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Elenco e produção tiram Lost a limpo

Anteriormente em 'Lost' ...

Finalmente descobrimos o que havia na escotilha, o que os números significam e por que o avião caiu na ilha. A segunda temporada respondeu diversas questões, mas para qualquer fã verdadeiro de 'Lost', existem sempre mais pistas para descobrir. O box de 7 discos da segunda temporada de Lost (a ser lançado dia 5 de setembro nos EUA e 13 de setembro no Brasil com pré-venda aqui) contém oito horas de extras, incluindo comentários em áudio, cenas deletadas, flashbacks deletados, erros de gravação e uma montagem com os melhores 'Sawyerismos'. A 3ª temporada de 'Lost' estréia no dia 4 de outubro na ABC.

Em entrevistas ao editor da AOL Television, Sean Doorly, no tapete vermelho da festa do lançamento do DVD da segunda temporada, o elenco e a direção conversaram sobre seus momentos favoritos da segunda temporada, sobre a terceira temporada, e para um personagem, o desejo por mais sexo.

O que será diferente na terceira temporada?
Carlton Cuse (Produtor Executivo): Tivemos muitos momentos sobre a mitologia do programa no ano passado, e acho que estamos interessados agora em contar estórias mais num eixo romântico e mais de ação-aventura. Haverá muitas coisas estranhas também, para aqueles que adoram 'Lost' por suas reviravoltas inesperadas.

Esta temporada estará cheia de romance. Você acha que será melhor para Kate?
Evangeline Lilly (Kate Austen): Na maior parte da 1ª e 2ª temporadas, achava que Sawyer era melhor para Kate porque eles estão no mesmo nível. São muito compatíveis no sentido que se entendem e respeitam, e Jack sempre esteve um pouco acima para Kate. Mas sinto que a Kate cresceu bastante nessas duas temporadas, e agora está no mesmo nível com os dois. Sinto que qualquer um dos lados que ela vá, ficará igualmente satisfeita.

Como seu estilo de vida mudou desde que se mudou para o Havaí?
Evangeline Lilly: Bastante. Não posso mais usar botas, casacos ou chapéus. Sinto muita falta disso. Sou uma garota canadense. Sinto falta dessas coisas boas. Sinto falta de snowboard, mas também preciso aprender a surfar. Me tornei uma garota de água, e sempre tive bastante medo de água.

Como foi o seu verão?
Evangeline Lilly: Maravilhoso. Fui ao Canadá e à Europa. Tentei desesperadamente relaxar e passar um tempo longe da mídia - sem ofensas - e curtir tanto quanto pudesse, e fingir que era de novo uma estudante desconhecida.

Você gosta do lado de ação da Kate?
Evangeline Lilly: Adoro. Meus melhores dias no set são quando faço minhas cenas perigosas sem dublês, porque emocionalmente você se sente muito viva. Vou para casa muito mais exausta quando faço cenas emocionais do que quando faço cenas físicas. Uma cena física me revigora. Dá energia. Vou para casa animada. Adoro que Kate seja uma garota de ação, e adoro que ela rompa o esteriótipo das mulheres sentadas no acampamento e cozinhando enquanto os homens vão nesses expedições heróicas.

Se você pudesse mudar uma coisa no seu personagem, o que seria?
Michael Emerson ('Henry Gale'): Eu o faria irresistível para as mulheres.
Terry O'Quinn (John Locke): Mais sexo.

Qual o seu momento favorito da segunda temporada?
Michael Emerson: Adorei quando o Sr. Eko corta a sua barba e me oferece. Foi um momento assustador. Era uma cena forte, e fizemos diversas vezes e sempre era meio assustadora.
Yoon-jin Kim (Sun Kwon): Nos momentos de Sun e Jin, quando eles se esbarram. Devia ser nosso flashback e nunca trabalhamos juntos. Poderíamos dizer, "Como vai ser o seu episódio?" e no último momento, nos fizeramos esbarrar. Adorei. Adorei a forma que gravaram e como o momento veio.
Daniel Dae Kim (Jin Kwon): Descobrir sobre Sun estava grávida de Jin. Acredito que tenha sido um grande momento.
Jorge Garcia (Hugo "Hurley" Reyes): Me orgulho do episódio 'Dave' e beijar no topo daquele abismo foi muito legal. 'Dave' foi ótimo. Precisei mostrar todos os diferentes lados do meu personagem.
Terry O'Quinn: Destruir o computador. Estava cansado de apertar o botão.
Carlton Cuse: Adorei Adewale (Sr. Eko) recitando o 23º salmo sobre a fuselagem do avisão do irmão. Aquele momento foi grandioso para mim. Ele teve uma grande atuação ali. Foi realmente tocante.
Bryan Burk (Producer): Adorei o começo da temporada. Fomos direto ao ponto, não ficamos dando voltas. Vimos o interior da escotilha imediatamente. Foi muito entusiasmante. Somos fãs em primeiro lugar e ficaríamos absurdamente frustados se os primeiros episódios fossem "eles encontraram outra escotilha!". Também gostei de Michael matar Ana Lucia e Libby, trágico e chocante.
Michael Giacchino (Compositor): Adorei tudo com a escotilha. Adorei quando Hurley teve toda a comida e estava com problemas e finalmente diz 'dane-se' e repassa ela a todos.

