria estendido em meia hora, totalizando um período de exibição (que inclui intervalos) de duas horas e meia. Isso partiu de vocês ou da emissora?
Cuse: Damon e eu escrevemos o roteiro e o pessoal da emissora gentilmente comentou que ele estava grande demais. E nós meio que dissemos, ‘não, não, fiquem tranquilos porque vamos conseguir comprimir tudo ali.’ A verdade é que realmente escrevemos o roteiro do jeito que queríamos que ele fosse. Normalmente na televisão, você tem que basear sua decisão seguindo uma diretriz irrestrita – que no caso correponde ao período de um episódio. Nós realmente meio que decidimos, ‘melhor não nos preocuparmos muito com isso, vamos apenas escrever a melhor versão do final e aí a gente descobre o que fazer com relação ao tempo.’ E aí quando finalmente vimos um corte da coisa toda, concluímos que a coisa não ficaria boa se tivesse que ser condensada num período de duas horas. Fomos à emissora e dissemos, ‘querem saber? Vocês tinham razão, o resultado ficou um pouco maior do que imaginávamos e acreditamos que podemos entregar uma versão muito melhor se tivermos duas horas e meia’. Eles nos apoiaram totalmente, modificaram o cronograma para que tívessemos duas horas e meia na grade. Nós estamos bem empolgados com isso. Acreditamos que o final será bem melhor assim. O resultado vai realmente parecer o de um filme.
Temos algumas perguntas dos leitores da Vulture. TheChesse quer saber se há muitas perguntas que vocês ouvem muito dos fãs que gostariam que não fossem mais feitas.
Lindelof: Bem, você sabe, todo mundo pode fazer a pergunta que quiser. Mas... é complicado ter que responder pela 50ª vez algo como ‘Quando vocês estabeleceram isso? Quando chegaram à essa conclusão?’ A ideia de ter que explicar nosso processo criativo numa larga escala para que as pessoas possam parar e dizer, ‘ah, então era isso que elas já sabiam quando fizeram o Piloto e isso o que não sabiam’, meio que tira a mágica e corta a diversão que tivemos no processo. Isso faz a gente se sentir numa audiência do Senado em vez de podermos dizer, ‘Ei, estamos fazendo o melhor que podemos para tornar a série o melhor possível’, num período curto de tempo à princípio e é só. E não importa quantas vezes nós respondamos essa pergunta, porque sempre vai aparecer alguém dizendo que acha que estamos tentando enrolar.
Bem, desculpe então pela pergunta que fiz antes sobre Jacob, o homem de preto...
Lindelof: Não, o que quero dizer é que é esse tipo de coisa que as pessoas querem saber.
Like_shootin_fish_in_a_barrel e Pennywise sentem que os personagens femininos não são mais tão fortes como eram nas primeiras temporadas.
Cuse: Particularmente não ouvi nada nesse sentido. Acredito que quando estiver terminado, teremos dado aos personagens o melhor que podíamos. Nós tratamos dos personagens como personagens. Nós não pensamos muito se é um masculino ou feminino. Pensamos sobre o que o personagem quer. Sentimos, que principalmente para Kate, o resto de sua jornada na série é algo realmente muito bom. Ela é meio que a personagem feminina principal, portanto esperamos que essa crítica se desfaça quando a série acabar.
Ntlzaglostie815 vai comemorar o aniversário de 30 anos com uma festa inspirada em Lost e quer saber se vocês e o resto do elenco vão aparecer por lá.
Cuse: (Risos) Qual é o endereço?
Ela não disse. Acho que vocês não vão poder ir sem saber onde fica.
Lindelof: Vai depender se vão servir pizza.
Chiyork pergunta se há personagens que vocês se arrependem de ter matado.
Cuse: Bem no começo da série, tínhamos aqueles dois personagens do acampamento da praia – do grupo que chamávamos de camisas vermelhas – e um deles se chamava Steve e o outro Scott. Acho que nos arrependemos de tê-los chamado assim, porque nunca conseguíamos lembrar quem era quem. E não conseguíamos lembrar qual matamos e qual estava vivo. Podemos não nos arrepender por ter matado Scott ou Steve – seja lá qual for que tenhamos matado, já que eu não lembro -, mas deveríamos ter chamado o outro com um nome que não começasse com S.