O que mais deixa você ansioso na terceira temporada?
Evangeline Lilly: Pessoalmente, espero melhorar meu estilo de vida e na indústria (da TV, cinematográfica), porque é algo totalmente novo pra mim. No primeiro ano, particularmente, foi muito estressante e intenso. Gosto da idéia de conseguir trabalhar com intensidade e conseguir ter tempo para descansar e aproveitar os benefícios do trabalho e da indústria.

Michael Emerson: Estou animado com a viagem. Quero ver onde esses gênios que escrevem o programa querem nos levar. Sempre foi acima de todas minhas expectativas.
Yoon-jin Kim: Descobrir quem são os outros. Não posso esperar. Pensei nisso o verão todo e espero que possamos descobrir agora.
Jorge Garcia: Estou empolgado em descobrir o que aconteceu. Muita tragédia atingiu Hurley no fim dessa segunda temporada. Quero ver como ele vai levar isso. Como isso vai afetar ele? No segundo episódio teremos mais sobre Hurley no que no primeiro.
Terry O'Quinn: Potencial. Estou muito animado sobre as possibilidades. Eles não nos contaram nada. Só posso esperar que seja bom.
Carlton Cuse: Nos primeiros seis episódios focaremos sobre os dilemas do final da última temporada; o fato de Jack, Sawyer e Kate estarem presos. O fato da escotilha explodir ou ter acontecido algo estranho. E além disso, temos Sayid, Sun e Jin a bordo do barco e o que aconteceu com eles. Temos muitas bolas no ar. Estas perguntas são fundamentais nos primeiros seis episódios, mas obviamente teremos novas complicações surgindo. Haverá um grande cliffhanger no final do episódio seis, que esperamos que mantenha todos ansiosos pela volta do programa em fevereiro, e então pela sequência ininterrupta até maio, que adoramos.
Bryan Burk: O primeiro episódio é espetacular. É um salto numa nova temporada. Vai ditar o tom do programa neste ano. Em todo ano, pensamos numa forma de abordar o programa. Se não podemos nos reinventar todo ano, então não temos porque fazer. É isso que é empolgante.

Vamos descobrir mais coisas sobre os outros?
Michael Emerson: Vamos estar próximos dos outros por muito tempo. Acredito que vamos crescer em simpatia para eles. Vamos perceber que eles se parecem conosco. Seus corações podem ser quebrados também. Eles tem missões especiais, hábitos especiais... grandes problemas.
Carlton Cuse: Veremos os Outros pelos olhos de nossos personagens. Eles serão a janela pela qual observaremos este outro grupo de pessoas da ilha.

Veremos outro lado dos Outros?
Carlton Cuse: O que vocês sabem sobre os Outros não é a estória completa. Tem muito mais coisas sobre eles. Acredito que vocês terão uma visão diferente deles ao final da temporada.

O que faz o programa tão popular?
Bryan Burk: As mensagens subliminares que mandamos para a audiência. Se você ver em câmera lenta no seu TiVo, vai descobrí-las. (Risos) Quando estávamos fazendo o piloto e ficando em Honolulu e todo dia Damon [Lindelof] e eu dirigíamos por uma hora do hotel até a praia -- só nos dois -- e foi assim todos os dias por semanas. Estávamos convencidos que esse programa nunca daria certo, mas sabíamos que iríamos adorar. É como ter 10 anos e falar sobre seu filme favorito. JJ [Abrams] falou algo incrível quando começamos a fazer o piloto: "Eles estão nos permitindo fazer isso. É loucura. É como se estivéssemos na universidade e convencido a diretoria a nos deixar fazer o que quiséssemos". É exatamente assim. Imagine entrar numa rede que faz grandes programas como 'Desperate Housewives' e 'Greys Anatomy' e dizer que teremos uma escotilha e um cara que aperta um botão e eles concordarem!