Annetay sabe que algumas perguntas serão deixadas sem resposta. Há alguma pergunta deixada sem resposta que vocês gostariam de ter respondido?
Lindelof: Respondemos todas as perguntas que queríamos responder. Nossa regra sempre foi responder as perguntas que eram importantes para os personagens na série. Se Jack, Sawyer, Hurley, Locke e Kate não se importam... Não é que não nos importemos, ou que ignoremos que os fãs tenham curiosidade, mas nós simplesmente não respondemos. Dito isso, possivelmente teremos algumas perguntas que, serão respondidas no corpo da série ainda que não apareçam no final. E isso é tudo o que podemos dizer sobre isso agora...
Há episódios na trajetória de Lost que pegaram vocês de surpresa por conta da reação dos fãs?
Cuse: Acho que basicamente estivemos sempre em sintonia com a reação dos fãs. Reconhecemos que episódios como ‘Stranger in a Strange Land’ não são bons. Acho que o único episódio que tivemos uma opinião divergente foi mesmo o ‘Expose’, aquele centrado em Nikki e Paulo. Nós adoramos aquele episódio e haviam fãs que – mesmo tratando a série com reverência – não suportaram e o odiaram. Portanto, meio que ocorreu uma divisão de opiniões naquele episódio poque nós realmente o adoramos. Mas foi de certa forma, um episódio em que rompemos a barreira no sentido em que já reconhecíamos que o público havia odiado Nikki e Paulo.
Quais são os finais de série favoritos de vocês?
Lindelof: O nosso final, talvez?
Ok, um que já tenha sido exibido...
Cuse: Vou falar primeiro e comentar sobre Sopranos. Damon e eu conversamos muito sobre ele. Ao passo em que reconheço que ele dividiu opiniões, The Sopranos foi uma série existencial e que teve um final existencial perfeito. Não terminaríamos a nossa série daquela forma, mas admiramos o fato de David Chase ter optado por uma escolha ousada que, para nós, pareceu ser a mais certa para encerrar aquela série. E eu admiro o fato de que ele tenha sido arriscado.
Lindelof: Acredito que Carlton realmente fale por nós dois sobre The Sopranos, e eu provavelmente falo por nós dois quando escolho o final de M*A*S*H. Lembro do evento que foi o final de M*A*S*H pois assisti com meus pais e nossos vizinhos foram à nossa casa. E foi aquela coisa incrivelmente emocional – meus pais chorando. Não só pelas coisas que aconteceram no episódio em si e que eram tristes, eles choravam porque a série estava acabando. Aquela foi uma sensação muito diferente daquela de The Sopranos, que realmente não teve o apelo emocional; era arte de grande categoria. À medida em que o final de Seinfeld é algo bem diferente do de Cheers, o que realmente é, eles buscaram emoção. Quando Sam desliga a luz, você deveria sentir algo. Nós realmente admiramos o momento em que o helicóptero decola, você olha para baixo e vê um ‘adeus’ – como um desses momentos icônicos da televisão. Mas, de certa forma, ela estava rompendo barreiras e dizendo ao público, ‘nós estamos nos despedindo de vocês também’. Aquilo foi uma cena realmente muito linda.
Vamos torcer para que as pessoas sintam o mesmo no dia 23 de maio.
Lindelof: Deus te ouça!
OFF:
Tava revendo, depois de uns dois anos, o episódio 1x20 Darkness Falls, de X-Files, e percebi que o ator que faz o "MIB Original" em LOST é um dos envolvidos no caso.
Ri demais quando vi o cara de bigode no episódio. O irônico é que, em Arquivo-X, ele era um eco-terrorista, que protegia a floresta. Em LOST, ele é um monstro que arranca as árvores.
Editado pela última vez por Hugo Gunner em Terça Maio 11, 2010 21:44, num total de 1 vez
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Citação:
Conte para nós. Não teve nenhum momento na festa de encerramento em que alguém um pouco mais empolgado pela bebida tenha gritado, ‘Vamos fazer a 7ª temporada!’ e tenha sido saudado?
Damon Lindelof: (Risos) Ainda não ficamos bêbados o suficiente.
Não vão fazer a 7a temportada, mas vem aí a 1a temporada de LOST II: A Missão
Eu sou contra os formalismos acadêmicos, mas aprender para se chegar aos estágios atuais de conhecimento é necessário, especialmente caso se queira fazer algo diferente de tudo que é feito. Caso contrário a pessoa corre o sério risco de querer descobrir a roda.
Depende do curso, não é? Alguns servem basicamente para pasteurizar as produções. Produções homogêneas e pasteurizadas são boas para o mercado, mas o investimento financeiro, mas péssimos para a arte em si.
E entretenimento tem esse paradoxo: ele precisa da arte para sobreviver. Um entretenimento nunca consegue ser 100% negócio, sempre existe o risco da produção artística. Para entretenimento ser uma coisa sustentável, precisa equilibrar a balança.
Eu falo dos cursos meio sem conhecimento de causa, por que não conheço as matérias. Mas deduzo.
Para dar um exemplo, tem a escola de atores da Globo. Nunca vi o curso, mas quando a gente observa atores que se criaram nessa escola comparando com atores que já trabalharam em outras emissoras/produções.
A pasteurização e homogeinização da atuação é evidente.
Dai minha dedução: a globo tem um ícone (exemplo, mulher do BBB que gerou audiência e quer ser atriz) e precisa garantir uma qualidade mínima de atuação, coloca na escola da globo e disciplina, e todo mundo que estuda lá sai com os mesmos trejeitos, entonação, algo mecânico, garantido mas sem graça. Isso funciona se você fala de uma Grazi Massafera, que precisa dessa disciplina por que não tem talento nenhum.
Mas e quando a Globo pega jovens atores promissores com talento e coloca na sua escolinha, é muito negativo, por que pasteuriza demais o talento, inibe a evolução e limita o valor artístico. A Globo perde com isso, por que a longo prazo o nível mínimo de risco gera desinteresse no publico, com atuações sem nenhum brilho.
Já dá pra perceber isso, quando você vê evolução em iluminação, direção, até roteiro, mas não vê evolução na interpretação das produções Globo.
O mesmo podemos falar de cursos de roteiristas em Hollywood. Usam técnicas similares e pasteurizadas para grandes produções. Quanto mais cara a produção, mas se pasteuriza o roteiro, para não arriscar o investimento.
Isso gera aberrações como foi Avatar, por exemplo.
Então, dá pra deduzir que existem cursos bem padronizados para produção de roteiristas operários, com criatividade inibida e técnicas limitadas.
Claro, para ser muito bom precisa dominar todas as técnicas e evoluções, mas para ser um operário isso não é muito produtivo não. Desvia do assunto.
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Sobre o episódio 15:
Somente reafirmou o que já vínhamos falando a muito tempo por aqui. Todos esperavam um grande episódio, mas só veio reafirmar as grandes falhas de Lost tão recorrentes nessa horrível última temporada:
- Elementos tosco e mal introduzidos na série: mais uma para a lista do farol, do templo e sua fonte. Agora temos a caverna luminosa que parece retirada de filme da Xuxa.
- Produção decadente: figurino lembrando os filmes dos Trapalhões e diálogos fracos.
- Respostas que somente geram mais perguntas: Jacoba, caverna da Xuxa, transformação do MIB, construção da roda etc etc etc
- Destruição de personagens: depois do Ben e Richard, Jacob seguiu a tradição e também virou um paspalho. Se houvesse mais uma temporada íamos descobrir que a Jacoba também não sabia de nada.
- E as regras? Existem porque o Jacob e o MIB assim o querem.
- Personagens sem curiosidade: tanto Jacob e MIB se contentam com as respostas pra lá de vagas da mamãe.
Mesmo que o último episódio de Lost seja ótimo e surpreendente, acho que a série já foi irremediavelmente prejudicada pela falta de qualidade e incoerência da última temporada.
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Gourmet Erótico escreveu:
A grande teoria que explica LOST é a TEORIA DA KATCHANGA.
Trecho abaixo tirado de um artigo jurídico escrito por George Marmelstein:
(...)
Entre nós, vigora a teoria da Katchanga, já que ninguém sabe ao certo quais são as regras do jogo. Quem dá as cartas é quem define quem vai ganhar, sem precisar explicar os motivos.
Bom, para quem não sabia ainda o que era KATCHANGA, o episodio ACROSS THE SEA chegou para deixar BEM claro o que é.