No que você é parecido e no que você diferente do seu personagem?
Michael Emerson: Sou uma pessoa que adora falar. Henry fala muito e também é um bom ouvinte. Ele tem um senso afiado de psicologia. Tem boas maneiras.

Daqui há alguns anos, no final da série, o que você gostaria que tivesse acontecido com seu personagem?
Jorge Garcia: Acho que estamos de um lado da montanha e não tenho informação o bastante pra adivinhar, mas acredito que em algum momento Hurley deveria ser o líder.
Yoon-jin Kim: Gostaria de ter mais ação. Apenas corri das coisas. Queria segurar uma arma apenas uma vez. Seria legal.
Terry O'Quinn: Como gosto dele, espero que encontre paz de espírito.

Se você pudesse mudar algo no seu personagem, o que seria?
Yoon-jin Kim: Ver Sun mais independente e por conta própria, ao invés de sempre dependendo de alguém como Jin ou Kate. Ela sempre vai atrás de alguém para encontrar respostas. Todos fazemos isso de alguma forma, mas no final, gostaria que ela olhasse pra si mesma e perguntasse o que realmente quer. Ser uma mulher do século 21. É isso que gostaria de ver.
Daniel Dae Kim: Anseio pelo dia em que ele será mais integrado ao grupo. Ele passou muito tempo sendo um estranho, por escolha própria, e estou curioso pra ver como será a dinâmica quando ele decidir fazer parte das coisas. Ouvi dizer que ele vai aprender mais inglês neste ano, e se for verdade, estou certo que vai haver muita novidade para ele.

Quais são os temos que vocês vão explorar na terceira temporada?
Carlton Cuse: O tema central é 'nós contra eles', mas a questão é quem somos 'nós' e quem são 'eles'. Somos muito rápidos em julgar pessoas que não conhecemos bem. Isso acontece muito no mundo de hoje em dia. 'Lost', de uma certa forma, é um microcosmo. Existem essas outras pessoas na ilha e você acha que elas são ruins e maléficas, mas essa pode não ser a estória completa. Eles podem estar pensando a mesma coisa sobre os nossos personagens. As coisas não são simples quanto as pessoas esperam. Temos Sayid, um soldado da guarda republicana iraquiana e acredito que ele confunde as expectativas. Ele é capaz de ser muito violento, mas tem um grande coração e alma.

Com a gravidez de Sun, você tem uma opinião sobre quem seja o pai?
Daniel Dae Kim: Quero acreditar que seja Jin, mas veremos.

Você tem medo de ser morto?
Daniel Dae Kim: Tenho que admitir que na primeira temporada fiquei preocupado com isso. Muitos de nós ficaram preocupados com isso, porque todos estamos nos divertindo muito aqui. Mas de acordo que as temporadas têm passado, acho que estamos nos acostumando com a idéia, então vivemos a vida como fazemos na vida real. Aproveitamos todos os dias ao máximo e vemos o que acontece.

Quais os conceitos errados sobre um compositor de TV?
Michael Giacchino: Existe um que diz que os compositores de TV não são bons como os de cinema. Mas isso não é verdade porque temos muitos caras trabalhando na TV que são compositores fantásticos. TV também não permite a você trabalhar com uma orquestra. Mas nós usamos em Lost. Somos sortudos. É mais caro, estúdios não querem pagar por isso.

Existem personagens difíceis para se fazer uma trilha?
Michael Giacchino: Todos têm seus temas específicos. Cada um deles foi um desafio específico. O truque é entrar na cabeça deles e representar quem eles são de verdade e não apenas o que estão fazendo na tela. Por exemplo, Hurley na tela, você poderia argumentar que é um personagem engraçado. Eu poderia dizer que ele é um dos personagens mais tristes por dentro. Quando trabalho com ele, lido dessa forma.

Vocês têm uma final para o programa?
Carlton Cuse: Sim. Não achamos que podemos terminar o programa de qualquer jeito. Temos um episódio final para o programa, e sabemos para onde estamos indo. É tudo uma questão de quando chegaremos lá.

Fonte: AOL