O dialogo do Jacob com seu Irmao (O Inominavel) demonstra claramente o que Cuse e Lindelof querem nos dizer... O jogo é deles, se quisermos que seja diferente, que nos criemos o nosso proprio jogo. Ponto.
Parabens Gourmet, voce foi visionario e direi mais, voce foi profetico. Naquele dialogo, me senti como Jacob, e os "donos" da serie como o Inominavel.
Sintese do que entendi ateh agora.
Personagens:
Mae assassina/Louca varrida/Manipuladora = Serie.
Jacob = Pessoas comuns que acompanharam a serie por 06 anos.
Irmao do jacob (Inominavel) = Carlton Cuse Damon Lindelof + Roteiristas+ ABC e Produtores.
O resto: Dharma, Outros, Ben Linus, Richard Alpert, Mantimentos não EXPLICADOS, Widmore, Eloise, Faraday, Miles, Cargueiro, Jin Sun, Sayd, Desmond, Locke, Jack, Videntes, Vincent, Mobisodios, Alvar Hanso, Pierre Chang, escavacoes, Nots Pennys Boat, o diario do Balck Rock arrermatado sabe Deus como pelo Widmore, Obrigado meu Deus - retiro o que disse e todos os apelidos, Paulo e Nikki, pendulo, coordenadas, diario do Faraday e as tais CONSTANTES, Charlie, Drive Shaft, Pista de pouso, Ursos polares, roupas rasgadas, torturas, barbas falsas, Waaaaalllttt, Numeros, BEM X MAL, We have to go back Kate, videos de orientacao faltando pedacos, Tunisia e JB, cadeira de roas, cancer, curas, PURGACAO (pra que ?),cajados com inscricoes biblicas, gravidas que morrem, estatuas, diagrama pintado na escotilha, A ESCOTILHA, Juliet, Jughead, militares em 1950 e fumaca, Keamy, santinhas cheias de heroina, o imortal Mickail Backhunin e por ai vai, na fazem parte da historia. Acho que nunca fizeram. Desafio ao mais entusiasta de LOST a "linkar" o que citei acima com o que vimos no ACROSS THE SEA.
Conclusoes :
Assassina (Seriado): não explicou como chegou e ate onde chegou (muito menos PORQUE), deixou mais perguntas do que respostas. Atitudes absotamente contraditorias. Foi ruim desde o comeco, mas não sabiamos. Omitiu informacoes importantes desde o comeco. No final optou pela UNICA saida que restava (ou seja Jacob = a Katchanga), pois o verdadeiro escolhido queria simplesmente ir embora (Inominavel).
Jacob (nos): Perdidos, sem chance nenhuma de saber como jogar e sem chances de ganhar. Enganados desde o comeco. Parecia divertido, mas a vida foi se tornando um fardo. Brigamos, Brigamos, Brigamos. No fim, preso pela ignorancia, temos que ficar ateh o final (e seja lá o que Deus quiser).
Inominavel (Eles): Dao as cartas e que se dane a dinamica do jogo, o que simplesmente querem é ganhar. Ponto.
Jacob (nos): Vivemos acreditando em uma mentira (06 anos), e mesmo apos sabermos da verdade (sobre sua Mae e o assassinato) ainda ficamos ao lado dela (assassina) e continuamos "presos" a ela.
Assassina: Sem nome, sem identidade, egoista ao extremo, teve a oportunidade de fazer a coisa certa, mas optou por fazer o pior caminho - A mentira.
Jacob (Nos): No comeco achavamos que eramos os bonzinhos da Historia, mas agora sabemos que somos mero espectadores, e no final percebemos que somos a ultima opcao. Fomos manipulados, fomos e somos burros, fomos VIOLENTOS, EGOISTAS e hipocritas.
Inominavel : Parecia as vezes ser o lado ruim, as vezes o lado bom, mas não, eles são O SUPRA SUMO. Inventam o jogo, as regras (e fazem uso indiscriminado da Katchanga), são os queridinhos da mamae. E no final, ainda dao uma "facada" na serie, ops, na mamae. Detalhe, não estao nem ai, querem simplesmente ir embora. Acabou.
E depois, no ultimo episodio, vao nos enfiar goela abaixo, atraves de uma Katchangada Finale, um escolhido, candidato ou sei la o que para ser o "sucessor" de sabe Deus o que, para manter na Ilha sabe que Diabos o que por sabe Deus quanto tempo...
Tsc, tsc, tsc... por favor... Peco apenas um pouco de piedade do Inominavel...
Depois de ver este episodio (Across the Sea), a explicacao tosca de Adao e Eva, o papel de Jacob na historia e as regras do irmao do Jacob, chego a conclusao que o final patetico já aconteceu. Katchanga Real.
Depois de 06 anos de LOST, dedicar um episodio inteiro (faltando 03 para o final) para contar uma historinha de "fonte de Luz", contrucao de uma roda, infancia de dois personagens que agora TAMBEM não faz a menor diferenca no contexto inteiro. Me soa como falta de respeito.
Desculpem o desabafo, mas eu nunca presenciei uma coisa destas. A 06 temporada e ultimo episodio da 05 não tem link nenhum com os outros CINCO anos da serie. Estes foram absolutamente esquecidos.
é triste perceber que o quebra cabecas que estavamos montando não sera completado.
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Sinceramente, você assistiria uma série com a seguinte sinopse?
Era uma vez um ilha mágica onde existia uma fonte com uma luz que era a fonte e o início de toda luz e treva do mundo. Uma guardiã, um pouco perturbada pelos anos de solidão, passa a criar os dois filhos gêmeos recém-nascidos de uma náufraga que ela matou logo após o parto. Mas eles não estão sozinhos... E quando um dos gêmeos descobre que na sua verdade sua mãe está morta ele decider ir morar com o grupo de náufragos que chegou com sua mãe à ilha.
O tempo passa e o gêmeo rebelde está com seus planos adiantados de deixar a fantástica ilha que não deixa seus habitantes irem embora. Para isso, ele elaborou um complexo sistema em que a água e a luz da fonte sagrada irão permitir uma roda girar que pode tirá-lo da ilha. Mas sua mãe frustra seus planos: depois de desmaiá-lo e destruir seu engenho, mata todos os náufragos que moravam com seus filhos. O filho rebelde tomado pelo ódio mata sua mãe, logo depois dessa em um ritual regado a vinho passar a seus super-poderes e o posto de protetor da fonte mágica para o outro filho. Este, vinga sua mãe e joga seu irmão rebelde dentro da fonte. O irmão rebelde então vira uma fumaça mágica capaz de tomar os corpos de pessoas mortas, ler suas mentes e n outros poderes.
Começa então uma disputa por vários séculos entre os dois irmãos irmãos imortais e que não podem se matar. Enquanto um traz de tempo em tempo pessoas para a ilha, escolhidas através de um farol mágico, na tentativa de encontrar um sucessor para sua função de protetor da ilha, o irmão fumaça mágica só quer sair da ilha e para isso bola um plano por muitos séculos em que usará de muita manipulação, imagens de pessoas mortas e seu poderes fantásticos para finalmente sair da ilha e matar seu irmão rival.
É quando o avião de nossos heróis caem na ilha. A partir daí você vai conhecer as angústias do passado de cada um. Tudo isso, descobrindo ainda os segredos de uma organização que fazia várias experiências científicas tentando utilizar as propriedas únicas da ilha. Mas, a ilha não é habitada somente pelo protetor e seu irmão fumacento. Existe um grupo misterioso que nossos heróis terão que enfrentar sem saber os reais motivos de tudo aquilo.
Ursos polares em uma ilha tropical, escotilhas misteriosas, números mágicos, visão de mortos, sussurros assustadores, imortalidade, ressureição, fonte da cura, estátua e hieróglifos egípcios, viagens no tempo, cura, cerca sônica, pássaro falante, cavalo mágico, templo misterioso... Não irão faltar mistérios na maior série de todos os tempos.
Participação especial: Xuxa Meneguel, Angélica e Os Trapalhões
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Que tal nessa linha:
1. Deus falou para Adao. Voce é o escolhido: vai tomar conta da Luz.
2. E assim a coisa vai passando de substituto para substituto.
3. Por volta de 23 dC uma bruxa substituta passa a bola para o Jacob.
4. Por volta de 2007 dC Jacob passa a bola para o Jack.
Duvida: Onde estaria a Luz na realidade2 ? Veja nos proximos 6 anos de LOST II. E não se esquecam de apagar a Luz ao final.